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VIGILÂNCIA EM SAÚDE AULA 6 EPIDEMIOLOGIA E NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

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Preparatório IAP CURSOS
Profa Dra. Ana Tania Lopes Sampaio
Profª da UFRN convidada para aulas do Projeto Formação para o SUS /IAP
LEGISLAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE (SUS)
Legislação do SUS
AULA 6
Vigilância em Saúde; Fundamentos de Planejamento, 
Gestão e Avaliação em Saúde: Determinantes Sociais 
em Saúde – Modelos de Atenção – Transição 
Demográfica e Epidemiológica (RN) – Sistemas de 
Informação em Saúde.
Modelos de Atenção? 
Desenho organizativo norteador, adaptado as 
particularidades (Soares; Carolline; Dantas; Henrique)”
São meios pelos quais as práticas de saúde são 
desenvolvidas (Anderson; Elaine; Jessika; Ulicélia)
Forma de organização a ser seguido.
(Raissa; Mikelly; Rayanne; Carrilho; Fermnanda;Moura)
Legislação do SUS
CORRENTES DE PENSAMENTO NO CAMPO DA SAÚDE
A área da saúde, inevitavelmente referida ao âmbito coletivo-
público-social, tem passado historicamente por sucessivos
movimentos de recomposição das práticas sanitárias
decorrentes das distintas articulações entre sociedade e
Estado que definem, em cada conjuntura, as respostas sociais
às necessidades e aos problemas de saúde.
O que eu penso, o que você pensa, o que nós 
pensamos...sobre ter saúde?
MODELOS DE ATENÇÃO
PARADÍGMAS ASSISTENCIAIS
FRUTO DA DETERMINAÇÃO DO PROCESSO SAÚDE E DOENÇA
Legislação do SUS
Teorias das doenças
Teoria Unicausal - Bacteriologia
causa – uma bactéria
intervenção – eliminação da mesma
Teoria Multicausal
Leavell-Clark
Modelo Ecológico
causa – múltiplos fatores, fundamentalmente biológicos
intervenção – parcial, nos fatores
Modelo de Determinação Social da Doença
Legislação do SUS
O modelo da história natural das doenças, proposto por Leavell e Clark, 20
serviu de orientação tanto para os projetos de saúde pública como para a prática
médica durante cinco décadas, ainda sendo amplamente utilizado.
Sua lógica central é reconhecer a doença como processo dinâmico, que
percorre os corpos dos indivíduos, e que tem seus determinantes também no
ambiente em que estes vivem, permitindo que sejam identificados diferentes
períodos na evolução desses processos patogênicos e distintas oportunidades de
intervenções médico sanitárias.
A História Natural das Doenças (HND) é
composta por dois períodos: o período pré-
patogénico (antes do indivíduo adoecer,
desequilíbrio entre agente e hospedeiro,
fatores ambientais condicionantes que são o
estímulo) e o período patogénico (a
patogénese precoce ou período de
incubação, horizonte clínico).
A História Natural das Doenças define, assim, duas dimensões da causalidade, a 
primeira, epidemiológica, é a da determinação do aparecimento das doenças, e a 
segunda, fisiopatológica, trata da evolução das mesmas.
Legislação do SUS
Ambiente
Físico
Ambiente
Biológico
Ambiente
Social
Interação complexa com o ambiente
HOMEM
Estilo de
Vida
Herança
Genética
Anatomia
Fisiologia
DUPLA ECOLÓGICA: HOSPEDEIRO E MEIO AMBIENTE
Legislação do SUS
TEORIA MULTICAUSAL
Etapa 
Sub-clínica
Doença
ou 
incapacidade 
declarada
Próximo 
da morte
Saúde 
ótima
Morte
Ambiente
Período pré-patogênese Período de patogênese
Saúde
sub-ótima
Produção
de estímulos
Horizonte clínico
Interação
Legislação do SUS
História natural da doença - Períodos
• Período Pré-patogênico (epidemiológico) Interação do indivíduo susceptível – ambiente
• Período Patogênico
– Pré-condições internas- modificações que passam no organismo vivo
Autores PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO
LEAVEL Y 
CLARK
Promoção da 
Saúde
Diagnóstico 
precoce
Reabilitação
Proteção
específica
Tratamento
adequado
Limitação da 
incapacidade
Legislação do SUS
SUS- INSPIRADO NA TEORIA DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DA 
SAÚDE/DOENÇA
• Estrutura Social e as condições ligadas a ela hierarquicamente, servindo
como base para explicar a saúde e a doença. Modos e estilo de vida,
derivados de fatores culturais, práticas sociais e constituição do espaço.
Temos uma forma sistêmica e integrada da realidade, observando os
determinantes e os condicionantes do fenômeno observado. Esse modelo
leva em consideração o objeto, o sujeito, os meios de trabalho, formas de
organização das práticas, pensando não apenas na doença mas na
Promoção da Saúde.
Legislação do SUS
PRÁTICA SANITÁRIA DA VIGILÂNCIA À SAÚDE
TRÊS PILARES BÁSICOS 
Território
PROBLEMAS DE SAÚDE
INTERSETORIALIDADE
Ambientes Saudáveis/
Cidades Saudáveis
Políticas Públicas interligadas 
Referencia para planejamento da
mudança da situação de saúde
Legislação do SUS
Conceito positivo da Saúde
Qualidade de Vida
Políticas Públicas Saudáveis
Paradigma de Produção Social da Saúde
Territórios 
Perigosos Desacumulação
Territórios 
Facilitadores
Acumulação
Paradigma de Produção Social da Saúde – SUS
O modelo da vigilância à saúde
O modelo da vigilância à saúde contempla o processo saúde/ doença na coletividade e 
fundamenta-se na epidemiologia e nas ciências sociais,
Legislação do SUS
PROCESSO DE PRODUÇÃO SOCIAL DA SAÚDE NO BRASIL
SAÚDE- CIDADANIA - ATENÇÃO
Legislação do SUS
A PARTIR DE 1988 O BRASIL INCORPORA O CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS) - MUNDIALMENTE
DSS são fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, psicológicos e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde
e seus fatores de risco na população
Condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham
Distais
 Intermediários
 Proximais
Inter-
setorialidade
Participação
social
Intervenções sobre os DSS 
baseadas em evidencias e
 promotoras da equidade em saúde
Legislação do SUS
A PARTIR DE 1988 CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação..
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013
LEI
8080/90
Art. 198. (*) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
RELEMBRANDO
Legislação do SUS
16
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação..
Promoção da Saúde Proteção da Saúde Recuperação da Saúde
Ações de ATENÇÃO.....VIGILANCIA para....
ATENÇÃO X VIGILÂNCIA 
Legislação do SUS
Epidemiológico e sanitário
Social
Demográfico
Ambiental
Econômico
Cultural
Político
Para atender às especificidades do 
território, o trabalho da vigilância 
em saúde deve ser pautado nos 
seguintes conhecimentos:
Vigilância à saúde e o Território
ACÕES COLETIVAS X AÇÕES INDIVIDUAIS 
MODELO EPIDEMIOLOGICO X MODELO CLINICO 
Legislação do SUS
Dra. Ana Tânia Lopes Sampaio 
ENTENDENDO A EPIDEMIOLOGIA NO PROCESSO DE ATENÇÃO A SAÚDE
Concepções Ideológicas e operacionais 
REFORMA DO PENSAMENTO/REFORMA DO MODELO DE CUIDAR
As distintas vertentes do debate em torno da 
ATENÇÃO/VIGILÂNCIA se expressam na utilização 
de variações terminológicas como: Vigilância da 
Saúde..., Vigilância à Saúde... e Vigilância em 
Saúde.. O eixo comum é a abertura para a 
EPIDEMIOLOGIA
Vigilância Atenção 
Legislação do SUS
“DA”
ações voltadaspara o 
conhecimento, previsão, 
prevenção e enfrentamento 
continuado de problemas 
de saúde em territórios pré-
determinados
“EM”
Conjunto de ações 
protetivas e 
promocionais ... 
VIGILÂNCIAS
“À”
MODELO DE 
ATENÇÃO 
INTEGRAL – P²R²
O debate sobre Vigilância da Saúde na América Latina
As distintas vertentes do debate em torno da Vigilância se expressam na utilização de
variações terminológicas como "Vigilância da Saúde", "Vigilância à Saúde" e
"Vigilância em Saúde". O eixo comum é a abertura para a epidemiologia, tanto no que
diz respeito á sua contribuição para a análise dos problemas de saúde que transcenda a
mera sistematização de indicadores gerais, quanto no âmbito do debate
sobre planejamento e organização de sistemas e serviços, isto é, na implantação de
novas práticas e novos "modelos assistenciais".
19
VIGILÂNCIA 
“À”
(Promoção, 
proteção) 
VIGILÂNCIA “EM”
(VISA; VE; VA; VST )
VIGILÂNCIA “DA”
(Saúde/doenças)
MODELO DE ATENÇÃO INTEGRAL & MRSB 
O NORTEAMENTO DA EPIDEMIOLOGIA
Á
Legislação do SUS
Epidemiologia 
A epidemiologia é a “ciência que estuda o processo saúde-doença na
comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das
enfermidades e dos agravos à saúde coletiva, propondo medidas de
prevenção, de controle ou de erradicação”(Rouquayrol, 1994).
Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia, são três os principais objetivos 
da epidemiologia:
Descrever a distribuição e magnitude 
dos problemas de saúde nas 
populações humanas;
Proporcionar dados essenciais para o 
planejamento, execução e avaliação das 
ações de Prevenção, controle e tratamento 
das doenças, bem como para estabelecer 
prioridades;
Identificar fatores etiológicos 
na gênese das enfermidades.
Legislação do SUS
Diferentemente da Clínica, que estuda o processo saúde-doença em indivíduos, com o objetivo de tratar e
curar casos isolados, A EPIDEMIOLOGIA se preocupa com o processo de ocorrência de doenças, mortes,
quaisquer outros agravos ou situações de risco à saúde na comunidade, ou em grupos dessa comunidade,
com o objetivo de propor estratégias que melhorem o nível de saúde das pessoas que compõem essa
comunidade.
Legislação do SUS
• Exame da distribuição de uma doença em
uma população e observação dos
acontecimentos básicos de sua distribuição
em termos de tempo, lugar e pessoas.
• TIPOS TÍPICOS DE ESTUDO:
Saúde comunitária (sinônimo de estudo
transversal, estudo descritivo).
• Provando uma hipótese específica acerca da
relação de uma doença a uma causa,
conduzindo estudos epidemiológicos que se
relacionem à exposição de interesse com a
doença.
• TIPOS DE ESTUDOS TÍPICOS:
• Coorte, Casos controles.
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Legislação do SUS
PRINCIPAIS USOS DA EPIDEMIOLOGIA
Diagnóstico de saúde Investigação epidemiológica
Esclarecer uma cadeia de transmissão
Das doençasInformação para ação
Agente etiológico -reservatório-Modo de transmissão-Período de incubação-
Período de transmissibilidade-suscetibilidade e imunidade-Prevenção
EPIDEMIA
X
ENDEMIA
X
PANDEMIA
Calazar /chagas/dengue/Aids/Esquistossomose/Hanseníase/tuberculose / influenza...
Legislação do SUS
Conceitos importantes na epidemiologia relacionado a freqüência de doenças 
Epidemia
É a manifestação, em uma coletividade ou região de um número de
casos de uma doença ou agravo à saúde, num determinado tempo e
espaço, que exceda a claramente a ocorrência esperada.Ex: Cólera;
Dengue
Endemias
É a ocorrência habitual de uma doença ou agravo à saúde,numa área
geográfica,não importando se a freqüência do número de casos é
alta ou baixa, desde que a incidência esteja dentro dos limites
esperado Ex. Tuberculose.
Surto 
Epidêmico
É uma epidemia proporções reduzidas, atingindo uma pequena
comunidade humana (colégio, quartel, edifício,etc.), delimitada no
tempo e no espaço físico. Ex: intoxicação alimentar.
Pandemia É a manifestação de uma epidemia que se caracteriza por uma larga 
distribuição espacial, atingindo mais de um país, mais de um continentes 
ou grande parte do mundo. Ex: Câncer de pulmão, AIDS. 
Legislação do SUS
MORBIDADE 
Comportamento das doenças 
e os agravos à saúde em uma população exposta
As estatísticas de morbidade são importantes, permitem determinar a 
incidência e prevalência de doenças, invalidez e traumatismo em uma população
São os valores que o epidemiologista ou os administradores utiliza para 
medir a freqüência de doença(s) na população através de nº absolutos, 
taxas, e índices. 
INCIDÊNCIA: nº de casos novos
de uma doença existentes na 
população, num período 
determinado de tempo
PREVALÊNCIA– representa o número de 
casos de doenças existentes em um 
determinado período de tempo, 
independente do fato de serem casos 
novos ou antigos
MEDIDAS DE MORBIDADE
Legislação do SUS
SOBRE INDICADORES DE SAÚDE
RESPOSTAS 
SOCIASSITUAÇÃO DE SAÚDE 
PERFIL DE 
MORBIMORTALIDADE
NECESSIDADES DE 
SAÚDE 
PROBLEMAS DE SAÚDE 
Fonte: Adaptado de Castelhanos 995 
FIGURA 1 -Esquema da 
Situação de Saúde
Em termos gerais, indicadores são medidas síntese que contêm informações
relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde,
bem como do desempenho do sistema de saúde (Ripsa, 2008)
Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir
para a vigilância das condições de saúde .
Legislação do SUS
Indicadores demográficos 
Indicadores socioeconômicos
Indicadores de mortalidade
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Indicadores de recursos
Indicadores de cobertura
INDICADORES DE NÍVEL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
Legislação do SUS
OS INDICADORES DE SAÚDE são construídos por meio de razões (freqüências
relativas), em forma de proporções ou coeficientes.
As proporções (índices) representam a “fatia da pizza” do total
de casos ou mortes, indicando a importância desses casos ou
mortes no conjunto total.
Os coeficientes (ou taxas) representam o “risco” de
determinado evento ocorrer na população (que pode ser a
população do país, estado, município, população de nascidos
vivos, de mulheres, etc.).
Geralmente, o denominador do coeficiente representa a população exposta ao risco
de sofrer o evento que está no numerador. Exceções são o coeficiente de mortalidade
infantil – CMI– e de mortalidade materna – CMM – para os quais o denominador
utilizado (nascidos vivos) é uma estimativa tanto do número de menores de 1 ano,
como de gestantes, parturientes e puérperas expostos ao risco do evento óbito.
NUMERADOR
DENOMINADOR
Legislação do SUS
Coeficiente Geral de Mortalidade Coeficiente de Mortalidade Infantil 
e outros
Mortalidade ► Relação entre no de óbitos em relação a população exposta
Medida de Gravidade
Letalidade 
Letalidade ► Proporção entre o nº. de óbitos em relação aos casos da doença
Distribuição Proporcional: A distribuição proporcional indica, do total de casos ou mortes ocorridas
por uma determinada causa, quantos se distribuem, por exemplo, entre homens e quantos entre
mulheres, quantos ocorrem nos diferentes grupos de idade. O resultado sempre é expresso em
porcentagem. A distribuição proporcional não mede o risco de adoecer ou morrer (como no caso dos
coeficientes), somente indica como se distribuem os casos entre as pessoas afetadas, por grupos
etários, sexo, localidade e outras variáveis.
Distribuição Proporcional = N.º parcial de casos x 100
N.º total de casos
Medidas de Mortalidade
Legislação do SUS
Taxa de mortalidade infantil 
Razão de mortalidade materna 
Principais indicadores de mortalidade
Indicador de Swaroop e Uemura ou Razão de Mortalidade Proporcional
(proporção de óbitos de pessoas que morreram com 50 anos ou mais 
de idade em relação ao total de óbitos)
Legislação do SUS
Notificação Compulsória
É a notificação obrigatória de casos e surtos de
doenças e outros agravos constantes da lista de
doenças de notificação, cujos critérios de elaboração
serão vistos adiante.
O que notificar:
Detecçãode casos
Casos de Doenças de 
Notificação Compulsória 
Portaria Ministerial
Casos de Óbitos por 
Doenças de Notificação 
Compulsória 
Surtos e
epidemias
Doenças de interesse 
nacional, estadual e 
municipal
Investigação Epidemiológica
É um procedimento que complementa 
as informações da notificação sobre a 
fonte de infecção, mecanismos de 
transmissão, dentre outras 
Possibilita a descoberta de 
novos casos que não foram 
notificados
É a etapa mais nobre 
da metodologia de VE.
Legislação do SUS
A notificação compulsória: é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos,
médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade
com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
As doenças e eventos do Anexo I da Portaria são de notificação compulsória e devem ser registrados no SINAN 
(Sistema Nacional de Agravos de Notificação) no prazo de até 7 dias.
PORTARIA Nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças,
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e
privados em todo o território nacional, n
§ 1º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou
agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas
estabelecidas pela SVS/MS.
§ 2º A COMUNICAÇÃO de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à
autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos
públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades
laboratoriais e instituições de pesquisa.
§ 3º A COMUNICAÇÃO de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode 
ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. 
Legislação do SUS
33
Notificação Compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a
ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no
anexo, podendo ser imediata ou semanal;
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
É a Notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de
doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;
OBS: A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço
assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo
meio mais rápido disponível.
Notificação compulsória imediata (NCI): 
notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
Notificação compulsória semanal (NCS): 
comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na
semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de
Notificação Compulsória;
Notificação compulsória negativa: 
modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade,
mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica
específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
vigilância sentinela
Legislação do SUS
34
qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes,
intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como
agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;
Agravo: 
o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela
vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS);
Autoridades de saúde
enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano
significativo para os seres humanos;
Doença: 
situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia,
doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrãoclínicoepidemiológico das doenças conhecidas,
considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a
vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes;
Evento de saúde pública (ESP): 
Doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública;
Epizootia: 
Legislação do SUS
1. Botulismo
2. Cólera
3. Coqueluche
4. Dengue (o óbito por dengue é de NC)
5. Difteria
6. Doença de Creutzfeldt – Jacob
7. Doenças de Chagas (casos agudos)
8. Doença Meningocócica e outras Meningites-
9. Doença Invasiva por Haemophilus influenzae
10. Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes (Arenavírus Ebola,
Marburg)-
11. Doenças com Suspeitas de disseminação intencional (Antraz pneumonico ,
Tularemia e Variola)
12. .Esquistossomose -
13. Eventos Adversos graves ou óbito pós Pós-Vacinação
14. Febre Amarela
15. Febre do Nilo Ocidental ou outras arboviroses de importância em saúde
pública
16. Febre Maculosa e outras riquetioses
17. Febre Tifóide
18. Hanseníase
19. Hantavirose
20. Hepatites Virais
21. HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida
22. Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta
ao risco de transmissão vertical do HIV
23. . Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
24. Influenza humana por novo subtipo viral (pandêmico)
25.Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo 
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) 
26.Leishmaniose Tegumentar Americana
27. Leishmaniose Visceral
28. Leptospirose
29. Malária na Região Amazônica
30. Malária na região extra Amazônica 
31. Peste
32.Poliomielite por poloivirus selvagem
33.Raiva Humana
34.Rubéola
54.Síndrome da Rubéola Congênita
35.Sarampo
36.Sífilis (Adquirida, Congênita e em gestante)
37.Síndrome da Paralisia Flácida Aguda 
38.Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus
39.Tétano (acidental ou neonatal)
40.Toxoplasmose gestacional e congênita
42.Tuberculose
42.Varicela- Caso grave internado ou óbito 
DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Portaria Nº 204/2016 
AGRAVOS
Acidente de trabalho com exposição a material biológico 
Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes
Acidente por animal peçonhento
Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva
Violência: doméstica e/ou outras violências
Violência: sexual e tentativa de suicídio
Legislação do SUS
Destaques da atual LNC 
•Doença aguda pelo vírus Zika – Notificação semanal;
•Doença aguda pelo vírus Zika em gestantes - notificação imediata ao CIEVS;
•Óbito suspeito de Zika - notificação imediata ao CIEVS;
•Febre do Chikungunya - Notificação semanal;
•Febre do Chikungunya sem área transmissão sustentada - Notificação imediata;
•Óbito suspeito de Chikungunya - Notificação Imediata ao CIEVS.
•Toxoplasmose Gestacional e Congênita - Notificação Semanal.
Lembramos que óbitos maternos/infantis, violência sexual, tentativa de suicídio e acidente 
de trabalho grave possuem caráter de notificação imediatas e devem ser avisados ao CIEVS 
CIEVS- Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde 
Legislação do SUS
Doenças de Vigilância Sentinela: realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade,
mortalidade ouagentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica
específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS).
VIGILÂNCIA SENTINELA 
Portaria GM/MS Nº 205 de 17 de fevereiro de 2016 
Define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem monitorados por meio da 
estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes.
Legislação do SUS
• Art. 6º. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de
Saúde - SUS:
• I- a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador;
d) de assistência integral, inclusive farmacêutica.
• II - .....
• III - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de
interesse para a saúde.
RELEMBRANDO
Responsabilidades: Lei 8080/90- LOS
Legislação do SUS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA NORMA JURÍDICA E CONCEPÇÃO TEÓRICO-
METODOLÓGICA
Origem: PRT MS/GM 1378/2013, CAPÍTULO I
PRC Nº 04 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017
39
Art. 2º A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação,
análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a
implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.
Art. 4º As ações de Vigilância em Saúde abrangem toda a população brasileira e envolvem práticas e
processos de trabalho voltados para:
I - a vigilância da situação de saúde da população;
II - a detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de
saúde pública;
III - a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis;
IV - a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências;
V - a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde;
VI - a vigilância da saúde do trabalhador;
VII -vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e
tecnologias de interesse a saúde; e
VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser
desenvolvidas em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção,
laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade.
Legislação do SUS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE: incorpora as ações e intervenções do 
campo PROMOÇÃO e PROTEÇÃO e da saúde.
 É a área de atuação das “VIGILÂNCIAS”
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
A vigilância em saúde abrange as seguintes 
ações: 
• a vigilância das doenças transmissíveis, 
• a vigilância das doenças e agravos não-
transmissíveis e dos seus fatores de risco;
• a vigilância da saúde do trabalhador;
• a vigilância sanitária; 
• a vigilância ambiental em saúde;
• Controle das zoonoses;
• Promoção da saúde.
Legislação do SUS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Vigilância
Epidemiológica
(POPULAÇÕES)
Vigilância
Ambiental
Vigilância
Sanitária
(PRODUTOS E 
SERVIÇOS)
Assistência
Mobilização
Social
Educação
Vigilância
Saúde
dos 
Trabalhadores
Legislação do SUS
Proporcionar informações essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de 
prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ( Lei 8080/90 – Art. 6º, § 2º)
um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos
Ações de VE se 
aplicam a:
1.Doenças transmissíveis
2.Doenças não transmissíveis
Anomalias congênitas
Desnutrição
Doenças Crônico-degenerativas
3. Outros Agravos
acidentes
violências
Legislação do SUS
A lei que organiza o Sistema Único de Saúde (8080/90) 
(ARTIGO 6º).... § 1º
I- o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionam com a saúde,
compreendendo todas as etapas e processos da
produção ao consumo; e
II- o consumo da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
“Entende-se por VIGILÂNCIA SANITÁRIA um conjunto de ações capazes
de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo: (Art. 6º, § 1º )
Legislação do SUS
Vigilância ambiental
É um conjunto de ações que proporciona o
conhecimento e detecção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes do meio
ambiente que interferem na saúde humana, com a
finalidade de identificar as medidas de prevenção e
controle dos fatores de risco ambientais
relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
Legislação do SUS
Saúde do trabalhador
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e 
controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e 
controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de 
substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de 
trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e 
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e 
empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua 
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de 
setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou 
saúde dos trabalhadores.
Art. 6º, § 3º (Lei 8080/90)- Entende-se por saúde do trabalhador,
para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através
das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à
recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos
aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
Legislação do SUS
Transição Epidemiológica
Doenças agudas 
ainda em evidência
Doenças crônicas em ascensão, 
devido ao envelhecimento
TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
Crescimento de Causas externas
(Acidentes e Violências) 
Atual sistema fragmentado, voltado para as condições agudas
Legislação do SUS
GESTÃO DO CUIDADO
Planejamento do Cuidado em saúde
Legislação do SUS
O enfoque atual utilizado no planejamento/programação local em distritos sanitários é o enfoque
estratégico, o que implica em trabalhar com problemas de saúde, como o objeto deste processo,
como foi referido.
Na análise situacional do sistema de saúde do DS, deve-se levar em conta uma população em um
dado território, num processo social determinado por variáveis biológicas, ambientais,
socioeconômicas e culturais, que ocasionam um perfil epidemiológico específico. Os diversos atores
envolvidos têm distintas compreensões deste processo.
Os objetivos principais da análise situacional são:
a) a identificação dos diversos grupos populacionais existentes no território do DS e suas
características biológicas, ambientais, demográficas, socioeconômicas, culturais e políticas,
avaliando o grau de exclusão social(discriminação negativa) a que estão sujeitos;
b) identificar seus problemas de saúde;
c) descrever estes problemas;
d) priorizar os problemas identificados e descritos;
e) explicar os problemas priorizados, identificando seus principais fatores determinantes,
buscando os chamados nós críticos e vale destacar que, nesse processo de explicação dos
problemas, deve-se buscar conhecer de modo sistemático e periódico o nível das condições de
saúde da população, bem como os seus determinantes, ou seja, aquelas causas que, na
linguagem do enfoque estratégico, são denominadas de nós críticos, devendo a atuação ser
voltada para o saneamento dessas causas ou desatamento desses nós;
f) definir e selecionar as intervenções necessárias para a resolução dos problemas enfrentados.
DISTRITALIZAÇÃO/ASPECTOS OPERACIONAIS:
Legislação do SUS
Sendo um processo de descentralização no sentido de melhor aproximação e vínculo com a população, visando a
abordagem e o conhecimento melhor e contínuo de seus problemas de saúde e seus determinantes, isto é, do seu
processo saúde-doença, o território deve ser desmembrado em unidades menores que facilitem a operação dos
Silos/DS. "Descentralizar regionalizando consiste em realizar as divisões territoriais até o nível que se determina por
economia de escala e impacto epidemiológico e social", destacando "uma área geográfica definida não somente para
o SILOS como um todo, se não com as subdivisões necessárias que permitam organizar a atenção continuada e integral
dos serviços de saúde" (Capote Mir). Em geral, esta divisão do território é sistematizada em Território-Distrito, Território
Área, Território Micro-Área e Território Moradia.
DISTRITALIZAÇÃO/ASPECTOS OPERACIONAIS:
O Território-Distrito, como o nome indica, é o conjunto total espaço-
populacional do sistema regionalizado, em geral coincidindo com um
limite ou uma definição político-administrativa, como um município,
subdivisões municipais ou conjunto de municípios e corresponde a uma
definida coordenação sanitária, de articulação interna e externa.
O Território-Área seria a primeira subdivisão do Território-Distrito,
devendo representar o espaço-população adstrita, que estabeleça
vínculo e relação com uma Unidade de Saúde, permitindo a melhor
relação e fluxo população-serviços, com essa unidade e outros
necessários e compatíveis com a atenção e saúde nesse nível.
O Território Micro-Área seria uma subdivisão do Território-Área
próxima ao conceito de "área homogênea de risco", permitindo e
objetivando contínua análise epidemiológica com identificação e
enfrentamento continuado dos problemas de saúde.
O Território-Moradia constituiria o espaço de menor agregação social,
familiar ou de grupos de indivíduos, permitindo aprofundar o
conhecimento epidemiológico e o desenvolvimento de ações de saúde.
FONTE http://enfermeiropsf.blogspot.com.br/2009/09/o-conceito-de-
saude-e-do-processo-saude.html
Legislação do SUS
http://enfermeiropsf.blogspot.com.br/2009/09/o-conceito-de-saude-e-do-processo-saude.html
Instrumentos de Gestão Pública/Saúde sob fiscalização do Controle 
Social 
Plano de Saúde
Deverá conter as proposições 
aprovadas nas Conferencias e 
os compromissos da Gestão
Instrumentos de Gestão Pública
Instrumentos de Planejamento da Saúde
Regulamentada pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal – Lei Nº 1001 de 2000
Regulamentados pela Lei Nº 1.142/9 0 e a Lei Nº 141/2012
4 anos
Legislação do SUS
. Ana Tânia Lopes Sampaio 
Periodicidade para elaboração de documentos
Legislação do SUS
Legislação do SUS
Dra. Ana Tânia Lopes Sampaio 
Legislação do SUS
ATUALIDADES 
Planejamento em Saúde no SUS
Dra. Ana Tânia Lopes Sampaio 
Legislação do SUS
As diretrizes de saúde estabelecidas pelos Conselhos de Saúde expressam as linhas de ação a serem seguidas e 
orientam a formulação de política que se concretizam nos objetivos. 
Caso seja identificada uma diretriz para a região que não conste nos Planos Nacional e Estadual de Saúde, esta 
deverá ser submetida ao Conselho Estadual de Saúde para inserção no COAP e ajuste no Plano Estadual de Saúde 
Planejamento Regional Integrado 
Dra. Ana Tânia Lopes Sampaio 
Legislação do SUS
INFORMAÇÃO EM SAÚDE COMO BASE PARA 
MUDANÇA DE SITUAÇÃO DE SAÚDE
Elemento Estratégico para a Gestão
PAPEL DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE
• Decisão
• Planejamento
• Execução
• Avaliação
INFORMAÇÃO EM SAÚDE
A produção da informação é orientada a
permitir uma compreensão ampliada do
processo saúde/doença.
O processo de produção de informação é composto por um conjunto de elementos
relacionados entre si, dentre os quais figura como componente básico O DADO. Assim, a
INFORMAÇÃO é o dado útil, ou seja, é o produto da análise dos dados obtidos,
devidamente registrados, classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de
um contexto para TRANSMITIR CONHECIMENTO, conduzindo à melhor compreensão de
fatos e situações.
Informação significa necessariamente novas e diferentes informações e não duplicação de
uma mesma informação já existente; Depende do contexto, já que seu valor está
diretamente ligado ao contexto de sua interpretação, uso e disseminação.
Legislação do SUS
Situação da Saúde
Avaliação
Dados Informação Conhecimento Decisão Ação
A INFORMAÇÃO NO PLANEJAMENTO DO SUS
Legislação do SUS
No Brasil, o processo de implantação do Sistema Único de Saúde (SUS),
iniciado em 1988, tem posto o tema em evidência, uma vez que os princípios
e a legislação que norteiam o sistema enfatizam a importância das
informações e indicadores gerenciais e epidemiológicos para o
cumprimento das atribuições federais, estaduais e municipais.
A produção de informações em saúde deve estar orientada de forma a
permitir uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. Parte-se
do entendimento de que o estado de saúde de uma coletividade é a
expressão de uma vasta gama de características e fatores próprios de
seu meio econômico, social e ambiental. Isto significa que a informação
em saúde deve abranger não apenas os dados produzidos pelo próprio setor,
mas também aqueles produzidos por outras esferas de atuação.
A Lei Orgânica da Saúde (8080/90), prevê em seu artigo 47, a organização
pelo MS, em articulação com os níveis estaduais e municipais do SUS, de um
Sistema de Informações em Saúde-SIS, integrado em todo território nacional,
abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Sistema de Informação em Saúde
Legislação do SUS
A Rede Nacional de Informações em Saúde (RNIS) tem como objetivo integrar
e disseminar as informaçòes de saúde do País. . Criado como um projeto do
Ministério da Saúde a RNIS está integrando, através da internet, todos os
municípios brasileiros, facilitando acesso e o intercambio das informaçòes em
saúde.
O Datasus disponibiliza informaçòes que poderão servir de subsídios
para análise objetiva da situaçào sanitária, tomada de decisões
baseadas em evidências e programação de ações de saúde
INFORMAÇÃO NO SUS
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS
CONCEPÇÃO DO SIS
•Subsidiar o processo de tomada de decisões
•Produzir conhecimento
•Descrever uma realidade
•Permitir a avaliação permanente da situação de saúde
•Avaliar resultados das ações executadas
•Fomentar a adequação dessas ações 
•Coleta
• Valida
• Transforma
• Armazena
• Recupera
• Apresenta dados
• Gera informação
Legislação do SUS
Legislação do SUS
Legislação do SUS
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE ABRANGÊNCIA NACIONAL
Legislação do SUS
SISAB
a) Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) – ANTES- para os
municípios e o Distrito Federal, caso tivessem implantado ACS e/ou ESF
e/ou ESB; ATUALMENTE SUBSTITUIDO PELO SISAB (Toda Atenção
Básica)
b) Sistema de Informações Ambulatorial - SIA;
c) Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM;
d) Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC;
e) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN;
f) Sistema de Informações de Agravos deNotificação - SINAN; e
g) Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações - SIS-PNI.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIO PARA QUE HAJA 
REPASSE DE RECURSOS DO PAB
Legislação do SUS
FLUXO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
64Legislação do SUS
DN
Declarações Obrigatórias – DN e DO
DO
Legislação do SUS
É o Cadastramento Nacional de Usuários do Sistema Único de Saúde.
Por meio do cadastro será possível a emissão do Cartão Nacional de Saúde para os usuários e a
vinculação de cada usuário ao domicílio de residência, permitindo uma maior eficiência na
realização das ações de natureza individual e coletiva desenvolvidas nas áreas de abrangência dos
serviços de saúde.
Permite ainda a construção de um banco de dados para diagnóstico, avaliação, planejamento e
programação das ações de saúde. Atualmente, grande parte dos procedimentos exigem a
apresentação do cartão SUS
CNES é base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes
imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente.
- Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas
potencialidades, visando auxiliar no planejamento em saúde , em todos os níveis de governo, bem
como dar maior visibilidade ao controle social a ser exercido pela população.
- O CNES, visa disponibilizar informações das atuais condições de infra-estrutura de
funcionamento dos Estabelecimentos de Saúde em todas as esferas, ou seja,
- Federal, Estadual e Municipal
CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE – CNES
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde -
CARTÃO SUS
Legislação do SUS
INTEGRAÇÃO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
67
SISAB
Legislação do SUS
O DAB/SAS desencadeou um processo de avaliação e reestruturação dos sistemas
de informação da Atenção Básica (AB) de modo a facilitar o processo de trabalho e
de gestão da AB. Os frutos dessa nova estratégia são o Sistema de Informação em
Saúde da Atenção Básica (SISAB) e um novo software, o e-SUS Atenção Básica.
O SISAB terá o registro individualizado das informações de cada cidadão,
unificando e integrando todos os sistemas de software atualmente na AB.
Já o e-SUS será o sistema utilizado pelos profissionais de saúde para inserção e
consulta de dados sobre os usuários de saúde e seus trabalhos
Dessa forma, o uso do e-SUS AB permitirá avaliar e acompanhar o processo de trabalho
da Atenção Básica, possibilitando, por exemplo, pagamento por desempenho dos
profissionais nos municípios.
No território, fortalece os processos de Gestão do Cuidado dos usuários e facilita a
busca de informações epidemiológicas de forma ágil, permitindo colocar em evidência
problemas e características particulares de cada comunidade.
O novo sistema é pautado pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), pelo Programa Nacional
de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), e pela Política Nacional de Informática e
Informação em Saúde (PNIIS). O novo sistema também suporta as ações da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN), da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) e da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
Legislação do SUS
Legislação do SUS
Ganhos
Legislação do SUS
Legislação do SUS
Ana Tânia Lopes Sampaio
BOA
PROVA!
BOA
PROVA!

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