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Correção PET 3 Geografia 3º Ano Ensino Médio 2021 Todas as Semanas

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PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
TURNO:
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 3º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
BIMESTRE: 3º
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Analisar o sis tema de tr abal ho no camp o nos paíse s c entr ais e p eriféric os.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Espaç o rural, sus tentabilidade , minifúndio, subsis tência. 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória, Biologia, Ar tes. 
TEMA: O Agronegócio e A gricultur a Familiar 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai analisar a organizaçã o da agricultur a familiar brasileir a e sua 
relaçã o com a que s tã o agr ária. 
AGRICULTURA FAMILIAR
A agricultur a familiar é a produçã o agríc ola e pecuária realizada por pequen os produtores, empr egan do, 
em ger al, mão de obra relacionada com o núcleo familiar, mas tam bém poden do contar com a presen ça 
de trabal ho as salariado . Trata-se de uma das expressõe s mais important es em termos de produçã o 
de aliment os no Brasil, além de ser um dos se tores que mais empr egam trabal hador es no meio rural 
atualm ent e.
Em termos ger ais, a agricultur a familiar car act eriza-se pelas pequenas propriedade s, pelo fato de ser 
a família a dona dos meios de produçã o e da terra e pela produçã o ger alment e pouc o incrementada por 
fer tilizant es, v oltada em maior par te par a a produçã o de alim ent os e b ens de c onsum o.
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No Brasil, a agricultur a familiar, conforme dados apontados no Censo Agropecuário de 2006, empr ega 
cerca de 80% da populaçã o do se tor rural e totaliza cerca de 40% de toda produçã o agríc ola, apesar de 
ter menos de 20% das terras agricultá veis do país. Ao todo, ela produz 87% da mandioca, 70% do fei jão, 
46% do mil ho, 38% do ca fé, 34% do arr oz e 2 1% do trigo no Brasil.
Ainda que seja uma atividade muito important e para o sus tent o de diversas famílias que vivem na zona 
rural, dados apontam que cerca de 70% dos aliment os consumidos no Brasil sã o fruto da agricultur a 
familiar. Vale frisar que , nesse proc esso , técnicas de cultiv o e extrativism o que englobam práticas tra-
dicionais e c onhecim ent o popular e s tã o present es.
No Brasil, a agricultur a familiar es tá present e em quase 85% das propriedade s rurais do país. Cerca de 
metade de sse percentual es tá concentr ado na regiã o norde s tina. O Norde s te é resp onsá vel por cerca 
de 1/3 da pr oduçã o total.
As principais car act erís ticas dos agricult ores familiares sã o a indep endência de insumos externos à 
propriedade e a produçã o agríc ola es tar condicionada às nec essidade s do grupo familiar. No entant o, 
diversas outras car act erís ticas es tã o as sociadas a es te tipo de agricult or como o uso de energia solar , 
animal e humana, a pequena propriedade , a alta aut o-suficiên cia e pouc o uso de insumos externos, a 
força de trabal ho familiar ou comunitária, a alta diversidade ec ogeogr áfica, biológica, gen ética e pro-
dutiva, baixa produçã o de deje tos, a predominân cia dos valores de uso , se baseia no intercâm bio ec o-
lógic o com a na tureza, o c onhecim ent o holístic o, ágr afo e fle xível.
O agricult or familiar é regularm ent e citado como sen do de baixa tecn ologia. Es te fato, no entant o, de -
vido à ampla variabilidade cultur al, social e ec onômica não oc orre para todos os agricult ores. Deve-se 
consider ar que baixo insumo não é baixa tecn ologia. Portant o, deve-se dissociar baixa tecn ologia de 
baixo insumo.
PARA SABER MAIS: 
“Polinização - A importância das abelhas” - Pesquisador da Embrapa Clima Temp erado de Pelo -
tas explica num experiment o de Giras sol a importân cia das abelhas em nos sas vidas e como ac on-
tec e a polinizaçã o – Disponível em: <https:// www.youtub e.com/watch?v=UyFJzfRSbV A>. Acesso 
em: 24 maio 202 1.
“Organização Cidades sem Fome” - Hortas comunitárias, hortas esc olares, Es tufas agríc olas, pe-
quen os agricult ores familiares. Disponível em: <cidade ssemf ome.org>. Acesso em: 24 maio 202 1.
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ATIVIDADES
1 – Sobr e a agricultur a no Brasil, julgue as a firma tivas c omo VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F): 
I) (V) A mecanização agrícola e a liberação de mão de obra na agricultura foram importantes fato-
res de migração da população do campo para as cidades.
II) (V) A concentração fundiária, que se observa, entre outros estados, no Paraná e no Mato Grosso
do Sul, é fator de expropriação de camponeses que passam a buscar áreas da fronteira agrícola
da Amazônia ou se direcionam aos centros urbanos.
III) (V) Os boias-frias são trabalhadores sazonais característicos da implantação de relações
capi-talistas modernas no campo.
IV) (F) O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado visan do à cultura 
de grãos resultaram na redução da taxa de urbanização dos Estados do Mato Grosso e de Rondônia.
2 – A agricultur a familiar gan ha cada vez mais importân cia no mundo. O ano de 2014 foi consider ado 
pela Organizaçã o das Naçõe s Unidas como o Ano Internacional da Agricultur a Familiar (AIAF), fruto da 
inicia tiva de m oviment os sociais do camp o com apoio de v ários go vernos, in clusiv e do Br asil.
Consider ando a agricultur a familiar no Brasil, é CORRETO afirmar que:
a) A agricultur a familiar é resp onsá vel pela maior par te da alimentaçã o básica do dia a dia do bra-
sileir o, mas como a produçã o brasileir a de gên eros alimentícios não é suficient e, é nec essário
importar a maior par te dos pr odutos alim entícios c onsumidos n o Brasil.
b) A agricultur a de base familiar tem se de s tacado principalm ent e pela exportaçã o da maior par te
dos pr odutos agr opecuários das la vouras br asileir as.
c) A maior par te das terras cultiv adas no Brasil é ocupada pelas lavouras da agricultur a familiar,
devida sua imp ortân cia na pr oduçã o dos alim ent os básic os.
d) A agricultur a familiar é uma forma de produçã o onde sã o os agricult ores familiares que dirigem
o proc esso produtivo, dando ênf ase na diversificaçã o e utilizando o trabal ho familiar, eventual -
ment e c omplem entado p elo tr abal ho as salariado .
3 – Faça a c orrelaçã o entr e os tip os de agricultur a e suas de finiç õe s:
( 1 ) Agricultur a tradicional
( 2 ) Agricultur a moderna
( 3 ) Agricultur a sus tentá vel
( 4 ) Permacultur a
(3) É o tipo de agricultura voltado às produções alternativas que visam
à preservação do meio ambiente, gerando menos impactos 
ambientais.
(4) É o tipo de agricultura permanente que se baseia em uma ciência
holística com o objetivo de manter o homem na T erra.
(1) É o tipo de agricultura cuja produção é desenvolvida por famílias,
que visam ao seu próprio sustento.
(2) É o tipo de agricultura que cultiva um único produto (monocultura),
produção essa que se desenvolve em grandes extensões de terra.
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4 – Leia, c om atençã o, o texto a seguir:
“Segun do o Ministério do Desen volviment o Agrário (MDA, 2005), es te tipo de agricultur a produz hoje 
40% da riqueza ger ada no camp o no Brasil, corresp ondent e a aproximadam ent e R$ 57 bilhõe s. São 
cerca de qua tro milhõe s de agricult ores (84% dos es tab elecim ent os rurais brasileir os) que vivem em 
pequenas propriedade s e produzem a maior par te da comida que chega à mesa dos brasileir os. Quase 
70% do fei jão vêm de s ta atividade , as sim como 84% da mandioca, 58% da produçã o de suínos, 54% 
do leit e bovino, 49%
do milho e 40% das aves e ovos. Além disso , é um important e instrument o para 
mant er os trabal hador es no camp o. Em 2003, o PIB do se tor cresc eu 14,31% em relaçã o ao ano anterior. 
Além de ser a base de important es cadeias de produtos proteic os de origem animal, sen do majoritária 
no caso do PIB da Cadeia Produtiva dos Suínos (58,8% do PIB total de s ta cadeia), do Leit e (56%) e das 
Aves (51%).” 
Disponível em: <www .mda. gov.br>. Acesso em: 24 maio 202 1.
Marque o c onceit o que adequa-se CORRET AMENTE às informaç õe s citadas n o texto acima::
a) Latifúndio de e xploraçã o.
b) Monocultur a de subsis tência.
c) Agricultur a familiar.
d) Agricultur a de ‘planta tion’.
5 – (PUC-RS 20 12) Analise o gráfic o abaix o: 
Sobr e a agricultur a familiar brasileir a, julgue as a firma tivas c omo VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F):
I) (V) As unidades de agricultura familiar participam das cadeias agroindustriais, contribuindo para 
o processo produtivo nacional.
II) (V) Apesar de produzir em áreas menores, a agricultura familiar é responsável pelo fornecimento 
de boa parte dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros.
III)(F) Os cultivos mais significativos da agricultura familiar são também os que se destacam nas 
exportações primárias do Brasil.
IV)(V) A produção de soja, que exige lavouras altamente mecanizadas, não se destaca na produtivi-
dade na agricultura familiar.
V) (V) A agricultura familiar apresenta, em relação aos dois produtos mais cultivados no país, um 
quadro característico de consumo cultural.
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SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Confrontar os e feit os das disparidade s territ oriais e sociais rela tivas à dis tribuiçã o da terra e às 
políticas de de sen volviment o rural nos paíse s c entr ais e p eriféric os . 
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Moviment os Sociais, Espaç o Agrário, Agronegócio , Globalizaçã o. 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória, Artes. 
TEMA: A Estrutura Fundiária 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai analisar os elem ent os que compõem a identidade camp one-
sa e a c ontribuiçã o dos m oviment os sociais que se a firma na r esis tência pr omovido pelo agr onegócio . 
AS TRANSFORMAÇÕES NA AGRICULTURA E A RESISTÊNCIA CAMPONESA
 Frente à expansão do modelo neoliberal de agricultura no Brasil apoiado pelo Estado da mundialização 
da agricultur a e atuaçã o do agr onegócio no país, o camp esina to vem, grada tivament e, perdendo seu 
espaç o no cenário agr ário, pois o modo de vida camp onês não corresp onde ao modelo de agricultur a 
propos to pelo capitalism o e tolhe esse s sujeit os do seu direit o à terra e a gar antia da repr oduçã o do seu 
modo de vida.
Os moviment os sociais do camp o sã o aquele s que envolvem o camp esina to, is to é, os trabal hador es 
rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta es tã o a reforma agr ária, a melhoria das condiçõe s de 
trabal ho e o c ombate ao pr oc esso de subs tituiçã o do homem pela máquina n o meio agr opecuário .
Apesar de haver as mais variadas siglas, os moviment os sociais do camp o cons tituíram-se , his torica -
ment e, a par tir de duas principais frent es: as Ligas Camponesas, entr e as décadas de 1940 e 1960, e o 
Moviment o dos Trabal hador es Rurais Sem T erra (MST), criado na década de 1980.
As Ligas Camponesas surgiram após o final da ditadur a militar do Governo Vargas e es truturaram-se 
com base s e orientaç õe s do PCB – Partido Comunis ta Brasileir o. Porém, foi som ent e durante a década 
de 1950 que as Ligas conseguir am uma integr açã o que envolveu quase a totalidade do país, através das 
organizaç õe s ou ligas regionais. No entant o, com o golpe militar de 1964, as Ligas Camponesas foram 
extintas p elo p oder da r epr essã o dita torial.
Os problemas no camp o brasileir o se arras tam há cent enas de anos. A dis tribuiçã o de sigual de terras 
de sen cadeia uma série de conflitos no meio rural. Es sa que s tã o teve início durante a década de 1530, 
com a criaçã o das capitanias hereditárias e o sis tema de se smarias, no qual a Coroa portugue sa dis tri-
buía terrenos para quem tivesse condiçõe s para produzir, de sde que fos se pago um se xto da produçã o 
para a Coroa.
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Os moviment os sociais rurais têm sido foc o de vários es tudos que apontam para o seu pap el ativo na 
luta por direit os dos grupos excluídos dentr o da sociedade brasileir a. Através de aç õe s cole tivas, agem 
como resis tência à e xclusã o e provocam n ovas dinâmicas sociais n o camp o. 
A que s tã o agr ária envolve o conjunto de problemas advindos do de sen volviment o do capitalism o no 
camp o. É fundamental compreen der a que s tã o agr ária relacionan do-a à es trutura fundiária, à luta pela 
terra e o pap el do Es tado n o contexto camp esina to x agronegócio . 
Disponível em: <https:// ms t.org.br/20 16/11/10/via-camp esina-int ernacional-denun cia-a-cr esc ent e-criminalizacao-e-a-p ersecucao-do-
camp esina to-no-brasil/>. Acesso em 24 maio 202 1.
O camp esina to sobr evive na luta contra o capitalism o, pois encontra nes te o seu maior antagonis ta. A 
luta pela terra é clar ament e a luta contra o capital e arrisc o afirmar contra o Es tado que não gar ante o 
direit o mínimo à quem precisa de terra para sua (re)produçã o. Nes te sentido , o deba te da que s tã o agr á-
ria, bem como a par ticipaçã o efetiva dos moviment os sociais faz-se imprescin dível, pois as conquis tas 
obtidas, frut os de suas pautas, se ma terializam ap enas a través da luta.
PARA SABER MAIS: 
“Movimentos Sociais Rurais no Brasil” - Disponível em: <http:// www.scielo .br/ scielo .php?scrip -
t=sci_ar ttext&pid=S0 103-200320 17000100123>. Acesso em: 2 3 maio 202 1.
ATIVIDADES
1 – Sobr e a es trutura fundiária e as relaç õe s de trabal ho no camp o brasileir o, as sinale a alterna tiva 
CORRETA:
a) A es trutura fundiária apresenta ac entuada concentr açã o da propriedade , dec orrent e das for-
mas de apr opriaçã o das t erras, de sde o p eríodo c olonial.
b) A par tir de 1850, com a Lei de Terras, todos os trabal hador es rurais pas sar am a ter ac esso à terra.
c) A modernizaçã o do camp o proporcionou a extinçã o dos contratos de parceria em todas as re-
giõe s br asileir as.
d) Nas áreas de fronteiras agríc olas, todos os trabal hador es rurais pos suem títulos de propriedade
da terra.
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2 – A questão agrária é entendida, atualmente, a partir de duas concepções sobre o destino da produção 
e o modo de vida no campo, que refletem diferentes modelos agrícolas e de desenvolvimento: o do 
campesinato e o do agronegócio.
Relacion e os modelos de produçã o da coluna 1 de ac ordo com as car act erís ticas de produçã o agríc ola 
da c oluna 2: 
COLUNA 1 COLUNA 2
( 1 ) Campesina to
( 2 ) Agronegócio 
( ) Controle centr alizado da produçã o, do proc essam ent o e do 
mercado;
( ) Uso da ciência e da t ecn ologia na pr oduçã o.
( ) Ênfase em uma ab ordagem h olística da pr oduçã o.
( ) Ênfase na pr oduçã o para grande s mercados.
( ) Ênfase n os m étodos tr adicionais de pr oduçã o.
3 – A luta pela terra no Brasil re fle te o proc esso his tórico de sua apropriaçã o, ocupaçã o e uso , de sde a 
colonizaçã o até os dias atuais. Ao longo do temp o, verificar am-se vários conflitos pela pos se da terra. 
Na segun da metade da década de 1980, houve aument o da violência no camp o nas regiõe s brasileir as, 
dec orrent e
a) Da organizaçã o dos moviment os sociais em de fesa da pequena propriedade e dos interesse s dos 
migrantes.
b) Da expansã o dos latifúndios e do aument o da luta pela pos se da terra por par te dos camp onese s.
c) Do apoio da Comis sã o Pas toral da Terra (CPT) aos moviment os sociais de luta pela pos se da terra.
d) Da modernizaçã o da agricultur
a nas regiõe s Norte e Norde s te, o que provoc ou o aument o da luta
pela p os se da t erra.
4 – “O MST é uma coletividade de párias, certamente a única organizada, a mais consciente em relação a 
sua identidade e a seu sentido, e por isso a mais competente: é uma coletividade de condenados que se 
fez sujeito da história para revogar a sua condenação. Essa contradição mostra que os párias deixam de 
ser párias quando se organizam, pois organizar-se é, antes de mais nada, inocular-se a substância social 
e ocupar um espaço social”.
 (Adaptado de BISOL, José P aulo. In: A questão agrária no Brasil. S ão Paulo: Atual, 1997.)
O texto acima apresenta refle xõe s sobr e a origem e a identidade dos moviment os sociais organizados. 
Um component e da nos sa sociedade que explica o surgiment o de sse s moviment os é uma car act erís ti-
ca de sua or ganizaçã o, resp ectiv ament e, e s tã o indicados em:
a) Luta p ela inclusã o social – c entr alizaçã o sindical.
b) Concentr açã o da riqueza nacional – unidade par tidária.
c) Expropriaçã o dos m eios de pr oduçã o – ativism o político.
d) Contes taçã o do sis tema r epr esenta tivo – coer ência ideológica.
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5 – Os problemas referent es à que s tã o agr ária es tã o relacionados, essen cialm ent e, à propriedade da 
terra, c onsequent ement e à c oncentr açã o da e s trutura fundiária. 
Explique a ilus traçã o sobr e o e spaç o agr ário brasileir o:
A estrutura fundiária brasileira é caracterizada pela concentração da maioria das terras nas mãos 
de poucas famílias, que transmitem os títulos de propriedade de geração em geração. Essa é apenas 
mais uma das várias facetas da desigualdade social no Brasil, que possui grande parcela na 
população sem teto e sem acesso à terra.
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SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Confrontar os e feit os das disparidade s territ oriais e sociais rela tivas à dis tribuiçã o da terra e às 
políticas de de sen volviment o rural nos paíse s c entr ais e p eriféric os .
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Moviment os Sociais, Espaç o Agrário, Latifundiário, Agronegócio . 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória, Biologia, Ar tes. 
TEMA: A expansã o das fr onteiras agríc olas e a c oncentr açã o fundiária 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai re fle tir sobr e os principais problemas da concentr açã o fun-
diária no Brasil e n os paíse s sub de sen volvidos. 
CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA
Es trutura Fundiária é o modo como as propriedade s agr árias es tã o dis tribuídas e organizadas em um 
de terminado país ou espaç o. Para se conhec er a es trutura fundiária de um país, leva-se em consider a-
çã o a quantidade , o taman ho e a dis tribuiçã o social das pr opriedade s rurais na ár ea analisada.
A es trutura fundiária de um país ou regiã o tam bém é muito influen ciada pelo nível de concentração 
fundiária do país, uma vez que , quant o maior for a concentr açã o de terras, menor ser á a quantidade de 
propriedade s de terras e maior ser á o taman ho das propriedade s exis tent es. Além disso , a dis tribuiçã o 
social da terra nos paíse s em que há uma grande concentr açã o rural tende a ser mais de sigual, pois a 
parcela mais rica da populaçã o tem um ac esso facilitado à terra, enquant o a populaçã o mais pobre, na 
maioria das v eze s, nã o pos sui ac esso à t erra e/ ou aos m eios de pr oduçã o.
Na maioria dos paíse s de sen volvidos, as atividade s agr opecuárias sã o de sen volvidas em propriedade s 
rurais menores, de base familiar, altam ent e produtivas e mecanizadas, voltadas para a produçã o de 
aliment os e matéria-prima para abas tec er o mercado interno do país. Já em paíse s sub de sen volvidos, 
principalm ent e da América Latina e da África, em virtude de sua herança colonial em que predomina -
vam as plantations (grande s propriedade s rurais que produziam monocultur as voltadas para abas tec er 
o mercado internacional), há grande s propriedade s rurais, concentr adas nas mãos de pouc os proprie -
tários, que pr oduzem m onocultur as par a e xportaçã o.
A es trutura fundiária brasileir a é uma das mais concentr adas do mundo. Enquant o os minifúndios re-
presentam 70% do total das propriedade s rurais e ocupam uma área de cerca de 11% do espaç o agr ário 
brasileir o, os la tifúndios ocupam c erca de 55% da zona rur al do Brasil.
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Disponível em: <https:// guiadoe s tudant e.abril. com.br/curso-en em-play/atualidade s-br asil-educacao />. Acesso em: 24 maio 202 1.
Esp ecialm ent e nos paíse s sub de sen volvidos, com pas sado colonial, a grande concentr açã o fundiária 
tem ocasionado conflitos entr e grande s proprie tários e camp onese s. Trabal hador es que perder am 
suas t erras t êm-se or ganizado em m oviment os sociais que lutam p ela r eforma agr ária.
No entant o, a es trutura fundiária de um país só se torna menos de sigual quando a redis tribuiçã o de 
terras ac ontec e ac ompan hada de inter vençõe s que visem a perman ência dos agricult ores nas terras 
e lhes gar anta a capacidade de promover a própria subsis tência além de produzir excedent es para o 
abas tecim ent o do mercado .
PARA SABER MAIS: 
“Terra para Rose” - Documentário de 1987 retratan do a luta pela terra (Fazen da Annoni, Encruzi -
lhada Na talino).
Disponível em: <https:// youtu.b e/1ZlqjK4K1-0>. Acesso em: 24 maio 202 1.
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ATIVIDADES
1 – A es trutura fundiária no Brasil es tá concentr ada nas mãos de uma pequena parcela da populaçã o, 
crian do as sim os conflitos por terra. Diante de sse problema, o mapa abaix o mos tra a dis tribuiçã o 
territ orial mais c onflitant e em 2009 n o territ ório brasileir o.
Assinale a alt erna tiva CORRETA. A regiã o no Brasil c om maior número de c onflitos p or terra é a:
a) Regiã o Norte.
b) Regiã o Norde s te.
c) Regiã o Centr o-Oes te.
d) Regiã o Sude s te.
2 – O gráfic o repr esenta a relaçã o entr e o taman ho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. Que 
car act erís tica da e s trutura fundiária br asileir a e s tá e videnciada n o gráfic o apresentado?
A concentração de terras de grande extensão nas 
mãos de poucas pessoas.
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3 – Sobr e as de finiç õe s das propriedade s rurais brasileir as, escr eva V para as proposiç õe s que consider ar 
VERDADEIRAS e F para as pr oposiç õe s que c onsider ar FALSAS:
a) (F) Minifúndios são pequenas propriedades rurais voltadas para a produção moderna de 
monocultura.
b) (F) Latifúndios são grandes propriedades rurais voltadas para a produção de subsistência.
c) ( V) Módulo rural é o imóvel rural explorado por uma família, garantindo nele o seu próprio sustento.
d) (V) Empresa rural é uma propriedade rural utilizada para a exploração econômica racional do 
espaço agrário.
4 – Obser ve o car taz a seguir .
A luta pela terra no Brasil exis te há décadas e já fez várias vítimas entr e trabal hador es do camp o, reli-
giosos e outr os. Entr e as prin cipais r azõe s dos c onflitos de t erra no Brasil, p ode-se citar:
a) a disputa p elas p oucas ár eas f ér teis em n os so t errit ório, típic o de t erras m ontan hosas.
b) a c oncentr açã o da propriedade da t erra nas mã os de p ouc os e a ausên cia de uma r eforma agr á-
ria e fetiva.
c) a divisã o excessiva da t erra em p equenas pr opriedade s, dificultan do o aument o da produçã o.
d) a perda do valor da t erra agríc ola pelo cr escim ent o da indus trializaçã o no nos so país.
5 – Leia o t exto a seguir . 
O texto pode ser utilizado c omo argument o a favor:
a) Do desen volviment o indus trial.
b) Do controle da na talidade .
c) Da reforma agr ária.
d) Da dis tribuiçã o de c es tas básicas.
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Confrontar os e feit os das disparidade s territ oriais e sociais rela tivas à dis tribuiçã o da terra e às 
políticas de de sen volviment o rural nos paíse s c entr ais e p eriféric os.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Moviment os Sociais, Globalizaçã o, Espaç o Agrário. 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória, Artes. 
TEMA: A Reforma Agrária 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai conhec er as raíze s his tóricas da concentr açã o de terras no 
Brasil e r ec onhec er a luta camp onesa p ela t erra. 
A REFORMA AGRÁRIA E AS LUTAS SOCIAIS NO CAMPO
Quando pensam os em reforma agr ária, a primeira coisa que nos vem à cab eça é uma redis tribuiçã o de 
terras. Na pr ática, ela nã o es tá muit o longe dis so .
Uma reforma agr ária é uma reor ganizaçã o das terras no camp o. Acontec e quando grande s porçõe s de 
terra, até entã o concentr adas na mão de um ou de pouc os proprie tários, sã o divididas em pequenas 
porções e distribuídas a outros donos, até então impossibilitados do acesso à terra.
O Brasil nunca realizou uma reforma agr ária es trutural, ou seja, com grande s dis tribuiç õe s de terras, 
aos m olde s da R evoluçã o Francesa ou da Lei de Pr opriedade Rur al dos Es tados Unidos.
A concentr açã o fundiária no Brasil teve início em 1530, com a formaçã o das capitanias hereditárias, que 
eram faixas de terras brasileir as, e sua doaçã o aos capitã es donatários. Os capitã es tinham a missã o de 
colonizar o territ ório e produzir nele , e tinham, como contrapar tida, que pagar o equiv alent e a um se xto 
da produçã o em impos tos à Coroa Portugue sa.
No princípio eram apenas 14 as capitanias hereditárias, dis tribuídas a homens que tinham condiçõe s 
de produzir em terras brasileir as. No entant o, o sis tema de colonizaçã o não deu cer to. Alguns capitã es 
donatários de sis tiram da atuaçã o ou não quiser am arcar com os altos cus tos de viagem e produçã o em 
terras br asileir as. Ainda as sim o t errit ório e s ta va c oncentr ado nas mã os de p ouc os.
A par tir da indep endência do Brasil, em 1822, as terras pas sam a ser geridas por aquele s que tinham 
maior poder ec onômic o e político. A nobreza e a alta burgue sia continuar am de tent oras da maior par te 
das t erras, o que r esult ou num sis tema de sigual base ado no latifúndio e e xis tent e a té os dias a tuais.
Após 1850 foi implantada a Lei de Terras, que result ou em práticas de apropriaçã o e anexaçã o de terras 
por grande s proprie tários via falsificaçã o de docum ent os de escritur açã o imobiliária (prática conheci -
da como grilagem de terras). Em outros paíse s capitalis tas, a concentr açã o fundiária foi eliminada ou 
reduzida como maneira de es timular a produçã o capitalis ta liberal. No Brasil, no entant o, a concentr a-
çã o fundiária ain da perdura.
147
Disponível em: <https:// www.brasilde fato.com.br/2020/06/09/ artigo-r eforma-agr aria-ja-solidariedade-n o-enfr entam ent o-a-
pandemia-e s trutural>. Acesso em: 24 maio 202 1.
Atualm ent e, apenas 20% das propriedade s rurais brasileir as pos suem mais de 100 hectar es. No entan -
to, essas propriedade s ocupam mais de 80% do territ ório nacional. Por outro lado, as pequenas pro-
priedade s repr esentam mais de 80% do número de terrenos no Brasil, ocupan do som ent e 20% da área 
rural total. Mesm o as sim, a agricultur a familiar é resp onsá vel por 70% da produçã o de fei jão, 48% da 
produçã o de milho e 38% da produçã o de ca fé, números bas tant e significa tivos mediant e a pequena 
quantidade de t erras que e sse s tr abal hador es pos suem .
A principal organizaçã o popular que luta pela implantaçã o da reforma agr ária no Brasil é o MST (Mo-
viment o dos Trabal hador es Sem -Terra) e o órgã o feder al resp onsá vel pela sua operacionalizaçã o é o 
INCRA (Institut o Nacional de C olonizaçã o de Reforma Agrária).
PARA SABER MAIS: 
“Raiz Forte” - Documentário de pessoas que se aproximaram do Moviment o dos Trabal hador es Ru-
rais Sem Terra buscan do um pedaç o de chã o, uma vida mais digna, um camin ho para a cons truçã o 
de uma sociedade mais jus ta.
Disponível em: <https:// youtu.b e/IJoG aWbonmw>. Acesso em: 24 maio 202 1.
ATIVIDADES
1 – Por que os adept os da r eforma agr ária sã o contra os la tifúndios ?
Porque os latifundiários são os maiores responsáveis pela absurda concentração de 
terras no país e também porque não são capazes de abrir mão de seus privilégios para 
reduzir a desigualdade social no Brasil por meio da reforma agrária.
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2 – Assinale c om V as a firmaç õe s verdadeiras e c om F as falsas.
( ) Uma das fonte s da concentr açã o de terras no Brasil nas mãos de pouc os e s tá na Lei de Terras 
de 1850.
( ) A expansã o do agr onegócio no meio rural brasileir o tem aumentado a produçã o e provocado o êxo-
do rural.
( ) O agr obusin ess tem levado o conflito para o camp o brasileir o, principalm ent e com o Moviment o dos 
Sem Terras.
( ) A que s tã o agr ária brasileir a es tá praticam ent e resolvida com a dis tribuiçã o de terras através da 
Reforma Agrária.
( ) Um dos graves problemas do meio rural é o uso intensiv o de produtos químicos e de sem ent es ge -
neticam ent e modificadas.
3 – Obser ve os gr áfic os a seguir .
Estruturas fundiárias brasileiras Estabelecimentos rurais (em %)
a) Os gráfic os revelam:
b) Pequena quantidade de propriedade s, com até 100 ha, ocupan do a
maior par cela da ár ea, o que significa uma dis tribuiçã o de sigual da t erra.
c) Grande quantidade de propriedade s, com mais de 1 000 ha, corres -
pondendo à maior parcela da área ocupada, o que significa uma dis tribui-
çã o equita tiva da t erra.
d) Grande quantidade de propriedade s, com até 100 ha, corresp onden -
do às menores parcelas da área ocupada, o que significa uma dis tribuiçã o
de sigual da t erra.
e) Pequena quantidade de propriedade s, de 100 a 1.000 ha, ocupan do a
maior par cela da ár ea, o que significa uma dis tribuiçã o equita tiva da t erra.
4 – Acerca do Moviment o dos Sem -Terra (MST) e da Reforma Agrária no 
Brasil, é CORRETO afirmar que:
a) O MST não rec eb e o apoio da Igreja e da Pas toral da Terra por invadir e de s truir laboratórios de
pesquisa de empr esas r eflores tador as e ár eas pr odutivas.
b) Organism os de paíse s capitalis tas avançados se opõem ao financiam ent o das marchas do MST
em fun çã o dos int eresse s ligados ao F undo Monetário Internacional.
c) A imprensa e a mídia brasileir a em ger al não divulgam as invasõe s, confrontos e mortes ligados
à luta p ela t erra, t emendo alarmar o públic o.
d) A Cons tituiçã o de 1988 es tab elec eu ser obrigaçã o do governo realizar a reforma agr ária e, diante
da inoperância go vernam ental, o MS T articulou aç õe s de ocupaçã o de t erras.
V
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F
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5 – No Brasil, a re forma agr ária nunca foi plenam ent e realizada. Quais os principais fatores que impedem 
a sua r ealizaçã o no país ? 
O custo de manutenção dos assentados e a criação de condições de apoio logístico e infraestrutura 
para que eles tenham condições de produzir, vender sua produção no mercado interno e diminuir a 
sua dependência em relação à ajuda governamental. Isso é feito a partir da concessão de empréstimos 
com juros baixos para que o camponês compre insumos e o maquinário necessário para a produção 
agropecuária.
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Prognos ticar sobr e o futur o da produçã o do e spaç o rural nos paíse s c entr ais e p eriféric os.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Espaç o Agrário, Agroindús trias, A gronegócio . 
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória,
Biologia. 
TEMA: O Espaç o Rural 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai compreen der a relaçã o entr e o sis tema de cooperativas, 
agr oindús tria e a m odernizaçã o do camp o brasileir o. 
O NOVO RURAL BRASILEIRO
A área rural brasileir a não se res tringe mais àquelas atividade s relacionadas à agr opecuária e à agr oin-
dús tria. Nas últimas décadas, o meio rural vem gan hando novas funçõe s – agríc olas e não-agríc olas – e 
oferec endo novas oportunidade s de trabal ho e renda para famílias. Agora, a agr opecuária moderna e a 
agricultur a de subsis tência dividem espaç o com um conjunto de atividade s ligadas ao lazer , pres taçã o 
de ser viços e a té à indús tria, reduzin do, cada v ez mais, os limit es entr e o rural e o urban o no País.
O “novo rural“ compõe-se basicam ent e de qua tro grande s sub conjuntos, a sab er: 
uma agr opecuária moderna, base ada em commoditie s e intimament e ligada às agr oindús trias, que vem 
sen do chamada de o agribusin ess br asileir o; 
um conjunto de atividade s de subsis tência que gira em torno da agricultur a rudimentar e da criaçã o de 
pequen os animais, que visa primordialment e mant er rela tiva sup erp opulaçã o no meio rural e um exér-
cit o de tr abal hador es rurais sem t erra, sem empr ego fix o, sem qualificaçã o; 
um conjunto de atividade s não-agríc olas, ligadas à moradia, ao lazer e a várias atividade s indus triais e 
de pr es taçã o de ser viços; e 
um conjunto de “novas” atividade s agr opecuárias, localizadas em nich os e sp ecífic os de m ercados.
A dis tinçã o entr e rural e urbano nas atividade s ec onômicas realizadas na cidade e no camp o e nas dife-
rent es práticas cotidianas tem sido reduzida. Cada vez mais há uma integr açã o das práticas e elem en-
tos tidos c omo tipicam ent e rurais n o espaç o das cidade s ou pr áticas urbanas n o espaç o do camp o.
151
O cultiv o de hortaliças no ambient e urbano, por exemplo , tem sido incentiv ado em vários lugares do mun-
do, da mesma maneira que uma clínica de es tética ou relaxam ent o é encontrada em regiõe s afas tadas 
dos c entr os urban os. S ão atividade s típicas do m eio rural e urban o realocadas nas cidade s e n o camp o.
A modernizaçã o que grada tivament e alcan ça o espaç o rural é resultado da intensificaçã o de capital em-
pregado na produçã o rural sob a forma de máquinas, de fensiv os químicos, engen haria gen ética, ser viços 
meteor ológic os, além de avançadas técnicas de irrigaçã o, manejo de animais, prepar açã o do solo e as -
se ssoria tecn ológica e financeira. Dessas trans formaç õe s surge a ca tegoria de empresas rurais, que em 
quase nada se as sem elham às práticas que remontam ao surgiment o das primeiras atividade s agríc olas.
PARA SABER MAIS: 
Agricultura sustentável pode ser o caminho para alimentar a população mundial – Disponível em: 
<https:// youtu.b e/cCbwr-BM8gg>. Disponível em: 24 maio 202 1.
ATIVIDADES
1 – O que é o turism o rural e quais os b enefícios ?
O turismo rural é uma viagem que proporciona contato com a natureza, culturas locais e 
atividades de aventura. Entre as atividades realizadas nos destinos, estão caminhadas, 
cavalgadas, trilhas, acampamentos, pescaria, observação de animais, trekking e rapel. Os 
benefícios podem ser: redução do estresse, contato com culturas diferentes e viagem a destinos 
inusitados.
152
2 – A exis tência de diferent es técnicas e metodologias do uso da terra no meio rural permit e a realizaçã o 
de dis tintas clas sificaç õe s ac erca dos sis temas agríc olas. A mais clás sica tipologia realizada opõe 
os métodos ditos primitivos – com uso de amplas áreas, baixa produtividade e uso de mão de obra 
em mas sa – dos métodos mais avançados – com produçã o em alta densidade , técnicas avançadas e 
utilizaçã o de t ecn ologias mais b em delin eadas.
A clas sificaçã o acima de scrita op õe às t écnicas agr opecuárias:
a) Sub de sen volvida e de sen volvida.
b) Primitiva e m oderna.
c) Familiar e la tifundiária.
d) Intensiv a e e xtensiv a.
3 – Sobr e Sis temas Agrários, escr eva V para as afirmativas VERDADEIRAS e F para as afirmativas FALSAS:
I) (V) Agrossistema é um tipo (ou modelo) de produção ou agropecuária em que se observa que 
cultivos ou criações são praticados, quais as técnicas e como se dá a relação da agricultura com
o espaço e qual é o destino da produção.
II) ( F) A Agricultura de Jardinagem consiste na inovação do uso de telhados urbanos para o plantio 
ou cultivo de hortaliças e flores. A proposta visa tornar a cidade mais “verde” além de favorecer
o microclima.
III) (F) Do ponto de vista ambiental a Revolução Verde, assim identificada, proporcionou uma agri-
cultura sem contaminação de alimentos nem das águas por ela utilizadas. Isso possibilitou uma 
preservação maior da biodiversidade na área onde é praticada.
IV) (V) Dentre os sistemas agrários tradicionais podemos citar o Pastoreio Nômade ou Transuman-
te, muito comum nas regiões áridas ou semiáridas. Consiste na criação de animais (cabras, ove-
lhas ou vacas) constantemente levados de um lugar a outro em busca de água e de pastos que 
não estejam secos.
4 – “A agricultura morreu. Viva o agronegócio!” Es se é o conceit o mais utilizado quando hoje se fala da 
atividade agríc ola. Es sa a tividade é car act erizada, prin cipalm ent e:
a) Pela policultur a, o cultiv o de vários produtos alimentícios, para o próprio consum o dos produtores.
b) Pelo cultivo de um ou vários produtos, destinados à venda e à maximização do lucro.
c) Pela monocultur a, cultivo de um único produto agríc ola, para atender às nec essidade s da populaçã o.
d) Pelo cultiv o de vários pr odutos alim entícios, par a troca, sem lucr o.
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
TEMA/TÓPICO: 
As trans formaç õe s no mundo rural.
HABILIDADE(S): 
Prognos ticar sobr e o futur o da produçã o do e spaç o rural nos paíse s c entr ais e p eriféric os. 
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Globalizaçã o, Revoluçã o Verde , Agronegócio , Agroindús trias. 
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portugue sa, Sociologia, His tória, Biologia, Ma temática. 
TEMA: A Modernização da Agricultur a 
Caro (a) es tudant e, nes ta semana voc ê vai relacionar a produtividade e o uso de tecn ologias modernas 
e sua dis tribuiçã o espacial. 
BRASIL: POTÊNCIA AGROPECUÁRIA
O Brasil, de sde 2010, quando ultrapas sou o Canadá , é o terceiro maior produtor e exportador agríc ola 
do mundo, atrás som ent e das duas grande s potências agríc olas mundiais: os Es tados Unidos e a União 
Europeia. No entant o, diferent ement e de sse s dois territ órios, a capacidade de crescim ent o e a pers -
pectiv a nacional em relaçã o a um futur o de médio prazo sã o grande s, de modo que o país poder á apre-
sentar maior es cr escim ent os.
Dois principais fatores es tã o as sociados ao crescim ent o da atuaçã o agr opecuária do Brasil no mercado 
externo: a mecanizaçã o do camp o, vivenciada no país a par tir da segun da metade do século XX, e a ex-
pansã o da fronteira agríc ola para o interior do territ ório ao longo do mesm o período . Assim, ele vou-se a 
produtividade nas áreas produzidas, bem como as áreas cultiv adas, em bora muitas áreas de expansã o 
apresent em modelos tr adicionais, uso e xtensiv o da t erra e baixa pr odutividade .
A produçã o agr opecuária tem como obje tivo de s tinar seus produtos, tais como grãos, frutas, verduras 
e tam bém carn e, leit e, ovos, entr e outros, para abas tec er o mercado interno e esp ecialm ent e o merca -
do e xterno. Sem c ontar as ma térias-primas.
https://br asile sc ola. uol.com.br/br asil/ a-imp ortan cia-agr opecuaria-br asileir a.htm
154
Com a maior par te da produçã o voltada ao mercado externo, o Brasil é um dos paíse s que mais dep en-
dem de uma atividade ec onômica denominada agr onegócio . O agr onegócio liga a produçã o à indus tria -
lizaçã
o e c omercializaçã o dos pr odutos. Es se pr oc esso é c onhecido c omo cadeia pr odutiva.
Hoje, o agr onegócio corresp onde a quase 30% do PIB (Produto Interno Bruto). O PIB é a soma de todas 
as riquezas pr oduzidas em um país.
Sen do um dos maiores produtores agríc olas e de produtos pecuários do mundo, o Brasil apresenta gra-
ves problemas sociais que es te modelo de negócios incita. A concentr açã o de muitas quantidade s de 
terras nas mã os de p ouc os é o prin cipal dele s.
A es tima tiva do Ministério da Agricultur a, Pecuária e Abas tecim ent o é que o Brasil alcan ce a liderança 
mundial na sa fra de 2020/202 1. Tal e xpansã o de verá ser ocasionada, sobr etudo, pela m odernizaçã o do 
camp o, pela melhoria nas condiçõe s da propriedade familiar e pelo aument o do volume de exportaç õe s. 
PARA SABER MAIS: 
Embrapa ( Empesa Brasileir a de Pesquisa Agropecuária) – Sit e: <www.em brapa.br>. Acesso em: 
24 maio 202 1.
ATIVIDADES
1 – Por que p odem os dizer que a f ome é um pr oblema mais social do que t ecn ológic o?
2 – A “Revoluçã o Verde”, implementada em paíse s latino-am erican os e asiátic os nos anos 1960 e 1970, 
tinha como obje tivo suprimir a fome e reduzir a pobreza de amplas parcelas da populaçã o. Entretant o, 
as promessas de modernizaçã o tecn ológica da agricultur a não foram cumpridas inteirament e, 
contribuindo par a a ger açã o de novos pr oblemas e apr ofundando velhas de sigualdade s.
Assinale a op çã o que f az referência aos e feit os da “Revoluçã o Verde”.
a) Cole tivizaçã o das terras, implement o da agr oec ologia e expansã o do crédit o para os agricult ores.
b) Distribuiçã o equita tiva de t erras, difusã o da policultur a e uso de de fensiv os biodegr adá veis.
c) Expansã o de monocultur as, uso de técnicas tradicionais de plantio e fer tilizaçã o natural dos
solos.
d) Rec oncentr açã o de terras, crescim ent o do uso de insumos indus triais e agr avament o da erosã o
dos solos.
Porque atualmente cerca de 20% dos alimentos produzidos no mundo são 
desperdiçados (jogados no lixo). Esse percentual de alimentos inutilizados em várias 
partes do mundo já seria o suficiente para reduzir praticamente toda a fome do 
planeta.
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3 – A implantaçã o de modern os agr os sis temas no contexto geoec onômic o brasileir o ger ou uma série 
de deba tes, dividindo opiniõe s ac erca da produtividade e dos impact os ger ados pela modernizaçã o das 
práticas agr árias.
Assinale a alterna tiva que indica, resp ectiv ament e, um IMPACTO NEGATIVO e um ASPECTO POSITIVO da 
mecanizaçã o rural no Brasil.
a) Diminuição média da pr oduçã o / maior ger açã o de empr egos.
b) Aument o dos índices de er osã o / c ontrole do ê xodo rural.
c) Reduçã o das ár eas flor es tais / aum ent o das e xportaç õe s.
d) Queda no preç o das c ommoditie s / c onser vaçã o da biodiv ersidade .
4 – Assinale com V ou com F as proposiç õe s conforme sejam resp ectiv ament e Verdadeir as ou Falsas 
em relaçã o à leitur a da paisagem agr ária mos trada na f oto.
( V) A modernização do campo provoca a subordinação crescente do campo à cidade e à 
indústria, destino da produção agrícola e de onde recebe insumos e equipamentos.
( V) A modernização da agricultura torna as paisagens agrícolas homogeneizadas, através da 
espe-cialização produtiva, para atender ao mercado urbano/industrial cada vez mais exigente.
( F) O campo torna-se cada vez mais autossuficiente em função de ser o espaço que mais rapida-
mente absorve as modernizações do meio técnico-científico-informacional.
(V) A modernização do campo reduz a população rural, mas contribui para a formação de uma 
populaçã o agr ária, que , além dos bóias- frias, inclui agr ônomos, tratoris tas, mecânic os e outros 
profis sionais qualificados, que , mesm o morando nas cidade s, dedicam -se às a tividade s agr ária.
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5 – ASSINALE a alterna tiva CORRETA que repr esenta uma das consequên cias da modernizaçã o da 
agricultur a brasileir a.
a) Reduçã o dos conflitos agr ários devido à diminuiçã o da expansã o da fronteira agríc ola na regiã o
Centr o-Oes te.
b) Comprometiment o das áreas reman esc ent es de Mata Atlântica do Rio de Jan eiro e São Paulo
para a implantaçã o da la voura ca feeir a.
c) Aument o da ac essibilidade aos maquinários agríc olas e da dep endência ao fornecim ent o de se -
ment es tr ansgênicas.
d) Aument o dos impact os ambientais e diminuiçã o do êxodo rural devido à inser çã o de novas tec -
nologias n o camp o.
Caro (a) estudante, espera-se que tenha tido sucesso na resolução do PET – III de Geografia. Saiba 
que, ao longo do ano, você irá entender e compreender sobre a complexidade das paisagens, das ati-
vidades humanas, das sociedades e do nível de desenvolvimento entre os países, as transformações 
tecnológicas, o modo como a sociedade se relaciona com a natureza e as formas de organização 
espacial. A Geografia tem muito a contribuir para a compreensão do espaço mundial, cada vez mais 
complexo, cujas transformações são cada vez mais surpreendentes.
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301
ATIVIDADES
1 – Explique por que a Capoeir a tem elem ent os da música e da dança em sua prática. Tais elem ent os 
tornam e ssa luta m enos e ficaz que as outr as ? Jus tifique sua r esp os ta.
 
2 – Sobr e a Capoeir a as sinale ( V) para sent enças v erdadeir as e ( F) para sent enças f alsas.
( ) É uma dança de origem a fricana, r egiã o da qual vier am a maioria dos e scr avos no período c olonial. 
( ) Há presen ça de musicalidade c om ins trument os c omo o pandeiro, o berimbau e o atabaque. 
( ) Trata-se de uma luta de domínio em que nã o é permitido usar soc os e chut es. 
( ) Durante o início do p eríodo republican o a Capoeir a ch egou a ser mar ginalizada e a té proibida. 
( ) A par tir de 1930 deixa de ser consider ada crime e se ele va ao patamar de patrimônio cultur al brasileir o. 
3 – (ENEM 2013) A recup eraçã o da herança cultur al africana deve levar em conta o que é próprio do 
proc esso cultur al: seu moviment o, pluralidade e comple xidade . Não se trata, portant o, do resga te 
ingênuo do pas sado nem do seu cultiv o nos tálgic o, mas de procur ar perceb er o próprio ros to cultur al 
brasileir o. O que se quer é captar seu m oviment o para melhor compreen dê-lo his toricam ent e.
MINAS GERAIS: Cadern os do Arquivo 1: Escr avidão em Minas Gerais. Belo Horizont e: Arquivo Públic o Mineiro, 1988.
Com base no texto, a análise de manifes taç õe s cultur ais de origem africana, como a cap oeir a ou o can -
domblé , de ve c onsider ar que elas:
a) perman ec em c omo repr oduçã o dos v alores e c os tumes a frican os.
b) perder am a relaçã o com o seu pas sado his tórico.
c) derivam da int eraçã o entr e valores a frican os e a e xperiên cia his tórica br asileir a. 
d) contribuem par a o dis tan ciam ent o cultur al entr e negr os e br ancos no Brasil a tual. 
e) dem ons tram a maior c omple xidade cultur al dos a frican os em r elaçã o aos eur opeus.
Prezado (a) estudante! Chegamos ao final deste PET 3! Caso tenha ficado alguma dúvida, entre em 
contato com seu professor pelo CONEXÃO ESCOLA ou nos mande sua pergunta no TIRA DÚVIDAS AO 
VIVO pela Rede Minas e Youtube. Lembre de se exercitar dentro dos limites de isolamento social da 
pandemia, manter uma alimentação saudável e uma hidratação regular. Em breve estaremos vacina-
dos e juntos em nossas quadras. Um forte abraço da equipe de Educação Física!

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