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SOBRE O CURSOSOBRE O PROFESSOR: CUSTOS INDUSTRIAIS ➢ ORÇAMENTOO DE CUSTEIO E ENVESTIMENTO NA EMPRESA. ▪ Sistemáticas de elaboração e de controle do realizado. ➢ SISTEMÁTICA DE CONTROLE DE DESEMBOLSO DE CONTRATOS ▪ Exemplos práticos. ➢ CUSTO DE MANUTENÇÃO NA EMPRESA: ▪ Conceitos de contabilidade de custos. ▪ Composição de custos de produção de bens e serviços e sua apropriação. ▪ Custo como ferramenta de controle. ▪ Proteções anticorrosivas e suas características. ➢ ENGENHARIA ECONÔMICA : ▪ Conceitos básicos. ▪ Métodos de avaliação de Investimento. ▪ Análise de custos x benefícios de melhoria e substituição de equipamentos. ▪ Modelos de custos de manutenção nas empresas e suas aplicações ▪ Exercícios práticos. BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA AVALIAÇÃO: ➢NOTA = (MEDIA (3 TRABALHOS) + PROVA ESCRITA)/2 ➢ CUSTO DE MANUTENÇÃO NA EMPRESA: ✓ Conceitos de contabilidade de custos. A contabilidade de custo é uma parte da contabilidade geral de uma empresa, sendo mais voltada para o estudo racional dos gastos realizados . O objetivo é fazer com que os gestores conheçam os valores envolvidos na produção e oferta de um serviço ou produto, informação que é fundamental para uma gestão eficiente. Vamos supor que se deseja produzir algo: Quanto exatamente isso vai custar? Tem uma ideia aproximada das despesas envolvidas no processo produtivo? Consegue mensurar todos os pagamentos realizados pela empresa? A contabilidade de custo é justamente o que vai manter o gestor sempre atualizado para responder a estas e outras perguntas relacionadas à gestão financeira da empresa. O que significa contabilizar os custos? Basicamente, entende-se por contabilidade de custos, o registro dos valores empregados nas empresas, para a produção do que será oferecido aos clientes, independentemente de produtos ou serviços. Fazer a contabilidade de custo de uma organização, portanto, é entender onde estão e como se comportam os custos dentro dela. Assim, é necessário colocar no papel os gastos com matéria-prima, com funcionários, com fornecedores, energia, água, entre outros elementos, fundamentais para que o produto ou serviço que a sua empresa oferece ganhe o mercado e lhe traga os lucros e demais resultados que a empresa espera. ➢ EXEMPLO PRÁTICO – FAMILIA COM 6 MEMBROS CUSTOS FIXAS (2021) JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO ENERGIA 800 900 1000 800 400 400 400 CELULAR ( família 3 celulares) 269 269 269 269 269 269 269 GAS 85 85 85 85 85 85 85 COLEGIO 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 CONDOMINIO 480 480 480 480 480 480 480 IPTU 2021 450 450 450 450 450 450 450 CUSTOS VARIÁVEIS (2021) ALIMENTAÇÃO 1000 1500 1400 2500 2000 2300 1800 CARTÃO DE CRÉDITO 1000 2500 2500 1500 3500 2000 2500 ROUPA 400 600 300 0 400 150 350 LAZER 500 600 1000 450 300 600 1000 TOTAL 5984 8384 7314 7534 8884 7734 8334 Qual a função da contabilidade de custo? Fazendo uma breve análise, as principais funções da contabilidade de custos são: 1. Estabelecer os custos para um determinado período; 2. Ter maior controle sobre as quantidades físicas produzidas, por meio do custo médio; 3. Estabelecer sistemas de controle de custo que permitam análises, comparações, redução ou melhoria do custo; 4. Fornecer dados de custo com relação a determinadas alternativas, a fim de que a administração possa tomar decisões quanto à escolha. ✓ Com as informações fornecidas pela contabilidade de custo, é possível controlar melhor as despesas de produção e ajudar nas tomadas de decisões. ✓ O mais importante é que esses custos estejam sempre sob controle e sejam monitorados para que a gestão jamais saia dos eixos. Como fazer na empresa a contabilidade de custo? As formas eficientes para que se tenha mais ciência do que vem gastando na organização, bem como as ferramentas para precificar os produtos ou serviços que a empresa oferece no mercado podemos enumerar; I. Listando os custos O primeiro passo deste processo é fazer uma lista com os custos e despesas da empresa. È primordial que se incluam todos e não se deixe nenhum deles de fora, para que assim, se tenha maior clareza sobre os gastos que tem, bem como referente às formas que a empresa possui para arcar com todas estas despesas. II. Determinando os custos diretos Os custos diretos são aqueles que estão intimamente ligados à produção de um produto ou execução de um serviço; são as despesas diretas para colocar o que oferecer no mercado. Assim, é essencial elaborar uma nova lista, com estes custos, para que possa iniciar a próxima etapa. III. Comparando custo direto e preço de venda Esta etapa é essencial para que possa compreender se o que está gastando está compatível com o retorno financeiro que está tendo com seus produtos ou serviços que estão sendo oferecidos no mercado. Assim, esta análise vai ajudar a entender, se o seu custo direto está sendo maior ou menor que o preço de venda e se eles estão gerando uma boa margem de contribuição, ou seja, se eles estão sendo suficientes para arcar com as despesas de seus custos indiretos, aqueles que não estão objetivamente ligados à produção de determinado produto ou serviço. Se ao final desta análise verificar que o preço de venda está maior que o custo direto, está pronto para prosseguir e continuar na próxima etapa. IV. Rateando os custos indiretos Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente ligados à produção de um produto ou à prestação de um serviço. Como exemplo, podemos citar as despesas com marketing, com a equipe financeira, com a equipe de gestores, entre outros, que não são necessários para que o que será comercializado ganhe vida, de fato. Podemos chamar os custos indiretos também de custos fixos, assim é necessário que seja realizado o rateio deste dentro da empresa, para saber de onde será feita a retirada financeira que vai arcar com estes custos. V. O ponto de equilíbrio Com o rateio em mãos, bem como com a compreensão de sua margem de contribuição, é possível saber a quantidade de produtos ou serviços que precisam ser comercializados, para que estes estejam empatados com suas receitas e despesas. Quanto menor a quantidade de produtos analisada, mais fácil será o cálculo do ponto de equilíbrio de suas mercadorias. VI. Refaça tudo se for necessário Com base nestas etapas, já é possível especificar qual o preço a ser cobrado por aquilo que o negócio oferece no mercado. Porém, se durante o processo de precificação, verificar que ainda tem dúvidas, o ideal é refazer cada um destes passos novamente, para evitar erros ou falhas ao longo de sua execução. VII. Seja íntimo da contabilidade de sua empresa Enquanto empresário ou empreendedor, é fundamental que seja íntimo e entenda como funciona contabilidade de sua empresa. Muitas pessoas que não têm nenhuma habilidade contábil e não fazem questão de aprender ou entender pelo menos o mínimo, para ter condições de acompanhar andamento dos processos financeiros da organização. Muitos empresários deixando nas mãos de outras pessoas questões como estas, e relegando responsabilidades que são suas de fato. É essencial contar com profissionais especializados em contabilidade, entretanto, é também fundamental acompanhar a saúde financeira da empresa. Tipos de Custos ✓ Custos Diretos – estão objetivamente ligados a produção de um produto ou prestação de um serviço. Exemplo: Em uma fábrica de cervejas; as garrafas, tampas, rótulos e líquido são custos diretos, pois a cada cerveja produzida, se tem um gasto a mais com esses itens ✓ Custos Indiretos – são custos que não são identificados diretamente em produtos e serviços. Exemplo: Os gastos com a equipe financeira, de marketing e gestores dentro dessa mesma indústria seriam considerados custos indiretos. No caso dos custos indiretos, em alguns casos é importante realizar critérios de rateio entre os produtos para que eles sejam devidamente alocados. PS – os custos diretos e indiretos, por vezes também podem ser chamados de custos fixose variáveis. Principais Métodos de Custeio São os métodos de custeio que vão permitir entender como dividir os custos do negócio entre os produtos: 1. Custeio por Absorção – Como o próprio nome já diz, nesse método todos os custos ligados à fabricação do produto ou prestação do serviço são absorvidos, independentemente de ser um custo direto ou indireto. Assim, os gastos são distribuídos (rateados) para todos os produtos ou serviços. 2. Custeio Direto ou Variável – Nesse caso, apenas os custos variáveis de produção do período são considerados. Os custos fixos (relativos à produção), pelo fato de existirem mesmo sem existir o desenvolvimento de produtos ou serviços. Resumindo, esse custeio separa os custos em variáveis e fixos. 3. Custeio baseado em Atividades (ABC – Activity Based Cost) – Esse método utiliza o critério de atividades que foram realizadas e geraram algum tipo de custo para fazer a alocação de custos entre produtos desenvolvidos ou serviços prestados. No final das contas, o método de custeio que fizer mais sentido para a empresa deve ser utilizado e, dependendo do negócio, pode nem fazer sentido usar um método de custeio específico. Agora vamos ver um passo a passo de como aplicar a contabilidade de custos no dia a dia numa empresa. Como fazer contabilidade de custos •Passo 1 – Liste todos os custos e despesas que existem na empresa •Passo 2 – Separe os custos diretos relativos a cada produto •Passo 3 – Compare o custo direto desse produto com o preço de venda aplicado. Se o custo direto for maior esse produto não tem margem de contribuição, ou seja, não vai contribuir para pagar os custos indiretos (também chamados de fixos). Se o preço de venda for maior que o custo direto, passe para o próximo passo •Passo 4 – Faça o rateio dos custos indiretos (fixos) entre os produtos. Existem algumas maneiras de se fazer esse custeio. Se não tiver dados que propiciem uma divisão “justa”, uma forma simples que já pode dar uma noção é fazendo a porcentagem de vendas de cada produto e fazendo uma divisão balanceada dos custos entre eles •Passo 5 – Encontre o ponto de equilíbrio de cada produto. Com o rateio feito e a margem de contribuição entendida, consegue identificar quantas unidades precisariam ser vendidas de cada produto ou serviço para empatar receitas e despesas. Se só tiver um produto, o cálculo do ponto de equilíbrio fica mais fácil de se fazer. Exemplo prático ✓ Passo 1 – Para listar os custos vamos usar uma loja de brinquedos com 3 produtos diferentes; a) Produto 1 – custo de R$100 por produto fabricado e preço de venda R$200 b) Produto 2 – custo de R$150 por produto fabricado e preço de venda R$300 c) Produto 3 – custo de R$70 por produto fabricado e preço de venda R$50 d) Salário dos Funcionários – R$20.000 e) Aluguel e outras despesas – R$10.000 ✓ Passo 2 – Agora, veja apenas os custos diretos (pode esquecer os indiretos por enquanto) • Produto 1 (R$100) • Produto 2 (R$150) • Produto 3 (R$70) ✓ Passo 3 – O cálculo para descobrir a margem de contribuição (MC) é bem simples: MC = Preço de Venda – Custos Diretos. a) Produto 1 – MC de R$100 (200 – 100) b) Produto 2 – MC de R$150 (300 – 150) c) Produto 3 – MC de R$ - 20 (50 – 70) No nosso caso, um bom insight que poderíamos ter seria de tirar o Produto 3 do mercado ou modificar o preço de venda dele, já que no cenário atual ele só dá prejuízo para a empresa. ✓ Passo 4 – Agora é o momento do rateio Custos Indiretos = R$30.000 (10.000 + 20.000) Nesse caso, como mostramos, existem algumas formas que podem ser utilizadas. Supondo que utilizássemos um método proporcional de acordo com a margem de contribuição de cada um, teríamos o seguinte cenário (veja que já retiramos o produto 3 da conta. Se ele ainda estivesse, provavelmente o número de vendas teria que ser maior de acordo com o prejuízo apurado por ele): a) Produto 1 – rateio de 40% (MC do Produto 1 / MC Total = 100/250 = 0,4 = 40%) b) Produto 2 – rateio de 60% (MC do Produto 2 / MC Total = 150/250 = 0,6 = 60%) Nesse caso; 40% de 30.000 = R$12.000 referente as vendas que o produto 1 precisará fazer e 60% de 30.000 = R$18.000 que o produto 2 precisará vender para atingir seu ponto de equilíbrio ✓ Passo 5 – Agora vamos ver como chegar na quantidade que deve ser vendida. O cálculo também é simples, Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos (Indiretos) / Margem de Contribuição • No caso do produto 1: Ponto de Equilíbrio P1 = R$12.000 / R$100 = 120 produtos 1 precisam ser vendidos para atingir o ponto de equilíbrio • No caso do produto 2: Ponto de Equilíbrio P2 = R$18.000 / R$150 = 120 produtos 2 precisam ser vendidos para atingir o ponto de equilíbrio ✓ Passo 6 – Agora, supondo que internamente a empresa acreditasse que seria impossível vender (ou fabricar) 120 produtos 1 e 120 produtos 2. Nesse caso, a formação do preço de venda deveria ser questionada para entender se é possível atingir margens de contribuição melhores e, consequentemente, reduzir a quantidade de produtos necessários para se empatar. • Obviamente, todo o esforço realizado foi no sentido de encontrar o ponto onde as receitas e despesas são iguais e a empresa precisará pensar em como lucrar após encontrar esse valor. ✓ ATIVIDADE 1 – Custo em fabrica de autopeças de 5 produtos diferentes; a) Anel de segmento – custo de R$20 por produto fabricado e preço de venda R$80 b) Pistão – custo de R$100 por produto fabricado e preço de venda R$200 c) Pino – custo de R$70 por produto fabricado e preço de venda R$50 d) Salário dos Funcionários – R$40.000 e) Aluguel e outras despesas – R$20.000 d) Camisa – custo de R$30 por produto fabricado e preço de venda R$50 e) Tampa – custo de R$10 por produto fabricado e preço de venda R$20 • O nascimento da contabilidade de custos decorreu da necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão correta após o advento da Revolução Industrial. • Anteriormente à Revolução Industrial, a contabilidade de custos praticamente não existia, já que as operações resumiam-se basicamente em comercialização de mercadorias. Nessa época, os estoques eram registrados e avaliados por seu custo real de aquisição. • Com a Revolução Industrial, as empresas passaram a adquirir matéria-prima para transformar em novos produtos. O novo bem criado era resultante da agregação de diferentes materiais e esforços de produção, constituindo o que se convencionou chamar de custo de produção ou fabricação. As funções básicas da contabilidade de custos devem buscar atender a três razões primárias: a) determinação do lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração; b) controle das operações: e demais recursos produtivos, como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado; c) tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. ✓ Contabilidade de custos. Definições importantes; ✓ A equação do resultado (ou lucro) pode ser apresentada como o resultado das receitas, subtraídas de custos e despesas. L = R – C – D L = lucro R = receita C = custo D = despesa • custos: representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela entidade. Como exemplos de custos podem ser citados os gastos com matérias-primas, embalagens, mão-de-obra fabril, aluguéis e seguros de instalações fabris, etc.; • despesas: correspondem a bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas à produção de um produto ou serviço. Como exemplos de despesas podem ser citados gastos com salários de vendedores, gastos com funcionários administrativos, etc.; O lucro é genericamente expresso por meio das margens de lucro- que podem ser apresentadas em unidades monetárias, conforme estabelecido na equação anterior para valores unitários, ou em percentual sobre o preço de venda. Lun = Run – Cun – Dun L un = lucro unitário ou margem de lucro em unidades monetárias R un = receita unitária ou preço de venda unitário C un = custo unitário D un = despesa unitária. A equação seguinte ilustra a obtenção da margem de lucro percentual: L um% = lucro unitário percentual ou margem de lucro percentual L um = lucro unitário ou margem de lucro em unidades monetárias R um = receita unitária ou preço de venda unitário ✓ Contabilidade de custos. Exercícios: 1. A Fábrica de Detergentes Brilha Bem vende seus produtos por um preço unitário igual a $ 3,00. Os custos unitários da empresa são iguais a $ 1,80, as despesas unitárias são iguais a $ 0,60. Pede-se para calcular a margem de lucro da empresa em unidades monetárias e em percentual L = 3,0 – 1,8 – 0,6 = $ 0,6 Lun = Run – Cun – Dun L = 0,6/3,0 = 0,2 *100% = 20% L = 3,0 – 1,8 – 0,6 = $ 0,6 Lun = Run – Cun – Dun Resposta: 2. Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do primeiro semestre de 2019: • Preço de venda unitário R$ 66,80 • Custo variável unitário R$ 57,60 • Custo fixo R$ 768.000,00 Para gerar um lucro operacional de R$ 60.000,00 no primeiro semestre de 2019 serão necessários: ( ) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 45.000 unidades. ( ) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 76.957 unidades. ( ) Produzir e vender no mínimo 90.000 unidades; Exercícios: (X) Produzir e vender no mínimo 90.000 unidades Q = 768.000 + 60.000 / 66,80 - 57,60 Q = 828.000/9.2 Q = 90.000 Resposta: 3. A empresa Surpresa, monoprodutora, vendeu 25.000 unidades e obteve o seguinte resultado: Exercícios: Calcule: I. Ponto de Equilíbrio II. Margem de Contribuição em % da receita III. III. Resultado da operação se fossem vendidas 30.000 unidades (prove) IV. Para obter $ 120.000 de lucro, quantas unidades deveria vender? Qual a receita que será obtida?
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