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OBESIDADE 4°PEIODO

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Periodontite e seus fatores modificadores: 
Obesidade
 
ALUNOS: 
AMARILDO NERES;
GUSTAVO ELIODORO;
JÉSSICA COLEN;
LARISSA BARROS.
O que é a obesidade?
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a obesidade como uma condição de acúmulo excessivo de gordura corporal em um determinado grau, onde a saúde e o bem estar dos indivíduos podem ser prejudicialmente afetados. A obesidade é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças sistêmicas como o diabetes mellitus tipo II, hiperlipidemia, hipertensão, doenças cardiovasculares, colelitíase e alguns tipos de câncer. 
A obesidade mexe muito com a saúde do organismo em diversos aspectos, e isso não exclui o universo bucal. As doenças periodontais são bastante comuns de acontecerem e quando elas não são tratadas adequadamente, podem até mesmo originar a perda de dentes. Entretanto, tem se levantado a hipótese de que pacientes acima do peso estão mais propensos ao desenvolvimento dessas doenças.
Obesidade é fator de risco para doenças periodontais?
Qual a relação entre a obesidade e as doenças periodontais?
Embora essa relação não seja tão explícita, é possível observar que pacientes obesos têm maior propensão para o desenvolvimento de doenças periodontais. Isso pode acontecer porque a obesidade se trata de uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e prejudica o sistema imune dos indivíduos. Por isso, infecções como a doença periodontal podem progredir com maior facilidade.
Sob outro enfoque pode-se correlacionar a obesidade a DPs, como periodontite, levando em conta o aspecto comportamental inerente. A adoção de comportamento nocivo a saúde pelos indivíduos, englobando consumo de dieta imprópria; estilo de vida inadequado e a não realização de atividade física podem levar ao acometimento por ambas doenças (Al-Zahrani et al., 2003).
A obesidade afeta a imunidade do hospedeiro (TANAKA et al., 1993), devido a diminuicao do fluxo sanguineo. Tal fato foi comprovado em um estudo realizado por Perstein e Bissada (1977) com 44 ratos normais, que eram espontaneamente obesos, hipertensos ou obesos e hipertensos, onde foi avaliada histopatologicamente a estrutura periodontal que mostrou hiperplasia e hipertrofia das paredes dos vasos sanguíneos periodontais. Esses resultados indicaram que a obesidade contribui para a severidade da doença periodontal.
Plausibilidade biológica da relação entre obesidade e doença periodontal
Atualmente, sabe-se que o aumento dos níveis de glicose, bem como de lipídios estão entre os eventos mais relevantes no indivíduo obeso. Eles poderiam contribuir para uma resposta inflamatória exacerbada, modificar a funcionalidade de neutrófilos e até inibir a produção de fatores de crescimento pelos macrófagos, reduzindo a capacidade de reparo dos tecidos periodontais. 
(Cutler, Shinedling et al., 1999; Losche, Karapetow et al., 2000; Katz, Flugelman et al., 2002).
Elevados níveis de lipídios podem produzir uma resposta inflamatória exacerbada do hospedeiro frente à presença de infecções, como a periodontite. A periodontite, por sua vez, pode contribuir para alterações no metabolismo dos lipídios, uma vez que as bactérias gram-negativas presentes na infecção periodontal, via bacteremias transitórias, adentram na circulação sanguínea estimulando as células hepáticas a produzirem lipoproteínas e desta forma proporcionar um aumento nos níveis de colesterol e triglicerídeos. Este quadro por sua vez poderia levar a um aumento nas concentrações de lipídios no sangue, prejudicando mais ainda a resposta tecidual, levando a uma periodontite mais severa. 
A plausibilidade biológica que explica a associação entre obesidade e periodontite está relacionada a um processo imuno-inflamatório. O tecido adiposo secreta citocinas próinflamatórias proporcionais à massa corporal do indivíduo. 
O que o cirurgião dentista deve fazer?
O controle e a manutenção do quadro periodontal dos pacientes realizada preventivamente em consultas odontológicas periódicas.
Interagir e estruturar meios para efetivar uma mudança de hábitos alimentares. 
 Educar seus pacientes sobre a prática efetiva do autocuidado com sua higienização bucal.
 
Referências Bibliográficas 
(Lascala & Moussalli, 1994; Spezzia, 2018).
 (Oliveira & Almeida, 2012; Santos et al., 2014; Ryan & Raja, 2016).
http://revodonto.bvsalud.org ›
(Oliveira & Almeida, 2012; Santos et al., 2014; Ryan & Raja, 2016). 
https://www.redalyc.org/pdf/637/63750312.pdf

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