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desenvolvimento e afetividade na educação infantil

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AS RELAÇÕES DE AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TREVIZAM, Wania de Fatima 1
RU.: 1516469
MACEDO, Diony Ferreira Silva 2
RESUMO
O presente trabalho tem como tema central a afetividade na Educação infantil. A relação professor e aluno e assim como a relação da criança com a família. Os principais objetivos da pesquisa foram conhecer como acontece o desenvolvimento infantil da afetividade e quais os fatores que contribuem para melhorar o desempenho e autoestima dos alunos na educação infantil. Analisando o conceito de afetividade na educação, buscou-se correlacionar o papel da afetividade no desenvolvimento lógico do ser humano e estabelecer a relação entre o desenvolvimento afetivo e o cognitivo. É necessário que o educador esteja ciente, de que a afetividade não diz respeito apenas a gestos de carinho e atenção, mas que também manifesta emoções, que ultrapassam o contato físico, principalmente na ora do acolhimento. A forma pela qual será expresso o afeto, seja gestual ou verbal, que conduzirá a criança a se tornar um cidadão consciente e ao mesmo tempo crítico, para que se sinta parte da sociedade e capaz de resolver as consequências do dia a dia.
Palavras-chave: Acolhimento. Relação interpessoal. Desenvolvimento da afetividade.
1. INTRODUÇÃO 
__________________
 TREVIZAN, Wania de Fatima, Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 1º semestre – 2021. 
2 MACEDO, Diony Ferreira Silva, Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER.
O trabalho propõe estudar a importância da afetividade no desenvolvimento da criança na educação infantil. Cujo objetivo principal é analisar o papel da afetividade como fator importante no relacionamento entre professor e aluno no âmbito escolar, contribuindo para formação integral da criança. A pesquisa conta ainda com os seguintes objetivos: compreender de que forma a afetividade contribui para o ensino-aprendizagem, refletir sobre a importância e o papel do professor no seu relacionamento com os alunos, seja na parte do acolhimento, na relação interpessoal e até mesmo no desenvolvimento dessa afetividade onde cada processo é importante para o próprio professor reconhecer a criança como sujeito da sociedade.
 Cada etapa do processo, contribui para a formação da criança, de modo que todo gesto, todo fala, todo comportamento é levado em questão para que se venha a atribuir resultados que cada aluno deverá apresentar, cada um com seu jeito de ser, mas sempre com muito carinho, respeito e compreensão por parte do educador. 
 Também devemos levar muito em consideração o comportamento de cada um dos alunos com a família, pois essa relação também contribui muito para o desenvolvimento da criança, pois se ela tem uma boa relação com a família, isso se torna muito fácil sua convivência na escola. Então se uma criança é feliz na sua casa com sua família, tudo se torna mais fácil seu desenvolvimento seja ele afetivo, cognitivo ou até mesmo interpessoal, agora quando infelizmente uma criança sofre por ouvir palavras mal ditas, isso dificulta seu auto estima, tornando difícil de se relacionar ou até mesmo não consegue dar e nem receber um carinho seja de um coleguinha , do professor ou até mesmo da própria família.
 Mas é com esse objetivo que devemos analisar e reconhecer as atitudes que nos levam a considerar a importância da afetividade para o desenvolvimento da criança, para podermos entender, compreender e aprender a lidar com cada um , no seu diferente jeito de ser e viver.
2. AS RELAÇÕES DE AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Muitos são os autores que estudam o desenvolvimento do ser humano, mas poucos são os que consideram a importância da autoestima do aluno, o poder, segurança, prestígio, liberdade e o amor, fazem parte da afetividade, são elementos essenciais para seu desenvolvimento , destes valem todos os sentimentos, dificuldades emocionais que migram da infância até a adulta.
 O termo afetividade refere-se à capacidade da pessoa de ser afetada positivamente ou negativamente tanto por emoções internas como externas. A afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa e justamente atua com a cognição e o ato motor, no desenvolvimento e na construção do conhecimento.
 De acordo com Wallon a afetividade é expressa de três maneiras; pela emoção, pelo sentimento e pela paixão, essas se manifestam durante a vida e evoluem com o passar do tempo. A primeira expressão que se manifesta é a emoção que não é controlada pela razão. A segunda é o sentimento que é de caráter cognitivo, surge quando a pessoa passa a controlar as emoções. A terceira é a paixão que se caracteriza pelo controle de um objetivo.
 Para Wallon “o espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das coisas em relação a nós próprios, e nessa relação é grande o papel com afetividade, da pertença, do aproximar ou do evitar, da proximidade ou do afastamento” (Wallon no livro Do ato ao pensamento). Desta forma a afetividade está presente em todos os momentos, Wallon defende que a evolução da criança tanto sua capacidade biológica quanto a do ambiente, o afeta de alguma forma.
 Nas relações escolares a afetividade está ligada a aprendizagem sem ela não haveria a motivação e não existiria conhecimento, “A afetividade não modifica as estruturas da inteligência, sendo somente elemento energético das condutas” (Arantes, 2003, p57).
 Assim a afetividade envolve os sentimentos, mas conforme Arantes, “A afetividade não restringe as emoções e os sentimentos, mas engloba também as tendências e as vontades” (Arantes, 2003, p.57).
 Dessa forma acaba interferindo diretamente na construção da inteligência e no desenvolvimento da aprendizagem.
 Toda criança demonstra suas dificuldades, medos e receios e isso reflete em sua aprendizagem onde o resultado é demonstrado pelo seu rendimento escolar, em seu modo de agir com a família e amigos.
 Ao falar sobre educar Saltini diz:
Em primeiro lugar devemos “gestar uma criança do zero e seis anos, auxilia-las na estruturação das chamadas categorias de pensamento, trabalhando ao mesmo tempo relações afetivas e a simbólica com o meio a partir do maternal. (1997, p12)
 
 Para ensinar é necessário conduzir e criar condições para que na interação da criança possibilite o desenvolvimento da inteligência e assim se desenvolver de acordo com sua faixa etária.
	Para Piaget (1969, p 11), o desenvolvimento começa no psíquico quando nascemos e termina na idade adulta. Sendo assim cabe aos adultos criar meios que possibilite a interação e seu desenvolvimento cognitivo onde a criança passa por várias mudanças qualitativas e quantitativas.
 	Piletti (1986) afirma que as primeiras experiencias educacionais da criança, geralmente são proporcionadas pela família, é de se entender que os pais de modo inconsciente exercem influência no filho, suas atitudes contam, e muito do atraso do filho pode estar relacionado com a atitude dos familiares que acabam influenciando a aprendizagem da criança na escola.
 	De acordo com Stoltz (2011), o desenvolvimento da criança está relacionado a qualidade das interações com o contexto familiar. Assim a influência que os pais tem no aprendizado é importante para a criança se desenvolva.
 	Para Cataldo(1987), é responsabilidade da família garantir a integridade física e psíquica de suas crianças, cuidando e as protegendo para que assim possam ter uma vida digna, sendo função da família contribuir para sua socialização em relação a valores da sociedade, passando a ser encarada como principal instituição responsável para a transmissão de conhecimento.
 	Os pais devem estar envolvidos no processo de escolarização da criança pois o seu exemplo tem grande poder na educação dos filhos, mas para que ocorra essa interação é necessária que a família mantenha um vínculode afeto e respeito.
 	O modo como a criança é tratada pelos familiares transparece no modo como assimila conhecimento, uma criança muito criticada tende aprender a condenar os outros, essa crítica acaba tendo um efeito cumulativo fazendo com que a criança se sinta reprovada pelos pais que devem criar um ambiente encorajador, o modo como falam e olham transmite a criança o que querem dizer, a criança aprende a perceber esses possíveis sinais e embora muitos pais achem que tal critica seja construtiva, essa faz com que a criança se sinta incapaz.
 	A criança que convive com o medo, inveja, vergonha, pena e violência, tem de a ter rendimento abaixo do esperado, isso tem grande influência em seu comportamento, muitas se tornam deprimidas, tímidas ou até mesmo extrovertidas buscando atenção ou passando a agredir os colegas.
 	Quando essa é tratada com incentivo, tolerância, elogios, aceitação, aprovação, reconhecimento, sinceridade, equidade, bondade, afabilidade e segurança, aprende a confiar em si mesmas, ter bons objetivos, ser generosas, ter confiança e consideração pelas pessoas, respeito, passam a ver importância que a vida juntamente com os valores estabelecidos pela família tem para seu desenvolvimento dessa forma a criança se sente aceita.
 	De acordo com Archero Junior (1936, p.54), É no cotidiano familiar que as crianças veem ao mundo pela primeira vez, e por meio desta convivência são gerados os conceitos ou ideias acerca do mundo e essa influência se fará sentir a vida inteira (Melo, 2011), Os pais devem ser os primeiros a se interessar pela educação dos filhos dando de seu tempo e energia para auxilia-los em sua educação.
 	A Educação é um processo amplo que tem como característica a transmissão de conhecimento ligada a ação da escola, pois ela não é um sistema isolado mas faz parte de uma sociedade.
 	É dever da escola compreender a criança, disponibilizando um currículo adequado, elaborar situações que a envolva no meio social orientando-a com eficiência para que ela se envolva de forma ativa e pessoal no processo de aprendizagem, levando em consideração as circunstâncias que ela se encontra, disponibilizando profissionais competentes, sensíveis e dedicados.	 
 	Sabemos que no período de adaptação algumas crianças choram ou ficam retraídas na escola e que algumas famílias se sentem inseguras quanto ao acolhimento que será dado aos seus filhos por parte dos profissionais que atuam no espaço escolar. Assim, faz-se necessário que a escola compreenda estes sentimentos e que tenha alguns cuidados para que todos (alunos e famílias) sintam-se acolhidos em suas angústias e necessidades.
 Ao acolher o aluno (seja ele criança ou adulto) em seus primeiros momentos na escola ou a cada nova etapa escolar, precisamos fazer com que se sintam cuidados, confortáveis e, acima de tudo, seguros. A forma como cada escola planeja o período de adaptação demonstra qual a concepção de educação e de aluno direcionam sua prática. A adaptação é necessária, porém não precisa acontecer de forma passiva e o acolhimento é que garantirá a qualidade dessa adaptação.
 	É na escola que pela primeira vez o aluno experimenta o que é fazer parte de uma organização social, de acordo com Ramos de Oliveira(1994), “As famílias sabem, com uma consciência claro escura que, para seus filhos integrarem a sociedade , precisam desse tipo de mediação que a escola faz. E, no entanto, pressentem ressentidas a ação da escola, cuja a função é justamente contribuir para a emancipação da criança o que significa certo corte, certa ruptura com os vínculos familiares”. Assim as famílias devem reconhecer e apoiar a educação dos filhos.
 	Tanto na família como na escola a criança deve se sentir acolhida, nos anos iniciais de estudo, a criança se compara com um mundo novo, diferente do que está afeiçoada. É na Pré-Escola que ela se depara com possibilidades de ampliar e conhecer o seu meio, o desafio a leva a criticar e querer aprender sempre algo novo atiçando sua curiosidade.
 	A criança tem a tendência para se desenvolver, mas para que isso ocorra é necessário alguém que facilite o autoconhecimento, na família é dever dos pais e na educação é dever dos professores, esses devem adotar uma atitude centrada na criança, pela qual deve satisfazer as necessidades de consideração, apreço e a compreensão levando em consideração seu emocional.
 	O educador deve reconhecer e aceitar os sentimentos da criança, mostrando compreensão da realidade interior do aluno, para Rogers(1973), a empatia se torna uma condição facilitadora na aprendizagem , muitas frases bem intencionadas, ditas a uma criança que está passando por uma situação difícil , não demonstra tanta importância como demonstrar o reconhecimento das emoções da criança e aceita como atitudes normais.
 	A partir dos três anos a criança entra na fase onde passa a ter autonomia sobre suas vontades, com a crescente maturação física acontece o desmame, a possibilidade de se locomover sem a ajuda e a capacidade de aprender a controlar os intestinos e bexiga, libertando a criança da mãe.
 	É de Lei em nosso país que a criança a partir e três anos comece a frequentar uma instituição de ensino que a possibilite aprender a conviver com outras crianças. A cada dia a criança faz progressos em sua vida, fazendo com que ela adquira sentimento de independência e autonomia, explorando o ambiente , mostrando a necessidade de auto direção, que a leva a querer fazer as coisas sozinhas: andar pular, correr, abrir, fechar, enfim descobrir o novo. Na escola a criança aprende a se comover livremente, mas sempre com a supervisão do professor ou de um funcionário, nem os pais, nem o professor deve ensinar a criança de modo severo, fazendo com que suas emoções e seus sentimentos sejam atingidos.
 	De acordo com seu desenvolvimento, a criança passa períodos sensíveis em seu desenvolvimento físico, emocional e moral, esta é a fase onde a criança é levada a progredir, a se comportar e aprender regras. O professor deve levar em conta, o nível de desenvolvimento de cada aluno da pré-escola, do contrário se torna inútil ensina-las sem antes saber se essa está pronta para aprender as atividades. A isso dá se o nome de processo cognitivo que é o progresso gradativo da habilidade dos seres vivos no sentido de obterem conhecimento e se afeiçoarem intelectualmente.
 	Jean Piaget (1974), esquematiza o desenvolvimento intelectual nos seguintes estágios: Sensório Motor (0 aos 2 anos); pré-operacional (2 aos 6 anos); operações concretas (7 aos 11 anos); operações formais (12 anos em diante).
 	No estágio sensório operacional a atividade intelectual é de natureza sensório motor onde a criança percebe o ambiente e age sobre ele, geralmente a criança passa a maior parte do tempo ou todo o tempo com a mãe, onde é de grande importância a criança receber estimulação visual, auditiva, tátil, manipulando uma variedade de objetos e possibilidades para se movimentar. Nos primeiros meses, o bebe exerce os reflexos presentes no nascimento(sucção, movimento das mãos, pés e olhos).
 	É nesse estágio que a criança passa a frequentar uma instituição de ensino, pois está apta a aprender, esta deve disponibilizar meios para que a criança passe a aprender de acordo com sua idade e respeitando suas fases.
 	Depois passa a coordenar suas reações e reflexões trabalhando em conjunto com outros membros do corpo, com o tempo passa a observar o ambiente se caso alguém esconder um objeto, a criança é capaz de procurar, no fim deste estagio a criança passa a se interessar nas novidades e manifesta curiosidade.
 	O segundo estágio pré-operacional, a criança desenvolve a capacidade simbólica, começa a usar os símbolos mentais em imagens ou palavras.
 	Nesta etapa Piaget nota grande características do pensamento infantil, o primeiro é o egocentrismo que é a incapacidade de se colocar no lugar do outro sendo considerado um modo característico do pensamento, assima criança é incapaz o ponto de vista de outra pessoa quando esse não é o dela.
 	O segundo é a centralização onde a criança focaliza apenas uma dimensão ou parte do estímulo centralizando-se nela e sendo incapaz de perceber mas de uma. 
 	O terceiro é o animismo onde passa a atribuir vida aos abjetos, onde supõem que esses são vivos e capazes de sentir, crescer, pensar e também que até podem falar. Exemplo: Ricardo de 10 anos pegou o carrinho de seu irmão de Fernando de 3 anos e bateu no carrinho, provocando assim o choro de Fernando que pensava, que seu carinho estava sentindo dor. É interessante notar que na cabeça de Fernando de três anos, o objeto no caso o carrinho tinha vida, isso também nota se sentimento de posse.
 	O quarto é o realismo nominal, que é o modo da criança pequena pensar, pensa que o nome faz parte e este no objeto que é impossível chama-la de outro nomeou seja o nome este dentro do objeto.
 	O quinto é a classificação onde essa não usa um critério definido para fazer alguma tarefa. Agrupa ou organiza coisas ao acaso, mostrando assim não ter concepção real de princípios abstratos que orientam a classificação, mas consegue organizar objetos com base ao tamanho e a cor. 
 	O Sexto é a inclusão de classe, ela tem dificuldade de entender que uma coisa possa pertencer a duas classes.
 	O sétimo é a seriação onde as crianças pequenas não são capazes de lidar com os problemas de ordenação.
 	O terceiro estágio é o operacional concreto onde a criança é capaz de formular e responder operações mentais de acordo com objetos e situações reais, capaz de usar a lógica e o raciocínio de modo elementar, mas somente o amplia de modo concreto.
 	Aprende quantidade, passa a se incluir de classe tendo noção dessa de modo abstrato reconhecendo que um mesmo objeto pode pertencer a duas classes simultaneamente, já é capaz de reconhecer classifiacações de uma forma lógica, começa a reconhecer e compreender termos de relação, mas não pensa em termos abstratos, nem raciocina em tempo verbal tendo grande dificuldade nesse repeito.
 	O quarto e último estágio são as operações formais, onde para pensar a criança não depende mais do concreto e sim de ideias que são expressas na linguagem sem que seja necessária a percepção e da manipulação da realidade.
 	Pensa de forma dedutiva, é capaz de deduzir as coclusões que possam ser ou não verdades, pode acompanhar forma de argumento, deixando de lado o concreto. É capaz de raciocinar cientificamente, formular hipóteses na realidade ou em pensamento, imaginando possibilidades.
 	Na educação, a pré-escola visa criar condições que safisfaçam as necessidades básicas das crianças, oferecendo bem estar físico, afetivo-social e intelectual, usando de atividades lúdicas que provoquem curiosidade, fazendo descobertas novas e estabelecendo relações.
 	Levando em consideração os dois primeiros estados sensório motor e o pré-operacional a criança tende a demonstrar reações emocionais congênitas. Para Watson a criança é capaz de demonstrar medo, cólera e amor em seus três primeiros meses. No caso de medo, são capazes de assustar com ruídos, ou com pessoas, movimentos, coisas e situações. Essas de acordo com watson , são adquiridas por experiêncas durante a infância, exemplo: se colocar uma criança para alimentar aves e derepente essas a bicam ou corra atrás dela, a criança pode ficar ou criar traumas. A medida que crescem e se tornam capazes , perde-se alguns medos.
 	Na idade escolar , a criança é capaz de disfarçar os sentimentos e suas e reações, na maioria das vezes se não gosta de alguma atitude demonstra por palavras ou atrvés de um choro silencioso a isso se dá o nome de aquisição da linguagem onde essa deixa de se expressar por atos passando ao se expressar por palavras. Também a pressão do meio social, onde a criança percebe a aceitação ou não de seu comportamento pelos adultos, demonstra desejo de agradar, ops pais e professores dessa forma passa a moderar suas expressões de cólera ou de alegria ou não demonstrá-las.
 	A medida que se desenvolve intelectualmente a criança sbe prever as consequências das suas reações, passa a cpmpreender que não é vantajoso a violência e até mesmo o choro quando é contariada. Quando posta em situações que alterem seu bem estar físico a criança demonstra ou por atitudes ou a falta delas. Na escola ela pode demonstrar atitudes de acordo com seu meio social, pode manifestar ciúmes dos pais ou demonstrar que algo está errado, já na fase fundamental a criança relaciona suas emoçoes com a afeição que o professor demosntra e como é vista pelos colegas , assim a criança muitas vezes tem seu emocional abalada, pois quer a total atenção de seu professor, nesta fase a criança rapidamente muda seus epsódios emocional, passa de feliz para triste, do choro para o sorriso, esses que são influenciados pela maturação, dessa forma nota-se que o ambiente contribui com estímulos que fabricam essas emoções, ou seja, o instinto.
 	Com o passar do tempo, a criança passa a fazer ou ter um conceito de si mesma, avaliando suas ações e atitudes que são importantes para a formação de seu comportamento, essa formação ocorre lentamente de acordo com a experiência e associações com outros. A maneira como reagimos ao seu comportamento irá determinar o tipo de auto-conceito que a criança desenvolverá. Geralmente quem afeta o comportamento da criança saão os adultos significativos, pais, professores em posição de autoridade. Se caso um pai chamar o filho de burro, ou má , a criança de forma consiva achara que realmente é burra ou má, o contrário também é verdade se o pai chamar a criança de sábia, inteligente, essa criança colocará na cabeça que é inteligente, a primeira ação é errada, pois leva a criança a ter ou desenvolver o sentimento de inutilidade, a segunda ação, é construida de modo que levará a criança estudar,assim mostrará a seus pais e aos outros que é capaz de aprender.
 	Há também as comparações que tanto os pais como os educadores bem intencionados costumam fazer, essa ação tende a deixar a criança triste, sempre achando que não sabe fazer nada direito, ou que se sentem inferiores as outras crianças. Por ser censurada , a criança começa a sentir que não é capas de aprender , mesmo se esforçando para isso.
 	Com o passar do tempo , essas atitudes tomadas podem ter serias consequêncas na vida e no desenvolvimento da criança. Tendo e formando um comportamento defensivo, prejudicando assim a outo realização.
 	Na educação é necessario que a criança desenvolva um auto conceito positivo, pois o tipo de conceito que ela desenvolve, depende da maneira como os adultos reagem ao seu comportamento, uma criança elogiada, criada com amor e principalmente tratada com respeito.
 	A participação efetiva das famílias traz boas contribuições para o processo de adaptação, por diversas razões: diminui o medo e a ansiedade (de adultos e crianças), inicia a construção de um vínculo de confiança entre escola e família, valida para a criança a figura do professor como referência e da escola como um lugar seguro. Daí a importância de um planejamento que considere a presença da família na escola. “Nossa preocupação é ajudar os pais e as crianças a compreender este momento, para ultrapassá-lo com segurança.
 	Sabemos que no período de adaptação algumas crianças choram ou ficam retraídas na escola e que algumas famílias, sentem-se inseguras quanto ao acolhimento que será dado aos seus filhos por parte dos profissionais que atuam no espaço escolar. Assim, faz-se necessário que a escola compreenda estes sentimentos e que tenha alguns cuidados para que todos (alunos e famílias) sintam-se acolhidos em suas angústias e necessidades.
 Ao acolher o aluno (seja ele criança ou adulto) em seus primeiros momentos na escola ou a cada nova etapa escolar, precisamos fazer com que se sintam cuidados, confortáveis e, acima de tudo, seguros. A forma como cada escola planeja o período de adaptação demonstraqual a concepção de educação e de aluno direcionam sua prática. A adaptação é necessária, porém não precisa acontecer de forma passiva e o acolhimento é que garantirá a qualidade dessa adaptação.
 A vida cotidiana das instituições escolares constitui uma realidade de cooperação e conflitos entre os sujeitos que a compõem. E essa realidade pode ser menos ou mais cooperativa, ou conflituosa, dependendo da forma de interagir desses sujeitos. Entretanto, a interação social depende da maneira como as pessoas se percebem. A percepção que temos de outrem é influência de nossas experiências passadas, preconceitos e valores, que interferem de forma definitiva nas relações humanas, como também de nosso estado emocional momentâneo. Em outros termos, uma das vias de entendimento dos conflitos no interior da escola é acerca da qualidade das relações interpessoais entre seus atores. A relação afetiva vai buscar as suas componentes menos no domínio intelectual do que ao domínio da subjetividade. É verdadeiramente no plano da sensibilidade que se deve procurar a natureza profunda das relações professor-aluno, mais do que no plano da atividade intelectual 
 Para vivermos bem com as pessoas precisamos saber como comunicar claramente nossos pensamentos e objetivos, dando espaço para a interação e troca de saberes. Relação professor-aluno e as relações interpessoais" têm grande importância no espaço escolar. Geralmente é na pré-escola que a criança realmente inicia sua socialização com seus colegas, professores, funcionários e o espaço escolar, onde se criam novos vínculos.
 	A partir deste contato, há várias possibilidades de construirmos com eles regras a serem seguidas, discutidas e respeitadas igualmente por todos. Neste momento, podemos ver que se distinguem lideranças e desejos das crianças. Infelizmente, para uma criança que tem pouco contato com regras na família, torna-se difícil a adequação e aí surgem conflitos em sala de aula. Por este motivo, quanto mais cedo expormos as crianças às regras, mais possibilidades de termos um aluno participativo, humano e com autocontrole criamos. Referente às regras, podemos citar o esperar a vez de falar, saber compartilhar, pedir ao invés de pegar, autocontrole entendo as razões e reações do outro
 	Tanto para as crianças quanto para os adultos, o jogo é de fundamental importância para compreensão e assimilação das regras de convivência. Outro fator essencial é a família. Ela é o princípio de tudo para a criança. É nela que se desenvolvem os primeiros sentimentos que nortearam nossa existência. Fraternidade, entusiasmo, alegrias, tristezas, seguranças e inseguranças. Tudo isso permeia o relacionamento familiar que refletirá no contexto escolar:
Para Almeida (1993, p. 41): [...] o que parece-nos essencial na relação ensinar aprender é que se reconheça a afetividade do aluno como uma dimensão inseparável, indissociável da inteligência, promotora de desenvolvimento, e que o educador tenha, ele mesmo, clareza de sua própria afetividade enquanto educador, considerado na função de professor ou de pai, ou seja, na condição de educador. 
2.1 METODOLOGIA
Para desenvolvimento desse estudo, foi realizado uma pesquisa bibliográfica de autores que pesquisaram teorias sobre o processo da afetividade, buscando obter informações necessárias para a resolução do problema apresentado.
Piaget, Wallon, Santini foram alguns dos autores com suas visões em relação a criança como um ser em desenvolvimento, agraciou com suas teorias.
Cada uma das teorias indicaram a influência que nós como pais e educadores temos na vida e no futuro das crianças, apontou prováveis erros cometidos por nós o educarmos e ensinarmos, como as palavras podem ter peso em seu sentimento e que resultado isso pode ter na vida de uma criança.
Claro que cada autor pesquisado, tem sua maneira de enxergar as atitudes, levando em consideração de como uma criança se sente se ser tratada de maneira impropria, de como funciona seus sentimentos e de como tudo isso pode influenciar em seu aprendizado.
Em um momento ressalta -se a importância do elogio e as atitudes para com a criança, aceitando-a, confiando nela, realmente se preocupando em ajuda-la e auxiliando na formação de seu conceito.
Indica a finalidade que a emoção tem na vida da criança, os valores e regras postos pelos adultos, a importância da afetividade, do acolhimento e também do comportamento tanto na família como na escola.
Nenhum conhecimento, mesmo que puramente através da percepção, não é uma simples cópia da vida real ou se encontra totalmente determinado na mente do indivíduo. É o produto de uma interação entre o sujeito e o objeto, é a interação provocada pelas atitudes espontâneas do organismo e pelos estímulos externos.
E esse conhecimento é, portanto, aprendizagem, fruto de uma relação que nunca tem um sentido só, é o resultado dessa interação. 
E a afetividade é a energia que move as ações humanas, sem ela não há interesse e não há motivação para a aprendizagem.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 	Esse trabalho intitulado As relações de afetividade na educação infantil, trouxe reflexão de como a afetividade influencia na aprendizagem da criança. Foram mencionadas análise das principais teorias, também pesquisas sobre o papel da família, a importância da escola na afetividade, apontando o papel de cada envolvido para o desenvolvimento da criança.
 	A criança não deve ser considerada como ser irracional, mas sim um ser em desenvolvimento que tem necessidades e sentimentos. No decorrer do trabalho foram apontados assuntos sobre emoções da criança e o poder que essa tem sobre ela, foram ressaltadas o modo como a criança encara o adulto, a influência das nossas ações sobre a criança, a curiosidade demonstradas por elas, a responsabilidade da família e da escola perante a sociedade.
 	Entende-se que é dever da família tratar a criança de uma forma que atribua dignidade, que a trate bem, que a proteja, mas para que isso ocorra é necessário respeito, comprometimento e amor, são atitudes que levam a criança se sentirem protegidas e amadas. O modo de como as crianças são tratadas pelos membros da família tem uma grande influência em seu comportamento, também na formação de seu autoconceito, elogios, palavras positivas podem ajudar muito na sua autoestima.
 	A escola deve atribuir meios que envolva a criança, que a acolha, pois ela é considerada como primeira organização que a criança conhece e passa a fazer parte. Deve ser vista pelos alunos como meio de desenvolver conhecimentos e fazer descobertas, não encarada como uma prisão.
 	Para entender um ser, a vários desafios, entender e aceitar uma criança envolve mais do que o simples fato desta ser capaz de aprender, envolve entender seus sentimentos, observar seu comportamento, mostrar interesse e procurar a melhor forma de encara-la. 
 	A criança nos anos iniciais da educação, está dentro de um mundo novo que deve proporcionar meios para que essa se adapte, que aprenda desenvolvendo plenamente suas capacidades mentais de acordo com o estágio que essa apresenta, geralmente estão entre os dois primeiros estágio da teoria de desenvolvimento de Jean Piaget, esses são, estágio sensório motor e estágio pré operacional, nesses dois estágios a criança está voltada ao sentimentalismo, necessitam dos pais e professores de uma forma que esses passam a ter entendimento.
 	É fascinante a trajetória do desenvolvimento da criança e como a afetividade influencia, pois a criança se torna transparente a acontecimentos que a envolvem direta ou indiretamente, o seu raciocínio, a forma de entender não é igual aos adultos, não está desenvolvida, mas em processo. Se a criança é tratada com respeito, com elogios ela se sente segura e apta a aprender, mas se ela é mal tratada, não recebe elogios ela se torna uma criança triste, com dificuldades emocionais e de aprendizagem.
 	Ao ensinar deve-se levar em conta a bagagem emocional que o aluno trás,o conhecimento que possui e algumas ações comportamentais para melhor atende-lo.
 	Como educador é sábio levar em consideração atitudes e preconceitos que temos ou venhamos a ter sobre os alunos, devemos enxergar que todos embora com necessidades emocionais diferentes, todos são aptos a aprender e acabam levando um pouco de nós.
 	A criança em desenvolvimento de um ser inocente por natureza, levar em consideração seus sentimentos, ajudará a entende-la melhor e a aprende a ter humildade, pois não a ensino sem aprendizagem.
 	A questão levantada sobre a influencia da efetividade é reconhecida como fator facilitador para trabalhar a interação entre criança, família e escola. Reconhecer o trabalho coletivo tem grande resultado, pois o aluno percebe que tanto os pais como os educadores se importam com ele e se sente aceito. 
 	Esse sentimento de aceitação, essa necessidade faz parte de todo o ser humano, afinal fomos feitos para viver em sociedade e a escola e a família fazem parte dessa sociedade.
 	Encerra-se essa obra com uma reflexão da importância da afetividade para o crescimento e a maturação da criança. Afinal a criança de hoje será o adulto de amanhã.
REFERÊNCIAS
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ARCHÊRO, Junior. A. Lições e sociologia educacional. São Paulo: Odeon, 1936.
CATALDO, C.Z. Aprendiendo a ser padres: conceptos y contendidos para al deseño de programas de formación de padres. Madrid: Visor, 1987. (Coleção aprendizage).
MELLO, Alessandro. Relações entre escola e comunidade/Alessandro de Mello. Curitiba: IBPEX, 2011. – (Serie pesquisa e Pratica Profissional em Pedagogia).
PIAGET, Jean. O Nascimento da Inteligência na Criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia – tradução de Maria Alice Magalhães de Amorim e Paulo Lima Silva. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1969.
PILETTI, Nelson. Psicologia educacional: 3ª ed.-São Paulo: Atica, 1986.
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ROGERS, C.R. Liberdade para aprender. Belo Horizonte: Interlivros, 1972.
SALTINI, Claudio J.P. Afetividade e inteligência Vol. 1 – A emoção na Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.
STOLTZ, Tânia. As Perspectivas construtivistas e histórico-cultural na educação/Tânia Stoltz – 3ª ed.Ver., ampl. Curitiba: IBPEX, 2011. – (Serie Fundamentos da Educação).
WALLON, Henri. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada, São Paulo: Vozes, 2008.

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