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1 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Aula: CISTOS DOS MAXILARES Cisto: Cavidade patológica revestida por tecido epitelial com substância líquida ou semi-sólida no seu interior. Patogênse do cisto: Proliferação de restos epiteliais Formação de ilhotas Dificuldade de nutrição Degeneração e Necrose Liberação de enzimas Entrada de líquidos tissulares Aumento da pressão interna → Crescimento Lembrete: Pseudo-cisto NÃO tem revestimento epitelial Os cistos são de crescimento lento e crescem por expansão Os cistos podem ser: Odontogênicos Inflamatórios (ex: radicular, residual, paradentário...) Não inflamatórios (ex: dentígero, erupção, glandular...) Não Odontogênicos Pseudo-cistos Frequência: Radicular 52,3% Dentígero 18,1% Erupção 0,2% Glandular 0,2% Objetivos: Descrever as características radiográficas dos cistos dos maxilares, utilizando imagens e correlacionando-os com achados clínicos; Considerar as principais lesões que fazem o diagnóstico diferencial Cistos Odontogênicos - Inflamatórios Cisto Radicular Variante periapical ou lateral ➢ Lesão inflamatória oriunda de irritantes de necrose pulpar ➢ Idade: 3ª e 6ª décadas ➢ Localização: Região anterior da maxila, posterior da maxila e mandíbula ➢ Características : ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Formato ovóide , limites definidos e corticalizado, ausência de cortical alveolar apical ▪ Lesões maiores podem apresentar expansão das corticais ▪ Apesar de raro, pode haver reabsorção radicular ▪ Ausência de vitalidade pulpar → IMPORTANTE → Condição essencial! ▪ Crescimento lento ▪ Assintomático ▪ Eventualmente aumento de volume e percepção leve à percussão ➢ Diagnostico diferencial: ▪ Granuloma periapical ▪ Displasia óssea periapical (fase inicial) ▪ Cicatriz apical ▪ Cisto periodontal lateral (variante lateral) 2 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Variante residual ➢ Cisto radicular que permaneceu na maxila ou mandíbula após exodontia do dente que o originou. ➢ Frequência: 8 – 10% ➢ Localização mais comum: Mandíbula ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular, arredondada, bem delimitada por margem esclerótica ▪ Lesões maiores podem causas deslocamento ou reabsorção ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Queratocisto odontogênico ▪ Ameloblastoma Cisto Colateral Inflamatório Variante Bifurcação Vestibular ➢ Cisto que envolve a face vestibular de molares inferiores permanentes. ➢ Mais comum no sexo feminino ➢ Idade: 5 a 13 anos ➢ Localização: 1º molar inferior ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular, limites bem definidos, formato regular ▪ Inclinação dos ápices radiculares para lingual e coroa para vestibular ▪ Podendo causar deslocamento e reabsorção de dentes adjacentes, expansão da cortical vestibular ▪ Dentes vitais ▪ Aumento de volume ▪ Atraso na irrupção ▪ Envolvimento bilateral ▪ Sensibilidade na V ➢ Diagnóstico Diferencial: ▪ Cisto Dentígero (desloca dente apicalmente / JAC) ▪ Espessamento do folículo pericoronário (envolve coroa) Variante Paradentário ➢ Inflamatório, surge na superfície lateral de um dente VITAL. ➢ Idade: 1º molar- média 8,5 anos, 2º molar – 16 anos, 3º molar- 3ª década ➢ Mais freqüente no sexo feminino ➢ Localização: Face lateral da coroa dos 3º molares parcialmente irrompidos (60%) ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Bem delimitada por margem corticalizada ▪ Expansão óssea não é comum ▪ Antecedente de pericoronarite ▪ Crescimento lento ▪ Assintomático ▪ Pode ocasionar desconforto, dor leve a inchaço ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Cisto dentígero ▪ Folículo pericoronário espessado 3 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Cistos Odontogênicos – Não-inflamatórios (do desenvolvimento) Cisto Dentígero: ➢ Origem a partir do epitélio reduzido do órgão do esmalte, corresponde de 18 a 20% dos cistos odontogênicos. ➢ Idade: 2ª a 3ª décadas ➢ Mais freqüente no gênero masculino ➢ Localização: Coroa dos dentes não irrompidos, 3º molares inferiores, caninos superiores, pré-molares inferiores e 3º molares superiores ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular, arredondado, bem delimitado envolvendo a coroa de um dente incluso ▪ Reabsorção radicular é um achado relativamente frequente ▪ Assintomático ▪ Crescimento lento ▪ Tumefação na face vestibular ▪ Ausência de erupção pode ser o 1º sinal clínico que indique a presença de lesão ▪ O cisto parte da junção amelocementária e a relação cisto-coroa pode ser: central, lateral e cincunferencial ➢ Tratamento: Remoção da lesão ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Ameloblastoma unicístico ▪ Queratocisto odontogênico ▪ Tumor odontogênico adenomatóide ▪ Tumor odontogênico cístico calcificante Cisto de Erupção: ➢ Correspondente no tecido mole do cisto dentígero ➢ Assintomático ➢ Tumefação de tecido mole, muitas vezes translúcida na mucosa gengival que impede a erupção de um dente decíduo ou permanente. ➢ Somente se houver dilatação, abrirá uma cripta que poderá ser observada radiograficamente Cisto Periodontal Lateral: ➢ Situa-se lateral ou entre as raízes de dentes vitais que se origina de remanescentes da lâmina dura. ➢ Localização: Entre o canino e pré-molar inferior (65%) ➢ Idade: 30 anos ➢ Mais comum no gênero masculino ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Bem delimitada ▪ Pode causar reabsorção da lâmina dura adjacente, discreta expansão da tábua óssea vestibular e o afastamento das raízes ▪ Assintomática, identificado em exame radiográfico de rotina ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Queratocisto odontogênico ▪ Cisto radicular lateral ▪ Tumor odontogênico adenomatóide ➢ Variedade: Cisto odontogênico botrióide (quando o cisto periodontal lateral se apresenta multilocular) OBS: Fazer teste de vitalidade pulpar SEMPRE! 4 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Cisto Gengival do adulto: ➢ Incomum, correspondente do cisto periodontal lateral no tecido mole ➢ Assintomático ➢ Crescimento lento ➢ Tumefação menor que 1cm ➢ Pode causar erosão óssea superficial que pode ser visualizada no RX Cisto Odontogênico Glandular: ➢ É uma lesão cística rara ➢ Idade: 6ª década ➢ Mais comum no gênero masculino ➢ Localização: Mandíbula (80%) ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular ou mais frequentemente multilocular ▪ Geralmente bem definidas com borda esclerótica ▪ Tem potencial agressivo ▪ Aumento de volume é comum ▪ Pode causar DOR ▪ As mais agressivas tem limites mal definidos e causam expansão da cortical alveolar Queratocisto Odontogênico Origem: Restos epiteliais da lâmina dentária ➢ Idade: 10 – 40 anos ➢ Predileção pelo sexo masculino ➢ Localização: Mandíbula (60-80% corpo e ramo) ➢ Característica: ▪ RADIOLÚCIDA ▪ Uni ou multilocular ▪ Limites definidos ▪ Margens corticalizadas ▪ Crescimento sem expansão óssea acentuada ▪ Fraturas patológicas ▪ Recidivas freqüentes (5 a 62% - principalmente se ficarem restos de epitélio) ▪ Assintomática ▪ Maiores podem apresentar dor, tumefação e drenagem ▪ 25-40% associado a dente incluso ▪ Lesões pequenas não estão associadas a expansão de cortical ▪ Não é comum causar reabsorção de raiz ▪ Lesões múltiplas → Síndrome de Gorlin-Goltz ▪ Aspecto radiográfico variável ➢ Síndrome do carcinoma nevóide basocelular (Síndrome de Gorlin-Goltz) ▪ Carcinomas basocelulares ▪ Queratocistos ▪ Cisto epidermóide ▪ Queratose palmo-plantar ▪ Calcificação da foice cerebral ▪ Aumento da circunferência da cabeça (saliência frontal e têmporo-parietal) ▪ Costela bífida cervical ou torácica 5 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Cistos Não-odontogênicos Originam-se derestos epiteliais embrionários Cisto do Ducto Nasopalatino (Canal incisivo) ➢ Idade: 4ª e 6ª décadas ➢ Mais comum no sexo masculino ➢ Localização: Linha média da maxila, acima das raízes dos incisivos ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Bem definida ▪ Tamanho de 1 a 2,5cm ▪ Convergência das coroas dos incisivos ▪ Aumento do volume na porção anterior do palato duro ▪ Flutuação ▪ Maioria assintomático ▪ Pode causar afastamento das raízes e reabsorção Cisto Nasolabial ➢ Raro ➢ Idade: 4ª e 5ª décadas ➢ Mais comum no sexo feminino ➢ Localização: Sulco nasolabial sob a asa no nariz ➢ Características: ▪ Como é no tecido mole, na maioria dos casos não há alteração radiográfica ▪ Forma esférica ▪ Tamanho variável ▪ Tumefação flutuante ▪ Dificuldade de respirar pelo nariz e de colocar prótese na região superior ▪ Limite anterior e lateral da fossa nasal atingidos ▪ Depressão na superfície vestibular da maxila Pseudocistos dos Maxilares Cisto Ósseo Aneurismático ➢ Lesão incomum ➢ Etiologia incerta ➢ Idade: 2ª década ➢ Leve predomínio em mulheres ➢ Localização: Região posterior da mandíbula ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular ou multilocular ▪ Causa adelgaçamento e expansão de corticais ▪ Septos filamentosos e densos ▪ Aumento de volume firme a palpação ▪ Doloroso na maioria das vezes Cisto ósseo simples 6 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos ➢ Lesão intra-óssea vazia ou com pequena quantidade de fluido ➢ Idade: 2ª década ➢ Predomínio no sexo masculino (60%) ➢ Localização: Corpo (Molares e prés) e sínfise da mandíbula ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Bordas bem (maioria) ou mais definidas ▪ Margens festonadas ▪ Expansão e adelgaçamento da cortical ▪ Assintomático ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Queratocisto odontogênico ▪ Ameloblastoma Defeito Ósseo de Stafne ➢ NÃO É LESÃO! É um defeito anatômico. ➢ RADIOLÚCIDO próximo à borda da mandíbula ➢ Geralmente com tecido glandular Aula: TUMORES DOS MAXILARES Tumores odontogênicos ➢ Poucos freqüentes ➢ Origem associada ao órgão dentário ➢ Podem ser do Epitélio odontogênico ➢ Podem ser do Ectomesênquima ➢ Se for epitélio + ectomesênquima = misto Classificação: 1. Tumores de epitélio odontogênico sem mesênquima 2. Tumores de epitélio odontogênico com mesênquima 3. Tumores de ectomesênquima com ou sem epitélio Ameloblastoma Multicístico (86%) Origem: Remanescentes celulares do órgão do esmalte e da lâmina dentária Tipos: ▪ Sólido convencional ou multicístico ▪ Unicístico ▪ Periférico Convencional: ➢ Idade: 3ª e 7ª décadas (4ª é a mais incidente) ➢ Não há gênero ➢ Localização: Mandíbula ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO 7 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos ▪ Multilocular → Em bolhas de sabão (lóculos maiores) ou favos de mel (lóculos menores) ▪ Bem circunscrita ▪ Contorno festonado ou regular ▪ Tamanho variável ▪ Crescimento lento mas pode alcançar grandes dimensões ▪ Aumento de volume indolor ▪ Localmente invasivos ▪ Podem causar: Expansão das corticais Deslocamento e reabsorção Perfuração de cortical ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Mixoma ▪ Queratocisto odontogênico (não causa reabsorção radicular) ▪ Lesão central de células gigantes (os pacientes são mais jovens) Ameloblastoma Unicístico (14%) ➢ Idade: 2ª década ➢ Não há predileção por gênero ➢ Localização: Região posterior da mandíbula ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDO ▪ Unilocular ▪ Associado ou não a um dente incluso ▪ Confirmação só após microscopia ▪ Assintomática ▪ Lesões grandes podem causar aumento de volume ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Queratocisto odontogênico ▪ Cisto dentígero Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante (Pindborg) –TOEC Origem: Epitélio odontogênico sem ectomesênquima Equivale a 1% dos tumores odontogênicos ➢ Idade: 30 e 50 anos (pico 40 anos) ➢ Sem predileção por gênero ➢ Localização: Mandíbula (75% região de prés e molares) ➢ Características: ▪ Pode ser mista – RADIOPACA/RADIOLÚCIDA ▪ Unilocular ou multilocular com ou sem focos de calcificação ao redor da coroa ▪ Frequentemente associado um dente impactado (52%) ▪ Bem circuncrita ▪ Aumento de volume ▪ Assintomático ▪ Crescimento lento ▪ Pode causar: Expansão da cortical Deslocamento Impedir a erupção ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Tumor odontogênico cístico calcificante ▪ Tumor odontogênico adenomatóide (predileção por mulheres, mais comum na maxila e 15 a 20 anos) ▪ Fibroma ossificante 8 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Tumor Odontogênico Adenomatóide Origem: Epitélio odontogênico Equivale de 3 a 7% dos tumores odontogênicos ➢ Idade: 2ª década ➢ Predileção pelo sexo feminino ➢ Localização: Região anterior da maxila ➢ Características: ▪ RADIOLÚCIDA com ou sem focos de calcificação ▪ Circunscrita e com limites bem definidos ▪ Pequenas, diagnosticada em exames radiográficos de rotina ▪ Assintomática ▪ Lesões maiores podem apresentar expansão óssea ▪ Geralmente associada a dente incluso ▪ Tipo folicular: Associado a dente incluso (canino mais frequente) Pericoronário ▪ Tipo extra folicular: Não associado a dente incluso Inter-radicular Pode ser radiolúcido ou misto ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Tumor odontogênico cístico calcificante (antigo cisto de gorlin) ▪ Tumor odontogênico epitelial calcificante (Pindborg) ▪ Cisto dentígero ▪ Cisto periodontal lateral (se não houver calcificação) para variante extra folicular Odontoma Origem: epitélio e ectomesênquima odontogênico Frequência: tumor odontogênico mais comum, mais de 50% dos tumores ➢ Idade: 1°- 2º décadas de vida ➢ Sem predileção por gênero ➢ Características clínicas ▪ Lesões pequenas ▪ Expansão (apenas os de maiores tamanhos) ▪ Assintomáticas ▪ Falha na erupção dental ➢ Dois subtipos: ▪ Composto (2x mais comum) Múltiplas estruturas pequenas semelhantes a dentes Região anterior da maxila ▪ Complexo Massa conglomerada de esmalte e dentina, que NÃO lembra a morfologia de um dente Região posterior da mandíbula ➢ Características radiográficas: Densidade variável; normalmente é uma lesão RADIOPACA bem delimitada por halo radiolúcido Tamanho e formato variável. Fibroodontoma ameloblástico Origem: epitélio e ectomesênquima odontogênico 9 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Frequência - muito raro ➢ Idade - crianças ou adolescentes ➢ Sexo - ambos ➢ Localização - maxila e mandíbula - região de pré-molar ou molar ➢ Apresentação clínica: ▪ Assintomático ▪ Tumefação indolor ▪ Tamanho variável ➢ Aspectos radiográficos: ▪ Densidade de estrutura dentária ou não ▪ Unilocular (multilocular é raro), formato regular, limites bem definidos e por vezes corticalizados ▪ Pode estar associado à dente incluso ➢ Diagnóstico diferencial: Odontoma Complexo Mixoma Origem: ectomesênquima odontogênico ➢ Características clínicas ▪ Adultos jovens (25 a 30 anos) ▪ Levemente mais incidente em mulheres ▪ Mandíbula pouco mais afetada ▪ Lesões menores: assintomáticas ▪ Lesões maiores: expansão indolor do osso envolvido ➢ Características radiográficas ▪ Lesão RADIOLÚCIDA uni ou multilocular (mais frequente) ▪ Margens bem definidas e escleróticas ou mal definidas ▪ Finas trabéculas ósseas arranjadas em ângulo reto, tipo raquete de tênis ▪ Lesões grandes: imagem que lembra bolhas de sabão ▪ Efeitos nas estruturas adjacentes: Reabsorção radicular, afastamento das raízes e expansão das corticais Cementoblastoma Origem: ectomesênquima odontogênico Lesão rara que se caracteriza pela formação de tecido semelhante a cemento ➢ Idade - menos de 25 anos ➢ Sexo - ambos ➢ Localização – molaresinferiores (1º molar), raro na dentição decídua ➢ Apresentação clínica ▪ Crescimento lento ▪ Expansão localizada ▪ O dente é vital ▪ Paciente relata dor em alguns casos ➢ Aspectos radiográficos ▪ Lesão RADIOPACA ou mista intimamente associada à raiz de um dente ▪ Bem definida e envolta por halo radiolúcido ▪ Reabsorção radicular, perda do contorno radicular e fusão do tumor ao dente ▪ Expansão localizada das corticais 10 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos Tumores ósseos Osteoma Tumor não-odontogênico benigno, composto de osso maduro compacto ou medular ➢ Idade - qualquer faixa etária ➢ Localização – espaço medular (osteoma endósteo) superfície óssea (osteoma perióstico) Esqueleto craniofacial (frontal, etmóide e seios paranasais) ➢ Apresentação clínica ▪ Massas duras ▪ Assintomática ▪ Assimetria, expansão das corticais ▪ Crescimento lento ➢ Aspectos radiográficos: ▪ Densidade – massa RADIOPACA circunscrita ▪ Tamanho variável e limites bem definidos ▪ Efeitos - Alteração da oclusão (osteoma no côndilo) - Sinusites, dor de cabeça e manifestações oftalmológicas (osteomas nos seios paranasais) - Expansão maxilo-mandibular (de grandes tamanhos) ➢ Diagnóstico diferencial - Osteomas Condilares - Osteocondromas, Hiperplasia Condilar - Torus, exostoses Múltiplos Osteomas → Síndrome de Gardner ▪ Distúrbio raro, caráter autossômico dominante ▪ Principais manifestações: -Pólipos múltiplos no cólon e reto -Osteomas múltiplos -Cistos epidermóides cutâneos -Fibromas -Odontomas -Dentes supranumerários e impactados Osteossarcoma Tumor não-odontogênico maligno, caracterizado pela formação de osso pelas células tumorais Frequência – mais comum nos ossos longos (fêmur e tíbia), 7% dos osteossarcomas atingem maxila e mandíbula ➢ Idade - ossos longos: 10 a 14 anos maxila-mandíbula: 3ª e 4ª décadas ➢ Sexo – masculino ➢ Apresentação clínica ▪ Aumento de volume ▪ Dor ▪ Mobilidade dental ▪ Parestesia ▪ Obstrução nasal ➢ Aspectos radiográficos: ▪ Densidade – variável: de radiolúcida à radiopaca (dependendo do grau de calcificação) ▪ Limites – indefinidos 11 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos ▪ Aspecto clássico de “raios de sol” ▪ Efeitos -Cortical normalmente expandida e destruída -Alargamento simétrico do espaço periodontal de um ou mais dentes -Reabsorção de raízes dentárias (reabsorção em “pico”) AULA: LESÕES FIBRO-ÓSSEAS Podem ser: Neoplásicas Não neoplásicas Grupo que se caracteriza por substituição de tecido ósseo normal por fibroso com presença de tecido mineralizado semelhante a osso. ✓ Displasia fibrosa ✓ Fibroma ossificante ✓ Displasias ósseas: periapical, focal e florida Displasia Fibrosa ➢ Benigna ➢ Consiste em 7% das lesões ósseas benignas ➢ Substituição gradual do osso medular por tecido conjuntivo fibroso com quantidade variável de tecido ósseo ➢ Pode ser: 1. Monostótica - Quando acomete um único osso (60%) Displasia craniofacial OBS: Tem que estar em mais de um osso do esqueleto crânio-facial 2. Poliostótica – Quando acomete vários ossos OBS: Só se forem ossos distantes Síndrome de McCUNE Albright (lesões ósseas, hiperpigmentação na pele e distúrbio endócrino) 1 – Displasia fibrosa monostótica: ▪ Maxila é a região mais afetada ▪ Acomete principalmente 1ª e 2ª décadas de vida ▪ Crescimento lento ▪ Deformidade facial ▪ Fratura patológica é rara ▪ Interrompe o crescimento com a maturação do esqueleto 2 – Displasia fibrosa poliostótica: ▪ Mais comum nos ossos longos ▪ Mais frequente em menores de 10 anos ▪ Dor e fraturas patológicas são mais freqüentes ▪ Deformidade ▪ *Síndrome de McCUNE Albright ▪ Aumento de volume endurecido 12 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos ▪ RX: RADIOPACA expansiva, difusa, com aparência de vidro despolido onde a lesão parece se misturar com o osso normal adjacente. Caracteriza-se por expandir e adelgaçar a cortical sem rompê-la! ▪ Diagnóstico: Clínico-radiográfico ▪ Diagnóstico diferencial: o Fibroma ossificante o Osteosarcoma o Osteomielite crônica (Periostite proliferativa) Fibroma Ossificante ➢ Benigna, constituída por tecido fibroso contendo tecido calcificado semelhante à osso ➢ Mais freqüente no sexo feminino, entre a 2ª e 4ª décadas ➢ Mais comum na Mandíbula (região de prés e molares) ➢ RX: Densidade MISTA, bordas bem demarcadas e frequentemente corticalizadas podendo causar reabsorção radicular ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Displasia fibrosa (que não se trata) ▪ Displasia óssea focal (que não se trata) ▪ Tumor odontogênico epitelial calcificante (que requer remoção) Displasias Ósseas ➢ Etiologia desconhecida e representam alguma forma de processo reativo ou displásico ➢ Diagnóstico: Clínico-radiográfico 1.Displasia Cemento-óssea periapical ▪ Assintomático ▪ Predileção pelo sexo feminino (14:1) ▪ Preferência por negros ▪ Apresenta-se dos 30 aos 50 anos ▪ Não é tão rara ▪ Preferencia pela mandíbula ▪ Pode acometer um ou vários dentes ▪ Não há dor e nem sensibilidade ▪ Dentes apresentam vitalidade pulpar o RX: Radiolúcida, Radiopaca ou Mista o Bem definida, freqüente halo radiolúcido o Pode haver descontinuidade da lâmina dura o Lesões menores não estão associadas a expansão de corticais 2.Displasia Cemento-óssea focal ▪ Assintomática solitária e menos freqüente ▪ 40 -50 anos ▪ Preferência pelo gênero feminino ▪ Mais freqüente em brancos ▪ Localização: Mandíbula (região posterior) ▪ Normalmente menor que 1,5cm o RX: Radiolúcida, Radiopaca ou Mista o Bem definida com halo radiolúcido às vezes o Não associada ao periápice o Únicas ➢ Diagnóstico diferencial: ▪ Osteoesclerose idiopática 13 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 3.Displasia Cemento-óssea florida ▪ Assintomática múltipla ▪ Acima dos 40 anos ▪ Preferência pelo gênero feminino ▪ Mais freqüente em negros ▪ Mais frequente na região posterior da maxila podendo afetar os quatro quadrantes ▪ Lesões maiores podem estar associadas a expansão do osso o RX: Radiolúcida, radiopaca ou mista o Bem definida com freqüente halo radiolúcido ▪ Não necessita tratamento, mas deve-se ter cuidado porque o osso é diferente, cuidado com a cicatrização! REFERÊNCIAS Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3a Edição. Editora Elsevier, 2009. White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: princípios e interpretação. 5ª Ed. St Louis: Mosby; 2007. Bons estudos!
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