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CITY SHAPER - Cidade inteligente

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SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - DF
UNIDADE SESI GAMA
MATHEUS QUEIROZ DE ASSIS
CIDADES INTELIGENTES
Oficina Tecnológica
Gama-DF
2019
INTRODUÇÃO
O conceito de “Smart City”, cuja tradução significa “Cidade Inteligente”, remete-nos a uma ideia distante e futurística. Esse ideal de vivência urbana já está, gradativamente, sendo construído nas sociedades modernas para melhorar a vida dessas populações, que cada vez mais estão antenadas às novas tecnologias desse mundo globalizado.
Entretanto, o caminho a se percorrer para atingir tal objetivo é longo, pois a urbanização acelerada e o crescimento econômico fomentarão uma expressiva demanda por infraestrutura, como por exemplo no abastecimento de energia e água, nos transportes e no gerenciamento de tráfego, imprescindíveis para a convivência e bom funcionamento das cidades. Nesse contexto, a organização não-governamental estadounidense FLL (First Lego League), embasada nos conceitos STEM (Science, Technology, Engineering and Math), convoca todos os jovens de 9 a 16 anos a formarem equipes de robótica, visando elaborar soluções criativas e inovadoras para os problemas existentes dentro das cidades. Essa é a aventura proposta pela temporada 2019-20 “City Shaper”!
Megacidades como Seul, São Paulo, New York (foto), Xangai, Londres ou Nova Délhi já comportam cada uma, atualmente, mais de 10 milhões de habitantes sozinhas
PROPOSTA
Com o objetivo de resolver o problema em questão no Brasil, e diante da necessidade de reforçar investimentos nesse setor, propõe-se no presente trabalho a adoção de um “colonatum” à moda do que aconteceu no Império Romano em fins do século III d.c. Quando o Império Romano do Ocidente foi invadido pelos povos bárbaros, em 476 d.c, esse processo se consolidou, pois, àquela altura, o Império já não conseguia ampliar a quantidade de trabalhadores escravos, que formavam a base econômica de Roma. Sendo assim, muitos proprietários de terra decidiram implementar o sistema de colonato, em que os grandes proprietários cediam parte de suas terras para pessoas pobres das cidades. Em consequência disso, quando os reinos germânicos ali se estabeleceram – e também com a posterior expansão do islamismo árabe - , ocorreu um processo de êxodo urbano e ruralização econômica, que lançou as bases do feudalismo econômico, baseado nos conceitos de suserania e vassalagem - em troca do lote de terras e da proteção do proprietário, os colonos deveriam ceder parte de sua produção agrícola.
	Então, tendo isso em vista, vejamos bem: atualmente, os grandes centros urbanos comportam milhões de pessoas. Entretanto, é mais do que notório que as condições de vida e trabalho não são igualitárias para todos. Essas pessoas, que compõem as chamadas “sociedades subterrâneas” – à margem do desenvolvimento econômico e social das cidades – são componentes de um número alarmante: 15 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza extrema. E dentro desse cenário futuro hipotético, mas realizável, o Brasil é um país privilegiado pois conta com extensas dimensões de terras agrícolas cultiváveis, além das riquezas naturais incalculáveis.
	Sabe-se que vivemos em uma sociedade capitalista, industrial e tecnocrata, onde o monopólio de capital e tecnologia ainda se concentra nas mãos de grandes bancos e empresas. Mas, mesmo com o passar dos séculos, esse agrupamento econômico e social permanece refém da aquisição de grandes volumes de matérias-primas para o desenvolvimento de seus projetos. Portanto, veja só, esse “colonatum” moderno seria a única alternativa eficaz para a resolução dos problemas advindos das grandes cidades. À medida que esse processo de ruralização se estabelecesse e as pessoas mais pobres se dirigissem de volta aos campo, o esvaziamento das grandes cidades seria inevitável, e as mesmas não sofreriam com problemas de infraestrutura, poluição, desemprego e mobilidade urbana, pois elas só seriam ocupadas pelas classes sociais mais ricas e pelos robôs autônomos programados para trabalhar nas atividades cotidianas que se mostrassem realmente necessárias. 
CONCLUSÃO
	Provavelmente, o meu caro(a) leitor deve estar pensando se tratar de um retrocesso, uma espécie de retorno a Idade Média. Ledo engano, amigo(a) leitor(a). 
Em suma, conclui-se que o “colonatum” moderno é a única solução plausível para acabar com as desigualdades presentes nessa eterna luta de classes, conforme elucidara Karl Marx em seu Manifesto Comunista de 1848. As grandes fazendas passariam a abrigar esses indivíduos que fugiam das incertezas/mazelas da vida urbana globalizada, além de contribuir para que as megacidades, que sofrem de problemas relacionados ao crescimento urbano e demográfico descontrolado, não se esfacelem em meio a tantos problemas. 
Caso não seja adotado, essa situação irá tomar ares irreversíveis e as consequências de sua não-adoção serão catastróficas, o que já se reflete na superpopulação dos centros urbanos, na construção de favelas indignas para a existência humana e nos elevados índices de criminalidade e violência dentro das cidades. Para finalizar, promovo uma reflexão acerca do tema com uma frase do escritor português Eça de Queirós que retrata bem essa problemática:
“Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.”
Representação de um feudo, comum à realidade europeia durante a Alta Idade Média 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· No Brasil, 15,2 milhões vivem abaixo da linha da extrema pobreza, diz IBGE | Jornal Nacional | G1 Disponível em: g1.globo.com. Acesso em: 25 de ago. 2019
· Enfrentamento da pobreza urbana no Brasil é tema de seminário na sede da ONU em Nova York | ONU Brasil. Disponível em: nacoesunidas.org. Acesso em: 25 de ago. 2019
· Megacidades: Centros urbanos ultrapassam os 10 milhões de habitantes - UOL Educação. Disponível em: educacao.uol.com.br. Acesso em: 25 de ago. 2019
· Especialista apresenta soluções para logística urbana | Blog da Mandaê. Disponível em: www.mandae.com.br. Acesso em: 25 de ago. 2019
· 10 soluções para melhorar a mobilidade urbana - Via Trolebus. Disponível em: viatrolebus.com.br. Acesso em: 25 de ago. 2019

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