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RESENHA SOBRE O ARTIGO AROMATERAPIA PARA ALÍVIO DA DOR DURANTE O TRABALHO DE PARTO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE 
 
 
 
 
 
RESENHA SOBRE O ARTIGO: AROMATERAPIA PARA ALÍVIO DA DOR 
DURANTE O TRABALHO DE PARTO 
 
 
 
 
DEANNE DIAS BARBALHO 
 
 
 
 
ORIENTADOR (A): 
HYLARINA MARIA MONTENEGRO DINIZ SILVA 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2021 
 
 
 
 
 
A aromaterapia consiste na aplicação terapêutica de Óleos Essenciais (OE), por variáveis vias 
do organismo, com a finalidade terapêutica. Constitui-se de compostos orgânicos de origem 
vegetal, formados por moléculas químicas complexas que podem ser extraídas de diversas 
partes da planta, pelo processo de destilação e prensagem. E de comum saber que no contexto 
de atenção a saúde no Brasil, a assistência é regida pelo modelo biomédico que analisa o 
corpo como uma máquina, principalmente no que rege o contexto de saúde da mulher e 
através da relação causa-efeito pode causar sérias implicações no período gravídico-
puerperial. Com isso o artigo de Maria Andréia da Silva et al, 2019 tem como objetivo 
analisar a utilização da aromaterapia para o alívio da dor durante o trabalho de parto. 
O artigo conta com três enfermeiras do Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES/ 
UNITA, Caruaru/PE, três graduandos também no Centro Universitário e uma mestra e 
também bacharel em Fisioterapia pelo mesmo Centro Universitário. O artigo foi publicado na 
Revista de Enfermagem UFPE Online (REUOL). O trabalho é uma revisão integrativa da 
literatura de seis artigos publicados no período de 2000 a 2016 relacionados ao tema e tem por 
descritores, aromaterapia e trabalho de parto. 
Em um primeiro momento, sabe-se que o trabalho de parto pode ser um período bastante 
doloroso para a mulher e que sendo assim medidas de cuidado devem ser tomadas a fim de 
proporcionar à mulher a conservação de sua energia para o enfrentamento da dor e manter a 
associação desta a acontecimentos agradáveis na passagem pelo trabalho de parto, fazendo 
com que este seja o menos doloroso e agressivo. Em um segundo momento, pontua-se que 
intervenções não farmacológicas são opções que podem substituir, na medida do possível, a 
utilização de anestésicos e analgésicos durante este período. 
O artigo de Silva, Maria Andréia et al, 2019 evidencia que a utilização da aromaterapia 
durante a gestação e trabalho de parto tem auxiliado as mulheres nesse período. Os Óleos 
Essenciais (OEs), utilizados na aromaterapia são bioquimicamente instáveis e evaporam 
rapidamente, estimulando células nervosas olfativas e ativando, através do sistema límbico 
(área cerebral responsável pela olfação, memória e emoção) os receptores que podem 
controlar a frequência cardíaca, a respiração e a resposta ao estresse. O artigo evidencia que a 
aromaterapia pode ser realizada por meio de técnicas como: acupressão (técnicas em que se 
pressionam pontos de acupressão), massagem, escalda pés, diluição em água para banho de 
imersão e inalação. 
O trabalho mostra a utilização de Óleos Essenciais como o óleo de lavada e camomila para no 
que se refere a uma fase inicial do trabalho de parto, pois possuem uma ação calmante e 
sedativa, já na fase de transição do primeiro período de parto, evidencia-se a utilização do OE 
de olíbano, pois possui ação relaxante e auxilia na respiração. Já o OE de sálvia sclarea é 
indicado para o alivio das dores e favorecimento das contrações uterinas, uma ótima 
alternativa para o uso de analgésicos. Associando-se a uma segunda fase do parto, os autores 
SILVA, Maria Andréia da et al. Aromaterapia para alívio da dor durante o trabalho de 
parto. Revista de Enfermagem UFPE online, [S.l], v. 13, n. 2, p. 455-463, fev. 2019. ISSN 
1981-8963. Disponível em: 
<https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/237753>. Acesso em: 21 
jul. 2021. doi:https://doi.org/10.5205/10.5205/1981-8963-vl3i2a237753p455-463-2019 
 
trazem que aromas mais fortes e apimentados como o de jasmin, podem promover uma 
sensação de força e antecipação do TP, uma vez que aumenta as contrações uterinas e acelera 
o trabalho de parto. Os profissionais ainda apresentam um estudo realizado por enfermeiras 
obstétricas sobre a utilização do OE de L. augustifolium por meio de inalação, em que o 
mesmo apresenta resultados como redução significativa da dor, medo e ansiedade das 
mulheres nulíparas. 
Infere-se, portanto que a aromaterapia pode ser um método alternativo ao uso de métodos 
convencionais como analgésicos e anestésicos durante o TP, sendo de fácil aplicação e baixo 
custo. Porém, é de fundamental importância que mais estudos sejam realizados, 
principalmente a nível nacional, para analisar os seus efeitos no manejo da dor durante o 
trabalho de parto, é de fundamental importância também explicar a gestante ou puérpera que a 
utilização de qualquer substancia seja ela medicamentos, chás, óleos e etc. só deve ser feita 
perante aprovação de um profissional qualificado para isto, pois podem colocar tanto mãe 
quanto filho em risco se utilizado de forma inadequada. 
Conclui-se, portanto que métodos não farmacológicos, como no caso da aromaterapia são 
alternativas para o alivio da dor, ansiedade, estresse, dentre outros sintomas que podem ser 
inerentes ao trabalho de parto e que a utilização dessas terapias complementares pela 
Enfermagem é fundamental para estabelecer a autonomia profissional, pois a utilização e 
divulgação desses métodos são a base para incentivar o seu caráter científico e contribuir para 
o planejamento de pesquisas clínicas.

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