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Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem O HOSPITAL A palavra hospital é de raiz latina (Hospitalis) e de origem relativamente recente. Vem de hospes – hóspedes, porque antigamente nessas casas de assistência eram recebidos peregrinos, pobres e enfermos. O termo hospital tem hoje a mesma acepção de nosocomium, de fonte grega, cuja significação é – tratar os doentes. Os primeiros hospitais foram construídos na era medieval e ficavam próximos aos mosteiros. A assistência prestada aos pacientes era de responsabilidade da Igreja Católica, tendo caráter essencialmente filantrópico. No Brasil, o primeiro foi o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda, inaugurado em 1540 junto com a Igreja de Nossa Senhora da Luz. Ele funcionou até 1630, quando o conjunto foi saqueado por holandeses e depois incendiado. Já o mais antigo em atividade é a Santa Casa de Misericórdia de Santos, em São Paulo, erguida no ano de 1543. Em 2019, completou 476 anos. CONCEITOS DE HOSPITAL No Brasil, o governo federal, através do Decreto n.° 37.773, de 18/08/1955, criou uma comissão para elaborar anteprojeto da lei orgânica de assistência médico- hospitalar. Na época, o hospital foi conceituado como: Instituição destinada a internar, para diagnóstico e tratamento, de pessoas que necessitam de assistência médica e cuidados constantes de enfermagem; Em 1977, é instituída a Portaria do Ministério da Saúde N° 400 que aprova normas e padrões de construções e instalações de serviços de saúde para hospital geral, de pequeno e médio porte. Em 2002, a ANVISA publicou a RESOLUÇÃO- RDC N° 50, DE 21/02/2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Estabelecimento de saúde dotado de internação, meios diagnósticos e terapêuticos, com o objetivo de prestar assistência médica curativa e de reabilitação, podendo dispor de atividades de prevenção, assistência ambulatorial, atendimento de urgência/emergência e de ensino/pesquisa. SEMIOLOGIA semiologia ASSISTÊNCIA À SAÚDE O FUNCIONAMENTO DO HOSPITAL E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem RDC ANVISA n° 307/02 Altera a RDC no 50 e complementa diversos pontos. Organização Mundial de Saúde (OMS): Parte do sistema integrado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e ainda um centro de formação para os que trabalham no campo de saúde e das pesquisas biossociais; Ministério da Saúde (MS): Estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não internação, no caso de ambulatórios e outros serviços. FUNÇÕES DO HOSPITAL As funções do hospital evoluíram com sua própria história, deixando de ser um centro de diagnóstico e tratamento da doença, para assumir uma postura mais complexa no seio da comunidade. O hospital moderno segundo a OMS tem funções na comunidade relacionados à restauração da saúde, prevenção da enfermidade, educação e pesquisa. I. Prestação de atendimento médico e complementares aos doentes em regime de internação; II. Desenvolvimento sempre que possível de atividades de natureza preventiva; III. Participação em programas de natureza comunitária procurando atingir o contexto sociofamiliar dos pacientes, incluindo aqui a educação em saúde, que abrange a divulgação dos conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde. CLASSIFICAÇÃO E TIPOS Quanto à finalidade ou tipo de assistência, as instituições podem ser de ordem: Geral: assiste pacientes de várias especialidades, tanto clínicas quanto cirúrgicas, podendo ser limitados a grupos etários (como os infantis ou geriátricos) ou grupos da comunidade (militar), ou ainda apresentar uma finalidade específica (hospital de ensino); Especializado: assiste predominantemente pacientes com alguma patologia (doença) específica, entre eles estão os psiquiátricos, câncer, HIV, de órgãos, etc. Quanto à administração ou entidade mantenedora, pode ser identificado como: Público: administrado por entidade governamental municipal, estadual ou federal; Particular: pertencente à pessoa jurídica de direito privado; Privado sem fins lucrativos: beneficentes ou filantrópicos mantidos com contribuição e doações particulares, para prestação de serviço a seus associados. O hospital sem fins lucrativos presta serviço para a população, por intermédio do SUS. Quanto ao nível de competência: Primário: profilaxia (práticas preventivas) e clínica básica; Secundário: clínica básica, não possui avançados recursos tecnológicos; Terciário: apresenta desenvolvido nível tecnológico. Quanto ao porte: Pequeno: tem capacidade menor ou igual a 50 leitos; Médio: possui de 51 a 150 leitos; Grande: oferece de 151 até 500 leitos; Porte especial ou extra: dispõe de quantidade superior a 500 leitos. Quanto ao tempo de permanência: Internação Integral Internação Parcial É o mais tradicional, também chamado hospital de base; Denominado de hospital-dia (HD); O indivíduo dá a entrada no hospital onde fica internado; Regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial; Realiza todos os seus procedimentos sem sair do interior da instituição até ser liberado. Realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, Assistência essencialmente diurna, a permanência do paciente é de no máximo 12 horas; mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Hospital de longa permanência: entidade na qual a média de permanência excede 60 dias; particularmente se refere a hospitais psiquiátricos e de características semelhantes. Podem ser classificados em quatro finalidades distintas: (1) alternativa ao tratamento psiquiátrico; (2) continuação da internação realizada da maneira integral; (3) manutenção do procedimento ambulatorial; (4) reabilitação e apoio a pacientes com patologias crônicas. Um HOSPITAL DE CAMPANHA é uma unidade médica móvel, ou mini-hospital, que cuida temporariamente das vítimas no local antes que possam ser transportadas com segurança para outras instalações. Este termo é usado predominantemente com referência a situações militares, mas também pode ser usado em tempos de desastre. O conceito foi herdado do campo de batalha e agora é aplicado em caso de desastres ou acidentes graves, assim como na saúde. o No Brasil, Nota Técnica (NT) No 69/2020 – ANVISA traz recomendações de como estruturar essas unidades durante o enfrentamento da emergência em saúde pública causada pela Covid-19. o Nota Técnica (NT) 141/2020 - Orientações complementares referentes aos hospitais de campanha e estruturas alternativas de assistência à saúde durante a pandemia. o Portaria no 1.514/2020 do MS - Definiu os critérios técnicos para a implantação de unidades de saúde temporária para assistência hospitalar, os hospitais de campanha, para atendimento aos pacientes com covid-19. Quanto à disposição (estrutura física), pode ser: Monobloco: oferece serviços concentrados em uma única edificação; Multibloco: serviços distribuídos em edificações de médio ou grande porte, interligados ou não; Pavilhonar: dividem os serviços em prédios isolados de pequeno porte, interligados ou não; Horizontal: estrutura predominantemente disposta na horizontal; Vertical: apresenta estrutura principalmente na dimensão vertical. Quantoao corpo clínico, podem ser assim divididos: Corpo clínico aberto: tendo ou não médicos efetivos, permite a outros efetuarem internações e assistência aos seus pacientes; Corpo clínico fechado: possui corpo clínico permanente, permitindo apenas eventualmente (mediante permissão especial) o exercício de profissionais externos. Corpo clínico Misto: o hospital que, mesmo tendo corpo clínico permanente, admite que outros médicos internem e assistam seus pacientes. ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR O hospital deve estar instalado em local de fácil acesso, livre da agitação e de barulho. Em geral, o hospital é subdividido em departamentos, dispondo cada um de recursos materiais, humanos e serviços auxiliares que garantem o seu funcionamento. Em geral, os hospitais organizam-se administrativamente em: Divisões técnicas: Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Medicina; Divisões administrativas: diretoria, secretaria, registro geral, contabilidade; Serviços de apoio: almoxarifado, lavanderia, limpeza, manutenção, transporte. Um exemplo de departamentalização é o hospital constituído de: Conselho diretivo; Direção; Corpo Clínico (Serviços Clínicos); mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Serviços de apoio clínico: Serviços auxiliares de Diagnóstico e Tratamento (SADT); Serviços Técnicos: Enfermagem, Nutrição e Dietética, Serviço Social, Farmácia, Odontologia, psicologia, Fisioterapia, Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME); Fisioterapia etc.; Serviços de Apoio administrativo: Finanças, Contabilidade, Engenharia e Manutenção Hospitalar, Lavanderia, Zeladoria, Transporte etc. ÁREA FÍSICA HOSPITALAR Resolução – RDC no 50, de 21 de fevereiro de 2002 - ANVISA Quartos (apartamento ou enfermaria) Sala de Curativos Ambulatório Rouparia Posto de Enfermagem Sala para guarda de material Copa Depósito de material e limpeza Sala de Serviço Sala de Prescrição Médica Sala de Utilidades (expurgo) Banheiros Classificação das áreas hospitalares O ambiente hospitalar é classificado por três áreas específicas: área crítica, área semicrítica e área não crítica. Cada uma delas apresenta um nível de risco sobre a segurança profissional e requer um tipo de prevenção e cuidado. Área crítica Área semicrítica Área não crítica O profissional de saúde está exposto ao risco de contaminação infecciosa pelo contato direto com pacientes infectados. Ex.: bloco cirúrgico, UTI neonatal, sala de hemodiálise, a unidade de queimados. Oferece riscos de transmissão de microrganismos, mas em menor escala. Ex.: enfermaria, ambulatórios, farmácia de medicamentos já preparados e banheiros. Não são ocupadas por pacientes e são as mais seguras do ambiente hospitalar. Ex.: secretaria, administração, almoxarifado, exames de raio-X, ultrassom e tomografia. Leito hospitalar - cama destinada à internação de um paciente no hospital. (Não considerar como leito hospitalar os leitos de observação e os leitos da Unidade de Terapia Intensiva). Quarto - ambiente com banheiro anexo destinado à internação de pacientes, com capacidade para um ou dois leitos. Unidade de internação - unidade destinada à acomodação e assistência do paciente internado. Ambulatório - unidade destinada à prestação de assistência em regime de não internação. Consulta médica geral ou especializada, consulta de enfermagem, fonoaudióloga, psicologia, procedimentos médicos e de enfermagem, apoio diagnóstico e terapêutico. Enfermaria - ambiente destinado à internação de pacientes, dotado de banheiro anexo, com capacidade de três a seis leitos. Posto de enfermagem - área destinada à enfermagem e/ou médicos, para a execução de atividades técnicas específicas e administrativas. Isolamento - quarto destinado a internar pacientes suspeitos ou portadores de doenças transmissíveis ou proteger pacientes altamente suscetíveis (imunodeprimidos ou imunossuprimidos). Alojamento conjunto - modalidade de acomodação do recém-nascido normal em berço contíguo ao leito da mãe. Unidade de Terapia Intensiva (UTI): área crítica destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia. UTI Adulto: UTI destinada à assistência de pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, podendo admitir pacientes com mais de 12 anos em caso de indisponibilidade de leitos. UTI Neonatal: UTI destinada à assistência a pacientes admitidos com idade entre 0 e 28 dias. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem UTI Pediátrico Mista (Neo + Pediátrica): UTI destinada à assistência a pacientes recém-nascidos e pediátricos numa mesma sala, porém havendo separação física entre os ambientes de UTI Pediátrica e UTI Neonatal. UTI Pediátrica: UTI destinada à assistência a pacientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este o limite definido de acordo com as rotinas da instituição. o Unidade de cuidados intermediários (UCI) ou unidade semi-intensiva: anteriormente denominadas UTI Tipo I. Visam o atendimento de pacientes de gravidade intermediária. Tem capacidade de oferecer suporte vital de média-baixa complexidade e com capacidade de monitorização mais frequente, de forma a identificar mais precocemente sinais de deterioração do paciente e oferecer estabilização vital. RESOLUÇÃO N° 2.271, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020 o UTI Tipo II: atendem a pacientes que necessitam de nível de atenção alto. o UTI Tipo III: atendem a pacientes que necessitam de nível de atenção muito alto. Essas unidades visam, portanto, a assistência a pacientes com maior gravidade, que apresentam instabilidade ou risco de instabilidade clínica vital e correm risco de morte. Essa assistência é prestada de forma contínua, 24 horas por dia, por equipe multidisciplinar especializada. UTQ - unidade de tratamento de queimados. CTI - conjunto de UTIs agrupadas em um mesmo local. Centro cirúrgico - unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata. Centro cirúrgico ambulatorial - unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que não demandam internação dos pacientes. Central de material esterilizado (CME) - unidade destinada à recepção, expurgo, limpeza, descontaminação, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos materiais utilizados nas diversas unidades de um estabelecimento de saúde. Pode se localizar dentro ou fora da edificação usuária dos materiais. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE Temos, atualmente, 14 profissões de nível superior, reconhecidas pelo Conselho Nacional de Saúde como da área de saúde: o Biomedicina, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional (BRASIL, 2006b). Nos ambientes de saúde, atuam ainda inúmeras profissões formais de nível médio que participam ativamente da atenção à saúde, entre elas o Técnico em Enfermagem, o Auxiliar de Enfermagem, o Técnico em Registros e Informações em Saúde e o Técnico em Vigilância em Saúde. EQUIPE DE ENFERMAGEM A formação do auxiliar de enfermagem foi extinta pelo Conselho Nacional de Educação em 2004. Desde então, medidas são adotadas com o objetivo de incentivar os profissionais a continuar a formação de técnico, por meio de complementação de carga horária. ATUAÇÃO DA ENFERMAGEMDentro dos serviços de saúde, os principais ambientes de atuação da equipe de Enfermagem são: Unidade de Enfermagem – composta pelos espaços em que a equipe atua ativamente; - Posto de enfermagem, Sala de serviços, Sala de Utilidades, Enfermaria ou quartos, Banheiro de cliente e funcionários, copa. Unidade do cliente – menor espaço de atuação, em que o paciente é internado e recebe os cuidados essenciais. – Cama com Enfermeiro Técnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem colchão e travesseiro, mesa de cabeceira, uma cadeira, uma escadinha, utensílios de tratamento pessoal. CÓDIGO DE ÉTICA RESOLUÇÃO COFEN N° 564/2017 - Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Art. 14 - Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade. Art. 36 - Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. Art. 37 - Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com sua competência legal. REGISTROS DE ENFERMAGEM: ADMISSÃO, ALTA, TRANSFERÊNCIA E EVOLUÇÃO COMUNICAÇÃO COM A EQUIPE REGISTROS DE ENFERMAGEM “Registrar é, além de documentar, uma forma de comunicar, consignando por escrito as ocorrências do cliente, as ações assistenciais executadas, os problemas reais e potenciais identificados, bem como as medidas implementadas para uma assistência de qualidade” (JOHANSON et al., 2002). Destaca-se: 1. Anotação de Enfermagem. 2. Sinais, gráficos e registros numéricos (controles). 3. Documentação do Processo de Enfermagem. 4. Registro Administrativo. REGISTROS ADMINISTRATIVOS Objetivo de agilizar, ao Serviço de Qualidade Hospitalar, a ciência e a solução de problemas ocorridos nos hospitais, facilitando o processo decisório em ações para melhoria na qualidade dos serviços prestados aos pacientes. “Notificações”. 1. Ocorrências técnico-administrativas do plantão e orientações realizadas a equipe. 2. Caderno de Atas (Evasão de clientes) 3. Caderno de Educação Permanente. PRONTUÁRIO DO PACIENTE Acervo documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados prestados ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência. O prontuário, bem preenchido e detalhado, pode afastar as alegações de imperícia, imprudência ou negligência na prestação de serviços da equipe de enfermagem. É um conjunto de documentos que: COMUNICAÇÃO Permite a realização de ações coordenadas e transmite mensagens em várias direções de maneira formal e informal. COMUNICAÇÃO FORMAL Consciente e deliberada; Escrita; Caráter oficial das informações transmitidas. COMUNICAÇÃO INFORMAL Contato diário; Relacionada ou não às atividade profissionais; Entre pessoas independente de cargo ou função. É uma fonte valiosa de dados É utilizado por toda a equipe Tem muitas finalidades Identificam o paciente; Registram a evolução da doença; O tratamento prescrito e executado; As observações e ações dos profissionais envolvidos; Os exames realizados; O motivo da alta. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem PRONTUÁRIO TRADICIONAL PRONTUÁRIO ELETRÔNICO § 1° - Entende-se como prontuário eletrônico um repositório de informação mantida de forma eletrônica, onde todas as informações de saúde, clínicas e administrativas, ao longo da vida de um indivíduo estão armazenadas, e suas características principais são: acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais; recuperação de informações clínicas; sistemas de apoio à decisão e outros recursos (BRASIL, 2016). REGISTROS DE ENFERMAGEM Os registros de enfermagem são elementos imprescindíveis ao processo do cuidar; Possibilitam a comunicação entre a equipe de saúde; Forma de comunicação escrita de informações; Consistem no mais importante instrumento de avaliação da qualidade de atuação da enfermagem; Presentes em todas as fases da SAE e do PE; São considerados como um documento legal de defesa dos profissionais; Além de servir a diversas outras finalidades, tais como: ensino, pesquisas, auditorias, processos jurídicos, planejamento, fins estatísticos e outros. Consiste nos registros realizados pela equipe de enfermagem, em impresso próprio, a respeito dos cuidados prestados ao paciente. Os registros de enfermagem fazem parte do prontuário, sendo considerados como documento legal. Todas as informações contidas nos registros são utilizadas pela equipe de saúde durante o tratamento do cliente. FINALIDADE DOS REGISTROS Comunicação: veículo pelo qual a equipe se comunica e presta cuidados. Ensino: recurso para ensino de profissionais da saúde. Avaliação: identificação de diagnósticos e planejamento de estratégias de cuidados. Pesquisa: consulta por pesquisadores da área, com consentimento da organização. Auditoria: revisão objetiva de cuidados e custos. Documentação Legal: provas em uma corte de justiça. ASPECTOS LEGAIS SOBRE OS REGISTROS Constituição Federal (Art. 5o, Inciso X) - que trata da inviolabilidade da intimidade, da privacidade, da honra e da imagem das pessoas. Lei no 7.498/86 – Dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional da Enfermagem; Res. COFEN no 564/17 - Código de Ética dos profissionais de Enfermagem; Res. COFEN no 429/12 – Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independentemente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico; Folha de admissão Folha de prescrição médica SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem Gráfico de SSVV Folha de Balanço hídrico Folha de evolução Folha para registros de outros profissionais Termos de responsabilidade Check–list Visita pré- operatória, AIH - Autorização de Internação Hospitalar Documentos da cirurgia Acesso rápido aos problemas de saúde Recuperação de informações clínicas Integração dos serviços públicos Segurança do profissional no atendimento ao paciente Otimização do tempo e resolutividade mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Res. COFEN no 564/17 – Aprova o Guia de Recomendações para os registros de enfermagem no prontuário do paciente, com a finalidade de nortear os profissionais de Enfermagem. Res. COFEN no 564/17 - Código de Ética dos profissionais de Enfermagem Responsabilidades e Deveres: Art. 35, § 2 – Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, conforme legislação vigente. Art. 36 - Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. Art. 37 - Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com sua competência legal. Art. 38 - Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência e segurança do paciente. Proibições: Art. 87 - Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade. Art. 88 - Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. Art. 89 - Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão diretamente envolvidos na prestaçãoda assistência de saúde ao paciente, exceto quando autorizado pelo paciente, representante legal ou responsável legal, por determinação judicial. Resolução COFEN no 429/12 – Dispõe sobre o registro das ações profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte – tradicional ou eletrônico. Art. 1° - É responsabilidade e dever dos profissionais da Enfermagem registrar, no prontuário do paciente e em outros documentos próprios da área, seja em meio de suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as informações inerentes ao processo de cuidar e ao gerenciamento dos processos de trabalho, necessárias para assegurar a continuidade e a qualidade da assistência. ANOTAÇÃO X EVOLUÇÃO ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Dados brutos Dados analisados Elaborada por toda a equipe de Enfermagem Privativo do enfermeiro Referente a um momento Período de 24 horas Dados pontuais Dados processados e contextualizados Registra uma observação Registra a reflexão e análise dos dados ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM Anotação de Enfermagem é definida como o registro ordenado e sistematizado da assistência de Enfermagem prestada, contendo dados pontuais como sinais e sintomas apresentados e referidos das intercorrências e respostas do cliente. Registra uma observação. A anotação é um reflexo da prática e, desse modo, implica considerações éticas (DALRI, 1999). São fundamentais para o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Cuidados prestados, sinais e sintomas, intercorrências e respostas dos pacientes as ações realizadas. Requisitos: Registar os dados logo após a ocorrência para estabelecer uma continuidade, ou seja, nunca antes e nem muito tempo depois dos fatos; Anotar as informações sempre de caneta; mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Fazer o registro em caneta azul ou preta para o dia, e vermelha para a noite ou seguindo a rotina do hospital; Indicar o horário toda vez que fizer uma anotação e sempre ter cuidado para evitar ambiguidade. Ex.: 19 horas e não 7 horas. Evitar assinar a anotação com apelidos; Escrever o nome por extenso, evitando rubricas. REGRAS PARA A ELABORAÇÃO DAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM “A anotação incorreta, incompleta, falseada ou inexistente dos fatos relacionados com o paciente, pode caracterizar um delito e acarreta punições previstas, tanto na Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, como no Código Penal e Código Civil Brasileiro.” (ITO, et al; 2011) Além de implicações no faturamento do SUS EXEMPLO DE ANOTAÇÃO 21/08/2020 09h00-Realizado banho no leito e troca de lençóis, observado presença de ferida em região sacral, comunicado à enfermeira. Socorro, Tec. Enf., COREN-CE 00000. 11h30-Administrada dieta por sonda nasogástrica, interrompida após 5minutos do início da mesma, pois a paciente relatou náusea. Socorro, Tec. Enf., COREN-CE 00000. É importante registrar a informação completa sobre o medicamento: nome, dose, via. Res. COFEN 514/2016: anotar via e local onde foi administrado e intercorrências. Medicação: A checagem dos medicamentos prescritos deve ocorrer individualmente para todos os itens da prescrição e para todos os horários de cada item de prescrição. Para a checagem das medicações, utilizar caneta de cor azul ou preta nos turnos da manhã e da tarde e na cor vermelha no turno da noite ou conforme padronização do serviço de enfermagem. Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional com o número do Coren. Observar e anotar como o paciente foi admitido, anotar as condições gerais do paciente. Anotar orientações efetuadas ao paciente e familiares. Dados do Exame Físico; Cuidados realizados e Intercorrências. Efetuar as anotações imediatamente após a prestação do cuidado, orientação fornecida ou informação obtida; Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços; Não é permitido escrever a lápis ou utilizar corretivo líquido; Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas; Conter apenas abreviaturas previstas em literatura; Conter sempre observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados, de rotina e específicos; Constar as respostas do paciente diante dos cuidados prescritos pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e sintomas observados; Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm, mm, etc.), quantidade (ml, l, etc.), coloração e forma; Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não conter termos que deem conotação de valor (bem, mal, muito). mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Em caso de solução, deve-se colocar o horário e o volume infundido. Quando não realizados os horários devem ser circulados e justificados. Somente a checagem não cumprem os requisitos legais, por isso a importância de anotar. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM A Evolução de enfermagem é uma atribuição privativa do enfermeiro, além de se constituir em um dever, de acordo com o Código de Ética e demais legislações pertinentes. Para ser considerado um documento legal é necessário: Constar, obrigatoriamente, data, hora, tempo de internação, diagnóstico de enfermagem, assinatura e número do Coren; Discriminar, sequencialmente, o estado geral, considerando: neurológico, respiratório, circulatório, digestivo, nutricional, locomotor e geniturinário; Procedimentos invasivos, considerando: entubações orotraqueais, traqueostomias, sondagens nasogástrica e enterais, cateterizações venosas, drenos, cateteres; Cuidados prestados aos pacientes, considerando: higienizações, aspirações, curativos, troca de drenos, cateteres e sondas, mudanças de decúbito, apoio psicológico e outros; Descrição das eliminações considerando: secreções traqueais, orais e de lesões, débitos gástricos de drenos, de ostomias, fezes e diurese, quanto ao tipo, consistência, odor e coloração; Deve ser realizada diariamente; A Evolução deve ser realizada referindo-se às últimas 24 horas, baseando-se nas respostas diante das intervenções preestabelecidas por meio da prescrição de enfermagem, bem como quanto aos protocolos em que o paciente está inserido, mantido ou sendo excluído; Deve ser refeita, em parte ou totalmente na vigência de alteração no estado do paciente, devendo indicar o horário de sua alteração; Deve apresentar um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes; Deve constar os problemas novos identificados; Utilizar-se de linguagem clara, concisa e exata, com ausência de códigos pessoais e abreviaturas desconhecidas. EXEMPLO 25/09/2019 09h00- S.D.A., 43a, sexo M, 4oDIH-Paciente com HD de AVC-I, acianótico, normocorado, desorientado quanto a tempo, espaço, torporoso (Glasgow 10), com pupilas fotorreagentes e em oxigenoterapia por máscara de venturi (24%). Apresenta-se afebril (T: 371°C), taquicárdico (115bmp), taquisfigmico (113bpm) e taquipneico (27rpm). Presença de BNF e MV. Abdome globoso e timpânico à percussão, sons hidroaéreos diminuídos. Dieta por SNG, acompanhante relata ausência de eliminações intestinais há 2 dias. Diurese por SVD de cor amarelo claro (250ml). Acompanhante relata que o paciente “não dormiu na noite anterior e estava agitado”. Caroline, Enfermeira, COREN-CE 0000. QUALIDADE DO REGISTRO DE ENFERMAGEM A qualidade da assistência A produtividadedo trabalho As práticas assistenciais Os resultados operacionais mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Seis diretrizes destacadas por Potter (1998): Iniciar cada registro com a data, hora, e terminar com assinatura e carimbo. Comentários de pacientes devem ser colocados entre aspas, seguido de (SIC). Registrar em sequência, linha por linha; se ficar algum espaço, traçar uma linha e assinar no final. Corrigir todos os erros imediatamente. (Usar entre “chaves”) Utilizar apenas abreviaturas padronizadas e conveniadas (Ex. IMC, ECG, MMSS). NÃO SE DEVE FAZER Escrever a lápis; Escrever a caneta com tinta muito clara; Usar líquido corretor, ou esparadrapo; Deixar espaços ou folhas em branco; Fazer anotações que não se referem ao paciente; Conter rasuras; Conter manchas; Repetição de informação e impressos. PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM O QUE ANOTAR? ADMISSÃO “É o momento de entrada do cliente no serviço de saúde, para ocupar um leito, com finalidade de se submeter a um tratamento clínico, cirúrgico e/ou realização de procedimentos específicos.” (PASSOS; VOLPATO; BRASSANE; 2014) ITENS DA ADMISSÃO ROTINA DE ADMISSÃO Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas; Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-a deitar e se posicionar, fornecer roupa, no caso da rotina não permitir roupa própria; Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto; Orientá-lo em relação à: localização das instalações sanitárias; horário das refeições; modo de usar a campainha; nome dos profissionais; Explicar o regulamento do hospital quanto à: Fumo; horário de repouso; horário de vista; Os pertences devem ser entregues à família no ato da admissão, se não for possível, coloca-los em um saco e grampear, identificando com impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences; Preparar em relação aos exames que será submetido; Fazer o prontuário do paciente; Anotar o relatório de admissão. Admissão- O que anotar? Nome completo do paciente, data e hora da admissão; Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.) Presença de acompanhante ou responsável; Condições de higiene; Queixas relacionadas ao motivo da internação; Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames, elevação de grades, etc.); Orientações prestadas. PRECISÃO A informação deve ser exata, com dados subjetivos ou objetivos claramente discriminados. CONCISÃO Informações reais e essenciais; anotação curta e bem redigida. EFICÁCIA Informações completas e pertinentes para a continuidade da assistência. ATUALIZAÇÃO Sempre anotar logo após a realização do procedimento; a demora pode resultar em omissões ou atrasos. ORGANIZAÇÃO Registrar todas as informações em formato adequado e em ordem cronológica CONFIDENCIALIDADE O profissional é obrigado por lei e pela ética a manter confidencialidade de qualquer informação relacionada à doença e ao tratamento do cliente. Horário Setor/ Local de origem Condições de chegada Motivo e responsável pela internação Aspecto emocional, estado de consciência Exame físico Registro das orientações e pertences trazidos pelos pacientes Assinatura mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem EXEMPLO: 30/04/2019 10h00- D.A.S. admitida no PS Clinico proveniente de sua residência, acompanhada pela filha, em cadeira de rodas. Apresenta-se alerta, orientada, contactando, refere dor abdominal intensa e constante, tipo cólica. Ausência de lesão de pele, nega alergias, tabagismo e etilismo. Faz uso de captopril 25mg 1x/dia. PA: 150x110mmHg, T: 39°C, P: 79bpm, R: 25rpm, Peso: 72Kg, Dor: 6. Entregues os pertences para a filha Joana. Orientada quanto às normas e rotinas hospitalares. Enfermeira (ou Téc. Enfermagem) Renata, COREN-CE: 00000 ALTA Alta é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa. Alta Médica: “É a comunicação aos familiares realizada pelo profissional médico” (RODRIGUES, et al., 2011) Alta Hospitalar: “É a saída do cliente da Unidade Hospitalar; deve ser realizada por escrito com assinatura e carimbo do médico.” (PASSOS; VOLPATO; BRASSANE; 2014) TIPOS DE ALTA Hospitalar ou melhorada: Dada pelo médico quando o cliente tem condições de deixar o hospital. Evasão: Quando o cliente sai do hospital sem condições clinicas e assinatura do médico responsável. Deverá verificar a rotina institucional para notificação oficial e comunicação dos familiares, é necessário registrar em prontuário o horário e as condições do cliente. Condicionada ou licença médica: Concedida ao cliente em ocasiões especiais, com a condição de retornar na data estabelecida. Alta a pedido: Saída do paciente do hospital sem autorização médica, porém com comunicação da saída ao setor em que o paciente estava internado. ROTINA DE ALTA HOSPITALAR Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada pelo médico; Aguardar o familiar ou responsável; Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem feitos antes da saída do paciente; Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado; Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente; Auxiliar o paciente a vestir-se; Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola; Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados no hospital; Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até o veículo; Transportar o paciente; Preparar a unidade para receber outro paciente. Fazer o registro de enfermagem referente a saída do paciente. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem Alta - O que anotar? Data e horário; Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas); Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina; institucional (mensuração de sinais vitais, retirada de cateter venoso, etc.) Orientações prestadas. EXEMPLO: 11/03/2018 14H00- J.A.S. saiu de alta hospitalar, deambulando, orientada, comunicativa. Mantendo curativo oclusivo em região suprapúbica limpo e seco; acompanhada de sua filha, em cadeira de rodas, entregues os seus pertences, receita, encaminhamento, resumo de alta e exames de RX e laboratório. Orientada quanto à receita médica, cuidados com ferida operatória, retorno ao ambulatório no dia 10/10/13. Margarida, TE, COREN-CE 0000. Obs.: Importante o registro real do horário de saída do paciente e se saiu acompanhado. Registrar ainda se foi alta médica, administrativa ou a pedido do paciente ou família. TRANSFERÊNCIA Interna: “É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos, mudança de setor e troca do tipo de acomodação.” Exterma: “É a transferência do paciente de uma instituição para outra. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados que não são executados na instituição em que está o cliente, especialmente nos casos de alta complexidade.” ROTINA DE TRANSFERÊNCIA INTERNA Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente; Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados prestados; Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente; Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial; Organizarroupas e pertences do paciente, entregando-os à família ou encaminhando junto ao paciente; Proceder o transporte do paciente, com auxílio; Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences; Auxiliar na acomodação do paciente; Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas; Preparar a unidade para receber outro paciente. Transferência - O que anotar? Motivo da transferência; Data e horário; Setor/unidade de destino e forma de transporte; Procedimentos/cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais vitais, etc.) Condições (maca, cadeira de rodas); Queixas mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem EXEMPLO 23/01/2019 10h00- J.C.T. Transferido para UTI em maca de transporte, acompanhado pela Téc. Em Enfermagem Marília e médico responsável Dr. Marcelo. Acordado, hipoativo, dispneico, orientado. Apresenta cianose em extremidades, diminuição de perfusão periférica, saturação de 88%. Mantém oxigenoterapia contínua com o uso de máscara 5L/mim, venóclise em dorso de mão direita com cateter intravenoso no22, fluxo adequado e sem sinais flogísticos. Encaminhados: medicação, exames, prontuário completo e pertences do cliente. Comunicado aos familiares. Tereza, Enfermeira, COREN- CE 0000. ROTINA DE TRANSFERÊNCIA EXTERNA Após confirmação da vaga pela outra instituição, orientar o paciente; Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados prestados; Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial; Organizar roupas e pertences do paciente, entregando-os à família ou encaminhando junto ao paciente; Proceder o transporte do paciente, com auxílio; Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas; Preparar a unidade para receber outro paciente. EXEMPLO: 21/08/2019 09h00- G.A.S. Transferida para o Hospital do Coração São Francisco com a esposa Camila, acordado, orientado, hipocorado, relatando dores torácicas fortes que irradia para o braço esquerdo, náusea e cefaleia. PA: 140x110, T: 37°C, P: 70bpm, FR: 20rpm. Acompanhado até a ambulância em maca de transporte. Jéssica, Enfermeira, COREN-CE 00000. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Via Parenteral: Registrar o local onde foi administrado. M – Glúteo, deltoide, vasto lateral, etc.; EV – Antebraço, dorso da mão, região cefálica, membro inferior, etc.; SC – Abdome, região posterior do braço, coxa, etc.; ID – Face interna do antebraço ou face externa do braço. Em todos os casos, não esquecer de fazer referência ao lado em que o medicamento foi administrado, esquerdo ou direito. No caso de administrar medicamento através de um dispositivo já existente, anotar por onde foi administrado o medicamento endovenoso. Via Oral: Registrar dificuldade de deglutição; Presença de vômitos, etc. Via Retal: Registrar tipo de dispositivo utilizado; Em caso de supositório, registrar se foi expelido e providências adotadas. Para todas as vias: Rejeição do paciente; No caso de não administrar medicamento, apontar o motivo; Queixas; Intercorrências e providências adotadas; Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem IMPORTANTE RESOLUÇÃO COFEN 545/2017 Art. 5° - É obrigatório o uso do carimbo, pelo profissional de Enfermagem nos seguintes casos: III – em todo documento firmado, quando do exercício profissional em cumprimento ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. ATENÇÃO! Na análise de prontuários, quando de denúncias são observadas: Registros sem identificação clara e legal de quem executou tais ações; Ausência de identificação do paciente; Ausência de data e hora das anotações; Ausência de registro de ações executadas pela equipe de enfermagem. Anotações ilegíveis; Anotações são realizadas por turno e não por horário; Rasuras nas escritas; Espaços em branco ao longo do impresso; Há prontuários em que a checagem de prescrições não ocorre ou é realizada de forma incorreta; Siglas incompreensíveis. mailto:batistamillena@gmail.com
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