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Enceramento Progressivo - Aula 1 - Técnicas de Enceramento Progressivo

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Fernanda Vidaurre 2014.1 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
Técnicas de Enceramento Progressivo 
Profº Elson Braga 
“Para que seja feita uma odontologia restauradora correta e dentro da normalidade funcional do sistema mastigatório, é de 
fundamental importância o domínio dos fundamentos de oclusão e da intimidade dos tecidos dentários através das técnicas de 
enceramento progressivo.” (Santos Júnior, 1982) 
É essencial, quando a gente pensar em reabilitar, que os dentes estejam em função adequada e que eu tenha os dentes superiores 
e inferiores em contatos estáveis. Esses contatos estáveis são obtidos a partir do enceramento. Normalmente, na nossa rotina clínica, 
quem faz esse tipo de trabalho é o técnico de prótese dentária por ser uma função técnica. 
Dessa forma, qual é o objetivo que a gente tem na formação de vocês, como CD, em aprender o enceramento progressivo? 
Primeiramente, um exercício de oclusão para que vocês possam identificar, com mais clareza, os pontos de contato, a sua importância, 
o quanto isso gera estabilidade no trabalho [palavra que não entendi] funcional. Segundo, para que vocês tenham condição de 
cobrar isso de forma efetiva do técnico (por exemplo, se a cúspide vestibular inferior não está tocando na fossa, você vai dizer para o 
técnico “Preciso que você aumente a vertente do superior ou que você aumente a aresta e a cúspide do inferior”). 
História 
As técnicas foram introduzidas na década de 1960 e a base dela é o padrão de oclusão mutuamente protegida: quando a gente 
fecha, os dentes posteriores tocam e recebem a carga oclusal do fechamento mandibular, e quando a mandíbula para anterior ou 
lateralidade, só os anteriores se tocam. 
Antigamente, não se havia percebido e não se preconizava essa técnica de reabilitação oral, o que se tinha, desde os anos 1930, 
era nenhuma orientação. Em 1934, um otorrinolaringologista chamado Costen preconizou um padrão de oclusão dentária para 
diminuir a ocorrência de otalgias e listou alguns sintomas que, juntos, caracterizavam a síndrome de Costen, que é a sintomatologia 
observada nas DTMs. O que o Costen preconizou era que quando o paciente tivesse movimentação dentária da sua mandíbula [oi?], 
todos os dentes deveriam tocar em todas as posições, só que se viu que isso não funcionou bem, isso até aumentou o número de casos. 
Por conta desse padrão de oclusão mutuamente protegida, as técnicas de enceramento surgiram procurando reproduzir e orientar 
os CDs e técnicos para reproduzir essas técnicas. 
Princípios da oclusão mutuamente protegida 
• Estabilidade oclusal. Isso significa que quando o dente superior toca o inferior, não há risco de o dente movimentar, de sair da 
posição, porque ele contribui para a estabilidade do outro; 
• Liberdade dos movimentos mandibulares; 
• Ausência de interferências. Exemplo: quando se movimenta os dentes para anterior, os dentes posteriores não estão em 
contato. 
Técnica inicial 
A técnica inicial foi introduzida por Everitt Payne, mas foi modificada por Peter Thomas e, depois, refinada por Lundeen e Kuwata. 
Objetivos 
• Direcionar os esforços mastigatórios segundo o eixo longitudinal dos dentes. Isso significa que quando há uma força oclusal, 
ela precisa ser direcionada para o longo eixo dos dentes. Para isso, é preciso ter cúspide tocando em fossa ou em ameia; 
• Utiliza um agregado sistemático de cores. 
*Revisão de cúspide, aresta longitudinal, vertente externa/lisa, vertente interna/triturante, sulco, fossa triangular e ameia [Não transcrevi 
porque ele fica apontando muito pra imagem e se enrola um pouco, mas botei imagens aí e quem quiser ouvir, é só ouvir de 9:50 até 
15:35]: 
 
 
Fernanda Vidaurre 2014.1 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
 
O princípio básico dessa técnica é que todas as cúspides tocam ou numa fossa ou numa ameia. Os toques em fossa vão ser, nos 
casos de pré-molar, na fossa distal (pré-molar não tem fossa central, só mesial ou distal), mas, nesses dentes, também, os toques vão 
ser na ameia. No caso de molares, os toques vão ser em ameia e fossa central. 
Técnica D-2-D 
É a técnica de Everitt Payne e significa que eu tenho um dente contra dois dentes. Quando eu tenho esse padrão, eu tenho um 
cúspide-fossa ou cúspide-ameia. 
Acompanhem a imagem ao lado: a cúspide 
vestibular do 34 está tocando na ameia entre o 23 e 24; a 
cúspide vestibular do 25 está tocando na ameia entre o 
24 e 25; a cúspide mesiovestibular do 36 está tocando na 
ameia entre o 25 e 26; a cúspide 
mediovestibular/mediana do 36 está tocando na fossa 
central do 26 (a cúspide distovestibular do 36 toca em 
nenhum lugar). Dessa forma, nesse padrão de contato, 
sempre tenho um dente encostando em dois, o que gera 
muita estabilidade oclusal pelo padrão de encaixe. 
A exceção é o terceiro molar superior e o incisivo central inferior, que só toca no seu correspondente antagônico por ser bem 
menor que o superior e, assim, não pode tocá-lo. 
Copiei o slide, depois de ele explicar, até porque ele lê: 
❖ Cada dente oclui com dois antagonistas; 
Exceção: incisivos centrais inferiores e terceiros molares superiores. Por que o terceiro molar inferior não foi incluído? Como o incisivo 
central inferior é menor, todos os dentes inferiores são mais mesializados do que seus antagonistas e se a gente for olhar o terceiro molar 
inferior, ele vai tocar com o segundo molar superior e o terceiro molar superior. 
❖ Encontrada na maioria dos dentes naturais onde a oclusão característica é cúspide-fossa e cúspide-crista marginal, portanto, 
é um padrão ideal para se reproduzir. 
Gente, ele fica falando o que a gente vai fazer na prática por um bom tempo (ele fala que a gente vai fazer um cone em amarelo 
para representar a cúspide, depois, com cera vermelha, as vertentes etc.). Transcrevi só isso: todos os pontos de contato serão 
observados nas vertentes internas, isso significa dizer que, à medida que vocês obtêm esses pontos, vocês precisarão estar atentos para 
não se perderem. Por exemplo, o primeiro ponto de contato que vocês vão obter é oriundo da cúspide mediana do primeiro molar 
inferior e sai nas vertentes internas mesio e distovestibular do primeiro molar superior (são os pontos 6 e 7). O que é comum acontecer, 
à medida que você vai fazendo novos pontos, você pode perder os primeiros porque deixou o ponto novo mais alto, por isso, é bom 
ficar atento aos pontos que você já fez. 
Técnica D-1-D 
É a técnica do Peter K. Thomas, que é feita só na 
especialização e que sugere uma relação cúspide-fossa 
sempre sem existir uma relação cúspide-ameia, portanto, 
é uma relação de um dente contra outro. Por exemplo: 
o primeiro molar inferior oclui no primeiro molar superior. 
Em tese, é mais fácil já que você tem um padrão mais 
uniforme, por isso, é chamada de técnica de 
conveniência protética. 
Em alguns casos, não é viável fazer isso se o paciente tem alguns dentes e se você vai repor os que faltam. Isso é viável quando o 
paciente não tem dente nenhum e você vai fazer uma grande reabilitação protética. 
Ela é menos encontrada na dentição natural. 
Seleção da técnica 
Deve ocorrer com base na conveniência, seja ela clínica ou protética. Se eu estou reabilitando a boca de uma paciente que só 
tem alguns dentes e os dentes restantes seguem o padrão D-2-D, eu tenho que seguir esse padrão, é o que a gente chama de 
conveniência clínica. Se o paciente não tiver nenhum dente, eu posso fazer o D-1-D. 
Etapas 
1. Corte do modelo de trabalho com uma roda de micromotor e com o estilete para refinar o recorte; 
2. Mapeamento. Lembrando: a convexidade da face vestibular inferior é muito maior do que a convexidade da lingual, então, 
a ponta de cúspide vestibular inferior está mais interna do que a lingual; 
3. Enceramento: vocês vão passar a cera pegajosa; vão levantar os cones com cera amarela e auxílio do gotejador e do 
conformador; e, depois, vão levantartodas as outras estruturas. Uma etapa que não será dada nesse período é a de 
enceramento de dentes anteriores, que segue um padrão equivalente, em que 6 dentes serão encerados.

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