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Resumo - Placenta e Membranas Fetais

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Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO 
 
 
 
 
• A parte fetal da placenta e as membranas fetais 
separam o feto do endométrio (membrana mucosa 
da camada interna da parede uterina). 
• É através da placenta que se dão as trocas entre 
as correntes sanguíneas materna e fetal. Os vasos 
do cordão umbilical unem a circulação placentária 
com a circulação fetal. 
 
Membranas fetais 
As membranas fetais são constituídas pelo: 
• Córion: parede do saco coriônico/saco gestacional 
• Âmnio: envoltório da cavidade amniócita, membrana 
que envolve o embrião/feto 
• Saco vitelino: estrutura que vem diminuindo de 
tamanho 
• Alantóide: divertículo que aparece no saco vitelino 
As membranas fetais são estruturas que surgem a 
partir do embrião, mas não participam da sua formação. 
Exceto o saco vitelino que irá originar o intestino 
primitivo; e a alantóide que dará origem a bexiga e ao 
ligamento umbilical mediano. 
Placenta 
A placenta é um órgão em que se dão as trocas de 
nutrientes e gases entre a mãe e o feto. Sem ela não 
há uma boa evolução da gestação. 
Ela é formada por dois componentes: 
• Porção materna: derivada do endométrio 
• Porção fetal: originada do saco coriônico 
A placenta exerce sua função junto com o cordão 
umbilical, através de um sistema de transporte das 
substâncias que passam entre o feto e a mãe. 
 
 
 
 
 
 
Funções da placenta 
• Transporte de gases, nutrientes, hormônios, 
eletrólitos e proteínas (anticorpos) 
• Proteção, nutrição, respiração e excreção 
• Metabolismo: através da síntese de glicogênio e 
ácidos graxos; 
• Secreção endócrina: hCG, estrógenos e 
progesterona.; 
❖ Decídua 
A decídua é o endométrio gravídico, ou seja, a camada 
funcional do endométrio de uma mulher grávida, que se 
destaca do útero após o parto. 
O endométrio se modifica pois há a presença de células 
deciduais (maiores) que acumulam glicogênio e lipídeos. 
Funções da decídua 
• Fonte de nutrição para o embrião enquanto não 
há uma placenta madura; 
• Controlam a invasão pelo sinciciotrofoblasto; 
Partes/regiões da decídua 
De acordo com o seu local de implantação a decídua é 
dividida em: 
• Decídua capsular: parte que cobre o concepto/saco 
gestacional 
• Decídua basal: parte mais distante do concepto. 
Constitui a parte materna da placenta. 
• Decídua parietal: todas as partes restantes 
 
 Placenta e Membranas Fetais 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO 
Mudanças na decídua com a evolução da 
gestação 
• Crescimento do feto com aprox. 24 semanas 
• Contato e fusão da decídua capsular e parietal 
• Degeneração e desaparecimento da decídua 
capsular: o córion liso se funde com a decídua 
parietal 
❖ Membrana amniocoriônica 
Membrana formada pela fusão do âmnio e córion liso 
Primeiramente ela se funde com a decídua capsular e 
após o seu desaparecimento, ela se adere à decídua 
parietal. 
É a membrana amniocoriônica que se rompe durante 
o trabalho de parto: a famosa “bolsa que se rompeu” 
❖ Desenvolvimento da placenta 
Inicia-se com o desenvolvimento das vilosidades 
coriônicas que cobrem o saco coriônico até o início da 
oitava semana. 
A partir da 8ª semana o crescimento do saco 
comprime algumas vilosidades, reduzindo seu 
suprimento sanguíneo, e elas se degeneram, formando 
uma área relativamente avascular, o córion liso. 
As vilosidades que permanecem, aquelas associadas à 
decídua basal crescem e se ramificam formando o 
córion viloso 
 
• O componente fetal da placenta é formado pelo 
córion viloso. 
• O componente materno da placenta é formado 
pela decídua basal. 
 
❖ Estruturas que compõem a 
placenta 
• Capa citotrofoblástica: estrutura que prende a parte 
fetal à parte materna (decídua basal) da placenta 
- As vilosidades de ancoragem prendem-se à decídua 
basal pela capa citotrofoblástica. 
- Além de prender a capa citotrofoblástica permite a 
chegada de sangue materno através dos seus espaços, 
pois permitem a passagem de veias e artérias 
endometriais que se abrem no espaço interviloso. 
• Espaço interviloso: espaço que contém sangue 
materno e é dividido em espaços que se 
comunicam. 
- O sangue materno chega ao espaço interviloso 
através das artérias espiraladas do endométrio. 
- O espaço interviloso é drenado pelas veias 
endometriais. 
- Originam-se das lacunas do sinciciotrofoblasto 
durante a segunda semana de desenvolvimento. 
 
*Circulação placentária fetal e materna* 
 
 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO 
• Placa coriônica: É uma parte específica do córion - 
parede do saco gestacional – que se relaciona com 
a placenta; constitui o teto do espaço interviloso. É 
uma parte específica do córion - parede do saco 
gestacional – que se relaciona com a placenta. 
 
• Septos placentários: projetam-se em direção à 
placenta coriônica e dividem a parte fetal da 
placenta em cotilédones. 
 
• Cotilédones: áreas irregulares que contém duas ou 
mais vilosidades-tronco. Delas partem as vilosidades 
ramificadas. 
 
 
*Face materna = face colada ao endométrio 
*Face fetal = onde está inserido o cordão umbilical 
 
❖ Circulação Placentária Materna 
A circulação placentária acontece através da chegada 
de sangue pelo espaço interviloso. 
O sangue materno no espaço interviloso fica, 
temporariamente, fora do sistema circulatório materno. 
Cerca de 80 a 100 artérias espiraladas endometriais da 
decídua basal lançam sangue no espaço interviloso em 
jatos. 
Após diminuir a pressão, o sangue flui lentamente em 
torno das vilosidades ramificadas. É nesse momento que 
ocorre as trocas de substâncias com o sangue fetal. 
O sangue volta para a circulação materna pelas veias 
endometriais. 
O espaço interviloso da placenta contém 150 ml de 
sangue substituído 3 a 4 vezes por minuto. 
❖ Circulação Placentária Fetal 
A maior parte das trocas de produtos entre a mãe e o 
feto ocorrem nas vilosidades ramificadas. 
 
A circulação do feto e da mãe são separadas pela 
membrana placentária, portanto não há mistura de 
sangue materno e fetal. 
- A membrana placentária separa o sangue materno e 
o sangue fetal nos seus respectivos capilares (dentro 
do espaço interviloso) 
- Até 20 semanas a membrana placentária é um pouco 
mais espessa formada por sinciciotrofoblasto, 
citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e 
endotélio dos capilares fetais 
- Após 20 semanas, com o envelhecimento da 
membrana ela vai se tornando mais fina e vai 
desaparecendo de células do citotrofoblasto em 
algumas áreas. 
 
Normalmente o cordão umbilical possui 2 artérias e 1 
veia 
1. Sangue desoxigenado deixa o feto pelas 
artérias umbilicais → se ramificam e formam 
as artérias coriônicas que adentram a placa 
coriônica → se ramificam mais ainda até chegar 
em unidades menores que irão se inserir nas 
vilosidades coriônicas – sistema arteriocapilar 
venoso 
2. Trocas gasosas ocorrem nas vilosidades 
ramificadas 
3. O sangue oxigenado retorna ao feto através da 
veia umbilical 
 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO 
Cordão Umbilical 
É muito necessário um cordão umbilical bem 
desenvolvido para um funcionamento adequado da 
placenta. 
Normalmente ele se localiza no centro da superfície 
fetal da placenta. 
Tem medida aprox. de 1 a 2 cm de diâmetro e de 30 a 
90 cm de comprimento. 
É essencial que o cordão tenha uma normalidade no 
número de vasos: 2 artérias e 1 veia envolvidas por 
tecido conjuntivo mucoso. 
Obs: cordões menores que 30 cm de comprimento – 
maior chance de deslocamento de placenta; cordões 
maiores do que 90 cm – maior possibilidade de nós ou 
enrolamentos 
Âmnio 
O âmnio é a membrana formadora do saco amniótico 
que contém o fluido amniótico, onde o feto se 
encontrasuspenso e flutua nele. 
Quando o embrião ainda é um disco embrionário, a 
cavidade amniótica/o âmnio se encontra acima dele. 
Com o dobramento do embrião, pelo âmnio ser preso 
ao disco embrionário, ele é incorporado e passa a 
formar o revestimento epitelial do cordão umbilical. 
❖ Fluido amniótico 
Composição: 
• 99% por água 
• Proteínas 
• Carboidratos 
• Gordura e hormônios 
• Células epiteliais fetais descamadas (importantes para 
descobrir informações importantes sobre o feto) 
• Urina fetal e mecônio 
Formado por: 
• Inicialmente por células amnióticas 
• Fluido intersticial materno por difusão através da 
membrana amniocoriônica – maior parte da sua 
formação 
• Placa coriônica 
• Trato respiratório fetal 
• Urina fetal (a partir da 11ª semana) 
Esse fluido é constantemente renovado (o conteúdo de 
água é trocado a cada 3 horas) e é similar ao fluido 
intersticial dos tecidos fetais. 
Obs: o volume aumenta com a evolução da gestação – 
700 ml a 1 L com 37 semanas. 
 
 
❖ Circulação do fluido amniótico 
 
1. O fluido é deglutido pelo feto e absorvido 
2. Passa para o sangue fetal e através da troca na 
membrana placentária.... 
3. É passado para o sangue materno 
 
Obs: é necessário que haja uma quantidade 
adequada/ideal na quantidade de fluido 
amniótico, para que não haja complicações 
 
 
Funções do fluido amniótico 
• Barreira contra infecções 
• Amortece impactos – mecanismo de proteção 
• Impede a aderência do embrião ao âmnio 
• Controla a temperatura corporal fetal 
• Mantém a homeostase dos fluidos e eletrólitos 
• Capacita a movimentação fetal 
• Permite o desenvolvimento dos pulmões 
 
 
 
 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO 
Saco vitelino 
Com a evolução da gravidez, o saco vitelino vem 
sofrendo a diminuição do seu tamanho. 
No fim da 6ª semana ele se destaca/despareça do 
intestino médio e não possui mais funcionalidade. 
Obs: em alguns casos há a persistência do saco vitelino, 
mas não possui nenhuma expressão clínica 
No início da gestação ele contribui bastante para a 
transferência de nutrientes, formação do sangue, 
intestino primitivo e células germinativas primordiais. 
 
 
 
 
Alantóide 
A alantóide aparece durante a 3ª semana e depois se 
degenera. 
Ela contribui para a formação do sangue inicial e seus 
vasos persistem como veia e artérias umbilicais. 
Origina o ligamento umbilical mediano, contribuindo para 
a formação da bexiga 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gravidez múltipla 
1. GÊMEOS DIZIGÓTICOS OU FRATERNOS: 
São aqueles originados de dois zigotos, ou seja, 2 
ovócitos fertilizados por 2 espermatozoides diferentes. 
São geneticamente diferentes e representam a maioria 
dos gêmeos. A proporção aumenta com a idade da 
mãe. 
A gestação apresenta dois blastocistos: dois âmnios, 
dois córions e duas placentas. 
 
2. GÊMEOS MONOZIGÓTICOS OU IDÊNTICOS: 
São aqueles originados do mesmo zigoto, ou seja, 1 
ovócito fertilizado por 1 espermatozoide gerando dois 
indivíduos geneticamente iguais. 
A formação dos gêmeos monozigóticos se inicia no 
estágio de blastocisto (+/- 65%), onde o embrioblasto 
se divide em dois primórdios embrionários. 
A gestação apresenta 2 embriões com dois sacos 
amnióticos, dentro de dois sacos amnióticos, dentro de 
um saco coriônico e uma placenta comum 
 
 
 Srta. Mariana Lopes 
 
EMBRIO

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