Interrelação perio e dentística

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Aula 05: Inter-relação Dentística e periodontia 
CONCEITOS: 
Um periodonto saudável é a base de qualquer tratamento bem-sucedido. 
1. Espaço biológico: 
o “O espaço biológico é a distância compreendida entre a crista óssea alveolar e a 
margem gengival livre”. 
 
o É determinado que quando as margens restauradoras invadem esse espaço biológico, vai 
ocorrer inflamação gengival, perda da fixação clínica e perda óssea. A manifestação clinica 
será a formação de bolsas periodontais aprofundadas ou a recessão gengival. 
o Essa invasão do espaço biológico se tornou preocupante principalmente em casos de 
restaurações de dentes fraturados e de dentes destruídos por cárie chegando próximo ao 
nível da crista alveolar. 
o A partir das análises, pode-se concluir que é importante respeitar um mínimo de 3,0 mm de 
espaço entre a margem de restauração e o osso alveolar é uma atitude que deve ser 
aderida ao plano de tratamento. 
2. Localização da Margem restaurativa: 
o Margens restauradoras subgengivais possuem o risco de invadir os tecidos (juncional e de 
inserção) independente da profundidade de penetração do sulco. 
o A localização da margem restauradora vai ser determinada por diversos fatores: estético, 
retentivo, susceptibilidade à carie radicular e grau de recessão gengival. Periodontistas 
recomendam que as margens permaneçam supragengivais caso não envolva fatores já 
citados. 
FATORES PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE PERIODONTAL E INTERAÇÕES ENTRE A GENGIVA E 
RESTAURAÇÕES: 
1. Avaliação do espaço biológico: 
o Método clínico: 
 Se um paciente sentir desconforto no tecido quando os níveis de margem da restauração 
estiverem sendo avaliados com uma sonda periodontal, é uma boa indicação de que a 
margem se estende para dentro do acessório e que ocorreu uma violação da largura 
biológica; 
 Os sinais de violação da largura biológica são: inflamação gengival progressiva crônica 
ao redor da restauração, sangramento à sondagem, hiperplasia gengival localizada com 
perda óssea mínima, recessão gengival, formação de bolsa, perda de inserção clínica e 
perda óssea alveolar; 
 A hiperplasia gengival é mais frequentemente encontrada na erupção passiva alterada e 
margens de restauração colocadas subgengivalmente; 
o Sondagem óssea: 
 A largura biológica pode ser avaliada por medição com sonda periodontal ao nível do 
osso e subtraindo a profundidade do sulco dele; 
 Se a distância da base do sulco ao osso for menor que 2 mm, isso é considerado uma 
violação da largura biológica; 
 Esta medição deve ser realizada em dentes com tecidos gengivais saudáveis e deve ser 
repetida em mais de um dente para garantir uma avaliação precisa e reduzir as variações 
individuais e locais; 
o Medição radiográfica; 
2. Afastamento gengival: 
o A técnica de escolha deve ser atraumática para os tecidos gengivais, diminuindo o risco de 
ocorrer futura retração gengival que possa tornar o trabalho protético/restaurador 
estéticamente inaceitável; 
o O objetivo da retração do tecido é expor toda a estrutura dentária preparada e, 
possivelmente, uma porção da raiz despreparada além da margem, causando um 
deslocamento horizontal e vertical da gengiva marginal; 
o São três os tipos de afastamento gengival: mecânico; mecânico-químico, e cirúrgico; 
3. Técnicas de moldagem: 
o A técnica de moldagem pode ter um impacto negativo nos tecidos moles ao redor dos 
pilares, podendo causar danos irreversíveis se a técnica não for realizada de maneira 
adequada; 
4. Cimentação: 
o Após a cimentação das restaurações, todo o excesso de cimento retido deve ser removido; 
o Quando as restaurações se estendem abaixo da margem gengival, as partículas de cimento 
dentro do sulco podem passar despercebidas e podem causar danos aos tecidos 
periodontais; 
5. Excesso de material restaurador: 
o O excesso de material restaurador é um fator que contribui para gengivite (capacidade 
retentiva de placa bacteriana) e possível perda de inserção periodontal; 
o O excesso de material não apenas aumenta o acúmulo da placa, mas também aumenta os 
patógenos periodontais específicos; 
6. Contorno de coroa artificial: 
o Os contornos restauradores adequados requerem uma redução dentária adequada para 
permitir a espessura adequada dos materiais restauradores, ao mesmo tempo que permite 
um fácil acesso para higiene oral pessoal; 
7. Relações de contatos proximais: 
o As impressões clínicas surgerem que os contatos proximais frouxos ou abertos são fatores que 
contribuem para a formação da bolsa periodontal; 
8. Aumento cirúrgico de coroa: 
o A cirurgia de alongamento da coroa é projetada para aumentar a coroa por várias razões: 
dentes com cárie subgengival ou encurtados por cáries extensas, fraturas, coroas clinicas 
curtas com ou sem deficiência estética, e dentes encurtados por exposição incompleta da 
coroa anatômica são candidatos ao alongamento cirúrgico;