Buscar

Teorias da Evolução

Prévia do material em texto

GUILHERME KRIPKA 1 
 
 
 
 
 
Área da biologia que se dedica ao estudo da evolução dos seres vivos ao longo das Eras geológicas. “Nada em biologia 
faz sentido senão sob a luz da evolução” – Theodosius Dobzhansky. 
 
❖ LAMARCKISMO 
 
Ideia de evolução proposta por Jean Baptiste Antonie Pierre de Monet – 
“Cavaleiro de Lamarck – (1744 – 1829). Admite que o meio é um agente 
modificador, diferenciador das espécies. Ocorre a adaptação ativa, ou seja, as 
modificações morfológicas decorrem da necessidade de adaptação por causa 
de modificações no meio. 
 
▪ TRANSFORMISMO: seres não são extintos, se transformam 
 
▪ LEI DO USO E DO DESUSO: estruturas corporais com mais uso se 
desenvolvem mais, e as com menos uso se atrofiam 
 
▪ LEI DA TRANSMISSÃO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS: estruturas que se modificam podem ser transmitidas aos 
descendentes 
➢ Acreditava na geração espontânea 
 
 
 
EVOLUÇÃO BIOLÓGICA 
GUILHERME KRIPKA 2 
 
As ideias de Lamarck foram refutador por um pesquisador alemão, August Weismann (1834 – 1914), quando ele 
mutilou a cauda de 5 gerações de ratos, culminando em 901 filhotes de ratos e nenhum deles apresentou a cauda 
atrofiada. 
❖ DARWINISMO 
 
Logo após se formam em Cambridge, Charles Darwin (1809 – 1882) viajou o 
mundo observando o comportamento natural, especialmente na América do 
Sul (enfoque em Galápagos). Retornou à Inglaterra, local onde passou 20 
anos montando mais evidencias científicas para as suas teses, publicando 
muitos livros e fazendo diversos experimentos. Em 1858, o cientista Alfred 
Russel Walace (1823 – 1913) desenvolveu uma teoria evolutiva baseada nos 
mesmos princípios que Darwin, o da seleção natural. Os dois chegaram a 
mesma conclusão separadamente, mas Darwin, ao longo de sua vida, tinha 
recolhido mais evidencias cientificas para sustentar tal tese. Por isso muitos 
autores tratam a seleção natural como um postulado de Darwin e de 
Wallace. 
 
O Darwinismo envolve a adaptação passiva, ou seja, o meio apenas 
seleciona indivíduos dotados de características adaptativas. 
 
A SELEÇÃO NATURAL: 
 
▪ O ambiente condiciona diferentes situações. Os indivíduos mais aptos a essas situações sobrevivem, e os 
menos aptos morrem. 
▪ Os sobreviventes se reproduzem e geram descendentes igualmente aptos. Maias aptos (com vida mais 
cômoda) se reproduzem mais é a reprodução diferencial 
▪ O Darwin não explicou a origem da variabilidade genética e hereditariedade. Falava de características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 3 
 
❖ TEORIA MODERNA/SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO - NEODARWINISMO 
 
É a combinação da teoria da evolução de Charles Darwin e Alfred 
Russel Wallace, às ideias mendelianas de hereditariedade em uma 
estrutura matemática conjunta. Quando Darwin publicou “A Origem 
das Espécies”, ele acreditava na transmissão dos caracteres 
adquiridos, mas não falou sobre isso em seu livro pois não tinha como 
explicar. Ele, por exemplo não falava em variabilidade GENÉTICA, e sim 
em variabilidade de características A partir do desenvolvimento da 
genética e da biologia molecular, pode-se adaptar as teorias 
evolucionistas à modernidade. 
 
o FATORES QUE AUMENTAM A VARIABILIDADE GENÉTICA: 
 
▪ MUTAÇÕES: alterações genéticas ALEATÓRIAS 
 
✓ Gênicas: mutações de bases por tautomeria (C → U) 
✓ Numéricas: afeta o número de cromossomos. Euploidia e Aneuploidia. 
✓ Estruturais: modifica os cromossomos 
 
▪ RECOMBINAÇÃO GENÉTICA (crossing-over). Ocorre na 
prófase 1 da meiose 1. 
 
▪ FLUXO GÊNICO (trocas de alelos entre populações) 
 
o FATORES QUE DIMINUEM A VARIABILIDADE GENÉTICA 
 
▪ SELEÇÃO NATURAL 
 
O eixo das abcissas (x) desse gráfico representa o fenótipo da população e o eixo das ordenadas (y) o número de 
indivíduos. 
FLUXO GÊNICO 
GUILHERME KRIPKA 4 
 
Para compreendermos os tipos de seleção, vamos trabalhar com um exemplo. Digamos que em uma ilha foram 
introduzidos trezentos besouros, distribuídos igualmente entre pequenos, médios e grandes, ou seja, cem de cada. 
Voltamos anos depois para ver como o processo de seleção atuou sobre os besouros da ilha. 
 
Uma das possibilidades seria a de todos os besouros terem morrido, pois não estariam adaptados às condições 
ambientais da ilha, mas não trabalharemos com essa possibilidade. Supondo que os besouros sobreviveram, temos 3 
possibilidades. 
A primeira possibilidade seria a da ocorrência de uma seleção direcional. Nesse caso, apenas uma as características 
extremas foi selecionada positivamente, ou seja, sobreviveu. É uma situação onde sobreviveriam apenas os besouros 
grandes ou os pequenos. Com esse tipo de seleção, observaríamos uma alteração populacional no gráfico que tenderia 
para um dos extremos. 
A segunda situação seria a de uma seleção estabilizadora. Nesse caso, o processo seletivo priorizou os indivíduos com 
características intermediárias. Com base no exemplo, teria sobrevivido mais os besouros médios. 
A terceira possibilidade seria a de uma seleção disruptiva. Nessa situação, o processo seletivo priorizou as duas 
características extremas, ou seja, pelo exemplo, sobreviveram os besouros pequenos e grandes ao mesmo tempo. 
(Fonte: https://www.minutobiologico.com/2018/10/evolucao-selecao-natural-e-especiacao.html). 
 
▪ DERIVA GÊNICA: perdas não seletivas (aleatórias) de alelos. Exemplo: desastres naturais. 
 
▪ FLUXO GÊNICOS (emigrações) 
 
 
❖ ADAPTAÇÕES EVOLUTIVAS 
 
Resistência dos insetos ao DDT, resistência de bactérias aos antibióticos (super-bactérias), mariposas melânicas, 
resistência de pragas aos agrotóxicos etc. 
 
▪ CAMUFLAGEM: características que se assemelham ao meio-ambiente 
 
https://www.minutobiologico.com/2018/10/evolucao-selecao-natural-e-especiacao.html
GUILHERME KRIPKA 5 
 
 
▪ APOSEMATISMO: coloração de aviso. PERIGO!! 
 
 
 
 
▪ MIMETISMO: imitar outro organismo 
 
✓ MIMETISMO BATESIANO (Henry Bates): ocorre quando uma espécie inofensiva se assemelha a uma espécie 
perigosa para afastar predadores naturais. Um exemplo disso é a cobra coral-verdadeira e a falsa coral. Apenas 
a coral-verdadeira é peçonhenta, e a falsa coral imita a sua anatomia. Ao ser picado por uma coral-verdadeira, 
um animal também evita a coral falsa. O MESMO NÃO OCORRE AO CONTRÁRIO. 
 
✓ MIMETISMO MULLERIANO (Fritz Muller): ocorre quando uma espécie peçonhenta se assemelha a uma espécie 
igualmente peçonhenta. Esse é o caso das várias espécies de corais-verdadeiras, que apresentam padrões de 
coloração bem semelhantes e todas são peçonhentas. Apesar de ter sido considerado por muitos anos como 
mimetismo batesiano, o caso da borboleta-monarca e da vice-rei, por exemplo, está sendo discutido. 
Pesquisas recentes revelaram que a borboleta vice-rei imita a borboleta-monarca, porém ela também possui 
sabor desagradável, o que as torna exemplos de mimetismo mülleriano. 
 
 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 6 
 
❖ EVIDENCIAS EVOLUTIVAS 
 
As principais evidências da evolução são os registros fósseis e as semelhanças anatômicas, fisiológicas, celulares e 
moleculares entre os seres vivos. 
 
➢ FÓSSEIS: 
 
Vestígios de organismos pré-existentes preservados em rochas. Exemplos: ossos, conchas, dentes, pegadas etc. 
 
▪ Moldagem: consiste num tipo de fossilização em que os restos soterrados do ser vivo, após deixarem sua forma 
gravada na rocha, são completamente degradados (até mesmo as partes mais duras desaparecem). 
 
▪ Contramoldagem: ocorre quando a lacuna deixada no molde é preenchida por minerais, que se solidificam 
constituindo uma cópia, em rocha, do ser vivo original. Logo, a ocorrência de um processo de contramoldagem 
depende obrigatoriamente do processo de moldagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Mineralização (petrificação) – nesse tipo de fossilização, as substâncias orgânicas do corpo do organismo 
soterrado são substituídas por minerais presentes no meio ou trazidos pela água (como a sílica, por exemplo).Paulatinamente, os compostos minerais tomam o lugar das substâncias orgânicas, numa troca tão precisa que 
todas as particularidades do corpo do organismo são mantidas, sem restar nada de matéria orgânica original. 
Através deste processo, são fossilizadas as partes duras (ossos, dentes, unhas), ramos e troncos de plantas, entre 
outros. 
 
▪ Impressão – tipo de fossilização em que somente são preservados os vestígios deixados pelo organismo. São 
pegadas, rastos, tocas ou marcas que um ser vivo deixou sobre um terreno mole, que, com o passar do tempo, se 
transformou em rocha. 
MOLDE CONTRAMOLDE 
GUILHERME KRIPKA 7 
 
 
 
 
▪ Mumificação: tipo de fossilização mais raro, em que há a 
preservação de parte ou de todo o organismo. Esse corpo 
pode ser congelado, desidratado ou solidificado por meio de 
substâncias impermeáveis, mantendo sua inteireza. Dessa 
forma, podem ser preservadas ilesas algumas partes como, 
órgãos, pele e até sua última refeição. 
 
(Fonte: https:/www.infoescola.com/paleontologia/fossilizacao) 
 
 
 
CURIOSIDADE: No dia 17/02/2021, foi publicado para a comunidade científica que cientistas de mais de 9 países 
diferentes descobriram o DNA mais antigo do mundo em dentes de mamutes na Sibéria. Um dos fósseis pode ter até 
1,65 milhão de anos. Os fosseis foram encontrados na Década de 70, mas só foram datados agora, visto que a datação 
é um processo difícil (e um dos mamutes era de uma linhagem desconhecida). 
 
 
 
 
MINERALIZAÇÃO 
IMPRESSÃO 
GUILHERME KRIPKA 8 
 
❖ EMBRIOLOGIA COMPARADA 
 
Seres evolutivamente próximos têm desenvolvimento mais 
semelhante por mais tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ ANATOMIA COMPARADA 
 
➢ HOMOLOGIA E ANALOGIA: 
 
▪ ÓRGÃOS HOMÓLOGOS: estruturas com a mesma origem embrionária, independentemente das suas funções. 
Como exemplo de homologia, podemos citar os membros dos tetrápodes. Analisando os membros de anfíbios, 
répteis, aves e mamíferos, percebemos que o número e a disposição dos ossos são bastante semelhantes, o que 
nos mostra a relação de parentesco ali presente (Veja figura abaixo). Nesse caso, temos uma estrutura 
semelhante, porém com funções distintas, as quais refletem os diferentes estilos de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 9 
 
▪ ÓRGÃOS ANÁLOGOS: estruturas com a mesma função e diferentes origens embrionárias. A similaridade entre as 
diferentes estruturas se dá por convergência evolutiva. Como exemplo de analogias, podemos citar as asas de 
aves e insetos. Esses animais apresentam asas que garantem seu voo, entretanto, as estruturas são bastante 
diferentes. Sendo assim, as funções são similares, mas não possuem a mesma origem embrionária, nem indicam 
ancestralidade. 
 
➢ CONVERGÊNCIA E DIVERGÊNCIA EVOLUTIVA: 
 
▪ CONVERGÊNCIA EVOLUTIVA: organismos diferentes tendem a se assemelharem devido às pressões ambientais. 
 
 
 
 
 
▪ DIVERGENCIA EVOLUTIVA: organismos de mesma linhagem com diferenças corporais devido às diferentes 
pressões ambientais. Pode conduzir à especiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 10 
 
OBSERVAÇÃO: A irradiação adaptativa é o processo de EXPLORAÇÃO de novos ambientes que culmina em divergência 
adaptativa e em uma futura especiação. Foi apresentada por Darwin na ilha de Galápagos, quando ele demonstrou 
que a derivação dos diversos tipos de aves (dos famosos “tentilhões de Darwin”) se dava pelo fato de indivíduos de 
um ancestral comum terem explorado e vivido em habitats diferentes. 
 
❖ ESPECIAÇÃO 
 
Conceito de espécie segundo Dobzhansky e Mayr: grupos de populações naturais que estão ou têm o mesmo potencial 
de estar se intercruzando, e que estão reprodutivamente isolados de outros grupos. 
A especiação é o processo evolutivo desencadeado a partir da divergência adaptativa que acaba por originar espécies 
diferentes através de isolamento reprodutivo. 
 
➢ MECANISMOS DE ISOLAMENTO REPRODUTIVO 
 
▪ PRÉ-ZIGÓTICOS: 
 
✓ Mecânico ou anatômico: formas incompatíveis 
✓ Sazonal 
✓ Etológico/comportamental 
✓ Hábitats 
 
▪ PÓS-ZIGÓTICOS: 
 
✓ Inviabilidade do híbrido 
✓ Esterilidade do híbrido 
 
ESPECIAÇÃO SIMPÁTRICA: ocorre sem o isolamento geográfico. Nesse caso, duas populações de uma mesma espécie 
vivem em uma mesma área, mas não ocorre cruzamento entre as populações. É comum observar que alguma 
modificação genética impediu esse intercruzamento, gerando assim diferenças que levarão à especiação. É uma das 
especiações mais raras. 
✓ A poliploidia é um tipo de especiação simpátrica. Bem mais comum em plantas do que em animais. 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 11 
 
ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA: processo de especiação com o isolamento geográfico. Uma barreira física impede o fluxo 
gênico entre indivíduos de uma mesma espécie, e, devido Às diferentes pressões ambientais, elas vão evoluindo ao 
longo das gerações. Quando entrarem em contato novamente, caso não consigam se reproduzir, ocorreu uma 
especiação alopátrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ CONCEITOS IMPORTANTES EM EVOLUÇÃO: 
 
▪ POOL GÊNICO: quantificação total dos genes dos organismos de uma população. Estudado pelos pesquisadores 
Godfrey H. Hardy (1887 – 1947) e o médico alemão Wilhem Weinberg. 
 
▪ VALOR ADAPTATIVO, FITNESS ou ADAPTABILIDADE: É um conceito central na teoria da evolução, que é uma 
medida para o sucesso reprodutivo, segundo a qual os organismos que sobrevivem e geram um maior número 
descendentes férteis nascidos vivos apresentam uma maior contribuição para a manutenção do fundo genético 
(pool) de sua espécie ou população. O valor adaptativo (ou “fitness”) individual pode ser definido como sendo a 
proporção do gene de um indivíduo deixado para o fundo genético da próxima geração, ou seja, a contribuição de 
um indivíduo perante todo o conjunto de genótipos existentes dentro da população em que está inserido. 
 
▪ EFEITO FUNDADOR ou GARGALO DE GARRAFA: diminuição repentina do tamanho da população, levando a uma 
perda intensa de variabilidade genética (deriva genética) sucedida por uma expansão populacional. 
 
 
 
 
GUILHERME KRIPKA 12 
 
❖ A EVOLUÇÃO HUMANA 
 
▪ Domínio: Eukarya 
▪ Reino: Animalia 
▪ Filo: Chordata 
▪ Classe: Mammalia 
▪ Ordem: Primata 
▪ Família: Hominidae 
▪ Género: Homo 
▪ Espécie: H. sapiens 
▪ Subespécie: H. s. sapiens 
 
▪ Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo. Viveu por volta de 2,2 milhões a 780 mil anos atrás. Fabricava 
instrumentos simples de pedra, construía cabanas e, provavelmente, desenvolveu, uma linguagem rudimentar. 
Seus vestígios só foram encontrados na África. 
 
▪ Homo erectus: Descendeu do Homo habilis, viveu entre 1,8 milhões de anos e 300 mil anos atrás. Saiu da África, 
alcançando a Europa, a Ásia e a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com 
peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o 
descobridor do fogo. 
▪ Homo ergaster: Seria uma sub-espécie do H. erectus que teria migrado para a Europa e parte da Ásia, onde deu 
origem a várias linhagens, uma delas o Homo neanderthalensis. 
 
▪ Homem de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30 mil anos. 
Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos nas 
cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros homens modernos e desapareceu por motivos até hoje 
desconhecidos. 
 
▪ Homo sapiens: Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-se do homem 
moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a 
pintura e a escultura. 
 
❖ TEMPO GEOLÓGICO: 
 
➢ ASPECTOS BIO-GEOLÓGICOS: 
 
O Big-Bang ocorreu há cerca de 14 bilhões de anos, e o Planeta Terra surgiu há 4,6 bilhões. O tempo geológico é 
dividido em 2 grandes Éons: o Éon Criptozóicoe o Éon Fanerozóico. No Éon Criptozóico, encontra-a Era Pré-Cambriana. 
No Éon Fanerozóico, temos as Eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. 
 
ERA PRÉ-CAMBRIANA: dividida em arqueozoico e proterozóico. Aqui se formou a primeira forma de vida e tínhamos 
apenas um grande continente (Pangéia) e um grande oceâno (Pantalásso). Nesta era que se formaram os maciços ou 
escudos antigos (crátons), que ocupam 36% do território brasileiro. 32% é do Arqueozoico e 4% do Proterozóico (com 
minerais metálicos). 
GUILHERME KRIPKA 13 
 
 
ERA PALEOZÓICA: dividida em 6 períodos: Cambriano Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. O 
início dessa era é conhecido como “Era dos Invertebrados”, o meio como “Era dos Peixes” e o final como “Era dos 
Anfíbios”. Aqui se formaram as primeiras bacias sedimentares do mundo (lembrando que as bacias sedimentares 
foram formadas na Era Paleozoica, na Era Mesozoica e na Era Cenozoica). As do paleozóiico são as que encontramos 
carvão (como no município de Butiá, no RS) e nas do mesozoico encontramos petróleo. 
 
ERA MESOZOICA: dividida em 3 grandes períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo. No Período Triássico, surgiram os 
primeiros dinossauros e mamíferos. Dinossauros e mamíferos surgiram no final do período Triássico e conviveram por 
cerca de 150 milhões de anos. Durante esse tempo, os mamífero viveram às sombras dos dinossauros, apresentando 
baixa representatividade. No entanto, após a extinção destes, os mamíferos sofreram rápida especiação por irradiação 
adaptativa e se dispersaram pelo ambiente. No período Jurássico que apareceram as primeiras aves e angiospermas. 
No período Cretáceo que surgiu o Oceano Atlântico. Quanto a aspectos geológicos, afirma-se que a as bacias 
sedimentares mesozoicas constam com petróleo e que foi nessa era a ocorrência do derrame horizontal no sul do 
Brasil, o qual originou o solo eluvial de Terra Roxa. 
 
ERA CENOZOICA: dividida em 2 períodos: o Terciário e o Quaternário. O homem moderno surgiu na Época Holoceno 
do Período Quaternário. Aqui se formaram as bacias sedimentares com as principais planícies do Brasil: a Planicie 
Amazônica, A planície do Litoral e a Planície do Pantanal. Alguns autores consieram um suposto “Período Quinário”, 
que teria iniciado há 10.000 anos, correspondendo à revolução neolítica, isto é, quando o Homem conquista as 
GUILHERME KRIPKA 14 
 
primeiras técnicas de produção de alimentos, deixando sua fase de coletor, durante a qual não se destacava do 
conjunto de atividades biológicas nas suas relações com a natureza (Oliveira, 1995). 
 
➢ EVOLUÇÃO DOS VERTEBRADOS: 
 
Os cotilossauros deram origem aos tecodontes e aos terapsidas. Os terapsidas deram origem ao primeiro mamífero 
há cerca de 200 milhões de anos, na Era Mesozóica (período Triássico); entretanto, o Homo sapiens sapiens (o humano 
moderno) surgiu só há cerca de 300 mil anos na África, na Era Cenozoica (período Quaternário, época Holoceno). Os 
tecodontes deram origem aos dinossauros há cerca de 2500 milhões de anos, no período Triássico da Era Mesozoica 
(sim, mamíferos e dinossauros coexistiram), os quais foram extintos no fim da Era Mesozoica (período Cretáceo). Os 
dinossauros deram origem às aves e aos crocodilos na Era Mesozoica. Portanto, embora a ordem pedagógica dos 
vertebrados seja “condrictes, osteíctes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos”, a ordem evolutiva é “condrictes, 
osteíctes, anfíbios, répteis, mamíferos (200mi) e aves (100mi)”. 
 
 
 
 
 
 
Cotilossauros 
Tecodontes 
Terapsidas Mamíferos 
Dinossauros 
Crocodilos 
Aves

Continue navegando