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Máquinas e Mecanização Agrícola Máquina é um equipamento que possui motor responsável por produzir força. O trator é uma máquina, mas por si só ele não executa trabalho, é necessário associar-se a um implemento. O implemento por sua vez, para funcionar precisa estar acoplado ao trator. A união trator-implemento é chamada de conjunto mecanizado. Preparo do solo 1ª etapa: Aração Revolvimento do solo, inversão de camadas. Implementos: arado de disco; arado de aiveca; grade aradora/ grade pesada 2ª etapa: Gradagem Destorroamento e nivelamento do solo. Implementos: grade média; grade destorroadora/ niveladora. Unidades de energia (si) ★ Potência (medida de quão rápido um trabalho é executado, relaciona-se com tamanho do trator, tecnologia do motor, manutenção). ★ Força (Esforço em sentido retilíneo necessário para tracionar um peso, ex. movimento do pistão). ★ Torque (Esforço em sentido giratório necessário para tracionar um peso, ex. movimento do virabrequim). ★ Trabalho (aplicação de força (esforço) por uma determinada distância, ex. conjunto mecanizado arando um talhão de 2 ha). ★ Massa (quantidade de matéria de um corpo, ex. tamanho do trator/implemento). ★ Peso (massa * aceleração da gravidade, maior o implemento mais ele é pesado). ★ Energia ( tempo que se consegue sustentar a dissipação da potência/quanto trabalho se pode realizar, depende da qualidade da fonte,ou seja, combustível). Saber as unidades de energia é essencial para compreender o funcionamento das máquinas/implementos, além de ser importante para a compatibilidade dos mesmos Tecnologia A agricultura pôde evoluir por conta da evolução das máquinas e desenvolvimento dos defensivos. Agricultura de precisão: tecnologias digitais,melhoria nas etapas da produção: solo, clima, insumo. Agricultura 4.0: melhoria na A.P. tecnologia digital integrada conectada por meio de so�ware,sistematização dos equipamentos, otimização da produção agrícola em todas as etapas, sensoriamento remoto. Agricultura 5.0: máquinas sem operadores, análise remota da qualidade do solo, avaliação de sementes. Desafia o agricultor a aprender a utilizar, mudanças no hábito de trabalho. Fábricas de tratores ★ CASE 1842, Racine, Wisconsin, EUA. ★ FORD 1903, Detroit, Michigan, EUA. ★ MASSEY FERGUSON 1847, Dulutum, Geórgia, EUA. ★ VALMET 1750, Finlândia. ★ VALTRA 1832, Suécia - 1951, Finlândia. ★ NEW HOLLAND 1895, Pensilvânia, EUA. ★ JOHN DEERE 1837, Moline, Illinois, EUA. ★ XCMG 1989, Xuzhou, Jiangsu, CHINA. ★ LS TRACTOR 1976, Jeonju-si CORÉIA DO SUL. ★ YANMAR 1912, Osaka, JAPÃO. Princípios do funcionamento do motor de combustão interna Princípios de Beau de Rochas para máxima eficiência do ciclo são: 1. Relação superfície-volume do cilindro deve ser a menor possível (objetiva reduzir a perda de calor através das paredes do cilindro); 2. Processo de expansão deve ser o mais rápido possível (objetiva reduzir a perda de calor através das paredes do cilindro); 3. Expansão máxima possível (considera que maior expansão produz maior trabalho); 4. Pressão máxima possível no início da expansão (considera que quanto maior a pressão maior é o trabalho produzido na expansão). Os motores de combustão interna são classificados em relação ao princípio de funcionamento em dois tipos: Ciclo OTTO e Ciclo DIESEL. O ciclo de funcionamento é o conjunto de transformações na massa gasosa no interior da câmara, desde a admissão até o escape. Ambos os ciclos podem ser completados em dois ou quatro tempos. Motores ciclo otto Os motores de ciclo OTTO/ ignição por centelha utilizam a energia da centelha para dar início a reação de combustão. Os motores de combustão interna são divididos em três partes principais: cabeçote, bloco e cárter. Cada uma dessas partes possui uma função. Cabeçote: parte superior do motor. Contém válvulas de escape (saída de fumaça) e de admissão (entrada de energia química) para cada cilindro, que controlam entrada e saída de gases no cilindro. Câmara de combustão, coletor de admissão, coletor de descarga. Eixo de comando de válvulas regula o movimento que faz a válvula abrir/fechar (com auxílio de uma peça chamada ressalto para cada válvula) recebe movimento do virabrequim, gira com metade da velocidade deste. Bloco: parte central do motor. Contém cilindro, câmara d’água (condutores circulação de água de resfriamento dos cilindros), virabrequim, volante do motor (extremidade posterior do virabrequim), engrenagem, que engrena diretamente/intermédio da correia dentada ao eixo de comando de válvulas. Pistão apresenta ranhuras na parte superior para fixação dos anéis de segmento (vedação: impedem passagem dos gases de compressão e os queimados para o cárter, mantendo pressão constante sobre a c cabeça do pistão; lubrificação: lubrifica e raspa excesso de óleo na parede do cilindro, removendo-o para o cárter.), biela ( transmite movimento linear do pistão para o virabrequim), entre a biela e o virabrequim são colocados os casquilhos para evitar desgaste do virabrequim. Cárter: parte inferior do motor. Nos motores 4 tempos é reservatório de óleo lubrificante. Contém a bomba de óleo lubrificante. Motor de ciclo otto quatro tempos Realiza o ciclo em quatro cursos, o que implica duas voltas (720°) no virabrequim. 1º Admissão: pistão PMS→PMI. O²+ Combustível (Gasolina, etanol, gás). O volume admitido é o volume de cilindrada parcial do motor. Válvula de admissão aberta e válvula de escape fechada. 2º Compressão: PMS←PMI. Redução do volume de admissão para volume da câmara de combustão. Válvulas de admissão e escape fechadas. 3º Expansão: PMS→PMI. Ocorre a combustão devido ao contato do ar em alta temperatura com a centelha, liberada pela vela de ignição.A força produzida desloca o pistão realizando trabalho.Válvulas de admissão e escape fechadas. 4º Escape: PMS←PMI. Eliminação dos resíduos da combustão.Válvula de admissão fechada e a válvula de escape aberta Motor de ciclo otto dois tempos Realiza o ciclo em dois cursos do pistão, ou seja, uma volta (360°) do virabrequim. A lubrificação do motor é feita através da mistura de óleo lubrificante no combustível. Não possuem sistema de válvulas sendo a admissão feita em duas etapas: primeiro no cárter e depois no cilindro. 1º Compressão e Admissão: PMS←PMI. Ocorre a compressão e admissão no cárter através da janela de admissão. 2º Expansão, admissão e escape: PMS→PMI. A renovação da mistura é chamada de lavagem do cilindro, ou seja, a mistura nova que estava no cárter é admitida no cilindro e expulsa os resíduos da combustão. Motor de ciclo diesel quatro tempos Motor de ignição por compressão pois utilizam o aumento da temperatura devido a compressão de uma massa de ar para dar início a reação de combustão. Realiza o ciclo em quatro cursos, o que implica em duas voltas (720°) no virabrequim. 1º Admissão: pistão PMS→PMI. Apenas O² é admitido. Válvula de admissão aberta e válvula de escape fechada. 2º Compressão: PMS←PMI. Compressão do ar na câmara de combustão produz elevação da temperatura. Válvulas de admissão e escape fechadas.No fim da compressão para a relação volumétrica de 18:1 e a temperatura é de aproximadamente 800°C. No final da compressão, o combustível é dosado e injetado na câmara de combustão.A injeção do combustível na câmara de combustão é feita pelo bico injetor. Imediatamente após a injeção, o combustível se inflama devido ao contato com o ar aquecido, iniciando-se a combustão. 3º Expansão: PMS→PMI. Expansão do O². Válvulas de admissão e escape fechadas.A medida que o combustível é injetado, vai se inflamando, aumentando a temperatura dos gases que tendem a se dilatar cada vez mais. Durante a expansão o pistão é acionado pela força de expansão dos gases transformando a energia térmica em mecânica.A força vinda da expansão dos gases é transmitida para o virabrequim através da biela, promovendo assim o movimento de rotação do motor. A expansão é o único curso que transforma energia. Parte da energia transformada é armazenada no virabrequime no volante do motor que será consumida durante os outros três cursos. 4º Escape: PMS←PMI. Eliminação dos resíduos da combustão.Válvula de admissão fechada e válvula de escape aberta. Fases e Tempos Fases são as ações que ocorrem no cilindro necessárias para a produção da força (admissão, compressão, expansão, escape). Tempos são os intervalos de movimento (giro) de 180° do virabrequim (0°-180°;180°-360°; 360°-540°; 540°-720°). Cilindrada É o volume de deslocamento do pistão do PMS para o PMI multiplicado pelo número de cilindros. Equilíbrio térmico e dinâmico O equilíbrio térmico é o instante da fase de compressão em que o pistão comprime até o extremo as moléculas de O² e do combustível fazendo com que estas sofram atrito e produzam calor e pressão. O equilíbrio dinâmico é o instante da fase de expansão, em que a mistura sofre a combustão, gerando expansão, que movimentará o pistão produzindo a força que dará movimento ao virabrequim (que produz o torque proporcionando tração às rodas).
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