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Áreas corticais do controle motor

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Samara Pires- MED25
�siologi�
Controle cortical e do tronco cerebral da função motora (Guyton
cap. 56)
1. Córtex motor e o trato corticoespinhal
● Córtex motor é dividido em córtex motor primário, área pré-motora e área
motora suplementar;
● Córtex motor primário
- Corresponde à área 4 de Brodmann e é anterior ao sulco central;
- A excitação de um neurônio do córtex motor excita um movimento específico
e não um músculo específico.
● Área pré-motora (área 6 de Brodmann)
- Estende-se para baixo até a fissura de Sylvius e tem contato com a área
motora suplementar, cujas funções são semelhantes às da área pré-motora;
- Organização semelhante à do córtex motor primário (homúnculo de
Penfield);
- Participa da formação de padrões de movimentos e da preparação;
- Neurônios-espelho: são ativos quando uma pessoa observa a mesma tarefa
sendo executada por outras → representações sensoriais de ações que são
ouvidas ou sentidas são transformadas em representações motoras.
● Área motora suplementar (área 6 de Brodmann)
- As contrações dessa área costumam ser bilaterais e não unilaterais (ex.:
agarrar um objeto com ambas as mãos);
Samara Pires- MED25
- Movimentos que geram a postura geral do corpo, movimentos de fixação de
diferentes segmentos, posição da cabeça e dos olhos.
2. Áreas especializadas no controle motor
● Área de Broca: área pré-motora responsável pela formação das palavras
inteiras e de expressões vocais, além da ativação respiratória das cordas
vocais simultaneamente aos movimentos da boca e da língua durante a fala;
● Campo dos movimentos oculares voluntários: lesão causa a perda da
capacidade de movimentar voluntariamente os olhos em direção aos objetos,
muitas vezes deixando-os fixos involuntariamente sobre determinada
direção. Essa área frontal também controla os movimentos das pálpebras,
como o piscar.
● Área de rotação da cabeça: associa-se ao campo dos movimentos oculares
voluntários. Direciona a cabeça a diferentes objetos.
● Área para habilidades manuais: localiza-se na área pré-motora anterior à
área do córtex motor primário. Lesão provoca movimentos manuais sem
coordenação e sem propósito → apraxia motora.
3. Tratos das vias eferentes
● Trato corticoespinhal
- Origina-se no córtex motor primário, nas áreas motoras suplementares e na
área pré-motora e, por fim, nas áreas somatossensoriais (giro pós-central);
- As fibras do trato corticoespinhal lateral cruzam a nível bulbar (pirâmides), já
as do trato corticoespinhal ventral o fazem a nível medular (comissura
branca);
Samara Pires- MED25
- Presença das células de Betz (células gigantes motoras) → responsáveis pela
velocidade mais rápida de transmissão dos sinais do cérebro à medula.
● Outros tratos
- Trato rubroespinhal: fibras motoras que passam pelo núcleo rubro do
mesencéfalo e se dirigem para a medula espinhal;
- Tratos reticuloespinhal e vestibuloespinhal: fibras que se desviam para a
substância reticular e para os núcleos vestibulares do tronco cerebral, se
dirigindo à medula;
- Fibras pontocerebelares: fibras motoras que fazem sinapse nos núcleos da
ponte e vão para os hemisférios cerebelares;
Obs.: os núcleos da base, o tronco cerebral e o cerebelo recebem sinais motores do
sistema corticoespinhal durante a atividade motora.
Contribuições do cerebelo e dos gânglios da base para o controle
motor global (Guyton cap. 57)
1. Gânglios ou núcleos da base
● Núcleo caudado, putâmen, globo pálido, claustrum, núcleo accumbens,
núcleo pálido ventral, substância negra e núcleo subtalâmico → núcleos de
substância cinzenta que ocupam partes interiores dos hemisférios cerebrais.
Obs.: globo pálido medial e lateral + putâmen formam o núcleo lentiforme.
● Importância: geralmente se associam ao sistema corticoespinhal, planejando
e controlando padrões complexos de movimentos musculares, como cortar
papel com tesoura, arremessar uma bola de basquete da cesta, escrever as
letras do alfabeto e digitar;
● Funcionam em estreita associação ao córtex cerebral e com as vias
corticoespinhais. Seus sinais eferentes retornam quase sempre para o córtex
cerebral.
Samara Pires- MED25
● Temporização ou escalonamento da intensidade dos movimentos → os
núcleos da base conseguem modular a rapidez com que um movimento é
realizado e a dimensão do movimento. Ex.: escrever a letra A lenta ou
rapidamente; em uma folha de papel ou em uma lousa.
- Lesão no córtex parietal superior → área que apresenta conexão com
os núcleos da base. Se lesionada, gera agnosia (incapacidade de
perceber os objetos) e síndrome da negligência pessoal (pessoa ignora
um dos lados).
● Os neurotransmissores e os núcleos da base
- Dopamina (inibitório na maior parte do encéfalo): enviada da
substância negra para o núcleo caudado e o putâmen;
- Ácido gama-aminobutírico (GABA)- agente inibitório: núcleo caudado
e putâmen para globo pálido e substância negra;
- Acetilcolina: do córtex para o núcleo caudado e o putâmen;
- Norepinefrina, serotonina, encefalina e outros neurotransmissores:
várias vias;
- Glutamato: vias excitatórias.
2. Circuito do putâmen
● Início: áreas pré-motoras e suplementar do córtex motor e áreas
somatossensoriais do córtex sensorial → putâmen → globo pálido interno
(medial) → núcleos ventrais do tálamo (ventral-anterior e ventrolateral) →
retorno ao córtex primário e às áreas pré-motoras e suplementares;
● Lesões no globo pálido → movimentos de contorção espontâneos e muitas
vezes contínuos (atetose), hemibalismo (movimentos súbitos e em bloco de
toda uma extremidade), coreia (movimentos rápidos e abruptos de curta
extensão nas mãos e na face), doença de Parkinson (lesão na substância
negra).
Samara Pires- MED25
3. Circuito do caudado
● Promove o controle cognitivo da atividade motora → pensamentos gerados
na mente que planejam os movimentos;
● Córtex cerebral → núcleo caudado → globo pálido medial → tálamo
ventral-anterior e ventrolateral → áreas motoras pré-frontais, pré-motoras e
suplementares, já outros sinais passam diretamente para o córtex motor
primário, mas com quase nenhum dos sinais que retornam, já que essa
última região é responsável pelos movimentos musculares individuais,
enquanto as demais organizam padrões sequenciais de movimentos.
Ex.: pessoa que vê um leão consegue responder rápida e apropriadamente mesmo
sem ter os conhecimentos instintivos, já que esse controle cognitivo da atividade
motora é subconsciente.
4. Correlação clínica dos núcleos da base
● Doença de Parkinson
- Rigidez: a dopamina é um neurotransmissor inibitório, então a destruição dos
neurônios dopaminérgicos leva à ativação contínua do núcleo caudado e do
putâmen, excitando o controle motor corticoespinhal. Como consequência,
muitos músculos do corpo são excitados, levando à rigidez.
- Acinesia: provavelmente é resultante da secreção de dopamina diminuída no
sistema límbico (núcleo accumbens principalmente) e nos núcleos da base, o
que reduz o controle cognitivo da atividade motora (pessoa precisa se
concentrar muito para fazer movimentos simples).
- Administração de L-dopa: convertida em dopamina no cérebro (usada como
tratamento).
- Outro tratamento é a lesão no núcleo subtalâmico.
Samara Pires- MED25
● Doença de Huntington (Coreia de Huntington)
- Distúrbio hereditário autossômico dominante → causa movimentos rápidos
em músculos individuais e depois movimentos progressivos de distorção no
corpo inteiro.
- Etiologia: perda da maior parte dos corpos celulares dos neurônios
secretores de GABA no núcleo caudado e no putâmen e pela perda dos
neurônios secretores de acetilcolina. Como o GABA é inibitório para o globo
pálido e a substância negra, na sua ausência essas regiões são ativadas,
provocando movimentos coreicos.

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