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Metais Tóxicos Todo metal que pertence a um grupo de elementos que não possui características benéficas e nem essenciais para o organismo vivo METAIS Sistemas Biológicos > Crosta Terrestre Mais abundantes No. atômico < 40 (Sn+2 e Ba+2) Quantidades de traços Dos 92, 22 são essenciais MICRONURIENTES Risco: quantidade ingerida; tempo e frequência da exposição; suscetibilidade individual. Não-essenciais Causam danos (cádmio, chumbo, mercúrio e arsênio) Essenciais Em excesso causar danos (cromo, manganês, ferro, cobalto, selênio, níquel) METAIS Acúmulo depende: Natureza do vegetal (raiz); Fatores relacionados ao solo (pH e matéria orgânica); Fatores externos (temperatura, luminosidade e umidade). Animais (rações, água e pastagens) 1. FONTES Culturas agrícolas (contaminação do meio ambiente). Baixa hidrossolubilidade pouco disponível vegetais folhosos (centros urbanos) processamento industrial (enlatados; revestimento) Bebidas (produção, armazenamento e consumo) Vinhos (arseniato de chumbo) CHUMBO CHUMBO 2. Chumbo metálico – maleabilidade, resistência a corrosão. Baixo ponto de fusão Cinza azulado cinza fosco Pb0 PbO Sais de Pb++ Compostos Orgânicos Pb(CH3)4 e Pb(C2H5)4 (Não encontrados em alimentos) PbS (minério de chumbo) GALENA Disseminação de chumbo 3. USOS Fabricação de ligas matálicas Produção de antidetonantes Fabricação de tintas, corantes e vernizes Bateria de carro Armas de fogo Aventais para proteção de raio X CHUMBO 4. TOXICOCINÉTICA ABSORÇÃO Via Pulmonar: introduzidos na forma de vapores, fumos (PbO) ou poeiras. Propriedades físico-químicas. menores que 1 m – expectoradas ou deglutidas. Derivados orgânicos - lipofilia Via GI: Pouco importante Contaminação de alimentos Intestino delgado (<10%). Varia com a idade (transportadores Ca++- competição) Propriedades FQ, consumo de Mn++, Ca++, Fe++ e vit D 4. TOXICOCINÉTICA ABSORÇÃO 4. TOXICOCINÉTICA ABSORÇÃO Via Pulmonar: introduzidos na forma de vapores, fumos (PbO) ou poeiras. Propriedades físico-químicas. menores que 1 m – expectoradas ou deglutidas. Derivados orgânicos - lipofilia 4. TOXICOCINÉTICA Via Dérmica: Inorgânicos – pouco absorvidos (ligação com SH) Compostos orgânicos – alta lipossolubilidade. DISTRIBUIÇÃO Pb – ligação aos eritrócitos (92%) e proteínas. 1% Livre Fígado e rins (metalotioneína) Cérebro (barreira hematencefálica) Tecido ósseo (95 – 98%): baixo efeito tóxico Cabelos e unhas. 4. TOXICOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO Pb – ligação aos eritrócitos (92%) e proteínas. Sangue + lábil t1/2=36 dias 1% Livre (difusível) plasma Mais ativa Não difusível (eritrócitos) Fígado e rins (metalotioneína)não tem caráter cumulativo t1/2=40 dias; Cérebro (barreira hematencefálica) CHUMBO 4. TOXICOCINÉTICA Tecido ósseo (>90%) do total disponível: baixo efeito tóxico t1/2=20 anos Cabelos e unhas. Pode ser mobilizado na gravidez e lactação Leite: 5 a 12 mg/L Sangue + lábil: t1/2=36 dias CHUMBO Distribuição do Pb no organismo Pb ligado aos tecidos moles Pb difusível no plasma Absorção pelo TGI ou pulmão Excreção (fezes e urina) Pb ligado às P.P Pb ligado aos ossos, dentes Pb ligado aos eritrócitos 4. TOXICOCINÉTICA EXCREÇÃO Filtração glomerular 76%: (Pb – Livre) processo lento. Fezes (via bile) 16% - processo ativo (pode ocorrer reabsorção) Saliva, suor e leite (10 a 30%) BIOTRANSFORMAÇÃO Desalquilação (parcialmente no fígado) Pb++ (completa desalquilação) CHUMBO 5. TOXICODINÂMICA •Ação sobre a biossíntese do Heme inibe ALA-D e heme sintetase Anemia hipocrômica Aumenta protoporfirina, -ALA uro e coproporfirina CHUMBO Ação do Pb sobre a biossíntese do HEME Succinil CoA + glicina CoA + CO2 ALA-S ácido delta aminolevulínico Pb ALA-u ALA-D Pb porfobilinogênio uroporfibilinogênio Uro-u UPG-descarboxilase coproporfirinogênio Copro-u CPG descarboxilase Pb protoporfirinogênio protoporfirina HEME-sintetaseFe +2 HEME + Zn PPZ Pb hemoglobina globina 4. TOXICODINÂMICA No sistema nervoso – encefalopatia satúrnica, cólica dos pintores (dores abdominais, constipação e paralisia) No sistema renal (lesão tubular e nefropatia inespecífica) No fígado (inibição enzimática) CHUMBO 5. EFEITOS NOCIVOS Intoxicações a curto prazo COMPOSTOS INORGÂNICOS Alterações gastrintestinais Albuminúria, cilindrúria Parestesias, fraqueza e convulsões Coma e morte CHUMBO Ir para 5. EFEITOS NOCIVOS Intoxicações a curto prazo COMPOSTOS ORGÂNICOS Hipertermia, hipotensão com taquicardia Encefalopatia com delírios e convulsão Ebriedade, anorexia, irritação, cefaléia e náuseas. CHUMBO IR PARA 5. EFEITOS NOCIVOS Intoxicações a longo prazo síndrome gastrintestinal: anorexia, dores difusas, constipação, orla gengival, cólicas CHUMBO 5. EFEITOS NOCIVOS Intoxicações a longo prazo síndrome renal: lesão tubular ( sindrome de Fanconi); nefropatia crônica (fibrose) sindrome neuromuscular: fraqueza, fadiga, paralisia e atrofia SNC: encefalopatia CHUMBO Efeitos Neurológicos, Neurocomportamentais, e de Desenvolvimento em Crianças Encefalopatia: geralmente com níveis de 80 g/dL Sintomas: letargia, vômito, irritabilidade, perda de apetite, vertigens, confusão mental, distúrbios visuais, delírio, progride para ataxia, redução do nível de consciência, convulsão, coma e morte; Achados de necrópsia: edema cerebral intenso, com extravasamento de fluidos dos capilares, diminuição do número de neurônios. A recuperação é acompanhada de seqüelas: epilepsia, retardo mental (déficit de Q.I.), retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, déficits neuropsicológicos, neuropatia óptica, e cegueira. Neuropatia Periférica Desmielinização segmentar, e possível degeneração das células de Schwann; Nervos motores são mais sensíveis, e disfunção na velocidade de condução nervosa tem sido detectada com níveis de 40 g/dL; Fadiga, fraqueza de extremidades, pés e pulsos caídos. Slide 22 Efeitos Hematológicos Anemia microcítica hipocrômica, com aumento de reticulócitos, com pontilhado basófilo nos eritrócitos - decorrente de: diminuição da vida média do eritrócito (fragilidade de parede) e prejuízo na síntese do heme; Pontilhado basófilo das hemácias em uma intoxicação por chumbo, de origem alimentar. Efeitos Renais Nefropatia Aguda (reversível): Limitada a alteração funcional e morfológica tubular proximal - Aminoacidúria, glicosúria e alteração no transporte iônico. Nefropatia crônica (irreversível) Progressiva perda da função renal, freqüentemente associada à HAS; Lesões: Fibrose intersticial crônica; Degeneração tubular; Alt. vascular em artérias e arteríolas; Abundância de corpúsculos de inclusão nas céls. tubulares renais - compostos por complexos Pb-ptn - mecanismo de defesa? Efeitos Renais As lesões funcionais na nefropatia por Pb são compatíveis com lesão tubular proximal e manifestam-se por diminuição na reabsorção de AA, glicose, fosfato, e ác. cítrico; •Tríade de Fanconi (hiperaminoacidúria, glicosúria, e hipofosfatemia em combinação com hiperfosfatúria) Diminui a função tubular - altera a excreção de uratos - níveis sg de ác. úrico elevados, com formação normal - hiperuricemia (GOTA SATURNíNICA) Voltar Efeitos Cardiovasculares Por alterar a sensibilidade da musculatura vascular ao estímulo vasoativo, ou indiretamente por um mecanismo neuroendócrino; Taquicardia, arritmia. Efeito Reprodutivo Associado com esterilidade e morte no período neonatal; Efeito gametotóxico ( > 60 g/dL); Diminuição na contagem e na motilidade do SPTZ ( < 40 g/dL), e diminuição da função endócrina testicular ( 60 g/dL) Carcinogênese 6. TRATAMENTO ANTIDOTAL Quelar o chumbo livre – intoxicações agudas cólicas EDTA sódio e cálcio Não recupera lesões renais e neurológicas Pode quelar outros metais CHUMBO 7. MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL NR-15: 0,1 mg/m3(LT) ACGIH: 0,05mg/m3 (TLV-TWA) composto inorgânicos Pb0 8. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA Chumbo sangüíneo (Pb-S) Conservação: Geladeira a 4ºC, por até 5 dias. V.R.: até 40 µg/dL I.B.M.P.: 60 µg/dL Método analítico: Espectrofotometria de absorção atômica (EAA) Chumbo urinário (Pb-U) V.R.: até 50 µg/g de creatinina I.B.M.P.: 100 µg/g de creatinina Método analítico: Espectrofotometria de absorção atômica (EAA) 8. MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA Zinco-protoporfirina eritrocitária (ZPP) V.R.: até 40 µg/dL I.B.M.P.: 100 µg/dL Método analítico: Fotofluorimetria Ácido deltaminolevulínico urinário (Ala-U) Conservação: Geladeira a 4ºC, por até 5 dias, protegendo a amostra da luz direta. V.R.: até 4,5 mg/g de creatinina I.B.M.P.: 10 mg/g de creatinina Método analítico: Espectrofotometria visível Coproporfirina urinária (Copro) V.R.: até 150 µg/L I.B.M.P.: 200 µg/L Método analítico: Espectrofotometria visível menos específico: 60 – 80 g/dL Ácido -aminolevulínico desidratase (-ALA D) 9. LIMITES ISA provisória 25 g/Kg Água: USEPA 0,015 mg/L WHO 0,01 mg/L Brasil: 0,03 mg/L água doce 0,01 mg/L salina e salobra Efluentes: 0,5 mg/L CHUMBO CHUMBO NA ALIMENTAÇÃO CHUMBO NA ALIMENTAÇÃO TOXICOLOGIA SOCIAL Área da Toxicologia que estuda os efeitos nocivos relacionados ao uso não médico de fármacos ou drogas causando efeitos não somente ao induvíduo assim como a sociedade TOXICOLOGIA SOCIAL 1) Uso mágico – religiosos Sumerianos (atual Irã): 400 anos aC., utilizavam a papoula do ópio como a “planta da alegria”, que traduzia contato com os Deuses. Citas (habitantes do Rio Danúbio/ Rio Volga – Europa ocidental) Há 5000 anos a.C. queimavam maconha em pedras aquecidas e inalavam vapores dentro de buracos ou tendas. Na antiguidade, o álcool ou mais comumente o vinho, era conhecido como dádiva de todos os Deuses, sendo Baco o Deus do vinho 1) Uso mágico – religiosos Em 1500, o Cactus Peyotea era usado em cerimônias religiosas. O ópio por muito tempo cultivado livremente por camponeses, (séc XVI), como fonte de alívio da sua triste realidade sofredora Espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como forma de auto-castigo, Droga (Demônios) 2) Uso médico Ópio, maconha, cocaína, alucinógenos 3) Drogas na atualidade Transposição de culturas, uso hedonístico (prazer) ou fuga de problemas. TOXICOLOGIA SOCIAL O ranking das mais procuradas: álcool – 53,2% estimulantes – 1,2% tabaco – 39% BZP – 0,9% maconha – 6,6% orexígenos – 0,9% solventes – 2,7% alucinógenos – 0,7% cocaína – 2,1% xarope de codeína 0,7% crack – 0,4% esteróides 0,6% USO DE DROGAS NO BRASIL Ambiente estudantil Ambiente de trabalho - administrativos – 22% - manutenção – 29% - operacional – 49% TOXICOLOGIA SOCIAL DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS Fármaco: qualquer substância com estrutura química definida, que é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento Fármaco psicotrópico: são aquelas que atuam sobre o nosso SNC, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo Droga: matéria prima de origem animal, vegetal ou mineral que contém substâncias químicas com estruturas definidas. DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS CONCEITOS BÁSICOS Uso: é aplicado quando se faz consumo com propósito não-médico de droga psicoativa. Abuso: uso que leva a problemas para o indivíduo como: comportamento psicopatológico, podendo ocasionar atos criminosos, ou diminuição da eficiência do trabalho. Vício: estado psicopatológico extremo, onde o controle de uso da droga é totalmente perdido Dependência: é o impulso que leva a pessoa a usar a droga de forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para obter prazer Aliviar tensões, ansiedade, medos, sensações físicas desagradáveis. O DEPENDENTE caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva OMS: quando um indivíduo usa, ou apresenta um forte desejo de usar uma substância e, 3 ou mais dos efeitos abaixo se verificam ou foram exibidos por algum tempo durante o ano anterior - um forte desejo ou compulsão para usar; - dificuldades de controlar o seu uso; - estado de síndrome de abstinência fisiológica; - evidência de tolerância; - negligência em realizar outras atividades prazerosas; - persistência no uso apesar do aparecimento de efeitos nocivos. DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS A dependência não é uma reação de “tudo ou nada”. Existem graus variados de dependência, que depende: do tipo e quantidade de droga usada, via de administração, persistência do uso, mesmo quando apresenta alterações em seu organismo ou na vida social, tolerância e abstinência, além de tipo de personalidade e a base neuropsíquica de usuário DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS Usuário ocasional: utiliza uma ou várias drogas quando disponíveis ou em ambiente favorável, sem rupturas )distúrbios) afetiva, social ou profissional Usuário dependente: usa a droga de forma freqüente e exagerada, com ruptura de vínculos afetivos e sociais Poliusuário: pessoa que utiliza combinação de várias drogas simultaneamente, ou dentro de um curto período de tempo, ainda que tenha predileção por determinada droga. DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS Tolerância É a resposta diminuída para uma ação do fármaco/droga: doses cada vez mais altas são requeridas para produzir os mesmos efeitos Tipos - Inata - Adquirida Farmacocinética (disposicional ou metabólica) Farmacodinâmica (tissular) Aprendida (comportamental, condicional) DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS - Tolerância - Aguda (anfetaminicos, heroína, alucinógenos, barbitúricos) - Reversa ou sensibilização (maconha) - Cruzada (toma uma substância e fica tolerante a outra) (opiáceos e alucinógenos) ( álcool e barbitúricos) DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS Síndrome de abstinência Distúrbios fisiopatológicos evidenciados por um conjunto de sintomas e sinais de natureza física e psíquica, característicos de cada tipo de fármaco, que se verifica após a interrupção brusca de seu uso. Inclui: - componentes físicos (somáticos) - componentes comportamentais - componentes subjetivos DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS CARACTERÍSTICAS DAS DROGAS QUE CAUSAM DEPENDÊNCIA 1) Ação de prazer ou bem estar 2) Auto administração 3) Toxicidade neuropscológica reversível 4) Tolerância 5) Síndrome de abstinência ou privação DROGAS DE ABUSO: CONCEITOS GERAIS Tipos de DROGAS que levam a dependência 1) Predominantemente psicoestimulantes - Cocaína - Anfetaminas e análogos - Cafeína 2) Predominantemente depressoras do SNC - Álcool etílico - Hipnóticos e sedativos - Analgésicos opióides 3) Que atuam predominantemente sobre a percepção - Canabinóides (maconha, Haxixe) - Alucinógenos (LSD) - Nicotina - Substâncias diversas (gases estimulantes, solventes) Fatores que levam a dependência às drogas (BIOPSICOSOCIAIS) 1) Tipo de droga ou fármaco Reforço: aumento da probabilidade de uma ação ser repetida Potencial de reforço: capacidade de uma droga gerar auto- administração repetida (velocidade e intensidade) Reforço positivo: organismo age para obter uma recompensa que gera prazer Reforço negativo: o organismo age para evitar um mal-estar Fármacos Animais homem Cocaína, anfetaminas ++++ +++ Morfina e derivados +++ ++++ Antagonistas opiáceos - _ etanol + +++ Fatores que levam a dependência às drogas (BIOPSICOSOCIAIS) 2) Indivíduo (usuário) - tolerância inata - polimorfismo genético - alterações neuropsíquicas pré-existente - idade 3) Ambiente - antecedentes familiares - presão de amigos - prazer/diversão - atitude de rebelião Alteração na síntese de neurotransmissores Alteração no metabolismo de neurotransmissores Alteração no número e na afinidade dos receptores pelo mediador Alterações nos sistema de transdução Bases bioquímicas/moleculares da farmacodependência/ tolerância Fatores que levam a dependência às drogas (BIOPSICOSOCIAIS) MecanismoMecanismo NeurotransmissoresNeurotransmissoresMimetismo opióides endorfinas/encefalinas álcool GABA A/endorfinas nicotina acetilcolina cannabis anandamida LSD 5-HT Aumentando NT endógeno cocaína dopamina solventes noradrenalina ecstasy 5-HT/dopamina anfetaminas dopamina Bloqueando NT naturais álcool glutamato barbitúricos glutamato Bases bioquímicas dos efeitos INALANTES É toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida através da aspiração pelo nariz ou boca (solvente) Sinais e sintomas decorrentes da inalação de solventes sobre o SNC Fase 1: Excitação Euforia, tontura, alucinações visuais e auditivas, tosse, salivação, fotofobia, náuseas, vômitos, comportamento bizarro. Fase 2: Depressão a) Leve – confusão, desorientação, perda do autocontrole, diplopia, visão turva, cefaléia, analgesia, palidez b) Moderada – sonolência, ansiedade, ataxia, incoordenação muscular, perda de reflexos, nistagmo c) Intensa – inconciência, delírio, estupor, sonhos bizarros, convulsões, epipepsia, alteraçoes no SNC Chega até morte súbita (anóxia, depressão respiratória, arritmia cardíacas) Produto Principais componentes Colas Aeromodelismo Metil e etilcetonas, n-hexano Couro Tolueno e n-hexano Sapato Tolueno e xileno Madeira Xileno PVC Tricloroetileno Uso domiciliar Tolueno e acetona Aerossóis Laques, anestésicos locais, desodorantes Hidrocarbonetos cloroflueorados Inseticidas Propano e butano Fluído de isqueiro Butano e propano Gasolina Benzeno, xileno, n-hexano, éter de petróleo, naftalenos Lólo Etanol,éter etílico, clorofórmio Removedor de esmalte e vernizes Acetona e ésteres Lança perfume Cloreto de metila Thinneres Tolueno, álcoois, acetato de etila Fluído corretor 1,1,1-tricloroetano INALANTES Efeitos crônicos dos inalantes 1) Sistema nervoso central - neuropatia periférica sensitiva-motora; -disfunção cerebelar (altera postura, nistagmo, ataxia, incoordenação, tremores); - atrofia ótica (tolueno); - Encefalopatia crônica (desmielinização, atrofia cerebral, degeneração axonal); - demência. 2) Pele e mucosas - prurido, eritrema, dermatites. 3) Fígado e rins - hepatomegalia, cirrose; - Síndrome de Fanconi (lesão tubular). - acidose metabólica 4) Sistema respiratório - bronquite, edema. 5) Embriopatias - microcefalia, malformação facial; - incoordenação muscular; - prejuizos no desenvolvimento do SNC. MACONHA Planta: Cannabis sativa Fibras de canhamo: fabricação de papel, roupas, calçados, bolsas, xampu, sabonete, desodorante É original da Ásia. É fumada na forma de cigarro e seus efeitos, logo após atingir o sistema nervoso central Usada em medicamentos para glaucoma, enjoos (quimioterapia) FDA 9-THC sintético Marenol®, usado em pacientes aidéticos No Brasil: fumada (fininho, baseado), Marijuana (EUA) Planta inteira com proporções variadas de inflorescências caule e frutos. A droga de rua contém cerca de 1 a 5 % de THC. SKUNK (supermaconha) contém de 8 a 12% de THC AMP: erva tratada com acetaldeído Formas de uso A preparação da maconha é muito simples: consiste apenas no esmagamento das folhas, dos ralos e das sementes ressecadas. O OH C5H11 CH3 CH3 CH3 1 2 3 4 6 7 8 9 10 O OH C 5H 11 CH3 CH3 CH3 1 2 3 45 6 Princípios ativo dos canabinóides 9 –THC dibenzopirano 1 –THC monoterpenóide Psicoatividade: 9 –THC No vegetal: ácido 2 carbetoxi 9 –THC (95%) ácido 4 carbetoxi 9 –THC Menos psicoativo: 8 –THC (70% da atividade) 9 – tetraidrocanabivarina (25%) Canabinol (10%) (formado durante a queima) A Canábis contém aproximadamente 400 substâncias químicas, entre as quais destacam-se pelo menos 60 “canabinóides”, que são os responsáveis pelos seus efeitos psíquicos. Estrutura Química Toxicocinética ABSORÇÃO: 9-THC – lipofílico Chá: 90%TGI Fumado: pulmões 100% 30% do fumado é degradado na queima Diferenças na velocidade de absorção, biodisponibilidade e no tempo de efeito subjetivo máximo entre as vias pulmonar e oral da Cannabis sativa Diferenças na velocidade de absorção, biodisponibilidade e no tempo de efeito subjetivo máximo entre as vias pulmonar e oral da Cannabis sativa vias de adm. velocidade de absorção biodisponibilidade efeito subjetivo oral lenta e irregular 6% 2,5 a 3,5 h pulmonar muito rápida 18% 8 a 15 min BIOTRANSFORMAÇÃO: mais de 25 metabólitos 11-OH-9THC: é ativo. A quantidade não é tão grande, por isso o efeito não é devido a ele. Ácido 11-nor 9tetraidrocanabiol-9-carboxílico (COOH 9-THC) Toxicocinética EXCREÇÃO: 2/3 bile (65 a 70%) 1/3 urina (20 a 30 dias) Sofre conjugação glicurônica Neurotransmissor Anandanida: receptor endógeno canabinóides (CB1 CB2) - aracdonil (THC compete com estes neurotransmissores Modulam a atividade cerebral Diminuindo GABA ou gultamato (inibindo ou estimulando ouros neurotransmissores) Toxicocinética Toxicodinamica Ação da maconha no SNC 1) Hipocampo – memória 2) Corpo estriado – movimento 3) Cerebelo – equilíbrio 4) Córtex – sentido e aprendizado Principais áreas cerebrais atingidas Ação da maconha no SNC Ação da maconha no SNC Efeitos nocivos Curto prazo Efeitos subjetivos: variáveis com: personalidade, fatores que modulam as condições psicomotoras, nível mental, meio de convívio/uso, experiênca anterior com a droga, expectativas, técnica de fumar, conteúdo de THC, entre outros. Efeitos comportamentais típicos (gerais) • Euforia, bem-estar, felicidade, risos espontâneos, relaxamento e sonolência; • Perda de discriminação do tempo e do espaço; • Diminuição da coordenação motora, com perda de equilíbrio, da força muscular, etc. perigo na execução de tarefas que requerem discernimento, atenção (acidente de trabalho) • Prejuízo na memória recente; • Alterações das funções intelectuais e cognitivas; • Alterações na percepção sensorial (+ aguçado – alucinógeno fraco), principalmente no sentido da visão e audição, e da sensibilidade. Não cria coisas que não existem e sim, aumenta a percepção. Efeitos nocivos Taquicardia, aumento do apetite • Doses altas e pessoas mais velhas: alucinações, paranóia, despersonalização, ansiedade, angustia, pânico. • Psicose tóxica: doses elevadas • Exacerbação da sintomatologia da esquisofrenia Longo prazo Muitos são relatados e descritos, poucos os comprovados totalmente. Estes descritos foram originados de um grande estudo de efeitos pela OMS 1) Efeitos que necessitam de maior comprovação: Diminuição da resposta imune; Disfunções hormonais severas, Mulheres: alteração no ciclo menstrual e fertilidade (comprovados) Psicopatologias Anormalidades comportamentais do recém-nascido (irritação), mal formação (comprovado) Diminuição do peso do recém-nascido (formação de HbCO e substâncias irritantes que chegam ao SN) Aumento da incidência de cânceres (leucemia) em filhos de mães usuárias de maconha (uso frequente) Efeitos nocivos Efeitos nocivos Longo prazo 2) Efeitos comprovados • Sistema pulmonar: bronquite aguda e crônica, danos no epitélio alveolar, maior risco de câncer pulmonar (benzo(a)pireno) • Sistema cardiovascular: aumento do rítmo cardíaco e diminuição do transporte de O2 (por causa do CO) Dependência: potencial de leve a moderado Tolerância: não é muito comum. É farmacodinâmica (doses elevadas, uso frequente, tempo prolongado) Síndrome de abstinência: só acontece em dependentes. Irritabilidade sudorese salivação Inquietação anorexia tremores Alterações do sono náuseas TRATAMENTO O antagonista seletivo CB1 SR141716 (Rimonabant) Tem se mostrado um bloqueador dos efeitos psicológicos e fisiológicos agudos da maconha em voluntários humanos Esta combinação ou um antagonista semelhante pode ter implicações importantes para pesquisa farmacológica futura no tratamento da dependência de maconha. McRae AL, Budney AJ, Brady KT. Treatment of marijuana dependence: a review of the literature. J Subst Abuse Treat. 2003 Jun;24(4):369-6. MUITO CUIDADO!!! ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL “Parece improvável que a humanidade,em geral, seja algum dia capaz de dispensar os Paraísos artificiais........... umas férias químicas de si mesmo” Aldous Huxley (1894-1963) ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Naturais Cocaína- Erythroxylum coca Cafeína- Coffea arabica Paullinia cupana Efedrina e pseudoefedrina- Ephedra sinica Catinona e catina – Catha edulis Sintéticas Anfetaminas e derivados (MDMA) ecstasy Data from The Lancet suggests cocaine is ranked both the 2nd most addictive and the 2nd most harmful of 20 popular recreational drugs. COCAÍNA A cocaína é o principal constituinte ativo encontrado nas folhas da Erytroxilum coca Permitido é a novogranaterese (variedade de trujjilo) Planta originária da zona tropical dos Andes. 4000 anos na História da humanidade (culturas indígenas – propósitos místicos, religiosos) Usada desde antigamente na América do Sul 1500 – conquista da América e foi levado a Europa Histórico COCAÍNA 1855 - a cocaína foi quimicamente isolada pelo químico alemão Friedrich Gaedke – “erythroxyline” – Archives de Pharmacie 1884 - Sigmund Freud Histórico “estimulação e euforia, que de forma alguma difere da euforia normal de uma pessoa saudável...você percebe um aumento do auto-controle e possui maior vitalidade e capacidade para o trabalho...em outras palavras, você está simplesmente normal e é difícil de acreditar que você está sob a influência de alguma droga...” Cocaína: “terceiro flagelo da humanidade” após o álcool e a morfina. 1885 – Cocaína era ingrediente de diversas formulações nos EUA. Parke-Davis: cigarros, pó e na forma injetável. COCAÍNA Histórico COCAÍNA Histórico Angelo Mariani (1838 - 1914) 1863 Papa Leão XII Até 1903: Coca-Cola: 60mg de cocaína por 250mL COCAÍNA Histórico Anuncio da Proibição do uso da adição de cocaína a coca-cola COCAÍNA Histórico Final do séc. XIX: casos de intoxicação e morte devido ao uso de cocaína. 1914 – EUA: Harrison Narcotic Law: primeiro instrumento legal de controle do uso de drogas, incluindo o ópio e a cocaína. 1921 – Brasil: Decreto 4.294 Folhas de coca Macerar em Água + querosene Cocaína em solução Ácido sulfúrico++ Água com amoníaco = + filtrar Pasta de cocaCocaína crua = Pasta Base = Solução ácida+ + Permanganatode Potássio Cocaína em soluçãoÁcida (sem impurezas)= + Amoníaco efiltrar Cocaína Base + Produtos químicos = Mescla + Acetona, éter Ácido Clorídrico, Filtrar e secar = Cloridratode cocaína + + Querosene e cal virgem Bicarbonato e Amoníaco = = Crack Oxi Produção de Pó, Crack e Oxi • Folhas da coca – 0,5 a 2,0% • Pasta da coca – 40 a 80% • Pó branco – cloridrato de cocaína – 5 a 90% • Base livre – 90% (acima de) • Merla – 30 a 60% • Craque – 30 a 40% Formas de uso Adulterantes do pó: anestésicos locais (lidocaína, prilocaína, procaína, etc), cafeína. Tem propriedade farmacológica. Diluentes do pó: talco, carbonato, amido, farinha, açucares. Aumentam o volume. COCAÍNA 1) Vias de introdução -Intranasal (20 a 80% absorvida) vasoconstritora - Oral (60% absorvida) - Pulmonar = intravenosa (até 100%) COCAÍNA 2) Absorção Via intranasal: velocidade baixa (baixa taxa de difusão em mucosas) As propriedades vasoconstritoras e à possibilidade de deglutição 20 a 30% é absorvida, com pico plasmático entre 30 a 60 min Via oral: baixa velocidade (ionização no meio ácido) Absorção no intestino. Efeito de primeira passagem. Via pulmonar (fumar na forma de “crack”): A velocidade de absorção alta. O início dos efeitos é imediato (alguns segundos), e máxima intensidade 5 minutos. Via de administração equivalente à via intravenosa. COCAÍNA J Anal Toxicol 19(6):459-78 (1995) Pharmacokinetics and pharmacodynamics of cocaine. 3) Distribuição - ligação à proteínas 15 a 40% (influência do pH do sangue) Liga-se a - glicoproteína ácida. - base livre, lipofílica no sangue - meia-vida intranasal: 75 min oral: 50 min VD = 175l pulmonar/IV: 11min COCAÍNA Placenta CONSTRIÇÃO fluxo sanguíneo CONTRAÇÃO UTERINA Parto prematuro CRESCIMENTO pressão parcial O2 nutrientes VASOCONSTRIÇÃO fluxo sanguíneo cérebro Isquemia efeitos teratogênicos 4) Biotransformação/excreção - N-desmetilação - hidrólise do éster COCAÍNA Toxicodinâmica Mecanismo de ação Aumento da dopamina, noradrenalina e de serotonina ao nível da recaptação na membrana pré sináptica Neurônios dopaminérgicos, noradrenérgicos e serotoninérgicos COCAÍNA - EFEITOS AGUDOS (vias dopaminérgicas, noradrenérgica e serotoninérgicas) aumento da freqüência cardíaca e respiratória, da pressão sangüínea, da temperatura corpórea; diminuição da sensibilidade cutânea aumento do senso de auto-confiança, poder, força euforia aumento da atividade motora diminuição da fadiga, sede e fome Efeitos psicológicos: aumento no estado de alerta e vigília, euforia imediata, sensação de bem-estar. Baixas doses (25 a 100mg)- hiperatividade motora, vasoconstrição, hipertensão, broncodilatação, midríase -Dose letal: ~1,2g. Casos de morte com uso de 30mg. Farmacodependentes podem tolerar doses de 5g por dia. COCAÍNA - EFEITOS AGUDOS (vias dopaminérgicas, noradrenérgica e serotoninérgicas) Fase 1 - Estimulante “inicial” SNC - excitação, apreensão cefaléia náusea, vômito, contrações dos músculos da face e dos dedos Sistema circulatório - variações do pulso, elevação ou diminuição da pressão sangüínea, palidez Sistema respiratório - aumento da freqüência e profundidade respiratória Fase 2 - Estimulante “avançada” SNC - convulsões tonico-clônicas Sistema circulatório - aumento do pulso aumento da pressão sanguínea Sistema respiratório - cianose, dispnéia respiração rápida ou irregular Fase 3 - Depressora SNC - paralisia muscular, perda dos reflexos, perda da consciência Sistema cardiovascular - perda das funções vitais, colapso circulatorio Sistema respiratório - colapso respiratório, cianose, morte COCAÍNA E ATAQUE CARDÍACO VASOCONSTRIÇÃO AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE ERITRÓCITOS (Contração do baço) ELEVAÇÃO DE PROTEÍNA QUE FACILITA A ADERÊNCIA DE PLAQUETAS NA PAREDE DO VASO (Fator de Von Willebrand) TAQUICARDIA AUMENTO DO RISCO DO INFARTO + + + COCAÍNA - USO PROLONGADO • distúrbios psiquiátricos • alterações do humor • idéias paranóicas • agitação/irritabilidade • distorção da personalidade • comportamento suicida ou homicida • alucinações tácteis • comprometimento da percepção visual • perfuração do septo nasal ( se aspirada), fibrose pulmonar (craque) • morte por overdose: efeitos centrais: depressão/ convulsões) e/ou cardiovasculares (infarto, trombose) Outros efeitos referentes a via de introdução Via intranasal: rinite crônica, perda de olfato, infecções crônicas das cartilagens nasais, perfuração de septo Via intravenosa: doenças infecciosas (HIV, hepatite) Via pulmonar (“crack”): bronqueolite obstrutiva, edemas pulmonares, dores toráxicas. Cocaína - síndrome de abstinência • depressão • fadiga • irritabilidade • sonolência • perda do desejo sexual/impotência • temores • dores musculares • bradicardia • disforia • desejo intenso pela cocaína Tratamento Tratamento farmacológico Visa: minorar efeitos da síndrome de abstinência e diminuição da compulsão • Antidepressivos tricíclicos: para disforia, depressão. Mais usado é a desipramina • Agonista da dopamina (bromocriptina) • Bloqueador de receptor de DA (desipramina, flupentixol) ANFETAMINA HISTÓRICO 1887- Anfetamina foi sintetizada, 1927-Atividade psicoestimulante foi identificada (Gordon Alles, pesquisador) ANFETAMINA -Década de 30: introduzida na terapêutica como descongestionante nasal. Smith, Kline and French: Benzedrine ANFETAMINA HISTÓRICO 1935 e 1946: a anfetamina era utilizada para uma série de indicações incluindo tratamento para esquizofrenia, dependência à morfina, nicotina, hipotensão, enjôos e soluços intensos. Segunda Guerra Mundial: soldados Doping no esporte ANFETAMINA ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS 108.215prescrições de medicamentos psicotrópicos 26.930 anorexígenos (femproporex e dietilpropiona) 728 motoristas de caminhão (Sul, Sudeste e Nordeste) 5.63% uso de drogas – 85.4% anfetaminas (“rebite”) ANOREXÍGENOS ANFETAMÍNICOS Conhecida no mercado ilícito pelos nomes de “speed”, “cristal”e “ice”. “Ice” - “Cristal” (forma a ser fumada) “Speed” (forma injetada) VIA DE INTRODUÇÃO Em geral: via oral, na forma de comprimidos ou cápsulas. Metanfetamina: “speed” –injetada. ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Bem absorvida oralmente e atravessa rapidamente as membranas biológicas devido à sua lipossolubilidade. Metanfetamina atravessa a barreira hematoencefáfica mais rapidamente devido a maior lipossolubilidade. ANFETAMINAS ANFETAMINAS Núcleo accumbens e córtex frontal ANFETAMINAS Potente estimulante: Aumenta o estado de alerta, e auto-confiança e a sensação de força física e mental Após cessarem os efeitos estimulantes, observa-se aumento de fadiga e depressão ANFETAMINAS Doses tóxicas difíceis de determinar -Neurotóxica: causa lesões irreversíveis no cérebro. -Complicações cardiovasculares: hipertensão, arritmia, colapso cardiovascular e morte súbita. -Grande potencial de induzir dependência. Pessoas que utilizam freqüentemente altas doses de anfetamina podem apresentar comportamento estereotipado, repentinos ataques de agressão e violência, paranóia, psicose, alucinações. -Síndrome de abstinência: caracterizada por aumento no apetite e aumento de peso, letargia e sonolência. Dependendo do estado psiquiátrico, depressão severa e tendências suicidas poderão ocorrer “ECSTASY” (MDMA) O “Ecstasy” ou 3,4-metilenodioximentanfetamina (MDMA) é um derivado sintético da anfetamina. Também é conhecido como “XTC”, “E”, Adam, MDM ou “droga do amor”. Compostos análogos são a MDA (3,4 metilenodioxianfetamina) conhecida como “pílula do amor” e a MDEA (3,4- metilenodioxietilanfetamina) conhecida como “Eve”. “ECSTASY” (MDMA) HISTÓRICO •1914: MDMA sintetizado e patenteado na Alemanha pela Merck Até 1970 foi ignorado pela com comunidade científica, quando sugeriu-se o uso na psicoterapia • início dos anos 80: droga de uso recreacional. • início dos anos 90: classificada como droga proibida e sem uso clínico por órgãos governamentais de diversos países, seguindo orientação da OMS. “ECSTASY” (MDMA) PADRÃO DE USO Via oral: comprimidos redondos de várias cores e tamanhos, e cápsulas gelatinosas (50-150mg de MDMA.) Seu uso é mais freqüente nos finais de semana, em clubes de dança ou festas, onde multidões dançam vigorosamente (“raves”) “ECSTASY” (MDMA) MECANISMO DE AÇÃO Aumento da liberação de serotonina (5-HT), ao mesmo tempo que reduz sua recaptação pela membrana présináptica. Efeitos alucinogênicos relacionados pela sua grande afinidade pelo receptor 5-HT2A Liberação de dopamina e noradrenalina também aumentados. “ECSTASY” (MDMA) EFEITOS TÓXICOS O uso de “ecstasy” produz efeitos característicos dos estimulantes do SNC como taquicardia, aumento da pressão arterial, midríase e arritimias cardíacas. Em doses excessivas, são alucinogênicas Mortes devido ao uso de “ecstasy” são alucinogênicas. ecstasy atribuídas a distúrbios cardiorrespiratórios, hipertermia e susceptibilidade individual “ECSTASY” (MDMA) EFEITOS TÓXICOS o MDMA estimula a secreção de hormônio antidiurético (ADH). A ingestão de grande quantidade de água, associada a baixa diurese pode causar edema cerebral “ECSTASY” (MDMA) O uso de “ecstasy” produz elevação da autoestima, simpatia com sensação de estima, proximidade e intimidade com as pessoas ao redor. A comunicação e a relação com as pessoas melhoram, produz-se um sentimento de euforia, aumento de energia emocional e física. Outros Compostos Outros Compostos 2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina BEBIDAS ALCOOLICAS 1) Histórico de uso: bebidas fermentadas e destiladas 2) Uso moderado e em excesso 3) Problema psicosocial atual Álcool e transito: alcoolemia máxima de 6 decigramas/ L de sangue 0,6 g/L = 600 ml cerveja ou 200 mL vinho ou 80 mL destilado Toxicocinética 1) Absorção Estomago (10-20) depende: Tipo de bebida (álcool do vinho é mais absorvido que o da cerveja) Teor alcoólico (gradiente de concentração) Diferenças genéticas Intestino (total) Toxicocinética 2) Distribuição e Excreção Tecido rico em água: [sangue = cérebro], líquido aminiótico Excreção: de 2 a 8% inalterado Urina Ar exalado (1:2000) Suor, saliva e leite 3) Biotransformação Hepática e extra-hepática Etanol Acetaldeído Acetato Acetil co A H2O + CO2ENERGIA 7 cal NAD+ NADH NAD+ NADH Co A Ciclo de Krebs Toxicocinética 3) Biotransformação Hepática e extra-hepática • Sistema de oxidação microssomal CYP - 450 • Catalase (peroxissomas) Etanol Acetaldeído NADP NADH Principais efeitos do Etanol 1) SOBRE O SNC a) Depressão generalizada (efeito agudo/crônico) • Aumento da fluidez da membrana • Estímulo da inibição sináptica mediada pelo GABA A • Inibição de interneurônios glutaminérgicos • Estímulo da transmissão serotoninérgica Principais efeitos do Etanol 1) SOBRE O SNC b) Efeitos degenerativos da ingestão crônica • devido ao acataldeído, etanol e deficiências nutricionais • encefalopatia (síndrome de Wernicke) • alterações cognitivas e emocionais irreversíveis (Korsakoff) • neuropatia periférica até paralisia • demência 2) SOBRE O FÍGADO a) Esteatose (aguda e crônica) • aumento da mobilização de ácidos graxos • aumento do tecido adiposo (descarga hormonal) • diminuição da oxidação de ácidos graxos no fígado (excesso de NADH) • aumento da síntese de ácidos graxos no fígado (excesso de H+) • aumento da esterificação de ácidos graxos (triglicerídeos) • diminuição da liberação de TG do fígado para o sangue (acetaldeído adutos com biomoléculas) Principais efeitos do Etanol 2) SOBRE O FÍGADO b) Hepatite (acetaldeído) Necrose hepatocelular (acetaldeído) com aumento do material hialino de Mallory e de fibras de colágeno Intensa inflamação ( neoantígenos, migração de linfócitosT) c) Cirrose (acetaldeído) crônico Consequências: diminuição da circulação da bile (colestase); ascite; varizes esofágicas e hemorragias (hipetensão portal) 3) CARDIOVASCULARES (acetaldeído , etanol) • hipertensão • cardiomiopatia • doeça coronariana 4) GLÂNDULAS Aumento da saliva, suco gástrico, hormônios esteróides Diminuição do hormônio anti-diurético, da ocitocina e testosterona Principais efeitos do Etanol 5) TRATO GASTRINTESTINAL (ETANOL) Gastrite , dispepsia, úlcera 6) Sistema hematopoiético (etanol, acetaldeído) • anemia • trombocitopenia 7) CÂNCER (ACETALDEÍDO) 8) HIPOGLICEMIA • alterações da gliconeogênese (excesso de H+ desvia a conversão de aa piruvato glicose • dieta pobre em carboidratos • redução da glicogenólise (excesso de NADH) Consequências: Hipoglicemia Hiperlactatemia ácidose lática hiperucemia (gota) SINDROME ALCOOLICA FETAL –SAF Lábios finos, superfície grande entre o lábio e o nariz ossos pequenos e olhos bem separados Síndrome específica, mas variável que aparece em alguns recém-nascidos na exposição intra uterina a níveis elevados de álcool Traços constantes: pequena fissura palpebral, espaço entre o nariz e os lábios mal formados, finos equeixo pequeno Anormalidades no crescimemnto: recém-nascidos de baixo peso e estatura persiste no crescimento Desenvolvimento anormal do SNC: moderado retardo mental (QI médio de 68), microcefalia, irritabilidade intensa na infância. Alta incidência de doença cardíaca congênita (10%). Aumento de abortos e natimortidade. EFEITOS AGUDOS – DEPRIME SNC 1-2 doses razão, inteligência memória 3-4 doses auto controle julgamento 5-6 doses sensorial 7-8 doses coordenação 10 ou + doses centros vitais INTOXICAÇÕE AGUDAS: TRATAMENTO Manter paciente aquecido e em repouso Oxigenoterapia e respiração artificial Glicose IV Emese Cafeína INTOXICAÇÕE CRÔNICAS: TRATAMENTO Medicamentos : dissulfiram (antabuse) metronidazol Tratamento psiquiátrico AmbulatorialAA (álcoólicos anônimos) e A-ANOM (familiares) Neurológicas: síndrome de Wenicke- Korsakoff; demência; degeneração cerebelar, encefalopatia; neuropatia periférica; Gastrintestinal: esteatose , hepatite, cirrose Cardiovascular: miocardiopatia; hipertensão. Câncer: boca, esôfago, fígado, pâncreas, cólon, reto, próstata, estômago, tireóide. Metabólica/renal: cetoacidose; hipo (magnesemia, fosfatemia e calcemia). Dermatológica: rubor facial; hiperemia conjuntival; edema de pálpebras; dermatite seborrêica; eritema palmar; aranhas vasculares. Nutricional: béri-béri; pelagra; deficiência de riboflavina e piridoxina. Músculo-esquelético: miopatia; gota, necrose do quadril. Endócrino/reprodutivo; hipoglicemia; feminilização de homens; impotência; diminuição da libido. Hematológico/imunológico: leucopenia; distúrbios da coagulação; tendência a infecções. - Desejo intenso por bebida alcoólica, - tremor - irritabilidade - naúsea - distúrbios do sono - taquicardia - hipertensão - sudorese - percepção distorcida - convulsões Delirium tremens – agitação severa – confusão mental – alucinações visuais – febre, sudrese intensa – taquicardia – náusea, diaréia – midríase
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