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Enceramento Progressivo - Aula 5 - Guia Anterior

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Hugo Dutra 2013.2 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
Guia Anterior 
Profª Maria Elisa 
Conceito 
Relação de oponência dos dentes incisivos ântero-superiores com os dentes ântero-inferiores durante os movimentos excêntricos 
da mandíbula. Bordas incisais dos incisivos inferiores e as cúspides do canino inferiores se relacionam com as fossas palatinas dos 
dentes superiores anteriores durante o movimento excursivo da mandíbula. 
A linha anterior orienta os movimentos mandibulares. 
Importância 
❖ Entender a guia canina, como ela funciona e o papel de todos os dentes na guia canina; 
❖ Vão conseguir restabelecer, dentro de princípios parafuncionais, a guia de cada paciente. Ex.: paciente bruxista, trauma 
em dentes anteriores, caiu e perdeu a incisal, sempre restabelecer ou com prótese ou com resinas e tem que sempre 
checar a guia anterior do paciente. Se o paciente vier a desenvolver qualquer hábito parafuncional, tendo a guia canina 
restabelecida, o dano vai ser o menor possível. 
 
Movimentos mandibulares 
Movimento de lateralidade 
Lado de trabalho 
O lado de trabalho à disposição da mandíbula pode ser ou em guia canina ou em função em grupo. 
Durante o movimento de lateralidade da mandíbula é essencial que o contato seja feito pelos caninos. 
Porque o canino é escolhido para fazer movimento de lateralidade? Sempre que perguntamos a primeira coisa que o aluno 
responde é por ter a maior raiz, mais larga e mais comprida, portanto, como pilar para receber o número da lateralidade, ele é mais 
firme. Mas, além disso, ele tem a posição estratégica: dentro dos dentes anteriores, ele é o dente que está mais para posterior e não 
está tanto para posterior quanto dentes posteriores, o que quer dizer que a força exercida sobre o canino é muito inferior do que nos 
dentes posteriores, por ele estar mais longe do masseter e do temporal. Fazemos menos força durante movimento de lateralidade no 
canino do que se encostasse em dentes posteriores. Além de ser dente largo e ter inserção maior, o osso a que ele está inserido é 
osso cortical e não medular. Na posterior de nossa maxila, o osso começa a 
ficar medular (poroso) e, então, a inserção não é tão boa. Além disso, em 
relação aos posteriores, ele é o dente mais longe da nossa potência de 
mastigação. Os dentes posteriores recebem muita força por estarem perto do 
masseter e temporal. A nossa mastigação é tipo 3, que é a interpotente, que 
quer dizer que temos um fulcro (ponto fixo. Ex.: meio da tesoura), potência (que 
é onde aplicamos a carga. Ex: mão) e a resistência (que é onde queremos 
cortar. Ex.: papel). 
Três tipos de alavanca: 
➢ Tipo 1: interfixa. Ex: tesoura; 
➢ Tipo 2: interresistente. Ex: carrinho de mão; 
➢ Tipo 3: interpotente. Ex: mastigação. O que está no meio é a potência, 
que são os músculos. O fulcro é a ATM (que é o ponto fixo), a potência é a musculatura (masseter e temporal) e resistência é 
o que mordemos. 
Isso tudo foi para justificar que o canino é o dente ideal para fazer lateralidade não só pelo tamanho da raiz, mas por estar 
inserido em um osso cortical e porque está mais longe da potência (quanto mais longe da potência, menos força você recebe 
exerce). 
Por isso, qualquer contato posterior em movimentos de lateralidade é muito danoso, pois a força que chega nos dentes lá de trás 
é muito grande, por estar perto da potência. 
Resumindo, o contato de desoclusão ideal é pelo canino, devido à(ao): 
✓ Dente com raiz mais longa e larga; 
✓ Melhor proporção coroa/raiz; 
✓ Envolvido por maior volume de osso cortiça (posteriores principalmente medular); 
✓ Menor atividade muscular. 
 
Quando é feita a lateralidade, o canino é o único dente que encosta no lado de trabalho. No lado de balanceio, todos os 
dentes estão desocluídos. Essa excursão da guia canina ocorre quando a ponta de cúspide do canino inferior excursando na fossa 
palatina do canino superior (cúspide do canino inferior toca no 1/3 médio do superior e vai para o 1/3 oclusal). 
Hugo Dutra 2013.2 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
 
 
< lado de balanceio lado de trabalho> 
 
Se a guia não for canina durante a lateralidade, pode ter um contato em grupo do lado de trabalho, o que não é o ideal. Agora, 
se tocar canino, primeiro e segundo pré-molares, tudo bem, não é um problema. Ele está com uma oclusão que chamamos de 
normal, não precisando interferir. 
Os toques só podem ir até a cúspide mesial do primeiro molar superior e inferior. Por que isso? Porque o primeiro molar está muito 
para trás e, por estar muito perto da potência, que é o masseter, o contato fica muito prejudicial para o paciente e pode começar a 
ter mobilidade dentária. 
Resumindo: 
✓ Toque em grupo de dentes – de canino à cúspide mésio-vestibular do 1º molar! 
✓ Toques mais posteriores são indesejáveis! 
✓ Aumento da força pelos músculos da mastigação, especialmente masseter! 
 
Desoclusão em grupo: não está saudável porque a cúspide disto-vestibular do primeiro molar 
superior está encostando na do segundo molar. 
Conduta: teria que interferir, fazendo desgaste em esmalte, mas se o desgaste fosse muito 
grande nos molares, faria incremento no canino. Se for por questão de extrusão, faz incremento 
nos caninos. 
 
 
 
 
 
 
 
Guia canina perfeita, sem problema nenhum. 
 
 
 
 
Em relação ao côndilo: durante movimentos de lateralidade, o côndilo do lado de trabalho se move para superior e para 
posterior, ou seja, direção póstero-superior. 
 
Lado de balanceio 
É o lado contrário ao lado de trabalho. Espera-se que não tenha nenhum tipo de contato, que todos os dentes estejam 
desocluídos. 
❖ Oposto ao do deslocamento da mandíbula! 
❖ Fundamental: ausência de contatos em balanceio! 
❖ Incremento dos casos de dor muscular e de deslocamento do disco articular. 
 
Quando temos contato do lado de balanceio durante a lateralidade, esse é o contato mais danoso que pode ter. Geralmente 
esse tipo de contato gera muita dor na ATM do paciente, porque desloca o disco. 
Durante o movimento de trabalho, o côndilo do lado de balanceio se desloca muito mais, pois ele desloca para baixo, frente e 
para dentro, sendo um percurso muito grande e de muito movimento. 
Se tem qualquer interferência do lado de balanceio no movimento de lateralidade, temos uma trepidação do disco, causando 
muita dor na ATM e dor muscular. Se paciente tem uma dor grande em um lado só do côndilo, com musculatura rígida e com 
trepidação (sensação que tem areinha), provavelmente, está com alguma interferência do lado de balanceio. Para tratar isso, 
fazemos incremento do canino do lado de trabalho. 
O côndilo se direciona ântero-inferior, para frente, para baixo e para dentro. Para dentro que falamos é para a linha média. 
Ângulo que descreve esse trajeto é o ângulo de Benett, que no articulador está em 15º. 
Hugo Dutra 2013.2 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
PERGUNTA DE PROVA: Como montamos o articulador para montar o modelo de trabalho? Lembrar da guia condilar com 30º, 
ângulo de Benett de 15º, pino incisal em 0 e distância intercondilar de 3 mm. 
Resumo: 
➢ Lado de trabalho: ou é guia canina ou desoclusão em grupo. Melhor que seja guia canina. Se for desoclusão em grupo, o 
contato tem que ser até a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar, porque de lá para trás é danoso pela proximidade 
com a potência, que é o masseter. 
➢ Lado de balanceio: nenhum toque, e se tiver toque é o mais danoso possível que temos que arrumar fazendo incremento no 
canino do lado de trabalho. 
 
Movimento de protrusão 
Movimento para anterior da mandíbula que é guiado pela fossa palatina dos incisivos superiores. Não tem que ter nenhum 
contato posterior durante o movimento. O côndilo se movimenta só em direção póstero-anterior, deslizando pela guia condilar, que 
no nosso caso, está em 30º. 
Exemplo de guia protrusiva ou guia incisiva: incisivos centrais e laterais tocamum pouco, tocando um pouco no canino e não 
tem problema algum pois o canino também é dente. Nenhum contato posterior. 
Interferências que podemos ter durante esses dois movimentos: são duas coisas diferentes que muitas vezes usamos o nome de 
maneira errada, a interferência oclusal e contato prematuro. 
Interferências oclusais ocorrem durante os movimentos excursivos da mandíbula, ou seja, lateralidade ou de protrusão, podendo 
ser tanto do lado de balanceio quanto do lado de trabalho ou protrusão. Vão ser contatos que impedem o suave deslize da 
mandíbula durante esses movimentos. Se só ocorre nas oclusais e é uma interferência, que não querendo que aconteçam, é durante 
movimentos excursivos, quando os posteriores não devem participar. Interferência nos dentes oclusais, e eles não devem se tocar 
durante movimentos excêntricos da mandíbula. 
Contato prematuro: contato que impede o fechamento correto do arco durante fechamento, encosta em um ponto e a 
mandíbula vai deslocar. Ocorre durante movimento cêntrico da mandíbula, de fechamento. Esses contatos podem ser tanto em 
dentes anteriores quanto em dentes posteriores. Se encostar primeiro em pré-molar e depois em outros dentes e ter desvio da 
mandíbula, é contato prematuro. Se encostar em canino e depois desviar, é contato prematuro. 
Tem um contato da cúspide mésio-palatina do segundo molar superior. É um contato prematuro ou uma interferência oclusal? 
Interferência oclusal. 
Interferencia oclusal do lado de balanceio que é o mais danoso possível. Conduta: não se desgasta a cúspide toda para remover 
a interferencia, mexe-se no lado de balanceio principalmente no canino. Possivelmente paciente sente dor de cabeça, dor 
muscular. 
O que acontece quando tem contato prematuros e interferencias oclusais? As consequências são as 
mesmas seja para contato prematuro, seja para interferência oclusal: além de dor de cabeça e na DTM, 
força constante fraca no mesmo dente, gerendo mobilidade, reabsorção radicuar, óssea, coisas mais 
cronicas do que agudas, abfração e pericementite. 
 
 
Oclusão Mutuamente protegida: 
Para que isso não ocorra deve existir o mecanismo de proteção mútua. 
Antigamente usava contenção balanceada, não olhando movimentos excursivos e dentes só tinham que fechar. Hoje em dia, 
dentes anteriores não se tocam durante fechamento e posteriores não se tocam em movimentos de lateralidade. Dentes posteriores 
tem que protger os anteriores. Como posteriores tem mais de uma raíz, são mais preparados para receber forças ao longo eixo do 
dente. enqunato dentes anteriores fazem lateralidade protegendo os dentes posteriores. 
➢ Os dentes devem atuar em grupos especializados! 
➢ Alguns suportam maior carga e devem proteger os demais! 
Durante fechamento: o carbono não pode prender nos incisivos, se apenas marcar não é um problema. Tem que ser suave. Nos 
posteriores tem que marcar aqueles pontos que marcamos no enceramento. 
➢ Coincidência entre RC e MIH! 
➢ Contatos bilaterais, homogêneos e simultâneos no máximo possível de dentes posteriores! 
➢ Anteriores com leve toque, sem caracterizar contatos efetivos 
Relação dos superiores com inferiores é cúspide-fossa ou ameia proximal para que carga seja distribuída ao longo eixo do dente. 
➢ Relação cúspide/fossa! 
Hugo Dutra 2013.2 Enceramento Progressivo 2016.2 Odonto UFRJ 
➢ Carga axial! 
➢ Desoclusão de todos os posteriores nos movimentos excêntricos! 
➢ Guias ideais com incisivos e caninos 
Dentro do conceito de oclusão mutuamente protegida, temos a oclusão ótima, que é se o paciente tem contatos bilaterais 
simultâneos (ou seja, não tem nenhum contato prematuro). Os posteriores desocluem em protusão e posteriores desocluem do lado 
de balanceio durante lateralidade, temos oclusão que chamamos de normal. 
Harmonização da guia anterior 
Quando estamos restabelecendo guia anterior do 
paciente, tudo que foi dito até agora diz respeito a parte 
palatina dos dentes, mas temos que preocupar com a parte 
vestibular. 
A guia dos dentes superiores anteriores vai dar conforto 
funcional da língua e dos músculos periodontais, estética e 
fonética. Todas elas dependendo de volume, inclinação e 
tamanho dos dentes anteriores. 
Contorno da face vestibular. Os dentes não podem estar invadindo o que chamamos de espaço do lábio. Dá suporte lábial mas 
não pode invadir o espaço do lábio, ficando com lábio rígido. Quem dita isso é a inclinação dos incisivos superiores. 
Linha do sorriso 
 
Primeira foto toda errada. Sem linha de sorriso nenhum. Tudo reto. Quando harmoniza guia anterior, borda do central mais baixa, 
lateral sobe um pouco, e canino sobe um pouco ainda mais. 
Com teste fonético 
 
Tamanho dos incisivos não podem invadir o espaço livre funcional. 
Overbite: diferença entre altura das bordas incisais. O quanto a borda incisal superior transpassa a borda inferior. Quanto mais o 
transpasse, maior vai ser a desoclusão durante a protrusão, tendo uma rampa maior de palatina superior para a borda incisal dos 
inferiores passar. Se o paciente tiver cúspides posteriores muito altas, é importante respeitar o overbite desse paciente, para que 
quando faça protrusão consiga a desoclusão total dos dentes posteriores. Se tiver cúspides baixas, esse overbite não precisa ser tão 
grande. Pequena discursão da mandíbula já conseguimos desocluir os posteriores. 
 
Harmonização da guia anterior: 
➢ Overbite, 
➢ Linha do sorriso; 
➢ Teste fonético; 
➢ Checar inclinação dos dentes para ver se não está invadindo o vestíbulo superior.

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