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CUIDADOR_DE_IDOSOS_M1

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CUIDADOR DE IDOSOS
MÓDULO 1
A SECTI - Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e 
Educação Profissional vem com o programa QualificarES 
oferecer diversos cursos de formação e, com isso, novas 
oportunidades, contribuindo para a capacitação do cidadão 
que procura aperfeiçoar seu conhecimento com a 
possibilidade de ser reinserido no mundo de trabalho.
Com o curso de Cuidador de Idosos você fez uma excelente 
escolha! Conforme os últimos estudos o Brasil encontra-se 
em processo de envelhecimento populacional, acarretando 
mudança em sua pirâmide etária. Desta forma, com o 
envelhecimento da população faz-se necessário o 
desenvolvimento de um profissional apto e capaz de lidar 
com o público idoso e suas particularidades.
Este curso será dividido em quatro módulos e abordará os 
aspectos legais no cuidado de idosos, principais doenças e 
as atribuições desenvolvidas pelo cuidador
 A todos um bom estudo!
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades,deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
2
ASPECTOS RELACIONADOS AO ENVELHECIMENTO
 DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
2
O termo atribuído ao ser humano que atinge a idade de 60 anos ou 
mais tem sido alvo de discussões. Manzaro (2014) descreve a 
diferença conceituais entre os termos mais utilizado para retratar 
essa fase da vida, conforme descrito abaixo:
Envelhecimento: é um processo natural da vida que traz alterações 
sofridas pelo organismo, consideradas normais para esta fase. 
Estamos envelhecendo desde o nosso nascimento.
 
Idoso: segundo a legislação brasileira é qualquer indivíduo acima de 
60 anos de idade. Este conceito foi criado na França em 1962 em 
substituição aos termos “velho e velhote”. 
Velhice: é considerado como o último ciclo da vida. Em contrapartida, 
a velhice é uma experiência subjetiva e cronológica. Cabe ressaltar 
que a velhice é uma construção social que cria diversas formas 
diferentes de se entender o mesmo fenômeno, dependendo de cada 
cultura.
Terceira idade: termo utilizado como recorte na ideia de velhice, pois 
promove uma separação entre os jovens velhos e os mais velhos
1.1 CONCEITOS IMPORTANTES: ENVELHECIMENTO, IDOSO OU TERCEIRA IDADE
1.2 Envelhecimento da população brasileira
A Organização Mundial da Saúde define idoso como todo indivíduo 
com idade maior que 60 anos. Segundo estimativas do IBGE, no 
Brasil em 2019 esse número representa 13% da população e tende a 
dobrar nas próximas décadas (IBGE, 2019).
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família,evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
Segundo a pesquisa do IBGE realizada em 2018:
3
A Organização Mundial da Saúde define idoso como todo indivíduo 
com idade maior que 60 anos. Segundo estimativas do IBGE, no 
Brasil em 2019 esse número representa 13% da população e tende a 
dobrar nas próximas décadas (IBGE, 2019).
 “Em 2043, um quarto da população deverá ter 
mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens 
até 14 anos será de apenas 16,3%. [...] a partir de 
2047 a população deverá parar de crescer, 
contribuindo para o processo de envelhecimento 
populacional – quando os grupos mais velhos 
ficam em uma proporção maior comparados aos 
grupos mais jovens da população” (IBGE, 2019).
Índice de envelhecimento: é representado pela porcentagem de 
idosos em relação a população jovem, que segundo estimativas do 
IBGE (2019) tende a aumentar de 43,19 em 2018 para 173,47% em 
2060.
Esse processo pode ser observado pelas modificações no formato 
da pirâmide etária ao longo dos anos, que segue a tendência mundial 
de estreitamento da base, conforme observamos na figura abaixo
Projeção da pirâmide etária brasileira para o ano de 2060, segundo o 
IBGE *
A pirâmide etária da população brasileira vem se transformando ao 
longo dos anos, o que indica uma mudança no perfil do nosso país 
relativo ao crescimento demográfico nacional. Anteriormente, as 
taxas de natalidade eram mais elevadas, e a pirâmide apresentava 
sua base mais ampla e um topo mais estreito, significando que o 
país era predominantemente jovem. A projeção realizada, para o ano 
de 2060 no Brasil, indica a predominância da faixa etária acima dos 
60 anos.
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequaçãoambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
Segundo a pesquisa do IBGE realizada em 2018:
Figura 1: Pirâmides etárias. Fonte: IBGE, 2019.
4
Projeção da pirâmide etária brasileira para o ano de 2060, segundo o 
IBGE *
A pirâmide etária da população brasileira vem se transformando ao 
longo dos anos, o que indica uma mudança no perfil do nosso país 
relativo ao crescimento demográfico nacional. Anteriormente, as 
taxas de natalidade eram mais elevadas, e a pirâmide apresentava 
sua base mais ampla e um topo mais estreito, significando que o 
país era predominantemente jovem. A projeção realizada, para o ano 
de 2060 no Brasil, indica a predominância da faixa etária acima dos 
60 anos.
aSPECTOS LEGAIS RELEVANTES PARA O CUIDADO DA PESSOA IDOSA
A proteção ao idoso tem relevância fundamental na Constituição 
Federal – CF, que traz em seu 1º artigo: fundamentos, o exercício da 
cidadania e dignidade da pessoa idosa. São firmados direitos 
protetivos que visam garantir aos idosos e a todos os cidadãos, 
segurança e direitos específicos.
A CF deixa claro que é dever da família, bem como do Estado e da 
sociedade, amparar as pessoas idosas, assegurando sua 
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar 
e garantindo-lhes o direito à vida (art. 230), sendo que os programas 
de amparo aos idosos serão executados, preferencialmente, em 
seus lares (§ 1º). 
A Constituição também prevê gratuidade em transporte, faculdade 
do direito ao voto, proibição de diferença salarial da pessoa idosa, 
entre outros direitos para que o indivíduo possa viver com dignidade
2.1 Constituição Federal
2.2 Estatuto do Idoso (LEI N.10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003)
O Estatuto visa a regular os direitos assegurados às pessoas com 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, descrito em seu Artigo 1º.
Em seu Artigo 3º, preconiza que é obrigação da família, da 
comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, 
com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, 
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência 
familiar e comunitária, especificando, ainda, no parágrafo primeiro 
do mesmo artigo, o que vem a ser a sobredita prioridade.
No Artigo 4º, o Estatuto veda qualquer tipo de negligência, 
discriminação, violência, crueldade ou opressão ao idoso, sendo 
todo o atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, punido, bem 
como é dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do 
idoso. 
Além disso nos artigos 5º e 6º declara que todo o cidadão que tenha 
testemunhado ou tenha conhecimento de qualquer forma de 
violação ao Estatuto tem o dever de comunicar o fato à autoridade 
competente, sob pena de ser responsabilizado, o mesmo se 
aplicando à pessoa jurídica.
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMALOU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
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O Estatuto visa a regular os direitos assegurados às pessoas com 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, descrito em seu Artigo 1º.
Em seu Artigo 3º, preconiza que é obrigação da família, da 
comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, 
com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte,ao lazer, ao trabalho, 
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência 
familiar e comunitária, especificando, ainda, no parágrafo primeiro 
do mesmo artigo, o que vem a ser a sobredita prioridade.
No Artigo 4º, o Estatuto veda qualquer tipo de negligência, 
discriminação, violência, crueldade ou opressão ao idoso, sendo 
todo o atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, punido, bem 
como é dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do 
idoso. 
Além disso nos artigos 5º e 6º declara que todo o cidadão que tenha 
testemunhado ou tenha conhecimento de qualquer forma de 
violação ao Estatuto tem o dever de comunicar o fato à autoridade 
competente, sob pena de ser responsabilizado, o mesmo se 
aplicando à pessoa jurídica.
2.3 PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA 
Essa política foi instituída em 2006 com o objetivo recuperar, manter 
e promover a autonomia e a independência da pessoa idosa 
(indivíduo com 60 anos ou mais), direcionando medidas coletivas e 
individuais de saúde em consonância com os princípios e diretrizes 
do Sistema Único de Saúde
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços,mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
6
O CUIDADOR DE IDOSOS – REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO
O cuidador é um indivíduo da família ou da comunidade, que presta 
cuidados a outra pessoa de qualquer idade, que por algum motivo, 
não consegue executar sozinha suas necessidades básicas, por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais. 
Os cuidadores de pessoas idosas podem ser definidos como: 
“Pessoas que cuidam de idosos com 
dependência, desenvolvendo ações que 
promovam a melhoria de sua qualidade de 
vida em relação a si, à família e à 
sociedade. Suas ações fazem interface 
principalmente com a saúde, a educação e 
a assistência social e devem ser pautadas 
pela solidariedade, compaixão, paciência e 
equilíbrio emocional” (DUARTE, 2009 p. 18)
De acordo com a resolução, RDC N° 283 de 2005 o cuidador de 
idosos “é aquele capacitado para auxiliar o idoso que apresenta 
limitações para realizar atividades da vida diária” (BRASIL, 2005). 
ATENÇÃO SOBRE O AUTOCUIDADO: O cuidador deve saber que 
ajudar o doente não é fazer as coisas por ele. Para isso é importante 
observar o idoso tentando identificar sua potencialidade e 
estimulando a realizar as tarefas sozinho para seu próprio benefício. 
Em cada tarefa executada, procure elogiar o idoso, mesmo que para 
ele realizar a atividade, seja necessário mais tempo.
O CUIDADOR COMO TRABALHADOR NO CUIDADO COM O IDOSO
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidadeao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
77
O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa; observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidadordeve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
É responsável por garantir a captura do oxigênio do meio ambiente e 
a liberação do gás carbônico para o meio externo. Os órgãos do 
sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), 
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões 
(SANTOS, 2019). De acordo com a autora, esse sistema pode ser 
dividido em: porção condutora e porção respiratória.
- Porção condutora: composta por fossas nasais, faringe, laringe, 
traqueia brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Nessa 
porção é permitida a entrada e saída de ar. Também é o local onde o 
ar é limpo, umedecido e aquecido. 
- Porção respiratória: composta por bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares e alvéolos. Nessa porção ocorrem as trocas gasosas, ou 
seja, o oxigênio retirado do meio externo é disponibilizado para o 
sangue, e o gás carbônico entra no sistema respiratório para realizar 
o caminho inverso ao do oxigênio e ser eliminado para o meio.
Fisiologia da respiração: O sistema respiratório funciona garantindo a 
entrada e saída de ar do nosso corpo. O ar inicialmente entra pelas 
fossas nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele então segue 
para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A 
traqueia ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos 
pulmões. O ar segue, então, dos brônquios para os bronquíolos e 
finalmente chega aos alvéolos pulmonares. Nos alvéolos ocorrem as 
trocas gasosas, um processo também denominado de hematose. O 
oxigênio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na 
camada que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os 
capilares localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto 
ocorre a difusão de gás carbônico. A respiração é conseguida em 
decorrência da realização de dois movimentos respiratórios: a 
inspiração e a expiração (GUYTON; VELA, 1998). 
- Inspiração: garante a entrada de ar no sistema respiratório. Nesse 
processo há a contração do diafragma e dos músculos intercostais, 
levando a expansão da caixa torácica e diminuição da pressão em 
seu interior.
- Expiração: quando o ar sai do sistema respiratório. Nesse processo os 
músculos torácicos relaxam, assim como o diafragma, levando à 
redução da caixa torácica e ao aumento da pressão interna.
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O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço de amor à humanidade, de 
solidariedade e de doação. Trata-se de uma ocupação que integra a 
Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, 
sendo por definição aquele que “cuida a partir dos objetivos 
estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis 
diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, 
educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida” (BRASIL, 
2008). 
A ocupação pode ser exercida por uma pessoa da família ou da 
comunidade (FORMAL OU INFORMAL), que presta cuidados à outra 
pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por 
estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem 
remuneração (BRASIL, 2008). 
O papel atribuído ao cuidador ultrapassa o acompanhamento das 
atividades diárias desenvolvidas pelo indivíduo, sejam eles 
saudáveis, enfermos e/ ou acamados, em situação de risco ou 
fragilidade. Sua atividade pode ser desenvolvida nos domicílios e/ou 
em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou 
cuidado diário, que são chamadas de Instituição de Longa 
Permanência (ILP) (BRASIL, 2008).
A função do cuidador envolve acompanhar e auxiliar a pessoa a se 
cuidar, fazendo pelo idoso somente as atividades que ele não 
consegue fazer sozinho. Cabe ressaltar que não fazem parte da rotina do 
cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões legalmente 
estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem (BRASIL, 2008). 
FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES
Para Duarte (2009 p. 21-24) as funções atribuídas ao cuidador são: 
a) Cuidar da pessoa idosa: Envolve o cuidado com a aparência e higiene 
pessoal; observar os horários das atividades diárias e ajudar no 
banho, na alimentação, no andar e nas necessidades fisiológicas; 
estar atento às ações da pessoa idosa; verificar as informações 
dadas pela pessoa idosa; informar-se do dia a dia da pessoa idosa 
no retorno de sua folga; relatar o dia a dia da pessoa idosa aos 
responsáveis; manter o lazer e a recreação diárias; desestimular a 
agressividade da pessoa idosa.
b) Promover o bem-estar: ouvir a pessoa idosa, respeitando sua 
necessidade individual de falar, dando apoio emocional; ajudar na 
recuperação da autoestima, dos valores e da afetividade; promover 
momentos de afetividade; estimular a independência; auxiliar e 
respeitar a pessoa idosa em sua necessidade espiritual e religiosa. 
c) Cuidar da alimentação da pessoa idosa: participar da elaboração do 
cardápio; verificar a despensa;observar a qualidade e a validade dos 
alimentos; fazer as compras conforme lista e cardápio; preparar a 
alimentação; servir a refeição em ambientes e em porções 
adequadas; estimular e controlar a ingestão de líquidos e de 
alimentos variados; reeducar os hábitos alimentares.
d) Cuidar da saúde: observar temperatura, urina, fezes e vômitos; 
controlar e observar a qualidade do sono; ajudar nas terapias 
ocupacionais e físicas; ter cuidados especiais com deficiências e 
dependências físicas; manusear adequadamente o idoso; observar 
alterações físicas; observar alterações de comportamento; lidar com 
comportamentos compulsivos e evitar ferimentos; controlar 
armazenamento, horário e ingestão de medicamentos, em 
domicílios; acompanhar a pessoa idosa em consultas e 
atendimentos médico-hospitalares; relatar a orientação médica aos 
responsáveis; seguir a orientação médica. 
e) Cuidar do ambiente domiciliar e/ou institucional: cuidar dos afazeres 
domésticos; manter o ambiente organizado e limpo; promover 
adequação ambiental; prevenir acidentes; fazer compras para a casa 
e para a pessoa idosa; administrar finanças; cuidar da roupa e 
objetos pessoais da pessoa idosa; preparar o leito de acordo com as 
necessidades da pessoa idosa. 
f) Incentivar a cultura e a educação: estimular o gosto pela música, dança e 
esporte; selecionar jornais, livros e revistas; ler histórias, textos e 
jornais para a pessoa idosa; organizar biblioteca doméstica. 
g) Acompanhar em passeios, viagens e férias: planejar e fazer passeios; listar 
objetos de viagem; arrumar a bagagem; preparar a mala de 
remédios; preparar documentos e lista de telefones úteis; preparar 
alimentação da viagem com antecedência; acompanhar a pessoa 
idosa em atividades sociais e culturais. 
Para executar essas atribuições de forma adequada, o cuidador 
precisa desenvolver qualidades importantes, como:
Qualidades físicas e intelectuais – O cuidador precisa ter boa saúde física 
para ter condições de ajudar e apoiar o idoso em suas atividades de 
vida diária. Também precisa ter condições de avaliar e tomar 
decisões em situações de emergência que necessitam de iniciativas 
e ações rápidas.
Capacidade de ser tolerante e paciente – Ser cuidador envolve compreender os 
momentos difíceis que a família e a pessoa idosa podem estar 
passando, como a diminuição de sua capacidade física e mental, que 
pode afetar seu humor e dificultar as relações interpessoais. 
Capacidade de observação – O cuidador deve ficar atento às alterações que 
a pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais quanto físicas, que 
podem representar sintomas de alguma doença. 
Qualidades éticas e morais – O cuidador precisa ter respeito e dignidade ao 
tratar a pessoa idosa e nas relações com ele e com sua família. Isso 
envolve respeitar a intimidade, a organização e crenças da família, 
evitando interferência e, sobretudo, exercendo a ética profissional. 
Fique sabendo: ética profissional - é composta pelos padrões e valores da 
sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive. O 
conceito de ética envolve um conjunto de valores e princípios que 
orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. 
Está relacionada ao caráter, a conduta genuinamente humana e 
enraizada, que vêm de dentro para fora. Outro conceito muito 
associado a ética, mas com significados distintos é chamado 
MORAL. A esse conceito é atribuído as leis, regras, padrões e normas 
que são adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar 
e cultural. Contrário à ética, sua conduta é então determinada como 
algo que vem de fora para dentro. Um comportamento antiético 
coloca em risco todo o trabalho profissional desenvolvido. 
(SBCOACHING, 2018). 
Responsabilidade – Lembrar sempre que a família ao entregar aos seus 
cuidados a pessoa idosa está lhe confiando uma tarefa que, neste 
momento, está impossibilitada de realizar, mas espera que seja 
desempenhada com todo o carinho e dedicação. Como em qualquer 
trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromisso contratual 
devem ser respeitados. 
Motivação – Para exercer qualquer profissão, é necessário gostar do que 
faz. É importante que tenha empatia por pessoas idosas, entender 
que nem sempre vai ter uma resposta positiva pelos seus esforços, 
mas vai ter a alegria e satisfação do dever cumprido. 
Bom senso e apresentação – A aparência pessoal é algo que garante 
proteção para quem cuida e para quem é cuidado. Assim, o cuidador, 
ao executar suas atividades, deve estar atento a sua aparência e 
higiene corporal. Abaixo segue alguns lembretes:
Vestimentas: confortáveis que permitam a movimentação. Evite decote 
e peças de vestuário transparentes ou muito justas ao corpo. 
Roupas curtas também devem ser evitadas.
Calçados: fechados, antiderrapantes e confortáveis. Evite saltos altos e 
calçados abertos (tipo sandálias). 
Adornos: evite cordões, pulseiras, anéis e outras peças que possam 
causar acidentes. 
Higiene pessoal: evite cabelos soltos ou presos em rabo de cavalo. 
Prefira o coque ou use uma touca. Cuide da higiene pessoal para 
evitar odores desagradáveis. Cuidado com excesso de perfume e 
evite maquiagens fortes. Corte as unhas e mantenha-as limpas. 
Evite unhas artificiais.
OBS: as atividades de cuidador de idosos podem ser desenvolvidas em 
residências ou em Instituições de Longa Permanência (ILP). Alguns 
empregadores fornecem uniformes como forma de padronizar a 
vestimenta utilizada pelo funcionário. Por isso, é necessário que a 
peça esteja sempre em bom estado de higiene. 
Outra dica é montar uma frasqueira para o trabalho. Leve: escova, fio 
e creme dental, toalha.
É responsável por garantir a captura do oxigênio do meio ambiente e 
a liberação do gás carbônico para o meio externo. Os órgãos do 
sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), 
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões 
(SANTOS, 2019). De acordo com a autora, esse sistema pode ser 
dividido em: porção condutora e porção respiratória.
- Porção condutora: composta por fossas nasais, faringe, laringe, 
traqueia brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Nessa 
porção é permitida a entrada e saída de ar. Também é o local onde o 
ar é limpo, umedecido e aquecido. 
- Porção respiratória: composta por bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares e alvéolos. Nessa porção ocorrem as trocas gasosas, ou 
seja, o oxigênio retirado do meio externo é disponibilizado para o 
sangue, e o gás carbônico entra no sistema respiratório para realizar 
o caminho inverso ao do oxigênio e ser eliminado para o meio.
Fisiologia da respiração: O sistema respiratório funciona garantindo a 
entrada e saída de ar do nosso corpo. O ar inicialmente entra pelas 
fossas nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele então segue 
para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A 
traqueia ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos 
pulmões. O ar segue, então, dos brônquios para os bronquíolos e 
finalmente chega aos alvéolos pulmonares. Nos alvéolos ocorrem as 
trocas gasosas, um processo também denominado de hematose. O 
oxigênio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na 
camada que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os 
capilares localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto 
ocorre a difusão de gás carbônico. A respiração é conseguida em 
decorrência da realização de dois movimentos respiratórios: a 
inspiração e a expiração (GUYTON; VELA, 1998). 
- Inspiração: garante a entrada de ar no sistema respiratório. Nesse 
processo há a contração do diafragma e dos músculos intercostais, 
levando a expansão da caixa torácica e diminuição da pressão em 
seu interior.
- Expiração: quando o ar sai do sistema respiratório. Nesse processo os 
músculos torácicos relaxam, assim como o diafragma, levando à 
redução da caixa torácica e ao aumento da pressão interna.
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O Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, que podem 
ser expressadas pelo forte traço

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