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Aulas 3 prova

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Metais Tóxicos
Todo metal que pertence a um 
grupo de elementos que não 
possui características benéficas e 
nem essenciais para o organismo 
vivo
METAIS
Sistemas Biológicos > Crosta Terrestre
Mais abundantes No. atômico < 40 (Sn+2 e Ba+2)
Quantidades de traços
Dos 92, 22 são essenciais
MICRONURIENTES
Risco: quantidade ingerida;
tempo e frequência da exposição;
suscetibilidade individual.
Não-essenciais
Causam danos (cádmio, chumbo,
mercúrio e arsênio)
Essenciais
Em excesso  causar danos (cromo,
manganês, ferro, cobalto, selênio,
níquel)
METAIS
Acúmulo depende:
Natureza do vegetal (raiz);
Fatores relacionados ao solo (pH e matéria
orgânica);
Fatores externos (temperatura,
luminosidade e umidade).
Animais (rações, água e pastagens)
1. FONTES
Culturas agrícolas (contaminação do meio
ambiente). Baixa hidrossolubilidade  pouco
disponível
vegetais folhosos (centros urbanos)
processamento industrial (enlatados;
revestimento)
Bebidas (produção, armazenamento e
consumo) Vinhos (arseniato de chumbo)
CHUMBO
CHUMBO
2. Chumbo metálico – maleabilidade,
resistência a corrosão.
Baixo ponto de fusão
Cinza azulado  cinza fosco
Pb0  PbO Sais de Pb++
Compostos Orgânicos Pb(CH3)4 e Pb(C2H5)4
(Não encontrados em alimentos)
PbS (minério de chumbo) GALENA
Disseminação de chumbo
3. USOS
Fabricação de ligas matálicas
Produção de antidetonantes
Fabricação de tintas, corantes e vernizes
Bateria de carro
Armas de fogo
Aventais para proteção de raio X
CHUMBO
4. TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO
Via Pulmonar:
introduzidos na forma de vapores, fumos
(PbO) ou poeiras.
Propriedades físico-químicas.
menores que 1 m – expectoradas ou
deglutidas.
Derivados orgânicos - lipofilia
Via GI: 
 Pouco importante
 Contaminação de alimentos
Intestino delgado (<10%). 
Varia com a idade (transportadores Ca++- competição)
Propriedades FQ, consumo de Mn++, Ca++, Fe++ e vit D
4. TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO
4. TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO
Via Pulmonar:
introduzidos na forma de vapores, fumos (PbO) ou
poeiras.
Propriedades físico-químicas.
menores que 1 m – expectoradas ou deglutidas.
Derivados orgânicos - lipofilia
4. TOXICOCINÉTICA
Via Dérmica: 
 Inorgânicos – pouco absorvidos (ligação com SH)
Compostos orgânicos – alta lipossolubilidade.
DISTRIBUIÇÃO
Pb – ligação aos eritrócitos (92%) e proteínas.
1% Livre
Fígado e rins (metalotioneína)
Cérebro (barreira hematencefálica)
Tecido ósseo (95 – 98%): baixo efeito tóxico
Cabelos e unhas. 
4. TOXICOCINÉTICA
DISTRIBUIÇÃO
Pb – ligação aos eritrócitos (92%) e proteínas.
 Sangue + lábil t1/2=36 dias
1% Livre (difusível) plasma Mais ativa
Não difusível (eritrócitos)
Fígado e rins (metalotioneína)não tem caráter 
cumulativo t1/2=40 dias;
Cérebro (barreira hematencefálica)
CHUMBO
4. TOXICOCINÉTICA
Tecido ósseo (>90%) do total disponível: baixo efeito 
tóxico t1/2=20 anos
Cabelos e unhas. 
Pode ser mobilizado na gravidez e lactação
Leite: 5 a 12 mg/L
 Sangue + lábil: t1/2=36 dias
CHUMBO
Distribuição do Pb no organismo
Pb ligado aos
tecidos moles
Pb difusível
no plasma
Absorção pelo TGI
ou pulmão
Excreção
(fezes e urina)
Pb ligado às P.P
Pb ligado aos
ossos, dentes
Pb ligado aos
eritrócitos
4. TOXICOCINÉTICA
EXCREÇÃO
Filtração glomerular 76%: (Pb – Livre) processo lento. 
Fezes (via bile) 16% - processo ativo (pode ocorrer 
reabsorção)
Saliva, suor e leite (10 a 30%)
BIOTRANSFORMAÇÃO
Desalquilação (parcialmente no fígado)
Pb++ (completa desalquilação)
CHUMBO
5. TOXICODINÂMICA
•Ação sobre a biossíntese do Heme
inibe ALA-D e heme sintetase
Anemia hipocrômica
Aumenta protoporfirina, -ALA uro e coproporfirina
CHUMBO
Ação do Pb sobre a biossíntese do HEME
Succinil CoA + glicina
CoA + CO2
ALA-S
ácido delta aminolevulínico
Pb
ALA-u
ALA-D Pb
porfobilinogênio
uroporfibilinogênio Uro-u
UPG-descarboxilase
coproporfirinogênio Copro-u
CPG descarboxilase Pb
protoporfirinogênio
protoporfirina
HEME-sintetaseFe
+2
HEME
+ Zn
PPZ
Pb
hemoglobina globina
4. TOXICODINÂMICA
No sistema nervoso – encefalopatia satúrnica, cólica
dos pintores (dores abdominais, constipação e
paralisia)
No sistema renal (lesão tubular e nefropatia
inespecífica)
No fígado (inibição enzimática)
CHUMBO
5. EFEITOS NOCIVOS 
Intoxicações a curto prazo
COMPOSTOS INORGÂNICOS
 Alterações gastrintestinais
 Albuminúria, cilindrúria
 Parestesias, fraqueza e convulsões
 Coma e morte
CHUMBO
Ir para
5. EFEITOS NOCIVOS
Intoxicações a curto prazo
COMPOSTOS ORGÂNICOS
 Hipertermia, hipotensão com taquicardia
 Encefalopatia com delírios e convulsão
 Ebriedade, anorexia, irritação, cefaléia e náuseas.
CHUMBO
IR PARA
5. EFEITOS NOCIVOS
Intoxicações a longo prazo
síndrome gastrintestinal: anorexia, dores difusas,
constipação, orla gengival, cólicas
CHUMBO
5. EFEITOS NOCIVOS
Intoxicações a longo prazo
síndrome renal: lesão tubular ( sindrome de Fanconi);
nefropatia crônica (fibrose)
sindrome neuromuscular: fraqueza, fadiga, paralisia e
atrofia
SNC: encefalopatia
CHUMBO
Efeitos Neurológicos, Neurocomportamentais, 
e de Desenvolvimento em Crianças
Encefalopatia: geralmente com níveis de 80 g/dL
Sintomas: letargia, vômito, irritabilidade, perda de apetite, vertigens, 
confusão mental, distúrbios visuais, delírio, progride para ataxia, 
redução do nível de consciência, convulsão, coma e morte;
Achados de necrópsia: edema cerebral intenso, com extravasamento 
de fluidos dos capilares, diminuição do número de neurônios.
A recuperação é acompanhada de seqüelas: epilepsia, retardo 
mental (déficit de Q.I.), retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, 
déficits neuropsicológicos, neuropatia óptica, e cegueira.
Neuropatia Periférica
Desmielinização segmentar, e possível
degeneração das células de Schwann;
Nervos motores são mais sensíveis, e
disfunção na velocidade de condução nervosa
tem sido detectada com níveis de 40 g/dL;
Fadiga, fraqueza de extremidades, pés e
pulsos caídos.
Slide 22
Efeitos Hematológicos
Anemia microcítica hipocrômica, com aumento de
reticulócitos, com pontilhado basófilo nos eritrócitos -
decorrente de: diminuição da vida média do eritrócito
(fragilidade de parede) e prejuízo na síntese do heme;
Pontilhado basófilo das hemácias em uma 
intoxicação por chumbo, de origem alimentar.
Efeitos Renais
Nefropatia Aguda (reversível): Limitada a alteração funcional e 
morfológica tubular proximal - Aminoacidúria, glicosúria e alteração no 
transporte iônico.
Nefropatia crônica (irreversível)
Progressiva perda da função renal, freqüentemente associada à HAS;
Lesões:
Fibrose intersticial crônica;
Degeneração tubular;
Alt. vascular em artérias e arteríolas;
Abundância de corpúsculos de inclusão nas céls. tubulares 
renais - compostos por complexos Pb-ptn - mecanismo de defesa?
Efeitos Renais
As lesões funcionais na nefropatia por Pb são
compatíveis com lesão tubular proximal e
manifestam-se por diminuição na reabsorção de AA,
glicose, fosfato, e ác. cítrico;
•Tríade de Fanconi (hiperaminoacidúria, glicosúria, e
hipofosfatemia em combinação com hiperfosfatúria)
Diminui a função tubular - altera a excreção de
uratos - níveis sg de ác. úrico elevados, com
formação normal - hiperuricemia (GOTA
SATURNíNICA)
Voltar
Efeitos Cardiovasculares
Por alterar a sensibilidade da musculatura vascular
ao estímulo vasoativo, ou indiretamente por um
mecanismo neuroendócrino;
Taquicardia, arritmia.
Efeito Reprodutivo
Associado com esterilidade e morte no período neonatal;
Efeito gametotóxico ( > 60 g/dL);
Diminuição na contagem e na motilidade do SPTZ ( < 40 g/dL), 
e diminuição da função endócrina testicular ( 60  g/dL)
Carcinogênese
6. TRATAMENTO ANTIDOTAL
Quelar o chumbo livre – intoxicações agudas
cólicas
EDTA sódio e cálcio
Não recupera lesões renais e neurológicas
Pode quelar outros metais
CHUMBO
7. MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL
NR-15: 0,1 mg/m3(LT)
ACGIH: 0,05mg/m3 (TLV-TWA) composto
inorgânicos Pb0
8. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA
Chumbo sangüíneo (Pb-S)
Conservação: Geladeira a 4ºC, por até 5 dias.
V.R.: até 40 µg/dL
I.B.M.P.: 60 µg/dL
Método analítico: Espectrofotometria de absorção atômica 
(EAA)
Chumbo urinário (Pb-U)
V.R.: até 50 µg/g de creatinina
I.B.M.P.: 100 µg/g de creatinina
Método analítico: Espectrofotometria de absorção atômica 
(EAA)
8. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA
Zinco-protoporfirina eritrocitária (ZPP)
V.R.: até 40 µg/dL
I.B.M.P.: 100 µg/dL
Método analítico: Fotofluorimetria
Ácido deltaminolevulínico urinário (Ala-U)
Conservação: Geladeira a 4ºC, por até 5 dias, protegendo a 
amostra da luz direta.
V.R.: até 4,5 mg/g de creatinina
I.B.M.P.: 10 mg/g de creatinina
Método analítico: Espectrofotometria visível
Coproporfirina urinária (Copro)
V.R.: até 150 µg/L
I.B.M.P.: 200 µg/L
Método analítico: Espectrofotometria visível
menos específico: 60 – 80 g/dL
Ácido -aminolevulínico desidratase (-ALA D)
9. LIMITES
ISA provisória 25 g/Kg
Água: USEPA 0,015 mg/L
WHO 0,01 mg/L
Brasil: 0,03 mg/L água doce
0,01 mg/L salina e salobra
Efluentes: 0,5 mg/L
CHUMBO
CHUMBO NA ALIMENTAÇÃO
CHUMBO NA ALIMENTAÇÃO
TOXICOLOGIA SOCIAL
Área da Toxicologia que estuda os efeitos 
nocivos relacionados ao uso não médico de 
fármacos ou drogas causando efeitos não 
somente ao induvíduo assim como a 
sociedade
TOXICOLOGIA SOCIAL
1) Uso mágico – religiosos
 Sumerianos (atual Irã): 400 anos aC., utilizavam a papoula do
ópio como a “planta da alegria”, que traduzia contato com os
Deuses.
 Citas (habitantes do Rio Danúbio/ Rio Volga – Europa
ocidental)
Há 5000 anos a.C. queimavam maconha em pedras aquecidas e
inalavam vapores dentro de buracos ou tendas.
 Na antiguidade, o álcool ou mais comumente o vinho, era
conhecido como dádiva de todos os Deuses, sendo Baco o
Deus do vinho
1) Uso mágico – religiosos
 Em 1500, o Cactus Peyotea era usado em cerimônias
religiosas.
 O ópio por muito tempo cultivado livremente por camponeses,
(séc XVI), como fonte de alívio da sua triste realidade sofredora
 Espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como forma de
auto-castigo, Droga (Demônios)
2) Uso médico
 Ópio, maconha, cocaína, alucinógenos
3) Drogas na atualidade
 Transposição de culturas, uso hedonístico (prazer) ou fuga de
problemas.
TOXICOLOGIA SOCIAL
O ranking das mais procuradas:
álcool – 53,2% estimulantes – 1,2%
tabaco – 39% BZP – 0,9%
maconha – 6,6% orexígenos – 0,9%
solventes – 2,7% alucinógenos – 0,7%
cocaína – 2,1% xarope de codeína 0,7%
crack – 0,4% esteróides 0,6%
USO DE DROGAS NO BRASIL
Ambiente estudantil
Ambiente de trabalho
- administrativos – 22%
- manutenção – 29%
- operacional – 49%
TOXICOLOGIA SOCIAL
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
Fármaco: qualquer substância com estrutura química definida, que
é capaz de modificar a função dos organismos vivos,
resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento
Fármaco psicotrópico: são aquelas que atuam sobre o nosso
SNC, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo
Droga: matéria prima de origem animal, vegetal ou mineral que
contém substâncias químicas com estruturas definidas.
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS BÁSICOS
Uso: é aplicado quando se faz consumo com propósito não-médico
de droga psicoativa.
Abuso: uso que leva a problemas para o indivíduo como:
comportamento psicopatológico, podendo ocasionar atos
criminosos, ou diminuição da eficiência do trabalho.
Vício: estado psicopatológico extremo, onde o controle de uso da
droga é totalmente perdido
Dependência: é o impulso que leva a pessoa a usar a droga de
forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para
obter prazer
Aliviar tensões, ansiedade, medos, sensações físicas
desagradáveis.
O DEPENDENTE caracteriza-se por não conseguir controlar o
consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva
OMS: quando um indivíduo usa, ou apresenta um forte desejo de
usar uma substância e, 3 ou mais dos efeitos abaixo se verificam
ou foram exibidos por algum tempo durante o ano anterior
- um forte desejo ou compulsão para usar;
- dificuldades de controlar o seu uso;
- estado de síndrome de abstinência fisiológica;
- evidência de tolerância;
- negligência em realizar outras atividades prazerosas;
- persistência no uso apesar do aparecimento de efeitos nocivos.
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
A dependência não é uma reação de “tudo ou nada”.
Existem graus variados de dependência, que depende:
do tipo e quantidade de droga usada, via de
administração, persistência do uso, mesmo quando
apresenta alterações em seu organismo ou na vida
social, tolerância e abstinência, além de tipo de
personalidade e a base neuropsíquica de usuário
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
Usuário ocasional: utiliza uma ou várias drogas quando
disponíveis ou em ambiente favorável, sem rupturas
)distúrbios) afetiva, social ou profissional
Usuário dependente: usa a droga de forma freqüente e
exagerada, com ruptura de vínculos afetivos e sociais
Poliusuário: pessoa que utiliza combinação de várias
drogas simultaneamente, ou dentro de um curto
período de tempo, ainda que tenha predileção por
determinada droga.
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
Tolerância
É a resposta diminuída para uma ação do fármaco/droga: doses
cada vez mais altas são requeridas para produzir os mesmos
efeitos
Tipos
- Inata
- Adquirida
 Farmacocinética (disposicional ou metabólica)
 Farmacodinâmica (tissular)
 Aprendida (comportamental, condicional)
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
- Tolerância
- Aguda (anfetaminicos, heroína, alucinógenos, barbitúricos)
- Reversa ou sensibilização (maconha)
- Cruzada (toma uma substância e fica tolerante a outra)
(opiáceos e alucinógenos)
( álcool e barbitúricos)
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
Síndrome de abstinência
Distúrbios fisiopatológicos evidenciados por um conjunto de
sintomas e sinais de natureza física e psíquica, característicos de
cada tipo de fármaco, que se verifica após a interrupção brusca
de seu uso.
Inclui: - componentes físicos (somáticos)
- componentes comportamentais
- componentes subjetivos
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
CARACTERÍSTICAS DAS DROGAS QUE CAUSAM 
DEPENDÊNCIA
1) Ação de prazer ou bem estar
2) Auto administração
3) Toxicidade neuropscológica reversível
4) Tolerância
5) Síndrome de abstinência ou privação
DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS
Tipos de DROGAS que levam a dependência
1) Predominantemente psicoestimulantes
- Cocaína
- Anfetaminas e análogos
- Cafeína
2) Predominantemente depressoras do SNC
- Álcool etílico
- Hipnóticos e sedativos
- Analgésicos opióides
3) Que atuam predominantemente sobre a percepção
- Canabinóides (maconha, Haxixe)
- Alucinógenos (LSD)
- Nicotina
- Substâncias diversas (gases estimulantes, solventes)
Fatores que levam a dependência às drogas 
(BIOPSICOSOCIAIS)
1) Tipo de droga ou fármaco
Reforço: aumento da probabilidade de uma ação ser repetida
Potencial de reforço: capacidade de uma droga gerar auto-
administração repetida (velocidade e intensidade)
Reforço positivo: organismo age para obter uma recompensa que
gera prazer
Reforço negativo: o organismo age para evitar um mal-estar
Fármacos Animais homem
Cocaína, anfetaminas ++++ +++
Morfina e derivados +++ ++++
Antagonistas opiáceos - _
etanol + +++
Fatores que levam a dependência às drogas 
(BIOPSICOSOCIAIS)
2) Indivíduo (usuário)
- tolerância inata
- polimorfismo genético
- alterações neuropsíquicas pré-existente
- idade
3) Ambiente
- antecedentes familiares
- presão de amigos
- prazer/diversão
- atitude de rebelião
 Alteração na síntese de neurotransmissores
 Alteração no metabolismo de neurotransmissores
 Alteração no número e na afinidade dos receptores pelo
mediador
 Alterações nos sistema de transdução
Bases bioquímicas/moleculares da 
farmacodependência/ tolerância
Fatores que levam a dependência às drogas 
(BIOPSICOSOCIAIS)
MecanismoMecanismo NeurotransmissoresNeurotransmissoresMimetismo
 opióides endorfinas/encefalinas
 álcool GABA A/endorfinas
 nicotina acetilcolina
 cannabis anandamida
 LSD 5-HT
Aumentando NT endógeno
 cocaína dopamina
 solventes noradrenalina
 ecstasy 5-HT/dopamina
 anfetaminas dopamina
Bloqueando NT naturais
 álcool glutamato
 barbitúricos glutamato
Bases bioquímicas dos efeitos
INALANTES
É toda substância que pode ser inalada, isto
é, introduzida através da aspiração pelo
nariz ou boca (solvente)
Sinais e sintomas decorrentes da 
inalação de solventes sobre o SNC
Fase 1: Excitação
Euforia, tontura, alucinações visuais e auditivas,
tosse, salivação, fotofobia, náuseas, vômitos,
comportamento bizarro.
Fase 2: Depressão
a) Leve – confusão, desorientação, perda do
autocontrole, diplopia, visão turva, cefaléia,
analgesia, palidez
b) Moderada – sonolência, ansiedade, ataxia,
incoordenação muscular, perda de reflexos,
nistagmo
c) Intensa – inconciência, delírio, estupor, sonhos
bizarros, convulsões, epipepsia, alteraçoes no
SNC
Chega até morte súbita (anóxia, depressão
respiratória, arritmia cardíacas)
Produto Principais componentes
Colas
Aeromodelismo Metil e etilcetonas,
n-hexano
Couro Tolueno e n-hexano
Sapato Tolueno e xileno
Madeira Xileno
PVC Tricloroetileno
Uso domiciliar Tolueno e acetona
Aerossóis
Laques, anestésicos locais, 
desodorantes
Hidrocarbonetos 
cloroflueorados
Inseticidas Propano e butano
Fluído de isqueiro Butano e propano
Gasolina Benzeno, xileno, n-hexano, 
éter de petróleo, naftalenos
Lólo Etanol,éter etílico, 
clorofórmio
Removedor de esmalte e 
vernizes
Acetona e ésteres
Lança perfume Cloreto de metila
Thinneres Tolueno, álcoois, acetato de 
etila
Fluído corretor 1,1,1-tricloroetano
INALANTES
Efeitos crônicos dos inalantes
1) Sistema nervoso central
- neuropatia periférica sensitiva-motora;
-disfunção cerebelar (altera postura, nistagmo,
ataxia, incoordenação, tremores);
- atrofia ótica (tolueno);
- Encefalopatia crônica (desmielinização, atrofia
cerebral, degeneração axonal);
- demência.
2) Pele e mucosas
- prurido, eritrema, dermatites.
3) Fígado e rins
- hepatomegalia, cirrose;
- Síndrome de Fanconi (lesão tubular).
- acidose metabólica
4) Sistema respiratório
- bronquite, edema.
5) Embriopatias
- microcefalia, malformação facial;
- incoordenação muscular;
- prejuizos no desenvolvimento do SNC.
MACONHA
Planta: Cannabis sativa
Fibras de canhamo: fabricação de papel, roupas, calçados,
bolsas, xampu, sabonete, desodorante
É original da Ásia.
É fumada na forma de cigarro e seus efeitos, logo após atingir o
sistema nervoso central
Usada em medicamentos para glaucoma, enjoos
(quimioterapia)
FDA 9-THC sintético Marenol®, usado em pacientes
aidéticos
No Brasil: fumada (fininho, baseado), Marijuana (EUA)
Planta inteira com proporções variadas de inflorescências caule e
frutos.
A droga de rua contém cerca de 1 a 5 % de THC.
SKUNK (supermaconha) contém de 8 a 12% de THC
AMP: erva tratada com acetaldeído
Formas de uso
A preparação da maconha é muito
simples: consiste apenas no
esmagamento das folhas, dos ralos e das
sementes ressecadas.
O
OH
C5H11
CH3
CH3
CH3
1
2
3
4
6
7
8
9
10
O
OH
C 5H 11
CH3
CH3
CH3
1
2
3
45
6
Princípios ativo dos canabinóides
9 –THC
dibenzopirano
1 –THC
monoterpenóide
Psicoatividade: 9 –THC
No vegetal: ácido 2 carbetoxi 9 –THC
(95%) ácido 4 carbetoxi 9 –THC
Menos psicoativo: 8 –THC (70% da atividade)
9 – tetraidrocanabivarina (25%)
Canabinol (10%) (formado durante a queima)
A Canábis contém aproximadamente 400
substâncias químicas, entre as quais
destacam-se pelo menos 60
“canabinóides”, que são os responsáveis
pelos seus efeitos psíquicos.
Estrutura Química
Toxicocinética
ABSORÇÃO: 9-THC – lipofílico
Chá: 90%TGI
Fumado: pulmões 100%
30% do fumado é degradado na queima
Diferenças na velocidade de absorção, biodisponibilidade e no tempo de 
efeito subjetivo máximo entre as vias pulmonar e oral da Cannabis
sativa
Diferenças na velocidade de absorção, biodisponibilidade e no tempo de 
efeito subjetivo máximo entre as vias pulmonar e oral da Cannabis
sativa
vias de adm. velocidade de 
absorção
biodisponibilidade efeito subjetivo
oral lenta e irregular 6% 2,5 a 3,5 h
pulmonar muito rápida 18% 8 a 15 min
BIOTRANSFORMAÇÃO: mais de 25 metabólitos
11-OH-9THC: é ativo. A quantidade não é tão grande, por isso
o efeito não é devido a ele.
Ácido 11-nor 9tetraidrocanabiol-9-carboxílico (COOH  9-THC)
Toxicocinética
EXCREÇÃO: 2/3 bile (65 a 70%)
1/3 urina (20 a 30 dias)
Sofre conjugação glicurônica
Neurotransmissor
Anandanida: receptor endógeno canabinóides (CB1 CB2)
- aracdonil (THC compete com estes neurotransmissores
Modulam a atividade cerebral
Diminuindo GABA ou gultamato (inibindo ou estimulando ouros
neurotransmissores)
Toxicocinética
Toxicodinamica
Ação da maconha no SNC
1) Hipocampo – memória
2) Corpo estriado – movimento
3) Cerebelo – equilíbrio
4) Córtex – sentido e
aprendizado
Principais áreas cerebrais atingidas
Ação da maconha no SNC
Ação da maconha no SNC
Efeitos nocivos
Curto prazo
Efeitos subjetivos: variáveis com: personalidade, fatores que modulam as
condições psicomotoras, nível mental, meio de convívio/uso, experiênca anterior
com a droga, expectativas, técnica de fumar, conteúdo de THC, entre outros.
Efeitos comportamentais típicos (gerais)
• Euforia, bem-estar, felicidade, risos espontâneos, relaxamento e sonolência;
• Perda de discriminação do tempo e do espaço;
• Diminuição da coordenação motora, com perda de equilíbrio, da força muscular,
etc. perigo na execução de tarefas que requerem discernimento, atenção
(acidente de trabalho)
• Prejuízo na memória recente;
• Alterações das funções intelectuais e cognitivas;
• Alterações na percepção sensorial (+ aguçado – alucinógeno fraco),
principalmente no sentido da visão e audição, e da sensibilidade. Não cria coisas
que não existem e sim, aumenta a percepção.
Efeitos nocivos
Taquicardia, aumento do apetite
• Doses altas e pessoas mais velhas: alucinações, paranóia, despersonalização,
ansiedade, angustia, pânico.
• Psicose tóxica: doses elevadas
• Exacerbação da sintomatologia da esquisofrenia
Longo prazo
Muitos são relatados e descritos, poucos os comprovados totalmente. Estes
descritos foram originados de um grande estudo de efeitos pela OMS
1) Efeitos que necessitam de maior comprovação:
Diminuição da resposta imune;
Disfunções hormonais severas, Mulheres: alteração no ciclo menstrual e
fertilidade (comprovados)
Psicopatologias
Anormalidades comportamentais do recém-nascido (irritação), mal formação
(comprovado)
Diminuição do peso do recém-nascido (formação de HbCO e substâncias
irritantes que chegam ao SN)
Aumento da incidência de cânceres (leucemia) em filhos de mães usuárias de
maconha (uso frequente)
Efeitos nocivos
Efeitos nocivos
Longo prazo
2) Efeitos comprovados
• Sistema pulmonar: bronquite aguda e crônica, danos no epitélio alveolar,
maior risco de câncer pulmonar (benzo(a)pireno)
• Sistema cardiovascular: aumento do rítmo cardíaco e diminuição do transporte
de O2 (por causa do CO)
 Dependência: potencial de leve a moderado
 Tolerância: não é muito comum. É farmacodinâmica (doses elevadas, uso
frequente, tempo prolongado)
 Síndrome de abstinência: só acontece em dependentes.
Irritabilidade sudorese salivação
Inquietação anorexia tremores
Alterações do sono náuseas
TRATAMENTO
O antagonista seletivo CB1 SR141716
(Rimonabant)
Tem se mostrado um bloqueador dos
efeitos psicológicos e fisiológicos agudos
da maconha em voluntários humanos
Esta combinação ou um antagonista
semelhante pode ter implicações
importantes para pesquisa farmacológica
futura no tratamento da dependência de
maconha.
McRae AL, Budney AJ, Brady KT. Treatment of marijuana dependence: a 
review of the literature. J Subst Abuse Treat. 2003 Jun;24(4):369-6. 
MUITO CUIDADO!!!
ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
“Parece improvável que a humanidade,em geral, 
seja algum dia capaz de dispensar os Paraísos 
artificiais........... umas férias químicas de si mesmo” 
Aldous Huxley (1894-1963)
ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
Naturais
Cocaína- Erythroxylum coca
Cafeína- Coffea arabica
Paullinia cupana 
Efedrina e pseudoefedrina- Ephedra sinica
Catinona e catina – Catha edulis
Sintéticas
Anfetaminas e derivados
(MDMA) ecstasy
Data from The Lancet suggests cocaine is ranked both the 2nd
most addictive and the 2nd most harmful of 20 popular
recreational drugs.
COCAÍNA
A cocaína é o principal constituinte ativo encontrado nas folhas 
da Erytroxilum coca
Permitido é a novogranaterese (variedade de trujjilo)
Planta originária da zona tropical dos Andes.
4000 anos na História da humanidade (culturas indígenas –
propósitos místicos, religiosos)
Usada desde antigamente na América do Sul
1500 – conquista da América e foi levado a Europa
Histórico
COCAÍNA
1855 - a cocaína foi quimicamente isolada pelo químico alemão
Friedrich Gaedke – “erythroxyline” – Archives de Pharmacie
1884 - Sigmund Freud
Histórico
“estimulação e euforia, que de forma alguma difere da
euforia normal de uma pessoa saudável...você percebe
um aumento do auto-controle e possui maior vitalidade e
capacidade para o trabalho...em outras palavras, você
está simplesmente normal e é difícil de acreditar que
você está sob a influência de alguma droga...”
Cocaína: “terceiro flagelo da humanidade”
após o álcool e a morfina.
1885 – Cocaína era ingrediente de diversas formulações nos 
EUA.
Parke-Davis: cigarros, pó e na forma injetável.
COCAÍNA
Histórico
COCAÍNA
Histórico
Angelo Mariani (1838 - 1914)
1863 Papa Leão XII
Até 1903: Coca-Cola: 60mg de cocaína por 250mL
COCAÍNA
Histórico
Anuncio da Proibição do uso da adição de 
cocaína a coca-cola
COCAÍNA
Histórico
Final do séc. XIX: casos de intoxicação e morte devido ao uso 
de cocaína.
1914 – EUA: Harrison Narcotic Law: primeiro instrumento legal 
de controle do uso de drogas, incluindo o ópio e a cocaína.
1921 – Brasil: Decreto 4.294
Folhas 
de coca
Macerar em
Água + querosene
Cocaína em
solução
Ácido 
sulfúrico++
Água com
amoníaco
=
+ filtrar Pasta de cocaCocaína crua
= Pasta Base
= Solução ácida+
+ Permanganatode Potássio Cocaína em soluçãoÁcida (sem impurezas)= + Amoníaco efiltrar
Cocaína Base + Produtos químicos = Mescla
+
Acetona, éter
Ácido Clorídrico, 
Filtrar e secar 
= Cloridratode cocaína
+
+
Querosene
e cal virgem
Bicarbonato
e Amoníaco =
=
Crack
Oxi
Produção de Pó, Crack e Oxi
• Folhas da coca – 0,5 a 2,0%
• Pasta da coca – 40 a 80%
• Pó branco – cloridrato de cocaína – 5 a 90%
• Base livre – 90% (acima de)
• Merla – 30 a 60%
• Craque – 30 a 40%
Formas de uso
Adulterantes do pó: anestésicos locais
(lidocaína, prilocaína, procaína, etc), cafeína.
Tem propriedade farmacológica.
Diluentes do pó: talco, carbonato, amido,
farinha, açucares. Aumentam o volume.
COCAÍNA
1) Vias de introdução
-Intranasal (20 a 80% absorvida) vasoconstritora
- Oral (60% absorvida)
- Pulmonar = intravenosa (até 100%)
COCAÍNA
2) Absorção
Via intranasal: velocidade baixa (baixa taxa de difusão em mucosas)
As propriedades vasoconstritoras e à possibilidade de deglutição 20 a
30% é absorvida, com pico plasmático entre 30 a 60 min
Via oral: baixa velocidade (ionização no meio ácido)
Absorção no intestino.
Efeito de primeira passagem.
Via pulmonar (fumar na forma de “crack”): A velocidade de absorção
alta. O início dos efeitos é imediato (alguns segundos), e máxima
intensidade 5 minutos.
Via de administração equivalente à via intravenosa.
COCAÍNA
J Anal Toxicol 19(6):459-78 (1995) 
Pharmacokinetics and pharmacodynamics of cocaine. 
3) Distribuição
- ligação à proteínas 15 a 40% (influência do pH do sangue)
Liga-se a  - glicoproteína ácida.
- base livre, lipofílica no sangue
- meia-vida intranasal: 75 min
oral: 50 min
VD = 175l pulmonar/IV: 11min
COCAÍNA
Placenta
CONSTRIÇÃO
fluxo 
sanguíneo

CONTRAÇÃO 
UTERINA
Parto 
prematuro
CRESCIMENTO
pressão parcial O2
 nutrientes
VASOCONSTRIÇÃO
fluxo sanguíneo
cérebro
Isquemia
efeitos 
teratogênicos
4) Biotransformação/excreção
- N-desmetilação
- hidrólise do éster
COCAÍNA
Toxicodinâmica
Mecanismo de ação
Aumento da dopamina, noradrenalina e de serotonina ao nível da
recaptação na membrana pré sináptica
Neurônios dopaminérgicos, noradrenérgicos e
serotoninérgicos
COCAÍNA - EFEITOS AGUDOS 
(vias dopaminérgicas, noradrenérgica e serotoninérgicas)
 aumento da freqüência cardíaca e respiratória, da pressão
sangüínea, da temperatura corpórea; diminuição da sensibilidade
cutânea
 aumento do senso de auto-confiança, poder, força
 euforia
 aumento da atividade motora
 diminuição da fadiga, sede e fome
Efeitos psicológicos: aumento no estado de alerta e vigília, euforia 
imediata, sensação de bem-estar.
Baixas doses (25 a 100mg)- hiperatividade motora,
vasoconstrição, hipertensão, broncodilatação, midríase
-Dose letal: ~1,2g. Casos de morte com uso de 30mg.
Farmacodependentes podem tolerar doses de 5g por dia.
COCAÍNA - EFEITOS AGUDOS 
(vias dopaminérgicas, noradrenérgica e serotoninérgicas)
Fase 1 - Estimulante “inicial”
SNC - excitação, apreensão cefaléia náusea, vômito, contrações dos
músculos da face e dos dedos
Sistema circulatório - variações do pulso, elevação ou diminuição da
pressão sangüínea, palidez
Sistema respiratório - aumento da freqüência e profundidade respiratória
Fase 2 - Estimulante “avançada”
SNC - convulsões tonico-clônicas
Sistema circulatório - aumento do pulso aumento da pressão sanguínea
Sistema respiratório - cianose, dispnéia respiração rápida ou irregular
Fase 3 - Depressora
SNC - paralisia muscular, perda dos reflexos, perda da consciência
Sistema cardiovascular - perda das funções vitais, colapso circulatorio
Sistema respiratório - colapso respiratório, cianose, morte
COCAÍNA E ATAQUE CARDÍACO
VASOCONSTRIÇÃO
AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE ERITRÓCITOS
(Contração do baço)
ELEVAÇÃO DE PROTEÍNA QUE FACILITA A ADERÊNCIA DE 
PLAQUETAS NA PAREDE DO VASO
(Fator de Von Willebrand)
TAQUICARDIA
AUMENTO DO RISCO DO INFARTO
+
+
+
COCAÍNA - USO PROLONGADO
• distúrbios psiquiátricos 
• alterações do humor
• idéias paranóicas
• agitação/irritabilidade
• distorção da personalidade
• comportamento suicida ou homicida
• alucinações tácteis
• comprometimento da percepção visual
• perfuração do septo nasal ( se aspirada), fibrose pulmonar 
(craque)
• morte por overdose: efeitos centrais: depressão/ convulsões) 
e/ou cardiovasculares (infarto, trombose)
Outros efeitos referentes a via de introdução
Via intranasal: rinite crônica, perda de olfato, infecções
crônicas das cartilagens nasais, perfuração de septo
Via intravenosa: doenças infecciosas (HIV, hepatite)
Via pulmonar (“crack”): bronqueolite obstrutiva, edemas
pulmonares, dores toráxicas.
Cocaína - síndrome de abstinência
• depressão
• fadiga
• irritabilidade
• sonolência
• perda do desejo sexual/impotência
• temores
• dores musculares
• bradicardia 
• disforia
• desejo intenso pela cocaína
Tratamento
Tratamento farmacológico
Visa: minorar efeitos da síndrome de abstinência e
diminuição da compulsão
• Antidepressivos tricíclicos: para disforia,
depressão. Mais usado é a desipramina
• Agonista da dopamina (bromocriptina)
• Bloqueador de receptor de DA (desipramina,
flupentixol)
ANFETAMINA
HISTÓRICO
1887- Anfetamina foi sintetizada,
1927-Atividade psicoestimulante foi identificada 
(Gordon Alles, pesquisador)
ANFETAMINA
-Década de 30: introduzida na terapêutica como 
descongestionante nasal.
Smith, Kline and French: Benzedrine
ANFETAMINA
HISTÓRICO
1935 e 1946: a anfetamina era utilizada para
uma série de indicações incluindo tratamento
para esquizofrenia, dependência à morfina,
nicotina, hipotensão, enjôos e soluços intensos.
Segunda Guerra Mundial: soldados
Doping no esporte
ANFETAMINA
ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS
ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS
108.215prescrições de medicamentos
psicotrópicos
26.930 anorexígenos (femproporex e
dietilpropiona)
728 motoristas de caminhão (Sul, Sudeste e
Nordeste)
5.63% uso de drogas – 85.4% anfetaminas
(“rebite”)
ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS
Conhecida no mercado ilícito pelos nomes de
“speed”, “cristal”e “ice”.
“Ice” - “Cristal”
(forma a ser fumada)
“Speed”
(forma injetada)
VIA DE INTRODUÇÃO
Em geral: via oral, na forma de comprimidos ou
cápsulas.
Metanfetamina: “speed” –injetada.
ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Bem absorvida oralmente e atravessa rapidamente
as membranas biológicas devido à sua
lipossolubilidade.
Metanfetamina atravessa a barreira
hematoencefáfica mais rapidamente devido a maior
lipossolubilidade.
ANFETAMINAS
ANFETAMINAS
Núcleo accumbens e córtex frontal
ANFETAMINAS
Potente estimulante:
Aumenta o estado de alerta, e auto-confiança e a
sensação de força física e mental
Após cessarem os efeitos estimulantes, observa-se
aumento de fadiga e depressão
ANFETAMINAS
Doses tóxicas difíceis de determinar
-Neurotóxica: causa lesões irreversíveis no cérebro.
-Complicações cardiovasculares: hipertensão, arritmia, colapso
cardiovascular e morte súbita.
-Grande potencial de induzir dependência. Pessoas que utilizam
freqüentemente altas doses de anfetamina podem apresentar
comportamento estereotipado, repentinos ataques de agressão e
violência, paranóia, psicose, alucinações.
-Síndrome de abstinência: caracterizada por aumento no apetite e
aumento de peso, letargia e sonolência. Dependendo do estado
psiquiátrico, depressão severa e tendências suicidas poderão ocorrer
“ECSTASY” 
(MDMA)
O “Ecstasy” ou 3,4-metilenodioximentanfetamina (MDMA) é um
derivado sintético da anfetamina. Também é conhecido como
“XTC”, “E”, Adam, MDM ou “droga do amor”.
Compostos análogos são a MDA (3,4 metilenodioxianfetamina)
conhecida como “pílula do amor” e a MDEA (3,4-
metilenodioxietilanfetamina) conhecida como “Eve”.
“ECSTASY” 
(MDMA)
HISTÓRICO
•1914: MDMA sintetizado e patenteado na Alemanha
pela Merck
Até 1970 foi ignorado pela com comunidade científica,
quando sugeriu-se o uso na psicoterapia
• início dos anos 80: droga de uso recreacional.
• início dos anos 90: classificada como droga proibida
e sem uso clínico por órgãos governamentais de
diversos países, seguindo orientação da OMS.
“ECSTASY” 
(MDMA)
PADRÃO DE USO
Via oral: comprimidos redondos de várias cores e
tamanhos, e cápsulas gelatinosas
(50-150mg de MDMA.)
Seu uso é mais freqüente nos finais de semana, em 
clubes de dança ou festas, onde multidões dançam 
vigorosamente (“raves”)
“ECSTASY” 
(MDMA)
MECANISMO DE AÇÃO
Aumento da liberação de serotonina (5-HT), ao
mesmo tempo que reduz sua recaptação pela
membrana présináptica.
Efeitos alucinogênicos relacionados pela sua grande
afinidade pelo receptor 5-HT2A
Liberação de dopamina e noradrenalina também
aumentados.
“ECSTASY” 
(MDMA)
EFEITOS TÓXICOS
O uso de “ecstasy” produz efeitos característicos dos
estimulantes do SNC como taquicardia, aumento da
pressão arterial, midríase e arritimias cardíacas.
Em doses excessivas, são alucinogênicas Mortes
devido ao uso de “ecstasy” são alucinogênicas.
ecstasy atribuídas a distúrbios cardiorrespiratórios,
hipertermia e susceptibilidade individual
“ECSTASY” 
(MDMA)
EFEITOS TÓXICOS
o MDMA estimula a secreção de hormônio antidiurético 
(ADH).
A ingestão de grande quantidade de água, associada a 
baixa diurese pode causar edema cerebral
“ECSTASY” 
(MDMA)
O uso de “ecstasy” produz elevação da autoestima,
simpatia com sensação de estima, proximidade e
intimidade com as pessoas ao redor. A comunicação e
a relação com as pessoas melhoram, produz-se um
sentimento de euforia, aumento de energia emocional
e física.
Outros Compostos
Outros Compostos
2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina
BEBIDAS 
ALCOOLICAS
1) Histórico de uso: bebidas fermentadas e
destiladas
2) Uso moderado e em excesso
3) Problema psicosocial atual
Álcool e transito: alcoolemia máxima de 6
decigramas/ L de sangue
0,6 g/L = 600 ml cerveja ou 200 mL vinho ou
80 mL destilado
Toxicocinética
1) Absorção
Estomago (10-20) depende:
Tipo de bebida (álcool do vinho é mais
absorvido que o da cerveja)
Teor alcoólico (gradiente de concentração)
Diferenças genéticas
Intestino (total)
Toxicocinética
2) Distribuição e Excreção
Tecido rico em água: [sangue = cérebro], líquido
aminiótico
Excreção: de 2 a 8% inalterado
Urina
Ar exalado (1:2000)
Suor, saliva e leite
3) Biotransformação
Hepática e extra-hepática
Etanol Acetaldeído Acetato 
Acetil co A
H2O + CO2ENERGIA 7 cal 
NAD+ NADH NAD+ NADH
Co A
Ciclo de Krebs
Toxicocinética
3) Biotransformação
Hepática e extra-hepática
• Sistema de oxidação microssomal CYP - 450
• Catalase (peroxissomas)
Etanol Acetaldeído
NADP NADH
Principais efeitos do Etanol
1) SOBRE O SNC
a) Depressão generalizada (efeito agudo/crônico)
• Aumento da fluidez da membrana
• Estímulo da inibição sináptica mediada pelo
GABA A
• Inibição de interneurônios glutaminérgicos
• Estímulo da transmissão serotoninérgica
Principais efeitos do Etanol
1) SOBRE O SNC
b) Efeitos degenerativos da ingestão crônica
• devido ao acataldeído, etanol e deficiências
nutricionais
• encefalopatia (síndrome de Wernicke)
• alterações cognitivas e emocionais irreversíveis
(Korsakoff)
• neuropatia periférica até paralisia
• demência
2) SOBRE O FÍGADO
a) Esteatose (aguda e crônica)
• aumento da mobilização de ácidos graxos
• aumento do tecido adiposo (descarga hormonal)
• diminuição da oxidação de ácidos graxos no
fígado (excesso de NADH)
• aumento da síntese de ácidos graxos no fígado
(excesso de H+)
• aumento da esterificação de ácidos graxos
(triglicerídeos)
• diminuição da liberação de TG do fígado para o
sangue (acetaldeído adutos com biomoléculas)
Principais efeitos do Etanol
2) SOBRE O FÍGADO
b) Hepatite (acetaldeído)
Necrose hepatocelular (acetaldeído) com aumento
do material hialino de Mallory e de fibras de
colágeno
Intensa inflamação ( neoantígenos, migração de
linfócitosT)
c) Cirrose (acetaldeído) crônico
Consequências: diminuição da circulação da bile
(colestase); ascite; varizes esofágicas e
hemorragias (hipetensão portal)
3) CARDIOVASCULARES (acetaldeído , etanol)
• hipertensão
• cardiomiopatia
• doeça coronariana
4) GLÂNDULAS
Aumento da saliva, suco gástrico, hormônios
esteróides
Diminuição do hormônio anti-diurético, da ocitocina e
testosterona
Principais efeitos do Etanol
5) TRATO GASTRINTESTINAL (ETANOL)
Gastrite , dispepsia, úlcera
6) Sistema hematopoiético (etanol, acetaldeído)
• anemia
• trombocitopenia
7) CÂNCER (ACETALDEÍDO)
8) HIPOGLICEMIA
• alterações da gliconeogênese (excesso de H+
desvia a conversão de aa piruvato glicose
• dieta pobre em carboidratos
• redução da glicogenólise (excesso de NADH)
Consequências:
Hipoglicemia
Hiperlactatemia ácidose lática hiperucemia (gota)
SINDROME ALCOOLICA FETAL –SAF
Lábios finos, superfície grande entre o lábio e o nariz
ossos pequenos e olhos bem separados
Síndrome específica, mas variável que aparece
em alguns recém-nascidos na exposição intra
uterina a níveis elevados de álcool
Traços constantes: pequena fissura palpebral,
espaço entre o nariz e os lábios mal formados,
finos equeixo pequeno
Anormalidades no crescimemnto: recém-nascidos
de baixo peso e estatura persiste no crescimento
Desenvolvimento anormal do SNC: moderado
retardo mental (QI médio de 68), microcefalia,
irritabilidade intensa na infância.
Alta incidência de doença cardíaca congênita (10%).
Aumento de abortos e natimortidade.
EFEITOS AGUDOS – DEPRIME SNC
1-2 doses razão, inteligência memória
3-4 doses auto controle julgamento
5-6 doses sensorial
7-8 doses coordenação
10 ou + doses centros vitais
INTOXICAÇÕE AGUDAS: TRATAMENTO
Manter paciente aquecido e em repouso
Oxigenoterapia e respiração artificial
Glicose IV
Emese
Cafeína
INTOXICAÇÕE CRÔNICAS: TRATAMENTO
Medicamentos : dissulfiram (antabuse) metronidazol
Tratamento psiquiátrico
AmbulatorialAA (álcoólicos anônimos) e A-ANOM (familiares)
Neurológicas: síndrome de Wenicke-
Korsakoff; demência; degeneração cerebelar,
encefalopatia; neuropatia periférica;
Gastrintestinal: esteatose , hepatite, cirrose
Cardiovascular: miocardiopatia; hipertensão.
Câncer: boca, esôfago, fígado, pâncreas,
cólon, reto, próstata, estômago, tireóide.
Metabólica/renal: cetoacidose; hipo
(magnesemia, fosfatemia e calcemia).
Dermatológica: rubor facial; hiperemia
conjuntival; edema de pálpebras; dermatite
seborrêica; eritema palmar; aranhas vasculares.
Nutricional: béri-béri; pelagra; deficiência de
riboflavina e piridoxina.
Músculo-esquelético: miopatia; gota, necrose
do quadril.
Endócrino/reprodutivo; hipoglicemia;
feminilização de homens; impotência;
diminuição da libido.
Hematológico/imunológico: leucopenia;
distúrbios da coagulação; tendência a
infecções.
- Desejo intenso por bebida alcoólica, 
- tremor 
- irritabilidade
- naúsea
- distúrbios do sono
- taquicardia
- hipertensão
- sudorese
- percepção distorcida
- convulsões
Delirium tremens
– agitação severa
– confusão mental
– alucinações visuais
– febre, sudrese intensa
– taquicardia
– náusea, diaréia
– midríase

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