Placenta e membranas fetais

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• As membranas fetais incluem o 
córion, o âmnio, a vesícula 
umbilical e o alantoide. 
• A placenta e o cordão umbilical 
formam um sistema de transporte 
para substâncias que passam 
entre a mãe e o embrião/feto. 
• As membranas placentária e fetal 
realizam as seguintes funções: 
proteção, nutrição, respiração, 
excreção de produtos residuais e 
produção de hormônios. 
• Pouco tempo após o nascimento, 
a placenta e as membranas são 
expelidas do útero. 
 
Decídua 
 
• É o endométrio do útero da mulher 
grávida – região que é expelida 
após o parto. 
• Possui três regiões: 
✓ Decídua basal: parte da decídua 
profunda ao concepto, que forma 
a parte materna da placenta. 
✓ Decídua capsular: é a parte 
superficial da decídua, que 
recobre o concepto. 
 
✓ Decídua parietal: 
representa as partes 
restantes da placenta 
Desenvolvimento da 
placenta 
• O desenvolvimento inicial é 
caracterizado pela rápida 
proliferação do trofoblasto e 
pelo desenvolvimento do 
saco coriônico e das 
vilosidades coriônicas. 
• Uma complexa rede vascular 
é estabelecida na placenta 
até o final da quarta semana. 
• As vilosidades coriônicas 
cobrem o saco coriônico 
inteiro até o início da oitava 
semana. 
• Com o crescimento do saco 
coriônico, as vilosidades 
associadas à decídua 
capsular tornam-se 
comprimidas, então, o seu 
suprimento sanguíneo é 
reduzido, logo elas se 
degenerarão, produzindo o 
córion liso (região avascular). 
Placenta e Membranas Fetais 
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• Quando as vilosidades 
desaparecem, aquelas 
associadas à decídua basal 
rapidamente aumentam em 
número, ramificam-se e 
aumentam em tamanho, 
formando o córion viloso (área 
espessa do saco coriônico). 
• A placenta possui duas partes: 
✓ Parte fetal: é formada pelo córion 
viloso. As vilosidades coriônicas 
que surgem do córion se projetam 
para o espaço interviloso que 
contém sangue materno. 
✓ Parte materna: formada pela 
decídua basal, a parte da 
decídua relacionada ao 
componente fetal da placenta. 
• Essas duas partes permanecem 
unidas pelas vilosidades coriônicas 
tronco que se aderem à capa 
citotrofoblástica, ao redor do saco 
coriônico, que une o saco à 
decídua basal. 
• As artérias e veias endometriais 
passam livremente por fendas na 
capa citotrofoblástica e entram 
no espaço interviloso. 
• Quando as vilosidades coriônicas 
invadem a decídua basal, tecido 
decidual é erodido, aumentando 
o espaço interviloso. 
• Essa erosão produz áreas em 
formato de cunha na 
decídua, os septos 
placentários, que dividem a 
parte fetal da placenta em 
cotilédones (áreas convexas 
irregulares). 
• Cada cotilédone consiste em 
duas ou mais vilosidades 
tronco e várias ramificações 
das vilosidades . 
 
 
 
 
 
 
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• A decídua capsular se fusiona à 
decídua parietal, obliterando a 
cavidade uterina. Entre as 
semanas 22 e 24, a decídua 
capsular se degeneram. 
• O sangue materno entra no 
espaço interviloso a partir das aa. 
endometriais espiraladas na 
decídua basal. 
• Os vasos penetram a capa 
citotrofoblástica e o espaço 
interviloso é o local de trocas. 
• A drenagem se dá pelas vv. 
endometriais espiraladas. 
• O saco amniótico aumenta mais 
rápido que o saco coriônico, 
gerando a fusão do âmnio e do 
córion liso, que formam a 
membrana amniocoriônica. 
• Essa membrana fusiona-se à 
decídua capsular e, após o 
desaparecimento dela, adere à 
decídua parietal. 
• É a membrana amniocoriônica 
que se rompe no trabalho de 
parto. 
 
 
 
Circulação Placentária 
• O sangue pobre em 
oxigênio passa através das artérias 
umbilicais para a placenta. 
• No sítio de ligação do 
cordão umbilical à placenta, as 
artérias se dividem em artérias 
coriônicas dispostas radialmente. 
• Os vasos sanguíneos 
formam um extenso sistema 
arteriocapilar venoso dentro das 
vilosidades coriônicas, que traz o 
sangue materno para próximo do 
sangue 
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fetal, permitindo troca de 
produtos. 
• Normalmente, não existe mistura 
de sangue fetal com materno 
• A veia umbilical transporta sangue 
rico em oxigênio para o feto 
• O sangue materno entra no 
espaço interviloso pelas aa. 
espiraladas 
• O espaço interviloso contém 
cerca de 150 mL de sangue, que é 
trocado cerca de 4 x por minuto 
 
Membrana Placentária 
 
• É uma estrutura composta que 
consiste em tecidos extrafetais que 
separam o sangue materno do 
fetal. 
• Até 20 semanas, consiste em: 
sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, 
tecido conjuntivo das vilosidades 
e endotélio dos capilares fetais. 
• Posteriormente, o citotrofoblasto 
desaparece. 
• “Barreira placentária”. 
Funções da Placenta 
 
• Metabolismo 
✓ Síntese de glicogênio, 
colesterol e ácidos graxos. 
• Transporte 
✓ Gases (difusão simples); 
✓ Água (difusão simples); 
✓ Glicose (difusão facilitada); 
✓ Aminoácidos (transporte ativo); 
✓ Vitaminas hidro e lipossolúveis; 
✓ Hormônios (ex. T3, T4, 
testosterona e progestinas); 
✓ Eletrólitos; 
✓ Alguns anticorpos – conferem 
imunidade fetal a doenças 
como difteria, varíola e 
sarampo; 
✓ Produtos residuais (ureia, ácido 
úrico, bilirrubinas); 
✓ Drogas e seus metabólicos; 
✓ Agentes infecciosos (ex.: varíola, 
varicela, sarampo, 
citomegalovírus, rubéola, 
herpes, poliomielite, vírus 
coxsackie); 
 
• Secreção endócrina 
Hormônos proteicos sintetizados 
pela placenta: 
✓ Gonadotrofina coriônica 
humana – hCG; 
✓ Somatomamotrofina coriônica 
humana – lactogênio 
placentário humano; 
✓ Tirotrofina coriônica humana; 
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✓ Corticotrofina coriônica 
humana. 
• Hormônios esteroides sintetizados 
pela placenta são progesterona e 
estrógenos; 
• Proteção. 
• Excreção. 
Obs.: A placenta tem formato 
discoide, diâmetro de 15 a 20 cm 
e uma espessura de 2 a 3 cm. Ela 
pesa de 500 a 600 g 
(aproximadamente 1/6 do peso 
fetal). 
 
Cordão Umbilical 
 
• A adesão do cordão umbilical à 
placenta é geralmente próxima 
ao centro da superfície fetal. 
• Possui cerca de 1 a 2 cm de 
diâmetro e 30 a 90 cm de 
comprimento. 
• Geralmente, possui duas artérias e 
uma grande veia, circundadas por 
tecido conjuntivo mucoso (geleia 
de Wharton). 
• Devido aos vasos umbilicais serem 
maiores que o cordão, a torção e 
flexão dos vasos são comuns, 
formando “nós falsos”. 
• Em cerca de 1% das gestações, 
nós verdadeiros podem ser 
formados, gerando anóxia. 
 
Âmnio e Líquido amniótico 
 
• O âmnio forma um saco 
amniótico que contém líquido 
amniótico (LA), o qual circunda 
o feto. 
• O aumento do âmnio oblitera a 
cavidade e forma a cobertura 
epitelial do cordão umbilical. 
• A maior parte do LA deriva do 
tecido materno e do líquido 
intersticial por difusão. 
• O LA também é secretado pelos 
tratos respiratório e 
gastrointestinal fetais. 
• A partir da décima semana, o 
feto contribui com o LA pela 
excreção de urina para a 
cavidade amniótica. 
• O volume de LA é de cerca de 
1000 mL com 37 semanas. 
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• O conteúdo de água do LA é 
trocado a cada 3h. 
• O LA é uma solução aquosa com 
suspensão de material não 
dissolvido (células epiteliais fetais 
descamdas). 
• O LA possui proteínas, 
carboidratos, gorduras, enzimas, 
hormônios e pigmentos. 
• Altos níveis de alfafetoprotéina 
indicam defeitos de tudo neural; 
baixos índices podem indicar 
anomalias cromossômicas, como 
trissomia do 21. 
Importância do líquido 
amniótico 
✓ Permite o crescimento externo 
simétrico do feto. 
✓ Atua como uma barreira à 
infecção. 
✓ Permite o desenvolvimento normal 
do pulmão fetal. 
✓ Impede a aderência do âmnio ao 
feto. 
✓ Amortece os impactos recebidos 
pela mãe. 
✓ Ajuda no controle da temperatura 
corporal do feto. 
✓ Permite que o feto se mova 
livremente, auxiliando no 
desenvolvimento muscular. 
✓Auxilia na manutenção da 
homeostase de líquidos e 
eletrólitos. 
 
Vesícula Umbilical 
 
• Importância: 
✓ Papel de transferência de 
nutrientes para o embrião 
durante a segunda e terceira 
semanas. 
✓ Desenvolvimento primordial das 
células sanguíneas no 
mesoderma extraembrionário 
da parede da vesícula 
umbilical. 
✓ O endoderma da vesícula 
umbilical é incorporado ao 
embrião como intestino 
primitivo. 
✓ Seu endoderma, derivado do 
epiblasto, deriva o epitélio da 
traqueia, dos brônquios, dos 
pulmões e do canal alimentar. 
✓ As células germinativas 
primordiais aparecem no 
endoderma da vesícula 
umbilical e migram para as 
gônadas. 
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✓ Em geral, a vesícula umbilical 
atrofia com o avançar da 
gestação. 
✓ A parte abdominal do ducto 
onfaloentérico pode persistir como 
o divertículo de Meckel. 
Alantoide 
• Entre a terceira e a quinta 
semanas, a formação das células 
sanguíneas ocorre em suas 
paredes. 
• Seus vasos sanguíneos persistem 
como a veia e as artérias 
umbilicais. 
• Deriva o úraco e o ligamento 
umbilical mediano. 
• Se degenera por volta do segundo 
mês. 
 
Observações 
 
• As membranas fetais e as 
placentas em gestações múltiplas 
variam consideravelmente, 
dependendo da origem do 
embrião e do tempo em que a 
divisão das células embrionárias 
ocorre. 
• O tipo comum de gêmeos é o 
dizigóticos, com dois âmnios, dois 
córions e duas placentas que 
podem ou não estar fusionadas. 
• Os gêmeos monozigóticos 
representam 1/3 dos gêmeos, e 
são derivados de um zigoto. 
Normalmente têm um córion, 
dois âmnios e uma placenta. 
• O período neonatal inicial é do 
nascimento aos 7 dias. O 
período neonatal tardio é dos 7 
aos 28 dias. 
 
Referências 
 
• MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. 
Embriologia Clínica. 10.ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2016. 
 
• MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. 
Embriologia Básica. 9. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2016. 
 
• DUMM, C. G. Embriologia 
Humana - Atlas e Texto. 1. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006.