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Hérnias da parede abdominal 1 Hérnias da parede abdominal Hérnia = ruptura 75% das hérnias de parede abdominal são inguinais 50%- h. inguinais indiretas 25%- h. inguinais diretas 10-15% - h. incisionais (cirurgia abdomial prévia) 10% - h. epigástricas e umbilicais 5% - h. femorais ( mais comum em mulheres) Fatores de risco → hérnias crurais, inguino femurais *História Familiar *Doenças colagenosas * Idade (70-80) *S. masculino *Obesidade(proteção) *Fumo *Aumento da p. abdominal (DPOC, HPB, Ascite) Fatores de risco → h. incisionais *Fatores cirúrgicos (Técnica cirúrgica e complicação da ferida) *Obesidade ( fator de piora) *Desnutrição *Corticoide Anatomia : a cav. abdominal trabalha com uma pressão positiva Hérnias da parede abdominal 2 Vamos estudar principalmente os m. da parede abdominal. Se eles enfraquecem alguma coisa pode se abaular e causar uma hérnia. Porém pode acometer outros locais Hérnias da parede abdominal 3 Anel inguinal superficial= divisão que ocorre nas fibras da aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. →Perfuração na aponeurose do oblíquo externo A foice inguinal = fusão das fixações púbicas das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome, constituído a parede posterior do canal inguinal. A bainha do músculo reto abdominal não participa do anel inguinal superficial. Na região inguinal, a fáscia transversal é espessa e densa e unida por fibras da aponeurose do abdome transverso, não sendo perfurado pelo anel inguinal superficial, compondo a parede posterior. As veias epigástricas superficiais se encontram entre as fáscias de Camper e Scarpa, que não são perfuradas pelo anel inguinal superficial. A aponeurose delimita o funículo espermático e o canal inguinal externo Hérnias da parede abdominal 4 → Canal inguinal: é um ducto q vai de lateral p/ medial obliquamente de dentro p/ fora. Comunicação entre cav. abdominal e testículo O que habita o canal inguinal feminino? Ligamento redondo do útero Hérnias da parede abdominal 5 Funículo espermático é uma continuação da parede abdominal A tunica vaginallis (membrana que recobre o testículo) é parecida com o peritônio Hérnias da parede abdominal 6 Funículo espermático está dentro do canal inguinal Tendão conjunto inserção conjunta do m. oblíquo interno e do m. transverso). Limite superior do canal inguinal Ligamento inguinal é local onde termina a aponeurose do m. oblíquo externo. Sendo um ligamento fibroso e um limite inferior do canal inguinal Canal femoral é onde vão surgir as hérnias femorais Camada posterior do canal inguinal→ fáscia transversalis Hérnias da parede abdominal 7 Anel inguinal interno é a entrada das estruturas do funículo espermático p/ sair de dentro p/ fora obliquamente de lateral para medial. Saem no anel inguinal externo e chegam na bolsa escrotal Esse óstio é uma área de fraqueza propensa a ter hérnias (inguinais e femorais) Hérnias femorais = canal femoral Hérnias da parede abdominal 8 Hérnias inguinais diretas =trígono inguinal de Hesselbach Limites anatômicos do trígono de Hesselbach: *Limite medial→ M. reto abdominal *Limite inferior→ Ligamento inguinal *Limite lateral→ vasos epigástricos inferiores Hérnias que vem medialmente aos vasos epi. inferiores são hérnias diretas e hérnias que vem lateralmente aos vasos epi. inferiores são indiretas Classificação Hérnias da parede abdominal 9 2 tipos de hérnias inguinais. Pode ser um defeito direto da parede abdominal ou ser um defeito indireto fazendo um atalho pelo canal inguinal As indiretas: Entram pelo anel inguinal profundo São encontradas dentro do canal espermático Podem se apresentar através do anel inguinal superficial Mais comuns Hérnias da parede abdominal 10 Correm lateralmente aos vasos epigástricos CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS : I- Hérnia da criança, congênita. O conduto peritônio vaginal (por onde desce o testículo) n fechou, existindo uma via de acesso entre a intra-abdominal até a cav. escrotal II- Hérnia inguinal clássica III-A) Fraqueza da fáscia transversallis da parede posterior B)Fraqueza da parede posterior e alargamento do canal inguinal IV- Recidivas Hérnia umbilical → fraqueza na parede e o conteúdo abdomnial extravasou pelo umbigo Na linha média acima do umbigo → hérnia epigástrica Hérnias da parede abdominal 11 Rodapé de livro Por deslizamento → o que sai pela hérnia é um conteúdo extraperitoneal. N há um saco herniário De Amyand → presença do apêndice cecal no saco herniário inguinal De Garengeot→ presença do apêndice cecal no saco herniário femoral De Littré → qualquer hérnia contendo o divertículo de Meckel De Richter → quando saiu não abalou o intestino inteiro Hérnias da parede abdominal 12 Transito intestinal está preservado → não há oclusão intestinal De Spiegel → h. na linha semiluunar, está lateralmente ao reto abdominal Obturadora → h. pelo forame obturador De Bochdaleck → hérnia congênita diafragmática mais descoberta como achado incidental O conteúdo do abdome invada a caixa torácica. Diagnóstico diferencial: Eventração diafragmática Malformação adenomatóide cística QUADRO CLÍNICO: Abaulamento na região inguinal Oligossintomáticas Sensação de dor vaga e peso na região *Dor intensa é sinal de complicacação (estrangulamento e encarceramento da hérnia Hérnias da parede abdominal 13 Diagnóstico: → Exame Físico: paciente em posição: -Supina= deitado -Ortostase= em pé Pede ao paciente p/ fazer a manobra de valsava →Palpação do anel inguinal Manobra de Landivar: colocar o dedo dentro do anel inguinal e sentir a hérnia (ao realizar a manobra de valssava) * Se a hérnia tocar a polpa (fáscia anterior) do dedo → hérnia direta * Se a hérnia tocar na ponta do dedo → hérnia indireta Essa manobra é p/ h. inguinais. H. femorais não consigo ver com essa manobra →USG apenas em casos complicados e duvidosos DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Hérnias da parede abdominal 14 Linfedema é um abaulamento fixo, bem delimitado e n redutível. Já a hérnia é redutível, vai e volta, conseguimos palpar o defeito Neoplasia testicular: massas endurecidas, dolorosas. A hérnia muito das vezes é assintomática Hidrocele testicular: o conduto peritônio vaginal fechou mas tem um acúmulo de líquido junto ao hidrocele. Pode ser um cisto de cordão, uma hidrocele comunicante acumulou o líq em baixo,o anel inguinal interno está preservado, hernia ingino escrotal ou apenas uma inguinal Hérnias da parede abdominal 15 SITUAÇÃO Redútivel : simples e sem complicação. H. inguinal, femoral, umbilical. Quando há aumento da pressão intra-abdominal a hérnia pula p/fora. Diminui a pressão, empurra a hérnia p/dentro e ela volta p/ cav. abdominal Encarcerada: a partir daqui são pac. de emergênica O conteúdo herniário foi e n consegue voltar, causando dor →Podendo gerar um quadro de hérnia cronicamente habitada (sem necessariamente haver dor) Estrangulada: é pior q a encarcerada, há um sofrimento vascular → Dor periumbilical e eritema TRATAMENTO Hérnias da parede abdominal 16 Sem urgência. Watchful waiting → olhar, esperar e analisar a evolução Orientar n pegar peso Essa cinta n é recomendada Pac. deitado faz uma forçinha, faz uso de analgésico, relaxante muscular, compressa morna no local e com jeitinho tentar reduzir a hérnia. Caso n consiga reduzir → cirurgia de urgência Se esperar a alça intestinal pode necrosar, romper e vazar conteúdo fecaloide p/ cav. abdominal podendo causar peritonite Hérnias da parede abdominal 17 Técnicas com tensão → recidivas Sutura do lig. inguinal com o tendão conjunto. Muita tensão Sutura do tendão conjunto com o lig. pectíneo. Com mais tensão ainda. VAI LÁ EM BAIXO Hérnias da parede abdominal 18 Padrão-ouro. A tela cobre e segura o defeito. Específica para h. inguinais → reparo no lig. inguinal IMBRICAMENTO Hérnias da paredeabdominal 19 No final temos o anel inguinal externo e ao abrir a aponeurose do m. oblíquo externo temos: Vemos o canal inguinal e o funículo espermático que está dentro e veremos o defeito (a hérnia) H. direta → defeito diretamente da parede posterior/ da fascia transversallis H. indireta → defeito de dentro do canal inguinal, do funículo espermático. Terá q abrir o funículo p/ tratar dessa hérnia Depois de isolar, ressecar as estruturas, iremos colocar as telas Hérnias da parede abdominal 20 Sem tensão. Os pontos no lig. inguinal e tem um ponto muito importante no tubérculo púbico. Feito isso, cobriu toda a parede posterior → hérnias diretas estão protegidas Com as h. indiretas faz- se um novo anel p/ tencionar mais o canal HÉRNIA FEMORAL Hérnias da parede abdominal 21 Plug femoral : colocar no canal inguinal algo que preencha todo o espaço vazio HÉRNIA UMBILICAL: Hérnias da parede abdominal 22 Abre as várias camadas e ressaca o saco herniário, jogar o conteúdo p/ dentro e colocar uma tela sem tensão Indicação cirúrgica de caráter eletivo Inguinal indiretas → fazer o ressecamento do saco herniário e obliterando o conduto peritônio vaginal Fazer a cirurgia o quanto antes Hérnias da parede abdominal 23 Tela pré aponeurótica→ Lichtenstein, usada em todas as abordagens anteriores Tela pré aponeurótica → abaixo do peritonêo N podem ser colocadas intra-abdominais pq podem ulcerar Grande tela pré peritoneal cobrindo toda a cav. abdomonial resolvendo todos os problemas de hérnia Hérnias da parede abdominal 24 Coloca-se o balão p/ descolar e dar espaço p/ trabalhar e colocar a tela Tela por fora do peritonêo, na hora que faz o acesso vai descolar o peri. da musculatura e colocar uma tela ali Hérnias da parede abdominal 25 Entra no abdome. corta o peritônio, coloca uma tela e fecha novamente Hérnias da parede abdominal 26 Lívia Rachel Abrantes Dias
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