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1 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
Aula: CISTOS DOS MAXILARES 
 
Cisto: Cavidade patológica revestida por tecido epitelial com substância líquida ou semi-sólida no seu interior. 
 
Patogênse do cisto: 
Proliferação de restos epiteliais 
Formação de ilhotas 
Dificuldade de nutrição 
Degeneração e Necrose 
Liberação de enzimas 
Entrada de líquidos tissulares 
Aumento da pressão interna → Crescimento 
 
Lembrete: Pseudo-cisto NÃO tem revestimento epitelial 
 Os cistos são de crescimento lento e crescem por expansão 
 
Os cistos podem ser: Odontogênicos Inflamatórios (ex: radicular, residual, paradentário...) 
 Não inflamatórios (ex: dentígero, erupção, glandular...) 
 Não Odontogênicos 
 Pseudo-cistos 
 
Frequência: Radicular 52,3% 
 Dentígero 18,1% 
 Erupção 0,2% 
 Glandular 0,2% 
 
Objetivos: 
Descrever as características radiográficas dos cistos dos maxilares, utilizando imagens e correlacionando-os com 
achados clínicos; 
Considerar as principais lesões que fazem o diagnóstico diferencial 
 
Cistos Odontogênicos - Inflamatórios 
 
Cisto Radicular 
Variante periapical ou lateral 
➢ Lesão inflamatória oriunda de irritantes de necrose pulpar 
➢ Idade: 3ª e 6ª décadas 
➢ Localização: Região anterior da maxila, posterior da maxila e mandíbula 
➢ Características : 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Formato ovóide , limites definidos e corticalizado, ausência de cortical alveolar apical 
▪ Lesões maiores podem apresentar expansão das corticais 
▪ Apesar de raro, pode haver reabsorção radicular 
▪ Ausência de vitalidade pulpar → IMPORTANTE → Condição essencial! 
▪ Crescimento lento 
▪ Assintomático 
▪ Eventualmente aumento de volume e percepção leve à percussão 
➢ Diagnostico diferencial: 
▪ Granuloma periapical 
▪ Displasia óssea periapical (fase inicial) 
▪ Cicatriz apical 
▪ Cisto periodontal lateral (variante lateral) 
 
 
2 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
Variante residual 
➢ Cisto radicular que permaneceu na maxila ou mandíbula após exodontia do dente que o originou. 
➢ Frequência: 8 – 10% 
➢ Localização mais comum: Mandíbula 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular, arredondada, bem delimitada por margem esclerótica 
▪ Lesões maiores podem causas deslocamento ou reabsorção 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Queratocisto odontogênico 
▪ Ameloblastoma 
Cisto Colateral Inflamatório 
Variante Bifurcação Vestibular 
➢ Cisto que envolve a face vestibular de molares inferiores permanentes. 
➢ Mais comum no sexo feminino 
➢ Idade: 5 a 13 anos 
➢ Localização: 1º molar inferior 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular, limites bem definidos, formato regular 
▪ Inclinação dos ápices radiculares para lingual e coroa para vestibular 
▪ Podendo causar deslocamento e reabsorção de dentes adjacentes, expansão da cortical vestibular 
▪ Dentes vitais 
▪ Aumento de volume 
▪ Atraso na irrupção 
▪ Envolvimento bilateral 
▪ Sensibilidade na V 
➢ Diagnóstico Diferencial: 
▪ Cisto Dentígero (desloca dente apicalmente / JAC) 
▪ Espessamento do folículo pericoronário (envolve coroa) 
 
Variante Paradentário 
➢ Inflamatório, surge na superfície lateral de um dente VITAL. 
➢ Idade: 1º molar- média 8,5 anos, 2º molar – 16 anos, 3º molar- 3ª década 
➢ Mais freqüente no sexo feminino 
➢ Localização: Face lateral da coroa dos 3º molares parcialmente irrompidos (60%) 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Bem delimitada por margem corticalizada 
▪ Expansão óssea não é comum 
▪ Antecedente de pericoronarite 
▪ Crescimento lento 
▪ Assintomático 
▪ Pode ocasionar desconforto, dor leve a inchaço 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Cisto dentígero 
▪ Folículo pericoronário espessado 
 
 
 
3 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
 
Cistos Odontogênicos – Não-inflamatórios (do desenvolvimento) 
 
Cisto Dentígero: 
➢ Origem a partir do epitélio reduzido do órgão do esmalte, corresponde de 18 a 20% dos cistos 
odontogênicos. 
➢ Idade: 2ª a 3ª décadas 
➢ Mais freqüente no gênero masculino 
➢ Localização: Coroa dos dentes não irrompidos, 3º molares inferiores, caninos superiores, pré-molares 
inferiores e 3º molares superiores 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular, arredondado, bem delimitado envolvendo a coroa de um dente incluso 
▪ Reabsorção radicular é um achado relativamente frequente 
▪ Assintomático 
▪ Crescimento lento 
▪ Tumefação na face vestibular 
▪ Ausência de erupção pode ser o 1º sinal clínico que indique a presença de lesão 
▪ O cisto parte da junção amelocementária e a relação cisto-coroa pode ser: central, lateral e 
cincunferencial 
➢ Tratamento: Remoção da lesão 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Ameloblastoma unicístico 
▪ Queratocisto odontogênico 
▪ Tumor odontogênico adenomatóide 
▪ Tumor odontogênico cístico calcificante 
Cisto de Erupção: 
➢ Correspondente no tecido mole do cisto dentígero 
➢ Assintomático 
➢ Tumefação de tecido mole, muitas vezes translúcida na mucosa gengival que impede a erupção de um dente 
decíduo ou permanente. 
➢ Somente se houver dilatação, abrirá uma cripta que poderá ser observada radiograficamente 
Cisto Periodontal Lateral: 
➢ Situa-se lateral ou entre as raízes de dentes vitais que se origina de remanescentes da lâmina dura. 
➢ Localização: Entre o canino e pré-molar inferior (65%) 
➢ Idade: 30 anos 
➢ Mais comum no gênero masculino 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Bem delimitada 
▪ Pode causar reabsorção da lâmina dura adjacente, discreta expansão da tábua óssea vestibular e o 
afastamento das raízes 
▪ Assintomática, identificado em exame radiográfico de rotina 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Queratocisto odontogênico 
▪ Cisto radicular lateral 
▪ Tumor odontogênico adenomatóide 
➢ Variedade: Cisto odontogênico botrióide (quando o cisto periodontal lateral se apresenta multilocular) 
OBS: Fazer teste de vitalidade pulpar SEMPRE! 
 
4 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
Cisto Gengival do adulto: 
➢ Incomum, correspondente do cisto periodontal lateral no tecido mole 
➢ Assintomático 
➢ Crescimento lento 
➢ Tumefação menor que 1cm 
➢ Pode causar erosão óssea superficial que pode ser visualizada no RX 
Cisto Odontogênico Glandular: 
➢ É uma lesão cística rara 
➢ Idade: 6ª década 
➢ Mais comum no gênero masculino 
➢ Localização: Mandíbula (80%) 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular ou mais frequentemente multilocular 
▪ Geralmente bem definidas com borda esclerótica 
▪ Tem potencial agressivo 
▪ Aumento de volume é comum 
▪ Pode causar DOR 
▪ As mais agressivas tem limites mal definidos e causam expansão da cortical alveolar 
Queratocisto Odontogênico 
Origem: Restos epiteliais da lâmina dentária 
➢ Idade: 10 – 40 anos 
➢ Predileção pelo sexo masculino 
➢ Localização: Mandíbula (60-80% corpo e ramo) 
➢ Característica: 
▪ RADIOLÚCIDA 
▪ Uni ou multilocular 
▪ Limites definidos 
▪ Margens corticalizadas 
▪ Crescimento sem expansão óssea acentuada 
▪ Fraturas patológicas 
▪ Recidivas freqüentes (5 a 62% - principalmente se ficarem restos de epitélio) 
▪ Assintomática 
▪ Maiores podem apresentar dor, tumefação e drenagem 
▪ 25-40% associado a dente incluso 
▪ Lesões pequenas não estão associadas a expansão de cortical 
▪ Não é comum causar reabsorção de raiz 
▪ Lesões múltiplas → Síndrome de Gorlin-Goltz 
▪ Aspecto radiográfico variável 
➢ Síndrome do carcinoma nevóide basocelular (Síndrome de Gorlin-Goltz) 
▪ Carcinomas basocelulares 
▪ Queratocistos 
▪ Cisto epidermóide 
▪ Queratose palmo-plantar 
▪ Calcificação da foice cerebral 
▪ Aumento da circunferência da cabeça (saliência frontal e têmporo-parietal) 
▪ Costela bífida cervical ou torácica 
 
5 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
Cistos Não-odontogênicos 
Originam-se derestos epiteliais embrionários 
Cisto do Ducto Nasopalatino (Canal incisivo) 
➢ Idade: 4ª e 6ª décadas 
➢ Mais comum no sexo masculino 
➢ Localização: Linha média da maxila, acima das raízes dos incisivos 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Bem definida 
▪ Tamanho de 1 a 2,5cm 
▪ Convergência das coroas dos incisivos 
▪ Aumento do volume na porção anterior do palato duro 
▪ Flutuação 
▪ Maioria assintomático 
▪ Pode causar afastamento das raízes e reabsorção 
Cisto Nasolabial 
➢ Raro 
➢ Idade: 4ª e 5ª décadas 
➢ Mais comum no sexo feminino 
➢ Localização: Sulco nasolabial sob a asa no nariz 
➢ Características: 
▪ Como é no tecido mole, na maioria dos casos não há alteração radiográfica 
▪ Forma esférica 
▪ Tamanho variável 
▪ Tumefação flutuante 
▪ Dificuldade de respirar pelo nariz e de colocar prótese na região superior 
▪ Limite anterior e lateral da fossa nasal atingidos 
▪ Depressão na superfície vestibular da maxila 
Pseudocistos dos Maxilares 
Cisto Ósseo Aneurismático 
➢ Lesão incomum 
➢ Etiologia incerta 
➢ Idade: 2ª década 
➢ Leve predomínio em mulheres 
➢ Localização: Região posterior da mandíbula 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular ou multilocular 
▪ Causa adelgaçamento e expansão de corticais 
▪ Septos filamentosos e densos 
▪ Aumento de volume firme a palpação 
▪ Doloroso na maioria das vezes 
Cisto ósseo simples 
 
6 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
➢ Lesão intra-óssea vazia ou com pequena quantidade de fluido 
➢ Idade: 2ª década 
➢ Predomínio no sexo masculino (60%) 
➢ Localização: Corpo (Molares e prés) e sínfise da mandíbula 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Bordas bem (maioria) ou mais definidas 
▪ Margens festonadas 
▪ Expansão e adelgaçamento da cortical 
▪ Assintomático 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Queratocisto odontogênico 
▪ Ameloblastoma 
Defeito Ósseo de Stafne 
➢ NÃO É LESÃO! É um defeito anatômico. 
➢ RADIOLÚCIDO próximo à borda da mandíbula 
➢ Geralmente com tecido glandular 
 
Aula: TUMORES DOS MAXILARES 
Tumores odontogênicos 
➢ Poucos freqüentes 
➢ Origem associada ao órgão dentário 
➢ Podem ser do Epitélio odontogênico 
➢ Podem ser do Ectomesênquima 
➢ Se for epitélio + ectomesênquima = misto 
Classificação: 
1. Tumores de epitélio odontogênico sem mesênquima 
2. Tumores de epitélio odontogênico com mesênquima 
3. Tumores de ectomesênquima com ou sem epitélio 
Ameloblastoma Multicístico (86%) 
Origem: Remanescentes celulares do órgão do esmalte e da lâmina dentária 
Tipos: 
▪ Sólido convencional ou multicístico 
▪ Unicístico 
▪ Periférico 
Convencional: 
➢ Idade: 3ª e 7ª décadas (4ª é a mais incidente) 
➢ Não há gênero 
➢ Localização: Mandíbula 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
 
7 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
▪ Multilocular → Em bolhas de sabão (lóculos maiores) ou favos de mel (lóculos menores) 
▪ Bem circunscrita 
▪ Contorno festonado ou regular 
▪ Tamanho variável 
▪ Crescimento lento mas pode alcançar grandes dimensões 
▪ Aumento de volume indolor 
▪ Localmente invasivos 
▪ Podem causar: Expansão das corticais 
 Deslocamento e reabsorção 
 Perfuração de cortical 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Mixoma 
▪ Queratocisto odontogênico (não causa reabsorção radicular) 
▪ Lesão central de células gigantes (os pacientes são mais jovens) 
Ameloblastoma Unicístico (14%) 
➢ Idade: 2ª década 
➢ Não há predileção por gênero 
➢ Localização: Região posterior da mandíbula 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDO 
▪ Unilocular 
▪ Associado ou não a um dente incluso 
▪ Confirmação só após microscopia 
▪ Assintomática 
▪ Lesões grandes podem causar aumento de volume 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Queratocisto odontogênico 
▪ Cisto dentígero 
 
Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante (Pindborg) –TOEC 
Origem: Epitélio odontogênico sem ectomesênquima 
Equivale a 1% dos tumores odontogênicos 
➢ Idade: 30 e 50 anos (pico 40 anos) 
➢ Sem predileção por gênero 
➢ Localização: Mandíbula (75% região de prés e molares) 
➢ Características: 
▪ Pode ser mista – RADIOPACA/RADIOLÚCIDA 
▪ Unilocular ou multilocular com ou sem focos de calcificação ao redor da coroa 
▪ Frequentemente associado um dente impactado (52%) 
▪ Bem circuncrita 
▪ Aumento de volume 
▪ Assintomático 
▪ Crescimento lento 
▪ Pode causar: Expansão da cortical 
 Deslocamento 
 Impedir a erupção 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Tumor odontogênico cístico calcificante 
▪ Tumor odontogênico adenomatóide (predileção por mulheres, mais comum na maxila e 15 a 20 anos) 
▪ Fibroma ossificante 
 
8 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
Tumor Odontogênico Adenomatóide 
Origem: Epitélio odontogênico 
Equivale de 3 a 7% dos tumores odontogênicos 
➢ Idade: 2ª década 
➢ Predileção pelo sexo feminino 
➢ Localização: Região anterior da maxila 
➢ Características: 
▪ RADIOLÚCIDA com ou sem focos de calcificação 
▪ Circunscrita e com limites bem definidos 
▪ Pequenas, diagnosticada em exames radiográficos de rotina 
▪ Assintomática 
▪ Lesões maiores podem apresentar expansão óssea 
▪ Geralmente associada a dente incluso 
▪ Tipo folicular: Associado a dente incluso (canino mais frequente) 
 Pericoronário 
▪ Tipo extra folicular: Não associado a dente incluso 
 Inter-radicular 
 Pode ser radiolúcido ou misto 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Tumor odontogênico cístico calcificante (antigo cisto de gorlin) 
▪ Tumor odontogênico epitelial calcificante (Pindborg) 
▪ Cisto dentígero 
▪ Cisto periodontal lateral (se não houver calcificação) para variante extra folicular 
 
Odontoma 
 
Origem: epitélio e ectomesênquima odontogênico 
Frequência: tumor odontogênico mais comum, mais de 50% dos tumores 
 
➢ Idade: 1°- 2º décadas de vida 
➢ Sem predileção por gênero 
➢ Características clínicas 
▪ Lesões pequenas 
▪ Expansão (apenas os de maiores tamanhos) 
▪ Assintomáticas 
▪ Falha na erupção dental 
➢ Dois subtipos: 
▪ Composto (2x mais comum) 
Múltiplas estruturas pequenas semelhantes a dentes 
Região anterior da maxila 
▪ Complexo 
Massa conglomerada de esmalte e dentina, que NÃO lembra a morfologia de um dente 
Região posterior da mandíbula 
➢ Características radiográficas: 
Densidade variável; normalmente é uma lesão RADIOPACA 
bem delimitada por halo radiolúcido 
Tamanho e formato variável. 
 
Fibroodontoma ameloblástico 
 
Origem: epitélio e ectomesênquima odontogênico 
 
9 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
Frequência - muito raro 
 
➢ Idade - crianças ou adolescentes 
➢ Sexo - ambos 
➢ Localização - maxila e mandíbula - região de pré-molar ou molar 
➢ Apresentação clínica: 
▪ Assintomático 
▪ Tumefação indolor 
▪ Tamanho variável 
➢ Aspectos radiográficos: 
▪ Densidade de estrutura dentária ou não 
▪ Unilocular (multilocular é raro), formato regular, limites bem definidos e por vezes corticalizados 
▪ Pode estar associado à dente incluso 
➢ Diagnóstico diferencial: 
Odontoma Complexo 
 
Mixoma 
 
Origem: ectomesênquima odontogênico 
 
➢ Características clínicas 
▪ Adultos jovens (25 a 30 anos) 
▪ Levemente mais incidente em mulheres 
▪ Mandíbula pouco mais afetada 
▪ Lesões menores: assintomáticas 
▪ Lesões maiores: expansão indolor do osso envolvido 
➢ Características radiográficas 
▪ Lesão RADIOLÚCIDA uni ou multilocular (mais frequente) 
▪ Margens bem definidas e escleróticas ou mal definidas 
▪ Finas trabéculas ósseas arranjadas em ângulo reto, tipo raquete de tênis 
▪ Lesões grandes: imagem que lembra bolhas de sabão 
▪ Efeitos nas estruturas adjacentes: Reabsorção radicular, afastamento das raízes e expansão das corticais 
 
Cementoblastoma 
 
Origem: ectomesênquima odontogênico 
Lesão rara que se caracteriza pela formação de tecido semelhante a cemento 
➢ Idade - menos de 25 anos 
➢ Sexo - ambos 
➢ Localização – molaresinferiores (1º molar), raro na dentição decídua 
➢ Apresentação clínica 
▪ Crescimento lento 
▪ Expansão localizada 
▪ O dente é vital 
▪ Paciente relata dor em alguns casos 
➢ Aspectos radiográficos 
▪ Lesão RADIOPACA ou mista intimamente associada à raiz de um dente 
▪ Bem definida e envolta por halo radiolúcido 
▪ Reabsorção radicular, perda do contorno radicular e fusão do tumor ao dente 
▪ Expansão localizada das corticais 
 
 
 
 
 
10 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
 
 
Tumores ósseos 
 
Osteoma 
Tumor não-odontogênico benigno, composto de osso maduro compacto ou medular 
➢ Idade - qualquer faixa etária 
➢ Localização – espaço medular (osteoma endósteo) 
 superfície óssea (osteoma perióstico) 
 Esqueleto craniofacial (frontal, etmóide e seios paranasais) 
➢ Apresentação clínica 
▪ Massas duras 
▪ Assintomática 
▪ Assimetria, expansão das corticais 
▪ Crescimento lento 
➢ Aspectos radiográficos: 
▪ Densidade – massa RADIOPACA circunscrita 
▪ Tamanho variável e limites bem definidos 
▪ Efeitos 
- Alteração da oclusão (osteoma no côndilo) 
- Sinusites, dor de cabeça e manifestações oftalmológicas (osteomas nos seios paranasais) 
- Expansão maxilo-mandibular (de grandes tamanhos) 
➢ Diagnóstico diferencial 
- Osteomas Condilares - Osteocondromas, Hiperplasia Condilar 
- Torus, exostoses 
 
Múltiplos Osteomas → Síndrome de Gardner 
▪ Distúrbio raro, caráter autossômico dominante 
▪ Principais manifestações: 
-Pólipos múltiplos no cólon e reto 
-Osteomas múltiplos 
-Cistos epidermóides cutâneos 
-Fibromas 
-Odontomas 
-Dentes supranumerários e impactados 
 
Osteossarcoma 
Tumor não-odontogênico maligno, caracterizado pela formação de osso pelas células tumorais 
Frequência – mais comum nos ossos longos (fêmur e tíbia), 7% dos osteossarcomas atingem maxila e mandíbula 
➢ Idade - ossos longos: 10 a 14 anos 
 maxila-mandíbula: 3ª e 4ª décadas 
➢ Sexo – masculino 
➢ Apresentação clínica 
▪ Aumento de volume 
▪ Dor 
▪ Mobilidade dental 
▪ Parestesia 
▪ Obstrução nasal 
➢ Aspectos radiográficos: 
▪ Densidade – variável: de radiolúcida à radiopaca (dependendo do grau de calcificação) 
▪ Limites – indefinidos 
 
11 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
▪ Aspecto clássico de “raios de sol” 
▪ Efeitos 
-Cortical normalmente expandida e destruída 
-Alargamento simétrico do espaço periodontal de um ou mais dentes 
-Reabsorção de raízes dentárias (reabsorção em “pico”) 
 
 
AULA: LESÕES FIBRO-ÓSSEAS 
Podem ser: Neoplásicas 
 Não neoplásicas 
 
Grupo que se caracteriza por substituição de tecido ósseo normal por fibroso com presença de tecido mineralizado 
semelhante a osso. 
✓ Displasia fibrosa 
✓ Fibroma ossificante 
✓ Displasias ósseas: periapical, focal e florida 
Displasia Fibrosa 
➢ Benigna 
➢ Consiste em 7% das lesões ósseas benignas 
➢ Substituição gradual do osso medular por tecido conjuntivo fibroso com quantidade variável de tecido ósseo 
➢ Pode ser: 
1. Monostótica - Quando acomete um único osso (60%) 
Displasia craniofacial 
OBS: Tem que estar em mais de um osso do esqueleto crânio-facial 
2. Poliostótica – Quando acomete vários ossos 
OBS: Só se forem ossos distantes 
Síndrome de McCUNE Albright (lesões ósseas, hiperpigmentação na pele e distúrbio endócrino) 
1 – Displasia fibrosa monostótica: 
▪ Maxila é a região mais afetada 
▪ Acomete principalmente 1ª e 2ª décadas de vida 
▪ Crescimento lento 
▪ Deformidade facial 
▪ Fratura patológica é rara 
▪ Interrompe o crescimento com a maturação do esqueleto 
2 – Displasia fibrosa poliostótica: 
▪ Mais comum nos ossos longos 
▪ Mais frequente em menores de 10 anos 
▪ Dor e fraturas patológicas são mais freqüentes 
▪ Deformidade 
▪ *Síndrome de McCUNE Albright 
▪ Aumento de volume endurecido 
 
12 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
▪ RX: RADIOPACA expansiva, difusa, com aparência de vidro despolido onde a lesão parece se misturar com o 
osso normal adjacente. Caracteriza-se por expandir e adelgaçar a cortical sem rompê-la! 
▪ Diagnóstico: Clínico-radiográfico 
▪ Diagnóstico diferencial: 
o Fibroma ossificante 
o Osteosarcoma 
o Osteomielite crônica (Periostite proliferativa) 
Fibroma Ossificante 
➢ Benigna, constituída por tecido fibroso contendo tecido calcificado semelhante à osso 
➢ Mais freqüente no sexo feminino, entre a 2ª e 4ª décadas 
➢ Mais comum na Mandíbula (região de prés e molares) 
➢ RX: Densidade MISTA, bordas bem demarcadas e frequentemente corticalizadas podendo causar reabsorção 
radicular 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Displasia fibrosa (que não se trata) 
▪ Displasia óssea focal (que não se trata) 
▪ Tumor odontogênico epitelial calcificante (que requer remoção) 
Displasias Ósseas 
➢ Etiologia desconhecida e representam alguma forma de processo reativo ou displásico 
➢ Diagnóstico: Clínico-radiográfico 
1.Displasia Cemento-óssea periapical 
▪ Assintomático 
▪ Predileção pelo sexo feminino (14:1) 
▪ Preferência por negros 
▪ Apresenta-se dos 30 aos 50 anos 
▪ Não é tão rara 
▪ Preferencia pela mandíbula 
▪ Pode acometer um ou vários dentes 
▪ Não há dor e nem sensibilidade 
▪ Dentes apresentam vitalidade pulpar 
o RX: Radiolúcida, Radiopaca ou Mista 
o Bem definida, freqüente halo radiolúcido 
o Pode haver descontinuidade da lâmina dura 
o Lesões menores não estão associadas a expansão de corticais 
2.Displasia Cemento-óssea focal 
▪ Assintomática solitária e menos freqüente 
▪ 40 -50 anos 
▪ Preferência pelo gênero feminino 
▪ Mais freqüente em brancos 
▪ Localização: Mandíbula (região posterior) 
▪ Normalmente menor que 1,5cm 
o RX: Radiolúcida, Radiopaca ou Mista 
o Bem definida com halo radiolúcido às vezes 
o Não associada ao periápice 
o Únicas 
➢ Diagnóstico diferencial: 
▪ Osteoesclerose idiopática 
 
13 Resumo 3AV – Imaginologia e Diagnósticos – Prof. Larissa Lagos 
3.Displasia Cemento-óssea florida 
▪ Assintomática múltipla 
▪ Acima dos 40 anos 
▪ Preferência pelo gênero feminino 
▪ Mais freqüente em negros 
▪ Mais frequente na região posterior da maxila podendo afetar os quatro quadrantes 
▪ Lesões maiores podem estar associadas a expansão do osso 
o RX: Radiolúcida, radiopaca ou mista 
o Bem definida com freqüente halo radiolúcido 
▪ Não necessita tratamento, mas deve-se ter cuidado porque o osso é diferente, cuidado com a cicatrização! 
 
REFERÊNCIAS 
Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3a Edição. Editora Elsevier, 2009. 
White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: princípios e interpretação. 5ª Ed. St Louis: Mosby; 2007. 
 
 
Bons estudos!

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