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Prévia do material em texto

Universidade Federal 
do Acre - UFAC 
 
Assistente em Administração 
 
 
 
Língua Portuguesa 
1. Compreensão e interpretação de texto; ...................................................................................................................... 1 
2. Fonologia: conceito, classificação de fonemas, encontros vocálicos, encontros consonantais, dígrafos; ........ 6 
3. Divisão e classificação silábica; 4. Classificação tônica das palavras; .................................................................... 8 
5. Emprego da acentuação gráfica; ................................................................................................................................ 10 
6. Emprego do sinal indicativo de crase; ...................................................................................................................... 12 
7. Emprego dos sinais de pontuação; ............................................................................................................................ 14 
8. Morfologia: estrutura e formação das palavras, classificação e formação das palavras (Classes de palavras – 
variáveis e invariáveis); .................................................................................................................................................. 16 
9. Colocação Pronominal: próclise, mesóclise, ênclise; ............................................................................................. 39 
10. Semântica e Estilística: significação das palavras, figuras e vícios de linguagem; ......................................... 40 
11. Reescritura de frases e parágrafos de texto: substituição de palavras ou de trechos de texto e 
retextualização. ................................................................................................................................................................. 52 
 
Informática 
1. Noções de Informática; .................................................................................................................................................. 1 
2. Componentes de um computador e periféricos; ....................................................................................................... 5 
3. Utilização do sistema operacional Windows 8; ...................................................................................................... 13 
4. Utilização dos aplicativos Microsoft Office Word, Excel e PowerPoint 2013; ................................................... 18 
5. Utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados à Internet. ..................................................... 37 
 
Legislação 
1. Decreto nº 1.171/1994 - Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
 ................................................................................................................................................................................................. 1 
2. Lei nº 8.112/1990 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Do Provimento, Vacância, 
Remoção, Redistribuição e Substituição; do Estágio Probatório; dos Deveres e das Proibições); ....................... 7 
3. Lei nº 11.091/2005 - Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação ......................... 12 
4. Estatuto da UFAC. .......................................................................................................................................................... 16 
 
Conhecimentos Específicos 
1. Funções Administrativas: planejamento, organização, execução e controle ........................................................ 1 
2. Comunicação Interpessoal: barreiras, uso construtivo, comunicação formal e informal ................................... 4 
3. Rotinas Administrativas: Gestão de Pessoas-conceitos, avaliação de desempenho, trabalho em equipe, 
motivação, liderança e gerenciamento de conflitos ....................................................................................................... 9 
Administração de materiais e patrimônio: importância, organização da área de materiais, logística de 
armazenagem, transporte e distribuição; gestão de documentos e arquivos ........................................................ 41 
4. Gestão por Competências: conceitos, política e diretrizes para o desenvolvimento de pessoal da 
Administração Pública Federal (Decreto nº 5.707/2006) ........................................................................................ 69 
5. Administração Pública: Noções de Administração Pública ................................................................................... 80 
6. Agente Público: conceito, função pública, atendimento ao cidadão .................................................................... 89 
Apostila Digital Licenciada para Rafael Lima dos santos - rafaellimasantos2010@hotmail.com (Proibida a Revenda)
 
 
 
 
 
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
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concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
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para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 1 
 
 
 
 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
 
Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. 
A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que 
cada parte mantém com as outras no interior do texto. No 
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. 
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas 
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o 
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto 
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior 
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo 
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa 
operação de compreensão. 
E assim teremos: 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento dotexto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis 
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de 
reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o 
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se 
preparando para a leitura interpretativa. Durante a 
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; 
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas 
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, 
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha 
adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. 
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global 
proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias 
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto 
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a 
conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos 
menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da 
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico 
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e 
resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, 
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do 
texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um 
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que 
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a 
compressão da coesão e coerência. 
 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais 
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos 
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou 
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos 
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, 
evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta 
de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras 
que formam a oração e as orações que formam o período e, 
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um 
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num 
texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de 
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com 
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da 
coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto 
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os 
argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles 
conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada 
sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações 
e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma 
pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos 
característicos, de pormenores individualizantes. Requer 
observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito 
um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir 
uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é 
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se 
o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais 
ou imaginários. São seus elementos constitutivos: 
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, 
o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de 
personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer 
um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é 
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, 
narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O 
raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e 
quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante 
será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso 
têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os 
exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria 
é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um 
sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: 
“parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o 
mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na 
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre 
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do 
enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o 
sentido preferencial, o que comumente ocorre. 
1. Compreensão e 
interpretação de texto; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 2 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a 
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem 
que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência 
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, 
mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de 
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho 
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de 
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das 
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma 
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, 
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido 
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta 
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o 
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que 
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de 
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está 
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido 
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele 
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e 
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. 
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma 
constante do pensamento antigo, cuja índole era 
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal 
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas 
teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao 
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo 
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações 
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha 
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, 
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da 
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos 
retóricos a serviço de sua concepção estética. 
 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata 
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura 
ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência 
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais 
como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para 
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, 
respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existeconcordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto 
modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, 
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele 
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, 
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as 
conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que 
se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito 
de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O 
que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de 
uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica 
perplexo diante de um oximoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de 
grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais 
primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é 
apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são 
anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
Para compreender o sentido preferencial é preciso 
conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de 
dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto 
muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma 
palavra no dicionário, dizemos que ela está 
descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o 
que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o 
sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser 
o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o 
resultado médio, o que não impede que pela necessidade 
momentânea consideremos o significado preferencial para 
dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos 
significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial 
da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para 
abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras 
palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se 
impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, 
alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos 
o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido 
preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão 
carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com 
cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o 
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o 
“primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido 
mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido 
preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de 
manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Questões 
 
01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - 
MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: 
“Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha 
também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: 
 
(A) Adequação vocabular. 
(B) Falta de coesão. 
(C) Incoerência. 
(D) Coesão. 
(E) Coerência. 
 
02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: 
Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história 
e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, 
continuará inalterado, em: 
 
(A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa 
história e de nossa realidade. 
(B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos 
de nossa história e de nossa realidade. 
(C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos 
sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 3 
(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de 
nossa história e de nossa realidade. 
 
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - 
VUNESP) 
 
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira 
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um 
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir 
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais 
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do 
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas 
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o 
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos 
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois 
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o 
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o 
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são 
ocupadas por países pobres. 
O estudo de Robert Levine associa a administração do 
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, 
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor 
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância 
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz 
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por 
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um 
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a 
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os 
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários 
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o 
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte 
público? 
(Veja, 2009.) 
 
Há emprego do sentido figurado das palavras em: 
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados... 
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. 
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações 
sociais... 
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... 
(E) ... não se pode confiar no serviço público? 
 
04. (UNESP - Assistente Administrativo - 
VUNESP/2016) 
 
O gavião 
 
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco 
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a 
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais 
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata 
pombas. 
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à 
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das 
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros 
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar 
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na 
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com 
que a pomba come seu grão de milho. 
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das 
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar 
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. 
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente 
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, 
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. 
 (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) 
 
O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto 
– … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro 
homem. –, é empregado com sentido: 
 
(A) próprio, equivalendo a inspiração. 
(B) próprio, equivalendo a conquistador. 
(C) figurado, equivalendo a ave de rapina. 
(D) figurado, equivalendo a alimento. 
(E) figurado, equivalendo a predador. 
 
Gabarito 
01.D / 02.E / 03.D / 04.E 
 
Interpretação de texto 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a 
preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece 
porque lhes faltam informações específicasa respeito desta 
tarefa constante em provas relacionadas a concursos 
públicos . 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no 
momento de responder às questões relacionadas a textos. 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de 
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e 
decodificar). 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em 
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com 
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a 
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o 
relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase 
for retirada de seu contexto original e analisada 
separadamente, poderá ter um significado diferente daquele 
inicial. 
Intertexto - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através de 
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem 
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de 
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o 
tempo). 
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de 
diferenças entre as situações do texto. 
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. 
 
Condições básicas para interpretar 
 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado das palavras) 
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, 
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre 
outros. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 4 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
Interpretar X compreender 
 
Interpretar significa 
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. 
- Através do texto, infere-se que... 
- É possível deduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que... 
 
Compreender significa 
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está 
escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... 
- o narrador afirma... 
Erros de interpretação 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que 
não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema 
quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o 
que pode ser insuficiente para o total do entendimento do 
tema desenvolvido . 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a 
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de 
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o 
autor diz e nada mais. 
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. 
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um 
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome 
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer 
e o que já foi dito. 
 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia 
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome 
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do 
seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os 
pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a 
necessidade de adequação ao antecedente. 
 Os pronomes relativos são muito importantes na 
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de 
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe 
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas 
depende das condições da frase. 
qual (neutro) idem ao anterior. 
quem (pessoa) 
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o 
objeto possuído. 
como (modo) 
onde (lugar) 
quando (tempo) 
quanto (montante) 
 
Exemplo: 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O ). 
 
Dicas para melhorar a interpretação de textos 
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura; 
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes; 
- Inferir; 
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão; 
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão; 
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
 
Questões 
 
O uso da bicicleta no Brasil 
 
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e 
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na 
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores. 
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos 
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que 
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a 
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, 
nos impostos. 
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por 
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da 
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, 
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país 
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o 
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O 
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, 
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já 
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos 
estratégicos. 
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não 
está consolidadaem nossa sociedade. Muitos ainda não sabem 
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou 
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um 
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
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Língua Portuguesa 5 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas 
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e 
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e 
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. 
 
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 
 
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação. 
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades. 
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores. 
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte. 
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar. 
 
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é 
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista. 
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro. 
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil. 
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio 
de locomoção se consolidou no Brasil. 
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre. 
 
03. Considere o cartum de Evandro Alves. 
 
Afogado no Trânsito 
 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) 
 
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum 
é 
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. 
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. 
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. 
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. 
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. 
 
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. 
 
Televisão 
 
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. 
Adaptado) 
 
É correto concluir que, de acordo com o cartum , 
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro 
ou pela TV são equivalentes. 
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma 
imaginação mais ativa. 
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 
que não sabe se distrair. 
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto 
assistir a um programa de televisão. 
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo 
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. 
 
Leia o texto para responder às questões: 
 
Propensão à ira de trânsito 
 
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como 
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. 
 
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas 
também se engajam num comportamento de risco – algumas 
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou 
impedir que este chegue onde precisa. 
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter 
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um 
motorista a tomar decisões irracionais. 
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. 
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa 
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. 
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas 
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de 
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no 
momento. 
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que 
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros 
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao 
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um 
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos 
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. 
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Língua Portuguesa 6 
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são 
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim 
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças 
aprendem que as regras normais em relação ao 
comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em 
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa 
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com 
pressa para chegar ao destino. 
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era 
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga. 
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas 
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está 
predisposta a apresentar um comportamento irracional 
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior 
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando 
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente 
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo 
quando estiver tentado a agir só com a emoção. 
 
(Jonathan Strickland. Disponível em: 
http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 
01.08.2013. Adaptado) 
 
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é 
correto afirmar que 
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à 
medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes. 
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas 
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto 
comunitário do ato de dirigir. 
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o 
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção 
agressiva. 
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de 
experiências e atividades não só individuais como também 
sociais. 
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das 
emoções positivas por parte dos motoristas. 
 
Respostas 
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D) 
 
 
 
FONOLOGIA – ESTRUTURA FONÉTICA 
 
Fonologia 
 
Fonologia1 é o ramo da linguística que estuda o sistema 
sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones ou 
fonemas (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-
os em unidades capazes de distinguir significados. 
A Fonologia estuda o ponto de vista funcional dos 
Fonemas. 
 
 
1 http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/fonologia.htm.Estrutura Fonética 
 
Fonema 
O fonema2 é a menor unidade sonora da palavra e exerce 
duas funções: formar palavras e distinguir uma palavra da 
outra. Veja o exemplo: 
 
C + A + M + A = CAMA. Quatro fonemas (sons) se 
combinaram e formaram uma palavra. Se substituirmos agora 
o som M por N, haverá uma nova palavra, CANA. 
 
A combinação de diferentes fonemas permite a formação 
de novas palavras com diferentes sentidos. Portanto, os 
fonemas de uma língua têm duas funções bem importantes: 
formar palavras e distinguir uma palavra da outra. 
 
Ex.: mim / sim / gim... 
 
Letra 
A letra é um símbolo que representa um som, é a 
representação gráfica dos fonemas da fala. É bom saber dois 
aspectos da letra: pode representar mais de um fonema ou 
pode simplesmente ajudar na pronúncia de um fonema. 
Por exemplo, a letra X pode representar os sons X 
(enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste caso a letra X 
representa dois fonemas – K e S = KS). Ou seja, uma letra pode 
representar mais de um fonema. 
Às vezes a letra é chamada de diacrítica, pois vem à direita 
de outra letra para representar um fonema só. Por exemplo, na 
palavra cachaça, a letra H não representa som algum, mas, 
nesta situação, ajuda-nos a perceber que CH tem som de X, 
como em xaveco. 
Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam 
número idêntico de letras e fonemas. 
 
Ex.: bola > 4 letras, 4 fonemas 
 guia > 4 letras, 3 fonemas 
 
Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e 
consoantes. 
 
Vogais 
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da 
passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia 
mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. 
Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais 
(indicadas pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem 
ser representadas pelas letras abaixo. Veja: 
 
A: brasa (oral), lama (nasal) 
E: sério (oral), entrada (oral, timbre fechado), dentro 
(nasal) 
I: antigo (oral), índio (nasal) 
O: poste (oral), molho (oral, timbre fechado), longe (nasal) 
U: saúde (oral), juntar (nasal) 
Y: hobby (oral) 
 
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas. 
Tônica aquela pronunciada com maior intensidade. Ex.: 
café, bola, vidro. 
Átona aquela pronunciada com menor intensidade. Ex.: 
café, bola, vidro. 
 
Semivogais 
São as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas pelos fonemas 
(e, y, o, w), quando formam sílaba com uma vogal. Ex.: No 
2 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. – 1. ed. – Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013. 
2. Fonologia: conceito, 
classificação de fonemas, 
encontros vocálicos, 
encontros consonantais, 
dígrafos; 
 
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Língua Portuguesa 7 
vocábulo “história” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a 
semivogal “i”. 
 
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I 
e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). São menos 
tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São 
representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: 
- pai: a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada 
em uma vogal, na mesma sílaba. 
- mouro: a letra U representa uma semivogal, pois está 
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
- mãe: a letra E representa uma semivogal, pois tem som 
de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
- pão: a letra O representa uma semivogal, pois tem som de 
U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
- cantam: a letra M representa uma semivogal, pois tem 
som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= 
cantãu). 
- dancem: a letra M representa uma semivogal, pois tem 
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= 
dancẽi). 
- hífen: a letra N representa uma semivogal, pois tem som 
de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi). 
- glutens: a letra N representa uma semivogal, pois tem 
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= 
glutẽis). 
- windsurf: a letra W representa uma semivogal, pois tem 
som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
- office boy: a letra Y representa uma semivogal, pois tem 
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
 
Quadro de vogais e semivogais 
Fonemas Regras 
A Apenas VOGAL 
 
E - O 
VOGAIS, exceto quando está com A ou 
quando estão juntas 
(Neste caso a segunda é semivogal) 
 
I - U 
SEMIVOGAIS, exceto quando formam um 
hiato ou quando estão juntas 
(Neste caso a letra “I” é vogal) 
AM 
Quando aparece no final da palavra é 
SEMIVOGAL. 
Ex.: Dançam 
EM - EN 
Quando aparecem no final de palavras são 
SEMIVOGAIS. 
Ex.: Montem / Pólen 
 
Consoantes 
São fonemas produzidos com interferência de um ou mais 
órgãos da boca (dentes, língua, lábios). Todas as demais letras 
do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais: 
B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V, 
Wagner), X, Z. 
 
Encontros Vocálicos 
 
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. 
Há três tipos: 
 
Hiato 
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que 
acabam ficando em sílabas separadas (Vogal – Vogal), porque 
só pode haver uma vogal por sílaba. 
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-
ba, ru-im, jú-ni-or. 
 
Ditongo 
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou 
nasal). 
 
Crescente (SV + V, na mesma sílaba). Ex.: magistério 
(oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), 
enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal). 
 
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba). Ex.: item (nasal), 
amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral), 
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral). 
 
Tritongo 
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode 
ser oral ou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), 
enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei 
(oral). 
 
Encontros Consonantais 
 
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal 
intermediária. Ex.: flor, grade, digno. 
 
Dígrafos: duas letras representadas por um único fonema. 
Ex.: passo, chave, telha, guincho, aquilo. 
 
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos. 
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç 
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr 
(ferro), gu (guerra). 
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, vento), 
im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un (tumba, 
mundo). 
 
Lembre-se: nos dígrafos, as duas letras representam um 
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa 
um fonema. 
 
Questões 
 
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as 
letras que a compõem é: 
(A) importância 
(B) milhares 
(C) sequer 
(D) técnica 
(E) adolescente 
 
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não 
um, mas dois fonemas? 
(A) exemplo 
(B) complexo 
(C) próximos 
(D) executivo 
(E) luxo 
 
03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a 
Fiscalização - CETREDE/2016) Assinale a opção em que o x 
de todos os vocábulos não tem o som de /ks/. 
(A) tóxico – axila – táxi. 
(B) táxi – êxtase – exame. 
(C) exportar – prolixo – nexo. 
(D) tóxico – prolixo – nexo. 
(E) exército – êxodo – exportar. 
 
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos 
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, 
ditongo. 
(A) jamais / Deus / luar / daí 
(B) joias / fluir / jesuíta / fogaréu 
(C) ódio / saguão / leal / poeira 
(D) quais / fugiu / caiu / história 
 
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Língua Portuguesa 8 
05. (Pref. João Pessoa/PB - Enfermeiro - AOCP/2018) 
Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam 
dígrafos. 
(A) crescente - investir - interesse. 
(B) estabelecimento - naquela - misterioso. 
(C) dinheiro - criada - naquela. 
(D) crescente - estabelecimento- misterioso. 
 
Gabarito 
01.D / 02.B / 03.E / 04.B / 05.A 
 
 
 
SÍLABA 
 
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas centrados 
numa vogal. Toda sílaba é expressa numa só emissão de voz, 
havendo breves pausas entre cada sílaba. 
Isso fica mais perceptível quando pronunciamos uma 
palavra bem pausadamente. 
Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as 
sílabas é falar bem pausadamente a palavra. Exemplo: FO... 
NO... LO... GI... A. Percebeu?3 
Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem ela, não 
há sílaba, ok? Há palavras com apenas uma vogal formando 
cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í (duas sílabas). 
Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se 
em: 
- Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão. 
- Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. 
- Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra. 
- Polissílabas (mais de três vogais, mais de três sílabas): 
man-guei-ren-se. 
 
Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-
li-co-vul-ca-no-co-nió-ti-co. 
Se eu ainda sei contar, são 20 vogais, logo 20 sílabas. 
Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta intensidade na 
pronúncia) e átona (baixa intensidade na pronúncia). Sempre 
há apenas uma (1) sílaba tônica por palavra. Ela se encontra 
em uma das três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra 
apresentar três sílabas). 
Dica: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das 
vogais, aí estará a sílaba tônica da palavra. 
 
Divisão Silábica 
 
A divisão silábica deve ser feita normalmente a partir da 
soletração. Usa-se o hífen para marcar a separação silábica. 
 
Não se separam: 
- Ditongos e Tritongos 
Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou; 
 
- Dígrafos: ch, lh, nh, gu, qu. 
Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; 
 
- Encontros consonantais que iniciam a sílaba. 
Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; 
 
Separam-se: 
- Vogais dos hiatos. 
Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de; 
- Letras dos dígrafos: rr, ss, sc, sç xc. 
 
3 PESTANA, Fernando. A Gramática para concursos. Elsevier. 2013.. 
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
te; 
- Encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-
se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. 
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. 
 
Acento Tônico 
 
Ao pronunciar uma palavra de duas ou mais sílabas, 
percebe-se que há sempre uma sílaba de maior intensidade 
sonora em comparação com as demais. Exemplo: 
 
Calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. 
Faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. 
Sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. 
 
Classificação da sílaba quanto à intensidade 
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. 
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. 
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. 
Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, 
correspondendo à tônica da palavra primitiva. 
 
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba 
tônica 
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da 
língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são 
classificados em: 
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Ex.: 
avó, urubu, parabéns. 
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. 
Ex.: dócil, suavemente, banana. 
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a 
antepenúltima. Ex.: máximo, parábola, íntimo. 
 
Observações: 
- São palavras oxítonas: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, 
sutil, transistor, ureter. 
- São palavras paroxítonas: avaro, aziago, boêmia, 
caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, 
fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, 
intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns 
dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, 
policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a). 
- São palavras proparoxítonas: aerólito, bávaro, bímano, 
crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, 
trânsfuga. 
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla 
tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, 
Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, 
réptil/reptil, zângão/zangão. 
 
Questões 
01. 
A carta de amor 
 
No momento em que Malvina ia pôr a frigideira no fogo, 
entrou a cozinheira com um envelope na mão. Isso bastou para 
que ela se tornasse nervosa. Seu coração pôs-se a bater 
precipitadamente e seu rosto se afogueou. Abriu-o com gesto 
decisivo e extraiu um papel verde-mar, sobre o qual se liam, 
em caracteres energéticos, masculinos, estas palavras: “Você 
será amada...”. 
Malvina empalideceu, apesar de já conhecer o conteúdo 
dessa carta verde-mar, que recebia todos os dias, havia já uma 
semana. Malvina estava apaixonada por um ente invisível, por 
um papel verde-mar, por três palavras e três pontos de 
3. Divisão e classificação 
silábica; 4. Classificação tônica 
das palavras; 
 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 9 
reticências: “Você será amada...”. Há uma semana que vivia 
como ébria. 
Olhava para a rua e qualquer olhar de homem que se 
cruzasse com o seu, lhe fazia palpitar tumultuosamente o 
coração. Se o telefone tilintava, seu pensamento corria célere: 
talvez fosse “ele”. Se não conhecesse a causa desse transtorno, 
por certo Malvina já teria ido consultar um médico de doenças 
nervosas. Mandara examinar por um grafólogo a letra dessa 
carta. Fora em todas as papelarias à procura desse papel 
verde-mar e, inconscientemente, fora até o correio ver se 
descobria o remetente no ato de atirar o envelope na caixa. 
Tudo em vão. Quem escrevia conseguia manter-se 
incógnito. Malvina teria feito tudo quanto ele quisesse. 
Nenhum empecilho para com o desconhecido. Mas para que 
ela pudesse realizar o seu sonho, era preciso que ele se 
tornasse homem de carne e osso. Malvina imaginava-o alto, 
moreno, com grandes olhos negros, forte e espadaúdo. 
O seu cérebro trabalhava: seria ele casado? Não, não o era. 
Seria pobre? Não podia ser. Seria um grande industrial? Quem 
sabe? 
As cartas de amor, verde-mar, haviam surgido na vida de 
Malvina como o dilúvio, transformando-lhe o cérebro. 
Afinal, no décimo dia, chegou a explicação do enigma. Foi 
uma coisa tão dramática, tão original, tão crível, que Malvina 
não teve nem um ataque de histerismo, nem uma crise de 
cólera. Ficou apenas petrificada. 
 “Você será amada... se usar, pela manhã, o creme de beleza 
Lua Cheia. O creme Lua Cheia é vendido em todas as farmácias 
e drogarias. Ninguém resistirá a você, se usar o creme Lua 
Cheia. 
Era o que continha o papel verde-mar, escrito em 
enérgicos caracteres masculinos. 
Ao voltar a si, Malvina arrastou-se até o telefone: 
-Alô! É Jorge quem está falando? Já pensei e resolvi casar-
me com você. Sim, Jorge, amo-o! Ora, que pergunta! Pode vir. 
A voz de Jorge estava rouca de felicidade! 
E nunca soube a que devia tanta sorte! 
 (André Sinoldi) 
 
Assinale a opção em que as duas palavras foram 
corretamente separadas em sílabas. 
(A) in-cóg-ni-to; trans-tor-no 
(B) in-co-ns-ci-en-te-men-te; é-bria 
(C) em-pa-li-de-ce-u; a pa-i-xo-na-da 
(D) tu-mul-tuo-sa-men-te; e- ni-gma 
(E) re-ti-cên-ci-as; em-pe-cil-ho 
 
02. Assinale o item em que todas as sílabas estão 
corretamente separadas: 
(A) a-p-ti-dão; 
(B) so-li-tá-ri-o; 
(C) col-me-ia; 
(D) ar-mis-tí-cio; 
(E) trans-a-tlân-ti-co. 
 
Leia o texto e responda as questões 03 e 04. 
 
O Mirante do Sertão 
 
Parque ambiental que, segundo dados da Sudema, possui 
aproximadamente 500 hectares de área composta de espécies 
de Mata Atlântica e Caatinga, a Serra do Jabre é reconhecida 
pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das 
maiores fontes de pesquisas biológicas do país, pois possui 
espécies endêmicas que só existem aqui na reserva ecológica e 
devem ser fruto de estudo para evitarextinção de exemplares 
raros da fauna e da flora. O Parque possui 1.197 metros de 
altitude e é um observatório natural que permite que os 
visitantes contemplem do alto toda cobertura vegetal 
acompanhada de relevos e fontes de água dos municípios 
vizinhos. Uma paisagem rica em belezas naturais, que atrai a 
atenção de turistas brasileiros e estrangeiros. 
(...) O Pico do Jabre surpreende por suas belezas, clima 
agradável e uma visão de encher de entusiasmo e energia 
positiva qualquer visitante. Com uma panorâmica de 130 km 
de visão, de onde se pode ver, a olho nu, os Estados do Rio 
Grande do Norte e Pernambuco, o Mirante do Sertão, título 
mais que merecido, é um dos lugares mais belos da Paraíba, 
com potencialidade para se tornar um dos complexos 
turísticos mais bem visitados do Estado. 
(...) Cenário ideal para os praticantes de esportes radicais, 
o Pico do Jabre atrai turistas de todas as partes do país, 
equipados com seus acessórios de segurança. A existência de 
trilhas fechadas é outro atrativo para os desportistas, 
incansáveis na busca de aventura. 
O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange 
cinco municípios com atividades econômicas voltadas para a 
agricultura. A turística no meio rural é uma das perspectivas 
para o desenvolvimento desta economia. O Parque Estadual do 
Pico do Jabre, dentro da malha turística do estado da Paraíba, 
com roteiros alternativos envolvendo esportes, cultura, 
gastronomia e lazer, traz benefícios a uma população, com a 
geração de mais empregos. 
O Parque Ecológico, como atrativo turístico natural desta 
região, faz surgir novos serviços, tais como mateiros, guias, 
taxistas, cozinheiros, dentre outros, os quais estão 
diretamente ligados ao visitante. Os novos empreendimentos 
que surgirão, vão gerar recursos utilizados para a adequação 
da infraestrutura local. Assim, surgirão novos horizontes para 
a região do entorno do Pico do Jabre, contribuindo para 
permanência de sua população, que não mais migrará em 
busca de empregos e melhor qualidade de vida. Com a 
preservação da natureza, que está pronta para despertar uma 
nova visão desta atividade tão promissora que é o turismo no 
meio rural. 
(http://www.matureia.pb.gov.br). 
 
03. Assinale a opção em que TODAS as palavras 
apresentam separação de sílaba escrita INCORRETAMENTE. 
(A) Am-bi-en-tal - pos-su-i - hec-ta-res 
(B) A-tlân-ti-ca - caa-tin-ga - pa-ís 
(C) Es-pé-cies - mu-ni-cí-pios -per-ma-nên-cia 
(D) A-de-qua-ção - in-can-sá-ve-is - na-tu-rais 
(E) Ma-te-i-ro - pro-mis-so-ra - mei-o 
 
04. Algumas palavras do texto estão escritas com acento. 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras turística, 
agradável e país são RESPECTIVAMENTE: 
(A) Paroxítona - oxítona - proparoxítona. 
(B) Proparoxítona - oxítona - paroxítona. 
(C) Paroxítona - paroxítona - proparoxítona. 
(D) Proparoxítona - paroxítona - paroxítona. 
(E) Proparoxítona - paroxítona - oxítona. 
 
05. Leia o texto abaixo e, depois, responda a questão. 
 
As algas 
 
As algas 
das águas salgadas 
são mais amadas, 
são mais amargas 
 
As algas marinhas 
não andam sozinhas, 
de um reino maravilhoso 
são as rainhas. 
 
As algas muito amigas 
inventam cantigas 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 10 
pra embalar 
os habitantes do mar. 
 
As algas tão sábias 
são cheias de lábias 
se jogam sem medo 
e descobrem 
o segredo 
mais profundo 
que há bem no fundo 
do mar. 
 
As algas em seus verdores 
são plantas e são flores. 
Um pouco de tudo: de bichos, de gente, de flores, de Elias 
(José. São Paulo: Paulinas, 1982.) 
 
Escolha a alternativa em que a palavra retirada do texto 
apresenta-se com a sua correta justificativa de acentuação 
gráfica. 
(A) “águas” – oxítona terminada em ditongo. 
(B) “sábias” – proparoxítona terminada em ditongo. 
(C) “lábias” – paroxítona terminada em s. 
(D) “há” – monossílaba tônica terminada em a(s). 
 
06. Assinale a alternativa em que a divisão silábica de 
todas as palavras está correta: 
(A) e – nig – ma / su – bju – gar / rai – nha 
(B) co – lé – gi – o / pror – ro – gar / je – suí – ta 
(C) res – sur – gir / su – bli – nhar / fu – gi – u 
(D) i – guais / ca- ná – rio / due – lo 
(E) in – te – lec – ção / mi – ú – do / sa – guões 
 
07. Dadas as palavras: 
1) des – a – ten – to 
2) sub – es – ti – mar 
3) trans – tor – no 
 
Constatamos que a separação silábica está correta: 
(A) apenas em 1. 
(B) apenas em 2. 
(C) apenas em 3. 
(D) em todas as palavras. 
(E) n.d.a 
 
08. Os vocábulos abaixo aparecem separados em sílabas. 
Assinale aquele em que a separação não obedece às normas do 
sistema ortográfico vigente: 
(A) car-re-ga-dos; 
(B) es-tá-tuas; 
(C) cam-ba-Iei-a; 
(D) es-pi-ra-is; 
(E) es-cal-da-vam. 
 
09. Há erro de divisão silábica em uma das séries. 
Assinale-a: 
(A) ist-mo, á-gua, pror-ro-gar, trans-a-tlân-ti-co, cai-ais; 
(B) pneu, nup-ci-al, bi-sa-vô, flu-iu, su-bo-fi-ci-al; 
(C) ne-crop-si-a, ru-a, sais, prai-a, cou-sa; 
(D) ap-to, de-sá-gua, jói-a, mne-mô-ni-ca, dor; 
(E) ad-li-ga-ção, sub-lin-gual, a-ven-tu-ra, sa-ir, ca-í-da. 
 
10. A divisão silábica só não está correta em: 
(A) cor-rup-ção; 
(B) su-bli-nhar; 
(C) subs-cri-ção; 
(D) sé-rie; 
(E) a-ve-ri-gue 
 
Gabarito 
01.A / 02.D / 03.C / 04.E / 05.D / 06.E / 07.C / 08.D / 
09.A / 10.B 
 
 
 
ACENTUAÇÃO 
 
Acentuação Tônica 
 
Implica na intensidade com que são pronunciadas as 
sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais 
acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como 
são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas 
de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas 
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de 
levar acento gráfico: 
 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a 
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – 
retrato – passível 
 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se 
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – 
tímpano – médico – ônibus 
 
Como podemos observar, mediante todos os exemplos 
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas 
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no 
qual são os chamados de monossílabos, que quando 
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à 
intensidade. 
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos 
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos 
observar no exemplo a seguir: 
 
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.” 
 
Os monossílabos em destaque classificam-se como 
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de). 
 
Acentos Gráficos 
 
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e 
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam 
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, 
parabéns. 
 
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” 
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara – 
Atlântico – pêssego – supôs 
 
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com 
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles 
 
Trema )¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente 
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras 
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de 
Müller) 
 
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais 
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã 
 
Regras Fundamentais 
5. Emprego da acentuação 
gráfica; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 11 
 
Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas 
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): 
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s). 
 
Essa regra tambémé aplicada aos seguintes casos: 
 
Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”, 
seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há 
 
Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, 
seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-
lo 
 
Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas 
terminadas em: 
- i, is 
táxi – lápis – júri 
- us, um, uns 
vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps 
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos 
ímã – ímãs – órfão – órgãos 
 
Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa 
palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são 
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará 
mais fácil a memorização! 
 
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de 
“s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei 
 
Regras Especiais 
 
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos 
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de 
acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras 
paroxítonas. 
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são 
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. 
Ex.: 
Antes Agora 
assembléia assembleia 
idéia ideia 
jibóia jiboia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
 
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, 
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca 
– baú – país – Luís 
 
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e 
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de 
ditongo. Ex.: 
 
Antes Agora 
bocaiúva bocaiuva 
feiúra feiura 
 
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando 
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem 
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. 
 
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem 
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 
 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, 
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” 
não serão mais acentuadas. Ex.: 
 
Antes Agora 
apazigúe (apaziguar) apazigue 
argúi (arguir) argui 
 
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. 
Ex.: 
Antes Agora 
crêem creem 
vôo voo 
 
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos 
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais 
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. 
 
Repare: 
1) O menino crê em você 
 Os meninos creem em você. 
2) Elza lê bem! 
 Todas leem bem! 
3) Espero que ele dê o recado à sala. 
 Esperamos que os dados deem efeito! 
4) Rubens vê tudo! 
 Eles veem tudo! 
 
Cuidado! Há o verbo vir: 
Ele vem à tarde! 
Eles vêm à tarde! 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 
plural de: 
ele tem – eles têm 
ele vem – eles vêm (verbo vir) 
 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, 
reter, deter, abster. 
ele contém – eles contêm 
ele obtém – eles obtêm 
ele retém – eles retêm 
ele convém – eles convêm 
 
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes 
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes 
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, 
como: 
Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo). 
Pode (terceira pessoa do singular do presente do 
indicativo). Ex.: 
Ela pode fazer isso agora. 
Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou. 
 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 
preposição por. Ex.: 
Faço isso por você. 
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? 
 
Questões 
 
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: 
(A) Tem a última sílaba como tônica. 
(B) Tem a penúltima sílaba como tônica. 
(C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. 
(D) Não tem sílaba tônica. 
02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem 
receber acento. 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 12 
(A) virus, torax, ma. 
(B) caju, paleto, miosotis. 
(C) refem, rainha, orgão. 
(D) papeis, ideia, latex. 
(E) lotus, juiz, virus. 
 
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, 
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo 
mesmo motivo que: 
(A) túnel 
(B) voluntário 
(C) até 
(D) insólito 
(E) rótulos 
 
04. Analise atentamente a presença ou a ausência de 
acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em 
que não há erro: 
(A) ruím - termômetro - táxi – talvez. 
(B) flôres - econômia - biquíni - globo. 
(C) bambu - através - sozinho - juiz 
(D) econômico - gíz - juízes - cajú. 
(E) portuguêses - princesa - faísca. 
 
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: 
(A) saúde 
(B) cooperar 
(C) ruim 
(D) creem 
(E) pouco 
 
Gabarito 
1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E 
 
 
 
CRASE 
 
É de grande importância a crase da preposição “a” com o 
artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes 
aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as 
quais). 
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a 
crase. O uso apropriado do acento grave depende da 
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental 
também, para o entendimento da crase, dominar a regência 
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. 
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a 
verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um 
artigo ou pronome.4 Observe: 
Vou a + a igreja. 
Vou à igreja. 
 
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, 
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo 
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. 
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, 
a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros 
exemplos: 
Conheço a aluna. 
Refiro-me à aluna. 
 
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer 
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode 
 
4 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php 
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto 
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. 
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja 
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes 
já especificados. 
 
Casos em que a crase NÃO ocorre 
 
1) Diante de substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
Fomos a pé. 
 
2) Diante de verbos no infinitivo: 
A criança começou a falar. 
Ela não tem nada a dizer. 
 
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos 
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. 
 
3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de 
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e 
dona: 
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. 
Entreguei a todos os documentos necessários. 
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. 
 
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes 
podem ser identificados pelo método: troque a palavra 
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a 
forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: 
Refiro-me à mesma pessoa. 
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.) 
Informei o ocorrido à senhora. 
(Informei o ocorrido ao senhor.) 
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. 
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) 
 
4) Diante de numerais cardinais: 
Chegou a duzentos o número de feridos 
Daqui a uma semana começa o campeonato. 
 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre 
 
1) Diante de palavras femininas: 
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. 
Sempre vamos à praia no verão. 
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. 
 
2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” 
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida: 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. 
O meninoresolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. 
 
3) Na indicação de horas: 
Acordei às sete horas da manhã. 
Elas chegaram às dez horas. 
Foram dormir à meia-noite. 
 
4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de 
que participam palavras femininas. Por exemplo: 
 
à tarde às ocultas às pressas à medida que 
à noite às claras às escondidas à força 
à vontade à beça à larga à escuta 
6. Emprego do sinal 
indicativo de crase; 
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APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 13 
às avessas à revelia à exceção de à imitação de 
à esquerda às turras às vezes à chave 
à direita à procura à deriva à toa 
à luz à sombra de à frente de à proporção que 
à semelhança de às ordens à beira de 
 
Crase diante de Nomes de Lugar 
 
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do 
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a 
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não 
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o 
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou 
“em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse 
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por 
exemplo: 
 
Vou à França. (Vim da [ de+a] França. Estou na [ em+a] 
França.) 
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) 
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) 
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto 
Alegre.) 
 
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou 
A volto DE, crase PRA QUÊ?” 
Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. 
 Vou à praia. = Volto da praia. 
 
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, 
ocorrerá crase. Veja: 
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, 
pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”. 
 
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s), 
Aquela (s), Aquilo) 
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo 
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo: 
 
Refiro-me a + aquele atentado. 
 Preposição Pronome 
 
Refiro-me àquele atentado. 
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo 
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige 
preposição, portanto, ocorre a crase. 
 
Observe este outro exemplo: 
Aluguei aquela casa. 
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não 
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. 
 
Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais) 
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e 
as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses 
pronomes exigir a preposição a, haverá crase. 
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos 
utilizando a substituição do termo regido feminino por um 
termo regido masculino. Por exemplo: 
 
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. 
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade 
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a 
crase. Veja outros exemplos: 
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. 
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. 
 
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) 
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” 
também pode ser detectada através da substituição do termo 
regente feminino por um termo regido masculino. Veja: 
Minha revolta é ligada à do meu país. 
Meu luto é ligado ao do meu país. 
As orações são semelhantes às de antes. 
Os exemplos são semelhantes aos de antes. 
 
Crase com a Palavra Distância 
- Se a palavra distância estiver especificada ou 
determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: 
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está 
determinada) 
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A 
palavra está especificada.) 
 
- Se a palavra distância não estiver especificada, a crase 
não pode ocorrer. Por exemplo: 
Os militares ficaram a distância. 
Gostava de fotografar a distância. 
Ensinou a distância. 
 
Observação: por motivo de clareza, para evitar 
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: 
Gostava de fotografar à distância. 
Ensinou à distância. 
Dizem que aquele médico cura à distância. 
 
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA 
 
1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso 
da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: 
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita. 
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga. 
 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos 
escrever as frases abaixo das seguintes formas: 
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula. 
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao 
Roberto. 
 
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o 
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: 
Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta 
anos. 
Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está 
esperando por você. 
 
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as 
frases abaixo das seguintes formas: 
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó. 
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô. 
 
3) Depois da preposição até: 
Fui até a praia; ou Fui até à praia. 
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta. 
A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai 
até às cinco horas da tarde. 
 
 
 
 
Questões 
Apostila Digital Licenciada para Rafael Lima dos santos - rafaellimasantos2010@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
Língua Portuguesa 14 
 
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas 
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e 
estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo 
questões de saúde pública como programas de esclarecimento 
e prevenção, de tratamento para dependentes e de 
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome 
de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um 
drogado da nossa própria família? 
 (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 2012) 
 
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com: 
(A) aos … à … a … a 
(B) aos … a … à … a 
(C) a … a … à … à 
(D) à … à … à … à 
(E) a … a … a … a 
 
02. Leia o texto a seguir. 
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu 
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do 
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o 
que fez. 
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo, 
1997,) 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada: 
(A) à – a – a 
(B) a – a – à 
(C) à – a – à 
(D) à – à – a 
(E) a – à – à 
 
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas 
já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”. 
(A) à - àqueles - a - há 
(B) a - àqueles - a - há 
(C) a - aqueles - à - a 
(D) à - àqueles - a - a 
(E) a - aqueles - à - há 
 
04. Leia o texto a seguir. 
 
Comunicação 
 
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um 
autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma 
queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando 
teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. 
E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está 
se materializando, tantos anos depois. 
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a 
solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro 
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva 
e efervescente. 
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. 
Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por 
afinidades. É como, na

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