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Diagnóstico laboratorial das doenças da tireoide

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Letícia Lima 
Laboratório de Patologia Clínica – Semana 5 
Diagnóstico laboratorial das doenças da tireoide 
 
TSH 
 Método mais eficaz para avaliar a função tireoidiana 
 Pequenas variações nas concentrações dos hormônios tireoidianos → alterações nas concentrações 
séricas do TSH 
 Método: quimioluminescência 
 Valores de referência: 
 Crianças: 1 – 23 meses: de 0,87 a 6,15 microui/ml 
 2 – 12 anos: de 0,67 a 4,16 microui/ml 
 Adolescentes: 13 – 20 anos: de 0,48 a 4,17 microui/ml 
 Adultos: 0,48 a 5,60 microui/ml 
 Gestantes: varia de acordo com o trimestre da gestação 
Tiroxina total (T4 total) 
 Principal hormônio produzido pela tireoide 
 Representa o hormônio ligado às proteínas carregadoras 
 Vários fatores podem altera a sua concentração (uso de alguns medicamentos), sem que, no entanto, 
ocorra alterações no metabolismo tireoidiano 
 Valor de referência: 4,5 – 12,6 ug/dL 
Tiroxina livre (T4 livre) 
 Fração não ligada às proteínas (aproximadamente 0,04% da concentração de T4 total) 
 É a dosagem preferida para avaliar a função tireoidiana, pois não se modifica com alterações na 
concentração das proteínas carregadoras 
 Quimioluminescência 
 Valor de referência: 0,7 – 1,8 ng/dL 
Tri-iodotironina (T3 total) 
 É ligada às proteínas carregadoras → sua determinação tem as mesmas limitações do T4 total 
 É importante no diagnóstico diferencial do hipertireoidismo e como fator prognóstico na Doença de 
Graves 
 Valor de referência: 80-180 ng/dL 
Relação T3 total/T4 total 
 Utilizada no diagnóstico diferencial de hipertireoidismo por tireoidite destrutiva ou hiperfunção 
tireoidiana 
 Exemplo: hiperfunção tireoidiana (Doença de Graves) → ↑ síntese de T3 pela glândula → Relação 
T3/T4 > 20 
 
Tireoglobulina 
 Proteína produzida somente pela célula folicular da tireoide → marcador muito específico da tireoide 
 ↑ níveis de TG → processos inflamatórios tireoidianos (tireoidites), carcinomas da tireoide, 
hipertireoidismo ou após palpação vigorosa da glândula 
 Utilizada no acompanhamento pós-tratamento (após tireoidectomia) dos pacientes com carcinomas 
diferenciados da tireoide 
 ↓ TG pós cirurgia → a neoplasia regrediu 
 ↑ TG → recidiva da doença ou sinal de que a doença está presente 
 Quimioluminescência 
 Valor de referência: 2 a 60 ng/ml 
Medidas de autoanticorpos 
Anticorpos contra antígenos tireoidianos são encontrados nas doenças autoimunes da tireoide → Doença 
de Graves de Tireoidite de Hashimoto 
Anticorpos contra tireoglobulina (Anti-tireoglobulina – Anti-TG) 
 Não parecem ser patogênicos e podem simplesmente ser indicadores da doença 
 Podem ser encontrados junto com o anti-TPO na maioria dos casos da tireoidie de Hashimoto, do 
Mixedema primário e da Doença de Graves 
 Até 1% dos casos de hipotireoidismo está associado exclusivamente com os anti-Tg 
 Podem ser detectados em pacientes com outras doenças autoimunes 
 Os anti-TG são detectados em 30-60% dos casos de pacientes com carcinoma da tireoide 
 Método: Quimioluminescência 
 Valor de referência: até 40 UI/mL 
Anticorpo antitireoperoxidase (Anti-TPO) 
 Fração específica do antigo anticorpo antimicrossomal, é um anticorpo da classe IgG que se 
correlaciona com o grau de infiltração linfocitária e de dano à glândula 
 Está presente em 95% dos casos de tireoidite de Hashimoto e em 50 a 90% dos casos de Doença de 
Graves 
 Quimioluminescência 
 Valor de referência: Até 35 UI/mL 
Anticorpo antirreceptor do TSH (TRAb) 
 Liga-se ao receptor do TSH, promovendo o crescimento e a vascularização da glândula tireoide, o 
aumento da síntese e liberação dos hormônios 
 É especifico para doença de Graves, ocorrendo em cerca de 90% dos casos 
 É útil no diagnóstico diferencial de alguns casos de hipertireoidismo e na avaliação de risco de 
hipertireoidismo neonatal em filhos de gestantes com doença de Graves 
 Valor de referência: < 1,75 UI/l

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