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Transtornos mentais orgânicos OBS: ISRS (fluoxetina) pode levar a hiponatremia – confusão mental em idosos, por exemplo. Mas são alterações transitórias, que ao repor sódio, melhoram 100%. Muitas vezes são confundidos com psicose, mas não se trata de psicose nesses casos Primaria – doenças, lesões e comprometimentos que afetam o cérebro de maneira direta e seletiva Secundaria – doenças e transtornos sistêmicos que atacam o cérebro apenas como um dos múltiplos órgãos ou sistemas orgânicos envolvidos O diagnóstico de transtorno mental orgânico é um diagnóstico diferencial, primeiro precisa excluir outras causas clinicas de disfunções orgânicas e depois que excluir as outras causas, diagnostica como transtorno mental orgânico Classificação CID-10 (escolheu 2 para tratar na aula) F00 – Demência na doença de Alzheimer F05 – Delirium não induzido pelo álcool ou outras substancias Delirium Alteração na comunicação interneural, gerando uma confusão, um bloqueio na linha de pensamento, seja por um AVC, por uma intoxicação, por deposição de substancias, etc É uma síndrome clinica caracterizada por inicio abrupto de prejuízo na consciência e mudança na cognição, acompanhado por flutuação de sintomas e evidencia de uma etiologia orgânica. Essa síndrome indica que existe uma insuficiência de funcionamento cerebral, especialmente das funções cognitivas superiores, como a habilidade de pensar, bem como de sustentar e manter a atenção, o que pode ser acompanhado de uma miríade de outros sintomas É inicio geralmente é agudo, promove uma alteração importante e são flutuantes, variando de algumas horas ate poucos dias. Geralmente o paciente em delirium apresenta sonolência diurna e agitação noturna, causando prejuízos a seu ciclo saudável de sono Quadro clinico Rebaixamento do nível de consciência e alteração da atenção – geralmente flutuante Orientação prejudicada Pensamento sem logica e discurso desorganizado Sensopercepção: ilusões e alucinações visuais e táteis – sempre pensar em disfunção orgânica quando houver alucinações visuais e táteis. Geralmente na esquizofrenia são alucinações auditivas Humor – irritação, perplexidade, pavor Psicomotricidade – agitação psicomotora Ciclo sono-vigília – inversão – hipervigilancia vespertina e noturna e sono durante a manha Subtipo hiperativo Inquietação e agitação psicomotora, ansiedade, agressividade, ilusões ou alucinações visuais e discurso desorganizado Tem melhor prognostico Subtipo hipoativo e misto Hipersonolencia, pouca expressão motora e afetiva (apatia) Maios dificuldade diagnostica Geralmente é causado por encefalopatia metabólicas e lesões neurológicas severas, por isso tem um pior prognostico, além da apresentação clinica que é mais silenciosa e como é tratamento em hospital, por não ser um paciente que “chama atenção” e incomoda, geralmente é um paciente que tem a maior possibilidade de ser negligenciado Tem um pior prognostico, com maior risco de óbito Misto – alternância dos achados dos dois primeiros subtipos Tratamento Busca por causas subjacentes e tentativa de tratar os sintomas agudos Supervisão rigorosa do paciente – equilíbrio hídrico, eletrolítico, nutrição, medicamentos e medidas para melhorar a orientação Paciente agitado – aplicar a intervenção menos restritiva (proteção) Medicamento psiquiátrico para tratar agitação – Haloperidol (antipsicotico de alta potência) Tratado em AMBIENTE HOSPITALAR OBS: Impregnação colinérgica por Haldol é mais uma questão de dificuldade de movimento, mas o paciente fica mais “rebaixado” pela grande capacidade de sedação do medicamento. Considerações da doença 50% dos pacientes com algum trnatorno mental orgânico agudo melhoram com o tratamento adequado Mortalidade de 25% 25% revelam sinais precoces de demência São distúrbios de consciência e atenção Distúrbios da cognição (memoria e orientação) Instalação aguda, flutuação da consciência durante o dia Presença de lesão cerebral ou doença sistêmica Causas orgânicas e sua importância na pratica medica Prioridade e supremacia sobre qualquer diagnostico psiquiátrico São causas reversíveis de transtornos mentais em muitos casos Muitos tratamentos podem ser causa iatrogênica de transtornos mentais (medicamentos) Demência de Alzheimer Perda de contato coma realidade É uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade A demora do diagnóstico é uma característica frequente das demências – em torno de 5 anos Etiologia da DA Fatores genéticos, idade, 32, 9% tem histórico familiar, transmitida de forma autossômica dominante em 25% Cromossoma 14 e 21 (Sd. De Down) tem início precoce Tem prevalência maior em mulheres, principalmente porque as mulheres vivem mais Fatores de risco Aumento de idade, menos instrução, historia familiar de demência, hereditariedade de certos genes, IAM – aumenta a chance de doença vascular e microangiopatias difusas que favorecem o aparecimento de demência e consequente DA concomitante, TCE – perde neurônios e depressão OBS: Doenças psiquiátricas podem levar a doenças orgânicas, não so pelo uso de medicamentos, mas pela possível apoptose de células, pela desorganização neuronal, entre outras características Fisiopatogenia Inicialmente age na capacidade de reter novas informações e evocar as antigas Quadro clinico Processo degenerativo que acomete inicialmente o hipocampo Relativa preservação dos córtices primários – alterações cognitivas e comportamentais, com preservação do funcionamento motor e sensorial ate as fases mais avançadas da doença É o protótipo da doença amnésica, geralmente após os 65 anos Perda de memória é o principal achado em todo o curso da doença Do diagnostico ao óbito geralmente varia entre 12-15 anos Causas de alterações de comportamento abruptas Mudança de ambiente, novas doenças, trocas de cuidador e novos medicamentos Testes utilizados em rotina diagnostica MEEM – orientação em espaço e tempo, registro (fala 3 palavras para ver se ele gravou), atenção e calculo, evocação das 3 palavras do registro, linguagem, praxia (faz uma sequencia de atividades), visuoespacial (pede para o paciente repetir o desenho) Teste do relógio – fala uma hora e pede para o paciente desenhar no relógio Teste CDR: PONTUAÇÕES – é subjetivo e depende do avaliador 0 – não tem demência 0,5 – suspeita de demência 1, 2, 3 – demência leve, moderada e severa, respectivamente Testes auxiliares LCR – para avaliar se há a presença de diminuição dos níveis de proteína beta amiloide AB42 RNM – avaliar se há a presença de atrofia global e diminuição de volumes hipocampais Fisiopatologia A perda neuronal e a degeneração sináptica são os principais achados neuropatológicos na Doença de Alzheimer, junto com o acúmulo de duas lesões principais, sendo elas as placas neuríticas (ou amiloides) e os emaranhados neurofibrilares. As placas neuríticas são lesões extracelulares formadas basicamente pelo peptídeo beta- amilóide, o qual é originado a partir da clivagem da proteína precursora de amilóide (APP), proteína responsável por estimular o neurônio a crescer e se reparar em caso de lesão. Fisiologicamente, a APP é clivada pela enzima alfa-secretase, sendo então transformada em fragmentos menores sem ação tóxica. Na DA, a liberação do peptídeo beta-amilóide ocorre a partir da atividade das enzimas beta-secretase e gama-secretase, resultando na agregação e deposição desse peptídeo no córtex cerebral podendo, dessa forma, interferir nas sinapses. Já os emaranhados neurofibrilares são lesões intraneurais compostas por elementos do citoesqueletoanormais, sendo o seu componente principal a proteína tau. Os microtúbulos que formam o citoesqueleto, responsáveis pelo transporte de substâncias no interior do neurônio, dependem da proteína tau para que se mantenham estáveis. Na DA, ocorre uma fosforilação anormal da proteína tau, a qual se torna hiperfosforilada, ocasionando edema e distrofia dos microtúbulos e a consequente morte celular. Tratamento medicamentoso Rivastigmina – 2 tomadas diárias (16-24 mg) AChEI e inibe a butirilcolinesterase Promove sintomas colinérgicos, anorexia e perda de peso Galantamina - 2 tomadas diárias (16-24 mg) AChEI e modulador dos receptores nicotínicos (importância não comprovada) Efeitos colaterais semelhantes, mas com menor intensidade com titulação correta Memantina – duas tomadas (20 mg) Antagonista do receptor NMDA Glutamato – principal neurotransmissor excitatório do SNC e atua principalmente em hipocampo e córtex temporal. Funciona como excitotoxina Efeitos colaterais – diarreia, vertigem, cefalei, insônia, inquietação e cansaço Costuma ser bem tolerado, com benefícios funcionais e comportamentais Indicado para DA de moderada a grave intensidade Tratamento adjuvante Antidepressivos – usados mais na parte inicial quando o paciente ta na fase de aceitação Antipsicoticos – na fase em que o paciente começa a ficas mais agressivo, com delírios de ciúmes, etc – geralmente em baixa dose - Risperidona em baixa dose, Haldol em baixa dose, Olanzapina em baixa dose e com cuidado pois são drogas que promove alterações metabólicas – CUIDADO Síndromes psicóticas e sintomas produtivos que podem ocorrer na DA
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