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Lúpus Eritematoso

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Rebeka Freitas 
 
 
-É uma doença inflamatória crônica autoimune sistêmica, com 
períodos de atividade e remissão. 
- 15 a 120 casos a cada 100.000 indivíduos na população; não 
caucasiana, com prevalência maior africana; mais prevalente 
em mulheres jovens nos anos reprodutivos, na proporção 9:1, 
com idade média em torno de 30 anos ⇾ pode, se apresentar 
em qualquer idade e em qualquer sexo. 
 
- A paciente pode ter úlceras orais, fotossensibilidade, lesões 
em pele (rash malar/lesão em asa de borboleta e lúpus 
discoide). 
 
- A principal complicação do Lúpus é a alteração renal com 
consequente insuficiência renal. 
-A artrite do lúpus não é erosiva como a artrite reumatoide, é 
uma artrite aditiva. 
 
 
 
- Pelo menos 100 genes podem estar envolvidos com a doença 
em humanos. 
- Indivíduos com parentes de 1º grau portadores de LES 
possuem uma probabilidade maior de desenvolver LES. 
- Fatores ambientais: infecções virais, estresse físico e 
mental, exposição solar, medicamentos, alteração hormonal 
(estrogênio) e nutrição. 
- O LES consiste numa reação do tipo III, com formação de 
complexos imunes circulantes que se depositam em várias 
regiões do corpo. 
- O Lúpus Eritematoso Sistêmico ocorre quando o 
autoanticorpo é contra o DNA e os antígenos derivados do DNA 
presentes no núcleo ⇾ o tempo todo estão na circulação, pois 
em todo o tempo há célula morrendo, sofrendo apoptose e 
liberando o conteúdo do DNA na corrente sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
L pus Eritematoso 
Rebeka Freitas 
- TLR 2 e 9 reconhecem os autoantígenos⇾ ativação das 
APCs ⇾ ativação das células T, que ativam células B ⇾ 
produção de anticorpos anti-DNA que se ligam aos 
autoantígenos formando imunocomplexos circulantes que se 
depositam em regiões geralmente de filtração maior (rim, pele, 
artrite, outros). 
- A reação do tipo III predomina no LES, mas também há reação 
do tipo II, com anticorpos causando lise de células hematológicas. 
- Todo esse processo leva à ativação da via clássica do 
complemento: 
• Complexos de lise celular; 
• C1q-Fc da IgG dos imunocomplexos depositados⇾ ativação de 
neutrófilos; 
• C3a e C5a também recrutam neutrófilos. 
- Os neutrófilos produzem ROS, IL-4, IFN-gama, TNF-alfa e 
TGF-beta ⇾ lesão podocitária no glomérulo, proliferação de 
células mesangiais, endoteliais e epiteliais parietais; aumento na 
síntese e na deposição de matriz extracelular; disfunção renal. 
- Esse processo de destruição pode acontecer em qualquer 
tecido onde o imunocomplexos se depositar. 
➼ DIAGNÓSTICO: 
- É preciso que o indivíduo tenha pelo menos 4 dos 11 critérios 
determinados: 
 
- FAN (fator anti-núcleo): grupo de todos os anticorpos anti-
proteínas nucleares e anti-DNA; pode positivar em outras 
doenças reumatológicas, medicamentos, HIV, mononucleose, 
linfoma e tuberculose, porém, quando a pessoa tem lúpus, é 
bem provável que esteja positivo também ⇾ portanto, nem 
todo FAN positivo é sinônimo de lúpus, mas, na maioria dos 
casos, pessoas com lúpus tem FAN positivo. 
- Existem vários tipos de FAN, cada um deles associado a um 
tipo de doença autoimune diferente. 
- A técnica de identificação do FAN consiste em: 
• Marcar o anticorpo do soro do paciente com corante 
fluorescente. 
• Misturar esse sangue em um recipiente com uma cultura de 
células humanas (chamadas de HEp-2). 
• Os resultados são repetidos após várias diluições do sangue 
até a fluorescência desaparecer. 
- Anticorpos específicos: anti-dsDNA, anti-SM e anti-
fosfolípidios. 
➼ TRATAMENTO 
- Não farmacológico: evitar o sol; evitar uso de hormônios; 
controle rigoroso dos fatores de risco cardiovascular como 
DM, HAS, dislipidemia e obesidade; aspecto emocional 
balanceado; dieta balanceada; atividade física regularmente; 
evitar o fumo; atividade de lazer. 
- Farmacológico: 
• AINES e glicocorticoides ⇾ na crise (sintomas constitucionais: 
febre, fadiga, pleurisia, artrite) é o que salva. 
• Antimalárico (cloroquina/hidroxicloroquina): para casos 
crônicos, com manifestações cutâneas e musculoesqueléticas 
não responsivas aos anti-inflamatórios ou se recorrente na 
retirada dos remédios; controlam 75% dos casos de LES com 
sintomas cutâneos. 
>> Hidroxicloroquina/cloroquina: atividade anti-inflamatória 
pouco conhecida; interferência na produção de IL1, IL6, TNF e 
de prostaglandina; aumento do pH dos lisossomos ⇾ 
estabilização da membrana e inibição de enzimas lisossômicas e 
da fagocitose. 
• Imunossupressores (ciclofosfamida e micofenolato): indicado 
para nefrite lúpica avançada grave.

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