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RETROSPECTIVA DE ATUALIDADES
AGOSTO DE 2021
Prof. Leandro Signori
FATOS INTERNACIONAIS 
Prof. Leandro Signori
Afeganistão – Taliban retoma o poder
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O Afeganistão é um país
localizado na Ásia central. Faz
fronteira com o Paquistão ao
sul e ao leste, com o Irã ao
oeste, com o Turcomenistão,
Uzbequistão e Tajiquistão ao
norte e com China no
nordeste. Seu território é
montanhoso e o país não
possui conexão com o
oceano. Veja sua localização
na figura ao lado:
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O Taliban é uma milícia islâmica fundamentalista, da vertente sunita. A maioria de
seus membros são pashtuns, o maior grupo étnico do país. O nome Taliban
significa “estudantes” em pashto, a língua mais falada no Afeganistão.
Suas origens estão na invasão da União Soviética ao Afeganistão, em 1979,
quando, para conter o avanço do bloco socialista, os EUA financiaram milicias
religiosas islâmicas, denominados mujahedin, para combater os invasores.
Combatentes desse período fundaram a milícia armada em 1994, que chegou ao
poder em 1996, ao conquistar a capital, Cabul.
No poder, o Taliban instituiu um rígido regime, baseado em uma versão radical
da Sharia, a lei islâmica. As mulheres não tinham permissão para trabalhar ou
estudar e deveriam ficar confinadas em casa. Elas só poderiam sair se estivessem
acompanhadas de um homem. Era obrigatório o uso da burca, cobrindo todo o
corpo, da cabeça aos pés, e mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas
na rua. O Talibã também proibiu música, filmes, televisão e livros.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O Taliban deu abrigo e proteção à rede terrorista Al Qaeda, liderada por
Osama bin Laden. Ofereceu porções de seu território para o
estabelecimento de campos de treinamento para guerrilheiros e refúgio
para terroristas do grupo.
Em 11 de setembro de 2001, a Al Qaeda realiza os atentados às torres
gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em
Washington, deixando centenas de mortos e milhares de feridos.
Com a recusa do governo do Taliban em entregar Osama Bin Laden, em
resposta aos atentados terroristas, o presidente americano, George W.
Bush, com apoio internacional, inicia a chamada “guerra ao terror” e
invade o Afeganistão, ainda no ano de 2001.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
A ação resultou na derrubada do Taliban, e o grupo passou a agir como
insurgente desde então. Bin Laden foi morto em 2011, no Paquistão, em
uma ação de forças especiais dos Estados Unidos. Mas a ocupação
estrangeira foi incapaz de derrotar o grupo, que seguiu controlando
regiões do interior do país e enfrentando os americanos.
Em 2020, após 19 anos de conflito armado, os EUA (governo Donald
Trump) e o Taliban assinaram um acordo de paz em Doha, no Catar, que
estabeleceu a retirada progressiva das tropas norte-americanas do país.
Em contrapartida, o Taliban deveria interromper suas conexões com
grupos terroristas internacionais e impedir que eles utilizem o
Afeganistão para realizar ataques contra os EUA.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
A Guerra do Afeganistão foi o mais longo conflito militar em que os EUA
estiveram envolvidos. No auge da sua presença, mais de 100 mil militares
americanos lutavam no país. Estima-se que morreram no conflito 65 mil
membros das forças de segurança afegãs, 3.500 da coalizão dos EUA, 72
mil combatentes do Taliban e aliados e 38 mil civis afegãos. Estima-se
também que os Estados Unidos gastaram mais de 2 trilhões de dólares no
Afeganistão nos últimos 20 anos. O valor é maior que o PIB do Brasil
(câmbio de abril de 2021).
Pelo acordo, a saída total das tropas estava prevista para até 1º de maio
de 2021, mas foi adiada para 11 de setembro de 2001, coincidindo com
a lembrança simbólica dos 20 anos dos bárbaros atentados terroristas.
Por fim, as últimas tropas deixaram o país em 30 de agosto de 2021,
encerrando a mais longa guerra dos Estados Unidos.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
À medida que as tropas estrangeiras foram deixando o país, o Taliban foi
avançando. Em poucos meses, conquistou grande parte do território afegão. O
exército nacional ofereceu pouca resistência. No dia 15 de agosto de 2021,
chegou na capital, Cabul, e retomou o poder no país.
O retorno do Taliban ao poder levou dezenas de milhares de pessoas a fugirem
do Afeganistão. O ex-presidente, Ashraf Ghani, também deixou o país.
No poder, o Taliban declarou que o Afeganistão passa a se chamar Emirado
Islâmico do Afeganistão, mesmo nome adotado pelo grupo fundamentalista
quando assumiu o poder pela primeira vez, em 1996. A lei será a Sharia, sistema
jurídico baseado no Alcorão. Mas apresentou um discurso mais moderado,
afirmando que os direitos das mulheres serão respeitados dentro do código
religioso, que buscará inserir mulheres no poder e dialogar com outros países de
forma diplomática. Contudo, tem perseguido opositores e jornalistas.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
A retirada dos Estados Unidos do país mudará completamente a
geopolítica do Afeganistão e da região. O vácuo de poder deixado pelos
americanos no país abre o caminho para China e Rússia ampliarem a sua
influência na Ásia Central. A China sinalizou o reconhecimento à tomada
de poder pelo Taliban e anunciou que está disposta a manter “relações
amistosas” com o grupo, desde que não apoiem de nenhuma forma os
separatistas islâmicos uigures de Xingiang, na fronteira com o
Afeganistão.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Passa de 180 o número de mortos em 
atentado no aeroporto de Cabul
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Mais de 180 pessoas morreram, incluindo 13 militares americanos, no
atentado terrorista do Estado Islâmico do Khorasan no aeroporto
internacional de Cabul, capital do Afeganistão, na quinta-feira (26).
As redes de televisão CBS e CNN e o jornal "The New York Times" dizem
que 170 afegãos morreram e ao menos 200 ficaram feridos, citando
autoridades de saúde.
O Pentágono afirmou nesta sexta que o ataque foi executado por um único
homem-bomba, ao contrário do informado ontem, de que tinham sido "ao
menos" duas explosões.
O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, afirmou
que dois cidadãos britânicos e o filho de um cidadão britânico foram mortos
no ataque.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Possibilidade de novo ataque
As forças de segurança americanas estão em alerta para a possibilidade de mais
ataques nesta sexta (27) e estão compartilhando informações com o Talibã nos
postos de controle do aeroporto.
Apesar do atentado e do novo alerta, os voos de retirada de estrangeiros e
afegãos não pararam ontem e continuam hoje. Cerca de 12,5 mil pessoas foram
evacuadas na quinta, elevando o total para 105 mil, segundo a Casa Branca.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
EUA conclui saída do Afeganistão e 
encerra sua mais longa guerra
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Quase 20 anos depois de invadirem o Afeganistão em resposta aos ataques
de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos concluíram oficialmente
nesta segunda-feira (30) a retirada de suas forças do país, terminando o mais
longo conflito armado da história americana. O governo deu por encerrada a
caótica missão para sair do território afegão, que foi iniciada em 14 de
agosto, um dia antes de o grupo fundamentalista islâmico Taleban dominar
Cabul e retomar o controle do Afeganistão.
O principal diplomata americano no país, Ross Wilson, estava no último voo
de um avião C-17, disse o general Frank McKenzie, chefe do Comando
Central dos EUA, em coletiva de imprensa do Pentágono. A retirada de
emergência chegou ao fim pouco antes do prazo estabelecido pelo
presidente Joe Biden, que venciana terça (31). Com a saída estrangeira do
país, o grupo extremista Taleban assume plenamente todas as funções de
governo no Afeganistão.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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“Os últimos 17 dias viram nossas tropas realizarem a maior operação de transporte
aéreo da história dos Estados Unidos, evacuando mais de 120 mil cidadãos
americanos, cidadãos de nossos aliados e aliados afegãos dos Estados Unidos”, disse
Biden em comunicado por escrito.
Criticado pela falta de ação durante a retomada do Afeganistão pelo Taleban, o
governo americano sofreu um duro golpe na quinta-feira (26), quando um atentado
terrorista reivindicado pelo braço do Estado Islâmico no país matou 13 militares dos
EUA e mais de uma centena de cidadãos afegãos do lado de fora do aeroporto de
Cabul.
Biden, que manteve a decisão de colocar um ponto final na presença americana no
Afeganistão, prometeu após o atentado “caçar” os responsáveis. Ele ordenou um
bombardeio na província de Nangahar no sábado (28) e um ataque com drones no
domingo (29), que tinha como alvo um suposto homem-bomba dentro de um carro,
mas matou civis de uma mesma família, inclusive crianças, de acordo com testemunhas.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Olimpíadas 2020: EUA passam China e 
terminam em 1º no quadro de medalhas
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Com uma forte recuperação nos últimos dias das Olimpíadas, os Estados Unidos
superaram a China e terminaram os Jogos de Tóquio em 1.º lugar no quadro de
medalhas, tanto no número de medalhas de ouros quanto no total de conquistas.
Os norte-americanos ficaram com mais de 100 medalhas, mas tiveram que contar
com vitórias neste domingo (8) – incluindo o basquete feminino, que conquistou a 7ª
medalha de ouro consecutiva, e o vôlei feminino, que derrotou o Brasil – para chegar
ao topo da classificação pelos terceiros Jogos consecutivos.
Os EUA conquistaram 39 medalhas de ouro, 41 de prata e 33 de bronze, uma queda
em comparação com o desempenho nos Jogos do Rio, em 2016, quando
conquistaram 46 ouros e 121 medalhas no total.
Em segundo lugar, a China ficou com 38 medalhas de ouro, 32 de prata e 18 de
bronze, totalizando 88 medalhas. Anfitrião dos Jogos, o Japão, fechou o top 3 do
quadro de medalhas de Tóquio com 58 conquistas, 27 de ouros – com destaque para
o judô, com 9 vitórias –, 14 de prata e 17 de bronze.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
“Estamos entusiasmados com o desempenho da equipe dos EUA nos
Jogos de Tóquio – e não poderíamos estar mais orgulhosos da maneira
como eles se portaram”, disse Susanne Lyons, presidente do Comitê
Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC). “Esses jogos vão
para os livros de história.”
Para algumas pessoas, a perseguição da glória olímpica foi mais
complexa e significativa pelo fato de os Jogos terem sido realizados sob
um restrito esquema de segurança em razão da pandemia de Covid-19.
Simone Biles chegou a Tóquio com chance de conquistar o recorde de
seis medalhas de ouro na ginástica, mas mudou a narrativa de ganhar
medalhas para defender a saúde mental, deixando uma marca indelével
nos Jogos e gerando conversas sobre a custosa pressão para ter sucesso.
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Allyson Felix, que competiu em seu quinto e último Jogos após dar à luz
uma filha por cesariana de emergência em 2018, teve uma conclusão
digna de sua carreira brilhante, conquistando sua 11ª medalha e se
tornando a mulher mais condecorada na história do atletismo olímpico.
Para os homens dos EUA, o caminho foi mais complicado, conseguindo
apenas um ouro individual de atletismo – no arremesso de peso –, mas
fechando a participação nas pistas com uma medalha de ouro no
revezamento 4x400m, no sábado (7).
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Quadro de medalhas – Olímpiadas de 2020
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Para alguns fãs norte-americanos, a competição foi memorável por causa de quem
estava ausente – como a estrela em ascensão dos 100m rasos Sha'Carri Richardson,
que foi suspensa por uso de canábis, o que levou a Casa Branca a pedir uma revisão
das regras.
Com o enorme sucesso de Michael Phelps fora da piscina – na cabine de comentários
–, a estrela em ascensão Caeleb Dressel ganhou três medalhas de ouro individuais.
No geral, porém, os nadadores norte-americanos enfrentaram uma competição feroz
com australianos, que mais do que dobraram sua contagem de medalhas no esporte
em comparação com Rio-2016.
O 'Duelo na Piscina' entre Katie Ledecky e a australiana Ariarne Titmus gerou
emoções, já que a norte-americana perdeu a coroa nos 200m e 400m. Ela se mostrou
imbatível, porém, em distâncias maiores, vencendo os 800m e os 1.500m.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
China marca 70 anos de anexação do Tibete com 
pressão para assimilação do Partido Comunista
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Aos pés do Palácio Potala, lugar sagrado do budismo tibetano e antiga
residência do dalai-lama em Lhasa, cerca de 10 mil pessoas se reuniram na
última quinta (19), em frente a um pôster do líder chinês Xi Jinping, para
comemorar os 70 anos da reanexação do Tibete pela China. Ou o que o
discurso oficial em Pequim chama de libertação.
Libertação "das trevas para a luz, do atraso para o progresso, da pobreza
para a prosperidade, da autocracia para a democracia e do fechamento para
a abertura", disse Wang Yang, membro do alto escalão do Partido
Comunista Chinês, em discurso para a multidão que acompanhava o evento.
A única menção ao expoente mais célebre da região, o dalai-lama, foi sobre
"a discriminação étnica" e "as atividades separatistas e de sabotagem
cometidas pelo grupo de dalai".
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Muito antes de a China ser pressionada internacionalmente quanto à forma
como lida com as regiões de Xinjiang, Hong Kong e Taiwan, o Tibete foi, por
décadas, uma das grandes dores de cabeça da diplomacia de Pequim, dada à
amplitude internacional da voz de Tenzin Gyatso, o atual dalai-lama (nome do
líder político-religioso do budismo tibetano), que venceu o Nobel da Paz em
1989. Ele vive no exílio desde 1959, quando saiu da China pressionado,
depois de oito anos da ocupação comunista da região.
O Tibete havia conquistado autonomia em 1912, em meio ao turbulento
período do fim do império Qing e da proclamação da República na China,
até ser retomado novamente em 1951. "O destino do Tibete sempre foi, de
certa maneira, vinculado ao da China. Nunca foi um Estado totalmente
independente. Tanto é que não teve assento na ONU nos seis anos entre a
criação do órgão e a reanexação", diz o embaixador Luiz Augusto de Castro
Neves, vice-presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações
Internacionais).
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Com o debate internacional pela independência do Tibete adormecido pelo menos
desde 2008, quando ativistas aproveitaram as Olimpíadas de Pequim para organizar
protestos em massa, o governo chinês agora pressiona por mais assimilação
comunista da região.
"Esforços de todos os lados devem continuar para ensinar as formas-padrão da
língua chinesa falada e escrita. Devemos promover e compartilhar símbolos e
imagens da nação chinesa entre todos os grupos étnicos e, assim, criar uma fonte de
inspiração para toda a nação", discursou Wang.
O discurso oficial se fia no progresso tibetano nas últimas sete décadas, e o governo
chinês tem números relevantes para apresentar. Dados anunciados por Wang em seu
discurso afirmam que a expectativa de vida da região saltou de 35,5 anos em 1951
para 70,1 hoje (na China é de 76,9) e que o PIB nesse mesmo período saltou de 130
milhões para 190 bilhões de yuans (o equivalente a US$ 29 bilhões; o PIB chinês é de
US$ 14,3 trilhões).
Atualidades – Retrospectiva– Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
A propaganda se apega ao passado tibetano, uma teocracia que o governo
acusa de ser "uma servidão feudal reacionária e bárbara" —palavras do
político chinês— que dividia seus cidadãos em classes, sendo que as mais
subalternas não tinham direitos humanos.
Em redes sociais, partidários do regime fazem questão de compartilhar
imagens de mutilações e castigos físicos promovidos pelos monges no
começo do século passado. Quem visita o Palácio Potala, por exemplo,
passeia pelos calabouços onde os presos eram torturados pelos chefes
budistas.
Esse passado não é negado pelas autoridades tibetanas no exílio, e o
próprio dalai-lama, líder pacifista, respondeu ao discurso de Wang. "Tantas
informações distorcidas sobre o passado. É claro que ninguém argumenta
que o passado no Tibete foi perfeito, ninguém diz isso. Em todo lugar, havia
sistemas atrasados", disse, também na quinta-feira.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Se teve ambições separatistas no passado, há anos o dalai-lama prega o que
chama de caminho do meio, uma autonomia de fato do Tibete, ainda que
sob governo de Pequim. Para Alexandre Uehara, professor de relações
internacionais da Universidade de São Paulo, "autonomia é uma perspectiva
que não é factível". "Independência, nesse cenário, é impossível."
Segundo o professor, poderia haver questionamento no passado, mas hoje
a China tem poder militar, econômico e político para impor seus interesses.
"O país vem há tempos tentando evitar movimentos separatistas,
independentistas. Além do Tibete, também Xinjiang, Hong Kong, e faz isso
de maneira firme, porque, se abre mão e faz concessões, sinaliza fraqueza
para outras partes do território."
No fim de julho, o atual líder do regime chinês, Xi Jinping, desembarcou no
Tibete, na primeira visita de um chefe de Estado do país em 31 anos, para
reafirmar a autoridade sobre a região.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O embaixador Castro Neves comandou o posto diplomático do Brasil
em Pequim entre 2004 e 2008 e estava lá quando o governo chinês, ateu
por definição, editou o decreto "Medidas sobre a gestão da
reencarnação de Budas vivos do budismo tibetano".
O decreto diz que todas as reencarnações de "tulkus", ou mestres do
budismo, precisam ser aprovadas pelo Partido Comunista —que
ascendeu ao poder como um estado ateu e perseguindo religiões.
A questão envolve o fato de a sucessão do dalai-lama ter virado assunto
de governo.
Em 1995, ele indicou uma criança de 6 anos, Gedhun Choekyi Nyima,
como a reencarnação do panchen-lama, número dois da hierarquia
político-religiosa do budismo tibetano. Três dias depois, o menino foi
preso pelo governo chinês e nunca mais foi visto —assim, é considerado
o preso político mais jovem do mundo.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Em seu lugar, o Partido Comunista indicou outro nome, Gyancain Norbu,
como o 11º panchen-lama —à época com 5 anos, ele hoje tem 31.
Agora, a dúvida recai sobre o próprio líder da religião, o atual dalai-
lama, que já tem 86 anos. "Esse é o grande problema que teremos na
região do Tibete", diz Neves.
Não é só a integridade territorial o interesse da China pelo Tibete.
Conhecida como "topo do mundo" pelas altitudes extremas, a região
abriga a nascente dos principais rios da Ásia ou seus afluentes mais
importantes: Indo, Ganges, Brahmaputra, Irrawaddy, Salween e Mekong.
Segundo pesquisadores, eles abastecem 46% da população mundial na
China, na Índia e no Sudeste Asiático.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Ativista bielorrusso desaparecido é 
achado enforcado na Ucrânia
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Vitali Shishov, diretor de uma ONG bielorrussa que estava desaparecido desde
segunda-feira (2) na Ucrânia, foi encontrado enforcado em Kiev nesta terça-feira (3).
Shishov tinha 26 anos e dirigia a "Casa Bielorrussa na Ucrânia", uma ONG de ajuda aos
cidadãos de Belarus que fugiram do país, que é comandado pelo "último ditador da
Europa", Alexander Lukashenko.
O ativista saiu para correr na segunda de manhã em Kiev e não retornou para casa.
Uma das hipóteses investigadas é de "assassinato camuflado como suicídio",
segundo a polícia ucraniana.
"O cidadão bielorrusso Vitali Shishov, desaparecido ontem em Kiev, foi encontrado
enforcado hoje em um dos parques de Kiev, perto do local em que residia", afirmou
a polícia em um comunicado.
A ONG de Shishov denunciou o regime de Lukashenko de estar por trás do
assassinato.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
"Não há nenhuma dúvida de que é uma operação planejada pelos
'chekistas' [termo para designar as forças de segurança bielorrussas] para
liquidar um bielorrusso que representavam um verdadeiro perigo para o
regime", afirmou a "Casa Bielorrussa na Ucrânia".
"Vitali era vigiado e a polícia [ucraniana] havia sido informada a respeito.
Fomos advertidos em várias ocasiões, tanto por fontes locais como por
pessoas em Belarus, sobre todo tipo de provocações, que poderiam
chegar ao sequestro e morte", completou a ONG.
Outra ONG bielorrussa de defesa dos direitos humanos, a Viasna, diz
que Shishov já havia sido seguido por "desconhecidos" durante suas
corridas.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Fuga da Ucrânia
Shishov fugiu para a Ucrânia em 2020, após participar de protestos contra o
governo bielorrusso em Gomel, no sul de Belarus, e de ter "expressado
oposição ativa" às autoridades.
Vários bielorrussos tiveram de deixar o país, principalmente para Ucrânia,
Polônia e Lituânia, em um período de intensa repressão do regime de
Lukashenko à oposição.
O ditador governa desde 1994 a ex-república soviética que fica entre a
União Europeia e a Rússia e se reelegeu em 2020 em eleições que não
foram reconhecidas pela comunidade internacional.
A disputa eleitoral foi seguida de protestos históricos da população, que
foram duramente reprimidos pelo governo.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Repressão nas Olimpíadas
O caso de Vitali Shishov acontece um dia após o incidente com a atleta
bielorrussa Krystsina Tsimanuskaya nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Ela afirmou ter sido obrigada a abandonar a competição e ameaçada de
ser enviada de volta a Belarus depois de criticar a federação de atletismo
do país nas redes sociais.
A velocista de 24 anos pediu ajuda ao Comitê Olímpico Internacional
(COI) e se refugiou na embaixada da Polônia, país que concedeu visto
humanitário à atleta.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Aumento de hispânicos e asiáticos alimenta 
crescimento populacional dos EUA
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Os Estados Unidos se tornaram significativamente mais diversificados na última
década, conforme as populações que se identificam como hispânica e asiática
aumentaram e o número de pessoas que se dizem mestiças (mais de uma raça)
cresceu, segundo relatou o Bureau do Censo nesta quinta-feira (12).
A população total cresceu de forma drasticamente mais lenta na última década.
O crescimento que ocorreu —cerca de 23 milhões de pessoas— foi formado
inteiramente por aqueles que se identificaram como hispânicos, asiáticos, pretos e
mestiços, mostra a primeira análise de dados raciais e étnicos do censo de 2020.
A população branca dos Estados Unidos diminuiu durante a última década, pela
primeira vez no registro oficial. As pessoas que se identificam como brancas no
formulário do censo vêm declinando como porcentagem da população do país
desde os anos 1960, quando os EUA se abriram mais para imigrantes não
europeus.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Essa redução foi conduzida em parte pelo envelhecimento da população
branca e por uma queda acentuada na taxa de nascimentos.
O maior aumento isolado foi entre pessoas que se identificaram como
mestiças, categoriaracial e étnica que apareceu pela primeira vez em 20
anos no formulário e hoje é a de maior crescimento. Essa população mais
que duplicou.
"Estamos em um tempo estranho demograficamente", disse Tomás
Jiménez, sociólogo da Universidade Stanford que escreve sobre
imigrantes, assimilação e mobilidade social. "Há mais opções do que
nunca sobre nossas identidades individuais e como as apresentamos.
Podemos inferir muito menos sobre quem é uma pessoa com base nos
quadradinhos que ela marca, em comparação com períodos anteriores."
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Os números divulgados nesta quinta-feira são a primeira imagem do
censo mais recente sobre as mudanças na população dos EUA abaixo do
nível estadual.
As cinco maiores cidades do país são Nova York, Los Angeles, Chicago,
Houston e Phoenix. Filadélfia é hoje a sexta cidade, tirada do quinto
lugar por Phoenix, que foi a de crescimento mais rápido entre as 20
maiores do país. Sua população aumentou 9,4%.
The Villages, comunidade de aposentados na Flórida, foi a área
metropolitana de crescimento mais rápido do país. E o condado de
McKenzie, na Dakota do Norte, o de mais rápido crescimento na última
década. Sua população mais que duplicou.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Os dados, que oferecem a imagem mais detalhada sobre raças nos EUA
desde o último censo decenal, em 2010, são a base para o
"redistritamento", processo em que os Legislativos redesenham os limites
dos distritos eleitorais com base nas mudanças da população de seus
estados.
O aumento do número de pessoas que se identificam como asiáticas e
hispânicas foi menos drástico do que nas décadas anteriores, mas ainda
muito mais robusto que o aumento do número de americanos que
marcaram o quadrado de "branco" ou "preto".
Os dados mostram que os hispânicos representaram cerca da metade do
crescimento do país na última década, aumentando em torno de 23%. A
população asiática cresceu mais rápido que o esperado —cerca de 36%,
aumento que representou quase um quinto do crescimento do país.
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Prof. Leandro Signori
Quase 1 em cada 4 americanos se identifica como hispânico ou asiático. A
população preta cresceu 6%, o que representa cerca de um décimo do
crescimento nacional. Os americanos que se identificam como não
hispânicos e mestiços aumentaram mais depressa, saltando de 6 milhões
para 13,5 milhões.
E na que parece ser a maior mudança em como os hispânicos pensam sobre
sua identidade racial, um terço deles relataram pertencer a mais de uma
raça, contra 6% em 2010. Isso significa que os hispânicos hoje são quase
duas vezes mais propensos a se identificar como multirraciais do que como
brancos.
A origem hispânica é contada como uma etnia, que é uma categoria
diferente de raça. Mas os hispânicos também podem marcar quadrados de
raça.
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Os Estados Unidos têm se tornado mais diversificados há décadas, mas
recentemente o ritmo se acelerou. As pessoas brancas não hispânicas
constituíram 46% do crescimento populacional nos anos 1970, 36% nos
1980 e 20% nos 1990, mas apenas 8% do crescimento na primeira
década deste século e zero nos anos 2010.
"Este é um momento crucial para o país em termos de sua diversidade",
disse William Frey, demógrafo-chefe no Instituto Brookings. "Parte da
nossa população está envelhecendo e crescendo devagar. Para
compensar isso, temos pessoas não brancas que são mais jovens e
aumentam mais rapidamente. Elas estão ajudando a nos projetar mais
longe em um século em que a diversidade será a assinatura de nossa
demografia."
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Prisões na fronteira dos EUA com o 
México batem recorde em julho
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A patrulha de fronteira americana realizou quase 200 mil prisões por
entrada ilegal na fronteira dos EUA com o México no mês de julho, o mais
alto número mensal registrado desde março de 2000, aprofundando a
crise pela qual passa a gestão de Joe Biden.
Esse tipo de detenção normalmente cresce nos meses de verão no
hemisfério Norte (inverno no Brasil), e, em relação a junho, a quantidade
de detenções cresceu mais de 12%.
A gestão do democrata se vê sob pressão, com o maior fluxo na
fronteira com o México em 20 anos. Números expressivos têm sido
registrados mês a mês —de janeiro a junho, mais de um milhão de
pessoas foram presas tentando atravessar a fronteira, número que
supera todas as estimativas anuais de detenção registradas desde 2005.
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Biden, que ainda durante a corrida para a Presidência prometeu reverter
as medidas adotadas por seu antecessor, o republicano Donald Trump,
tem sido tímido no que tange a migração e vem sendo criticado por isso.
Mais de seis meses após tomar posse como presidente, o democrata
segue utilizando uma medida da gestão Trump para expulsar imigrantes
durante a pandemia de coronavírus.
A política conhecida como Título 42, de março de 2020, facilita a
expulsão imediata de pessoas que tentarem entrar no país violando
restrições de viagens ou de forma ilegal, sem permitir que busquem asilo.
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A medida é apontada como uma das razões para o aumento das prisões, já
que estaria impulsionando os casos de pessoas que cruzam a fronteira várias
vezes para tentar escapar da captura. Como a regra fala em expulsão —e
não em deportação—, migrantes sequer têm o direito de apresentar seu
caso à Justiça, e a maioria é devolvida ao México em poucas horas.
Outra consequência da manutenção do Título 42 tem sido o alto número de
crianças desacompanhadas que chegam aos EUA. Enquanto a medida de
expulsão imediata é usada contra famílias e adultos, menores de idade
sozinhos são encaminhados para alojamentos temporários.
Em um documento formulado no início do mês, David Shahoulian,
secretário-assistente para Política de Fronteira e Migração no Departamento
de Segurança Nacional, afirmou que estima-se em 19 mil o número de
crianças desacompanhadas encontradas na fronteira em julho.
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Governador de Nova York, Andrew Cuomo, 
renuncia em meio a denúncias de assédio sexual
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O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou nesta terça-
feira (10) que vai deixar o cargo em meio a várias denúncias de assédio sexual.
Cuomo fez um pronunciamento ao vivo em que ele negou qualquer intenção
sexual nas suas condutas, mas assumiu "toda a responsabilidade".
"Eu acredito que dada as devidas circunstâncias, a forma que eu melhor posso
ajudar é dar um passo pro lado e deixar que o governo volte a governar", disse
o democrata. "Minha renúncia se fará efetiva em 14 dias.“
Ele confirmou que será substituído pela vice-governadora Kathy Hochul após
uma transição que vai durar cerca de 14 dias. Hochul será a primeira mulher a
governar o estado de Nova York.
Cuomo é acusado de assédio sexual e conduta imprópria por 11 mulheres
segundo investigação do escritório da procuradora-geral do estado, Letitia James.
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Pressão de aliados
Cuomo nega as acusações, tenta dar um tom de normalidade aos gestos
relatados como abusivos, mas a pressão para que renuncie ao governo
partiu de importantes aliados democratas, até mesmo pelo presidente
americano Joe Biden.
Na Assembleia estadual, controlada pelos democratas, o apoio
partidário pela destituição do governador vinha crescendo desde a
divulgação do relatório – o que tornou insustentável a sua permanência
no cargo. Dos 150 deputados, 107 são democratas e 43 republicanos.
Cuomo chegou a ser cotado como promessa democrata para as eleições
presidenciais de 2024, após assumir um papel importante no controle da
pandemia emNova York.
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Investigações contra Cuomo
O governador Andrew Cuomo começou a ser investigado em março, após duas ex-assessoras acusarem
o governador democrata de assediá-las no local de trabalho. Após estas primeiras denúncias, outras
surgiram. Segundo a procuradora do estado de Nova York, Letitia James, ao menos 11 mulheres se
apresentaram aos investigadores com relatos de abusos.
"A investigação descobriu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente atuais e ex-
funcionárias do estado de Nova York, envolvendo-se em toques indesejados e não consensuais e
fazendo vários comentários ofensivos", afirmou James.
A procuradora-geral de Nova York afirmou que o que se revelou foi um "local de trabalho tóxico" e um
"clima de medo".
Ainda de acordo com a procuradoria, Cuomo teria assediado sexualmente várias mulheres, muitas delas
jovens, com "apalpadas indesejadas, beijos, abraços e comentários inadequados".
Segundo James, Cuomo e sua equipe também retaliaram ao menos uma pessoa por reclamar da
conduta do governador de Nova York.
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Cuba tipifica 'subversão social' como crime ao 
regular internet, e opositores reagem
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Após os maiores protestos em décadas, Cuba publicou nesta terça (17) o
primeiro regulamento de cibersegurança do país, no qual tipifica crimes como
subversão social, divulgação de notícias falsas online e ciberterrorismo. A medida
desencadeou uma onda de rejeição entre usuários do Twitter que pedem
"direito à dissidência".
Para o diretor de cibersegurança do Ministério das Comunicações de Cuba,
Pablo Domínguez, no entanto, a medida é a primeira norma jurídica do país a
associar “incidentes de cibersegurança e tipificações que ultrapassam os limites
da tecnologia”.
O novo marco legal entrou em vigor no mesmo dia do anúncio, pouco mais de um
mês após uma onda histórica de protestos contra o regime que abalaram o país e
deixaram um morto, dezenas de feridos e centenas de detidos. Na nova regra,
estão previstos 17 incidentes —ou seja, crimes— de cibersegurança, que variam
no nível de periculosidade de médio a muito alto.
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Dentre eles, destaca-se a subversão social para alterar a ordem pública e
promover a indisciplina social, o ciberterrorismo e a ciberguerra. Também
estão incluídos, entre outros, a “divulgação de notícias falsas, mensagens
ofensivas, difamação com impacto no prestígio do país”, ciberbullying,
pedofilia, serviço ilegal de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e
roubo de informação.
A internet móvel, que só chegou a Cuba em 2018, tornou-se a grande aliada
de grupos e organizações de cidadãos para expressar demandas e foi vital
nos protestos em julho, quando as manifestações foram reproduzidas
maciçamente nas redes de toda a ilha.
A norma entra em vigor dias após Cuba acusar o Senado dos EUA de
agressão por permitir que o governo de Joe Biden forneça acesso à internet
aos cubanos, contornando eventuais apagões digitais da ditadura.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Durante o protesto, o governo suspendeu por cinco dias aplicativos e
serviços de conexão fundamentais para a mobilização. O presidente
americano anunciou então que sua gestão estudava como poderia
restaurar a interatividade. No dia 10, o Senado dos EUA aprovou uma
emenda para criar um fundo para desenvolver e implantar a tecnologia
existente com o objetivo de oferecer internet na ilha. Nesta terça, o
regime cubano, entretanto, disse que não permitirá no país o que
chamou de internet paralela.
“Realmente não vamos permitir essa ingerência, porque estaria violando
não apenas nossa Constituição, mas também o próprio preâmbulo da
Constituição da União Internacional de Telecomunicações”, afirmou o
vice-ministro de Comunicações, Wilfredo González.
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Cuba vai reconhecer e regular Bitcoin 
para pagamentos
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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A Ministra Presidente do Banco Central de Cuba, Marta Wilson González, assinou a
Resolução 215/2021, publicada por Havana na última quinta-feira (26), onde dá a
entender que o país vai legalizar o Bitcoin para pagamentos.
No documento, Cuba reafirma seu compromisso com as normas internacionais
“sobre a prevenção e detecção de operações de luta contra a lavagem de dinheiro, o
financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa“, que
tem um decreto-lei assinado em 2013.
Dessa forma, o banco central cubano confirmou que atua como autoridade dirigente
do país, para evitar qualquer problema com seu sistema financeiro com práticas
fraudulentas.
Vale notar que o governo de Cuba baniu o dólar em junho de 2021, visto que o país
sofre embargos dos Estados Unidos e essa moeda não estava ajudando as
autoridades a manter o controle do sistema bancário. Assim, a nova resolução chega
em um momento em que os cubanos utilizam bitcoin para sobreviver em meio à
crise.
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Documento do Banco Central de Cuba fala sobre Bitcoin ser regulamentado
O documento publicado no Diário Oficial do Banco Central de Cuba informa
que serão estabelecidos regras para regular transações comerciais com
ativos virtuais.
“Esta Resolução visa estabelecer as regras com base no que o Banco Central
de Cuba regula o uso de certos ativos virtuais em transações comerciais,
bem como a concessão de licenças a prestadores de serviços de ativos
virtuais para operações relacionadas com atividades financeiras, de câmbio e
de cobrança ou de pagamento, no e do território nacional.”
A resolução deixa claro que a definição de ativo virtual é “entendido como a
representação digital de valor que pode ser negociado ou transferido
digitalmente e usado para pagamentos ou investimentos”.
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Além disso, “ativo digital, ativo criptográfico, criptomoeda,
criptomoeda, moeda virtual e moeda digital” significam a mesma coisa
para essa regra, deixando claro que o banco central de Cuba entende
que ‘criptomoeda’ e ‘ativo digital’ é a mesma coisa.
A proposta é que as regras sejam aplicadas para pessoas físicas e
jurídicas de Cuba, que poderão operar no câmbio e em transações
comerciais internas do país. A justificativa foi dada por razões
socioeconômicas.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Só podem utilizar criptomoedas empresas autorizadas pelo Banco Central e políticos
Apesar do cenário promissor para a população cubana, a resolução deixa claro que apenas
empresas autorizadas poderão trabalhar com as criptomoedas no país. Mas chama atenção
que os políticos cubanos ligados ao estado socialista também estão proibidos de utilizar
Bitcoin sem autorização expressa do banco central. As instituições financeiras locais
deverão adotar medidas para que não sejam utilizadas por empresas sem a devida licença.
No entanto, as pessoas físicas foram apenas alertadas para os riscos do mercado de
criptomoedas, visto que os cubanos não serão proibidos de realizar transações entre eles.
Considerando que a resolução entra em vigor em 20 dias, no dia 15 de setembro passar a
ser legal o envio de Bitcoin entre cubanos, conforme nova redação que derrubou todas as
disposições legais que contrariam a nova regra.
Alguns países parceiros de Cuba já haviam legalizado o Bitcoin por conta dos embargos dos
Estados Unidos, como a Venezuela e Irã, que já até mineram essa moeda digital em seus
territórios.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Número de mortos por terremoto no Haiti 
passa de 2.100; país registra novo abalo
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Um terremoto de magnitude 4,9 atingiu o Haiti na noite desta quarta-feira(18), informou o UGSG, instituto dos Estados Unidos que monitora os
tremores em todo mundo. Os edifícios tremeram na cidade de Les Cayes,
no sul do país.
O Haiti ainda não se recuperou do potente terremoto de magnitude 7,2 de
sábado (14) e da passagem do ciclone tropical Grace na segunda-feira (17). O
governo informou que, com o novo fenômeno, o número de mortos subiu
para 2.189. Doze mil pessoas se feriram e outras 32 são consideradas
desaparecidas.
O forte terremoto de sábado destruiu 2.868 edificações e danificou 5.410,
disseram as autoridades. A situação deixou no limite os hospitais e os danos
bloquearam estradas por onde são transportados suprimentos vitais para as
vítimas.
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No domingo (15), um terremoto de magnitude 5,9 foi notificado pelo o Centro
Sismológico Europeu do Mediterrâneo (EMSC, na sigla em inglês). O tremor aconteceu a
uma profundidade de 8 km (4,97 milhas), disse a EMSC. O primeiro-ministro do Haiti, Ariel
Henry, decretou estado de emergência por 30 dias. Henry lamentou as mortes e disse, em
nota, que já mobilizou recursos do governo para dar apoio às vítimas.
Ditadura, golpes e tragédias
A nação mais pobre das Américas tem um longo histórico de ditaduras e golpes de
Estado. Nos últimos meses, o Haiti enfrenta também uma crescente crise humanitária, com
escassez de alimentos e aumento nas taxas de violência. O PIB per capita do país é de US$
1,6 mil por ano (cerca de R$ 8,5 mil), e cerca de 60% da população vive com menos de
US$ 2 por dia (pouco mais de R$ 10). O Haiti tem 11,3 milhões de habitantes, faz fronteira
com a República Dominicana na ilha Hispaniola, no Caribe, e tem um dos menores IDHs
(Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.
Colonizado em 1492, após a chegada de Cristóvão Colombo à América, o Haiti foi o
primeiro país do continente a conquistar a sua independência e a primeira república a ser
liderada por negros, quando derrubou o domínio francês no começo do século XIX.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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Corte Interamericana estabelece que 
reeleição indefinida não é um direito humano
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
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A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) estabeleceu que “a
proibição da reeleição indefinida é compatível com a Convenção Americana
sobre Direitos Humanos”. Esta “opinião consultiva” da Corte foi recebida
com grande interesse e polêmica na Bolívia, que continua afetada pela
grave crise política causada pelo repúdio de certos setores da população à
quarta disputa eleitoral de Evo Morales em 2019.
Para conseguir com que Morales concorresse à época, apesar da
Constituição proibir, seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS),
conseguiu uma sentença do Tribunal Constitucional pela que as reeleições
podem ocorrer indefinidamente porque era um “direito humano”. Para isso,
o Constitucional boliviano se baseou em sua própria interpretação da
Convenção Americana ou Pacto de San José. Agora essa interpretação foi
refutada pela Corte Interamericana, que é a encarregada de resolver as
controvérsias sobre a Convenção.”
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
A reeleição presidencial indefinida não constitui um direito autônomo
protegido pela Convenção Americana e pelo corpus iuris do direito
internacional dos direitos humanos”, diz a Opinião Consultiva 28/21. Ela
foi solicitada pelo presidente da Colômbia, Iván Duque, em outubro de
2019, principalmente pelo que à época ocorria na Bolívia. Mas a
Nicarágua e Honduras também se apoiaram no Pacto de San José para
ampliar a reeleição de seus governantes.
A sentença se justifica pela necessidade democrática de impedir que as
maiorias fiquem no poder à custa das minorias. “A habilitação da
reeleição presidencial indefinida é contrária aos princípios de uma
democracia representativa”, indica. E considera que a proibição “procura
evitar que as pessoas que exercem cargos por eleição popular se
perpetuem no exercício do poder”.
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Prof. Leandro Signori
A decisão da Corte Interamericana foi alvo de elogios e de ataques de três frentes do
debate político boliviano. Evo Morales declarou que era “uma opinião genérica (...)
em nenhuma parte do documento se menciona Evo e a Bolívia”. Além disso, tuitou
que “a opinião consultiva promovida por Duque, o violador de direitos humanos na
Colômbia, é um ataque do golpista [Luis] Almagro e seus cúmplices da direita para
desestabilizar politicamente a democracia”. “Como nunca puderam ganhar de nós
nas urnas, usam a Corte IDH para justificar suas derrotas”, acrescentou.
A irritação de Morales contra o secretário-geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Luis Almagro, se deve pelo fato da organização ter auditado as
eleições de outubro de 2019 (nas quais Evo Morales foi reeleito pela quarta vez) e
determinado a existência de graves irregularidades. O relatório da OEA levou à
anulação dessas eleições e à convocação de novas, em que Morales não pôde
participar. Por isso o ministro da Justiça, Iván Lima, também militante do MAS,
afirmou que hoje a Bolívia não tem inconvenientes com a determinação da Corte
Interamericana, pois a reeleição indefinida foi anulada pelo país após o ocorrido em
2019. As definições da Corte Interamericana são obrigatórias para todas as nações que
assinaram o Pacto de San José.
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Prof. Leandro Signori
O MAS acha que a convulsão social gerada pela denúncia de fraude eleitoral
e a auditoria da OEA foi parte de um golpe de Estado que por fim derrubou
o presidente Morales com a participação das Forças Armadas e a Polícia. A
oposição defende a tese de que se tratou de um movimento espontâneo
que combateu uma “monumental fraude”. Ainda que Evo Morales tenha
afirmado que por enquanto não está pensando nas eleições de 2025, ele é
considerado o postulante mais provável do MAS quando acabar a gestão do
atual presidente, Luis Arce. A frente da oposição tenta usar a sentença da
Corte para impedir essa possibilidade. Um dos mais importantes líderes
dessa corrente, Carlos Mesa, comemorou a “reparação histórica da
democracia na Bolívia com a sentença vinculante” da Corte e propôs um
julgamento contra os magistrados do Tribunal Constitucional que
interpretaram a Convenção a favor de Morales e contra o próprio ex-
presidente por “não cumprir os deveres e atentar contra a soberania
popular”.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Alguns dos principais jornais bolivianos acusaram Morales de ter gastado
centenas de milhões de bolivianos nas manobras eleitorais e judiciais
orientadas para conseguir sua reeleição. O jornal El Deber, o mais
importante de Santa Cruz, se somou à posição de Mesa e pediu um
julgamento contra os responsáveis pela habilitação do líder do MAS.
Também questionou a idoneidade dos dois juízes da Corte
Interamericana que votaram contra a Opinião Consultiva 28/21, o
argentino Raúl Zaffaroni e o equatoriano Patricio Pazmiño.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Venezuelanos correm para gastar dinheiro antes 
do corte de seis zeros na moeda nacional
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Ansiosos, os venezuelanos correm para usar as atuais notas de bolívar
antes da conversão monetária que entrará em vigor em primeiro de
outubro. A movimentação é perceptível sobretudo no comércio de
alimentos. Ela foi motivada após o Banco Central da Venezuela (BCV)
anunciar na última quinta-feira (5) o corte de seis dígitos na moeda
nacional, que passará a ser chamada de bolívar digital.
Também está prevista a impressão de cédulas com novos valores. Desde
2008 até agora o governo bolivariano implementou três conversões
monetárias e, ao todo, o bolívar já perdeu 14 zeros.
De acordo com o BCV, o bolívar digital irá facilitar o uso de “uma versão
moderna da moeda” em transações diárias para que os cidadãos tenham
“maiorconexão” com a moeda venezuelana.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Para o lançamento serão emitidas as notas de 5, 10, 20, 50 e 100 do bolívar
digital.
A população, aflita, corre para usar as atuais notas da moeda venezuelana
tendo em vista que em outubro o atual dinheiro, o bolívar soberano, perderá
grande parte de seu valor.
A moeda nacional já teve diversos sobrenomes. Primeiro foi apenas bolívar,
em seguida bolívar forte, mais recentemente, bolívar soberano, e agora
passará a ser chamada de bolívar digital.
Com dezenas de notas da atual moeda venezuelana é possível comprar, por
exemplo, um quilo de arroz, que custa cerca de cinco milhões de bolívares. O
povo prefere usar o dinheiro para comprar comida em vez de depositá-lo no
banco, temendo perder poder de compra após a conversão.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Pobres milionários
A Venezuela há tempos é um país de pobres milionários. Os preços da
maioria dos produtos superam o valor de milhões de bolívares. O
mesmo acontece com o salário mínimo, que atualmente vale sete
milhões de bolívares, cerca de 1,75 dólares (ou 8,75 reais), porém os
preços dos produtos superam em muito este valor.
Todos ganham milhões de bolívares, mas isso não quer dizer que a
população tenha alto poder aquisitivo. Muito pelo contrário. Muitos
venezuelanos sequer conseguem comprar a cesta básica.
Cerca de 96,2% da população vive na pobreza e 79,3% estão em situação
extrema, de acordo com levantamentos da Encovi, a Pesquisa Nacional
de Condições de Vida, que mostra dados de 2019-2020.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Os serviços de eletricidade ou de fornecimento de água, sobretudo em
estabelecimentos comerciais, apresentam valores em bilhões de
bolívares.
Outro problema gerado por tantos zeros na moeda venezuelana é que o
mostrador de calculadoras ou de caixas dos comércios já não
comportam tantos dígitos. É complicado fazer contas no país
comandado por Nicolás Maduro.
Há poucos meses entraram em circulação as notas de 500 mil, um milhão
e de dois milhões de bolívares. O uso delas é quase exclusivo no
transporte público.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Real brasileiro circula na Venezuela
Não há notas de bolívares o bastante para fazer pagamentos de tão alto
valor no cotidiano. Em substituição, a moeda usada na maioria dos
pagamentos, ainda que não seja a oficial, é o dólar. Também outras
moedas estrangeiras são usadas em substituição ao bolívar. Na cidade
de Santa Elena de Uairén, no sul da Venezuela, o real brasileiro substituiu
a moeda venezuelana.
A população busca informações para evitar confusões por causa do corte
de zeros atrelado à conversão monetária.
Em comunicado o BCV, anunciou que “todo valor monetário e aquele
expressado em moeda nacional será dividido entre um milhão”.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Outro fator de desconfiança é se a reconversão resolverá o surgimento
de novos zeros atrelados aos preços como consequência da galopante
inflação.
A medida visa “facilitar o uso da moeda proporcionando uma escala
monetária mais simples”, de acordo com o comunicado do BVC.
A população esperava o corte dos seis zeros para a segunda quinzena
de agosto. Porém esse adiamento da entrada em vigor da nova moeda
servirá para a emissão de novas cédulas com os valores atualizados com
a conversão.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Moedas voltam a circular
Outra novidade será o retorno das moedas para uso na Venezuela. Há
anos não circulam moedas no país. O valor delas ficou defasado ao não
conseguir acompanhar o acelerado ritmo da hiperinflação. Entre janeiro
e maio deste ano a inflação foi de 264,8%, segundo o BCV. Já a inflação
acumulada chegou a 2.959,8% em 2020.
Para analistas econômicos, o corte dos zeros no bolívar já era esperado e
vai facilitar na hora de fazer as contas, mas isso não significa que a
hiperinflação chegará ao fim.
De acordo com José Guerra, economista e deputado da Assembleia
Nacional eleita em 2015, a nova reconversão anunciada pelo Banco
Central é “uma maquiagem” porque "não diminuirá a inflação".
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O opositor Omar González Moreno afirmou que o bolívar digital será
uma “gigantesca fábrica de pobres”. Para ele, a nova moeda significa “a
continuação de outro fiasco econômico”, em referência aos infrutíferos
planos aplicados pelo governo na tentativa de recuperar a força da
moeda venezuelana.
Outros economistas concordam, afirmando que deter a desvalorização
do bolívar está mais atrelado a outras medidas econômicas que apenas
cortar zeros da moeda nacional. Assim a implementação do bolívar
digital, sem os seis dígitos, seria uma medida paliativa que não impediria
o reaparecimento dos zeros na moeda em consequência da hiperinflação
venezuelana, uma das mais longas do continente e da história moderna.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Milhares vão às ruas protestar contra 
desemprego na Argentina
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Milhares saíram às ruas em protesto na Argentina, neste sábado
(7.ago.2021). Manifestantes reivindicavam uma solução do governo aos
crescentes índices de pobreza e desemprego em meio a crise econômica
que se agravou durante a pandemia.
Grupos de esquerda lideraram o movimento, registrou a agência Reuters.
Por causa dos protestos, o trânsito da cidade ficou parado por horas,
noticiou o diário argentino Clarín.
Manifestantes também ocuparam as ruas em outras cidades do país, como
Córdoba e Mendoza. Cartazes e gritos entoavam o fim da pobreza e a
preocupação com a fome.
Cerca de 19 milhões de pessoas – ou 42% da população da Argentina –
estavam abaixo da linha da pobreza no segundo semestre de 2020. A taxa de
desemprego chega a 10,2%.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
As restrições para conter a proliferação de covid acentuaram a recessão
do país, que já se arrasta desde 2017. Com o lockdown, mantido entre
19 de março e 12 de maio, houve alta nos preços de produtos,
acelerando ainda mais a inflação.
Em consequência, a moeda argentina perde valor rápido em relação às
outras moedas, como o dólar e o real. Na 6ª feira (6.ago.2021), o
presidente Alberto Fernández anunciou que relaxará as restrições em
uma tentativa de acelerar a recuperação econômica.
Fernandez estimou o 1º fôlego da economia em 3 anos em 2021. O
crescimento estimado é de 7%. “A Argentina está crescendo,
recuperando empregos e vai recuperar renda”, prometeu o mandatário.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Ebrahim Raisi toma posse como 
presidente do Irã
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
O clérigo Ebrahim Raisi tomará posse como presidente do Irã nesta
quinta-feira (5). A posse vem dois dias depois dele receber o endosso
formal do líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei,
para assumir o cargo na esteira de sua vitória eleitoral de junho.
Raisi, que é alvo de sanções dos Estados Unidos devido a alegações de
abusos de direitos humanos cometidos durante seu tempo como juiz,
promete adotar medidas para suspender as punições americanas, que
reduzem as exportações de petróleo do Irã e baniram o país do sistema
bancário internacional.
Atualidades – Retrospectiva – Agosto 2021
Prof. Leandro Signori
Além disso está negociando com seis grandes potências para reativar um
acordo nuclear de 2015 abandonado em 2019 pelo então presidente dos
EUA, Donald Trump, que o considerava brando demais com Teerã,
capital iraniana. Conforme o acordo, o Irã concordava em limitar seu
programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais, mas
Trump reativou as sanções, o que prejudicou a economia do Irã. Desde
então, o país violou limites impostos pelo acordo às suas atividades
nucleares.
Assim comoo líder supremo, Raisi apoia as conversas nucleares, mas
muitos acreditam que o clérigo xiita de escalão médio adotará uma
postura mais rígida nas negociações, embora Khamenei tenha a palavra
final em todas as questões estatais, incluindo a política nuclear.
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Prof. Leandro Signori
Raisi é visto como um conservador linha-dura de extrema-direita. A
chegada dele ao poder representa uma decisão de certa forma imposta
pelas autoridades da teocracia xiita iraniana aos eleitores do país.
Ninguém pode se lançar candidato no Irã sem o consentimento do
Conselho dos Guardiães. Esse Conselho é formado por 12 membros,
sendo seis teólogos xiitas escolhidos pelo Líder Supremo e seis juristas,
especialistas em leis islâmicas, escolhidos pelo Chefe do Judiciário, que
era o próprio Raisi.
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Relatório da ONU sobre o clima responsabiliza a 
humanidade por aumento de fenômenos extremos
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Já não se trata de algo mais ou menos provável, mas sim de um fato. Conforme
adiantado por este jornal na última sexta-feira, o novo grande relatório conjuntural
do IPCC, o painel de especialistas vinculados à ONU que há mais de três décadas
estabelece as bases científicas sobre a mudança climática, fulmina o negacionismo. O
documento considera “inequívoco” que a humanidade tenha “aquecido a atmosfera, o
oceano e a terra”, o que gerou “mudanças generalizadas e rápidas” no planeta. A
edição anterior deste estudo data de 2013, e desde então os indícios se
multiplicaram, assim como os artigos e análises científicas que demonstram as
consequências de uma crise que já gerou mudanças climáticas “sem precedentes”
nos últimos milênios, e que em alguns casos serão “irreversíveis” durante centenas
ou milhares de anos. Entre as consequências diretas, além da elevação das
temperaturas médias, figuram os fenômenos meteorológicos extremos. Trata-se de
eventos similares às ondas de calor ou às chuvas torrenciais que estão sendo vistas nas
últimas semanas em diversos lugares do globo e que já aumentaram em intensidade e
frequência devido ao aquecimento gerado pelo ser humano, conforme confirma o
relatório.
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O estudo divulgado nesta segunda-feira coube ao grupo de trabalho I
do sexto relatório de avaliação do IPCC, elaborado com a participação
de 234 especialistas de 66 países. Os cientistas revisaram mais de 14.000
artigos e referências publicadas até agora para montar sua síntese dos
efeitos físicos já decorridos do aquecimento e para prever possíveis
cenários em função do volume de gases de efeito estufa que a
humanidade emitir nas próximas décadas.
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Esses gases, responsáveis pelo superaquecimento do planeta, são
liberados fundamentalmente quando combustíveis fósseis são
queimados para gerar energia. Desde a Revolução Industrial, as
emissões não pararam de crescer, chegando hoje a níveis inéditos. Dois
exemplos: a concentração na atmosfera do dióxido de carbono (CO2) –
o principal deles – é a mais elevada dos últimos dois milhões de anos; as
de metano e óxido nitroso – os outros dois grandes precursores do
aquecimento – não tinham alcançado níveis tão altos nos últimos
800.000 anos. Isto tem uma consequência clara: o aumento da
temperatura média global já está em 1,1 grau Celsius em relação aos
níveis pré-industriais; e o ritmo de aquecimento planetário é tamanho que
não há precedentes de um processo similar pelo menos nos últimos 2.000
anos, aponta o relatório do IPCC.
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O estudo adverte que o aumento da temperatura continuará pelo menos
até meados deste século, haja o que houver. A partir de 2050 as coisas
podem começar a ficar realmente complicadas, porque não será possível
que o nível de aquecimento fique entre 1,5 e 2 graus, “a menos que
ocorram reduções profundas nas emissões do CO2 e outros gases de
efeito estufa nas próximas décadas”. No pior cenário, se não houver uma
ação decidida e as emissões continuarem crescendo no mesmo ritmo que
até agora, o relatório estima que até o final deste século se chegaria a um
aumento de 4,4 graus, algo que multiplicaria também a intensidade e
frequência dos fenômenos extremos. Os cientistas recordam que a última
vez que se chegou a um nível de aquecimento acima dos 2,5 graus foi há
três milhões de anos, quando o ser humano nem sequer existia.
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O Acordo de Paris, assinado em 2015, fixou como objetivo principal reduzir
as emissões para que o aumento da temperatura global ficasse entre esses
1,5 e 2 graus Celsius acima da era pré-industrial. E os relatórios do IPCC
servem também para notificar os governantes dos países sobre o que se
deve fazer para cumprir esses compromissos. Os especialistas propõem
vários cenários de emissões durante este século. Em todos se espera que a
barreira de 1,5 grau seja superada nos próximos 20 anos, devido aos gases
de efeito estufa que a humanidade emitiu até agora e que permanecem na
atmosfera durante décadas. Mas Pep Canadell, diretor do Global Carbon
Project e um dos cientistas responsáveis pelo relatório do IPCC, explica que
a situação ainda não é irreversível: no cenário de emissões mais otimista,
ainda é possível conseguir que o aumento da temperatura até o final deste
século fique em 1,5 grau, embora possa haver uma superação temporária
desse limite nos próximos anos.
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Para se manter em 1,5 grau, porém, são necessárias reduções “rápidas,
sustentadas e em grande escala”, como explica a climatologista
argentina Carolina Vera, uma das vice-presidentas do grupo de trabalho
I do IPCC. Essas reduções das emissões levariam de 20 a 30 anos para
ter efeitos nas temperaturas globais. Mas o relatório aponta que “os
benefícios para a qualidade do ar chegariam rapidamente”. Finalmente,
acrescenta por sua vez Canadell, para cumprir o Acordo de Paris será
preciso também recorrer à captura do dióxido de carbono que já está na
atmosfera, através de sorvedouros naturais, como as florestas, ou de
soluções tecnológicas. Mas a captura através desses processos naturais é
limitada, por isso não pode ser a principal solução.
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Mudança de paradigma
Desde que o primeiro destes documentos de síntese foi publicado, em
1990, acumulam-se provas e estudos sobre o aquecimento. Mas os
relatórios finais do IPCC costumam adotar uma linguagem mais
conservadora, porque precisam ser aprovados por consenso entre os
representantes dos 195 países que participam das negociações
climáticas na ONU. A equipe científica deste sexto relatório apresentou
seus resultados aos países no final de julho, e durante as duas últimas
semanas negociou-se o texto final de 42 páginas apresentado nesta
segunda-feira, no qual se esquiva qualquer debate sobre a influência do
ser humano na mudança climática. Na redação do relatório de 2013,
deixava-se aberta uma mínima janela para a dúvida. Mas oito anos
depois esta se fecha definitivamente.
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José Manuel Gutiérrez, diretor do Instituto de Física da Cantábria (norte
da Espanha) e outro dos coordenadores do relatório, explica da seguinte
forma: “O IPCC usa uma linguagem calibrada, que tem a ver com
probabilidades e com a evidência disponível. Mas a influência do ser
humano no clima já não se encaixa em nenhum desses limites de
probabilidade, e se considera que é um fato provado, sobre o qual não
há incerteza. A evidência já é tão esmagadora que não há dúvida
científica. Este relatório é tão taxativo justamente para não continuar
com este debate; é um fato, e a partir dele veremos como nos afeta e as
potenciais soluções”. Canadell considera que se tratade “uma mudança
de paradigma”: “Jogamos as possibilidades e as probabilidades pela
janela, e se conclui que é um fato que o aquecimento se deve à
humanidade”.
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Atribuição dos fenômenos extremos
A equipe científica do IPCC trabalha no relatório há três anos. Mas a fase
final coincidiu com uma concatenação de fenômenos meteorológicos
extremos, como a tremenda onda de calor do fim de junho no Canadá,
as inundações na Europa central ou na China em julho e os recentes
incêndios associados ao calor na bacia do Mediterrâneo. Precisamente,
outra das novidades importantes do relatório é a que se refere a esses
eventos. O IPCC afirma enfaticamente: “A mudança climática induzida
pelo homem já está afetando muitos fenômenos meteorológicos e
climáticos extremos em todas as regiões do mundo. A evidência das
mudanças observadas em extremos como ondas de calor, fortes
precipitações, secas e ciclones tropicais e, em particular, sua atribuição à
influência humana se fortaleceu desde o AR5 [relatório de 2013]”.
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O texto afirma que “é praticamente certo que as ondas de calor
extremas se tornaram mais frequentes e intensas na maioria das regiões
da Terra desde a década de cinquenta, enquanto os extremos de frio
(incluindo as ondas de frio) se tornaram menos frequentes e menos
severos, com uma grande confiança em que a mudança climática
induzida pelo homem é o principal impulsionador dessas mudanças”.
Uma situação semelhante surge para “a frequência e a intensidade dos
eventos de precipitações intensas”, que aumentaram “desde a década
de cinquenta na maior parte da superfície terrestre” e para as quais “as
alterações climáticas induzidas pelo homem são provavelmente o
principal impulsionador”.
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Sergio Vicente-Serrano, pesquisador do Instituto Pirenaico de Ecologia,
do CSIC, e um dos autores do capítulo sobre os eventos extremos,
ressalta que as evidências sobre esse vínculo “são muito mais robustas
do que nos relatórios anteriores”. Em 2013, por exemplo, apontava-se a
possibilidade de que esses fenômenos aumentassem em virulência e
frequência devido à energia que estava se acumulando na atmosfera
devido ao aquecimento. O grande passo que a ciência deu nos últimos
anos foi atribuir os fenômenos extremos concretos à mudança climática
induzida pelo homem, como aconteceu com a onda de calor canadense.
Isso foi conseguido, explica Canadell, pelos avanços tecnológicos –por
exemplo, com computadores mais potentes e capazes de lidar com
muito mais dados– e pelo aumento desses fenômenos.
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O relatório conclui que existe uma “relação direta” entre o aumento das
temperaturas médias e a multiplicação dos extremos de calor, as fortes
precipitações, as secas agrícolas e ecológicas em algumas regiões, além
do aumento dos ciclones tropicais intensos, da diminuição do gelo
marinho do Ártico e da redução da camada de neve e de permafrost. O
texto adverte que, para cada meio grau de aquecimento global,
provocam-se “aumentos claramente perceptíveis na intensidade e na
frequência de extremos de calor, incluindo ondas de calor (muito
provável) e fortes precipitações (alto nível de confiança), assim como das
secas agrícolas e ecológicas em algumas regiões (alto nível de
confiança)”. E adverte que “haverá uma ocorrência crescente de alguns
eventos extremos sem precedentes no registro de observação com o
aquecimento”, mesmo que a meta do 1,5 grau seja atingida.
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Mudanças irreversíveis
O relatório do IPCC lembra que muitas mudanças motivadas pelas
emissões passadas já serão “irreversíveis durante séculos ou milênios”,
especialmente aquelas que afetam os oceanos e as camadas de gelo. A
pesquisadora Carolina Vera ressalta que esses impactos “vão continuar
por centenas ou milhares de anos, mas podem ser desacelerados se as
emissões forem reduzidas”. Espera-se, por exemplo, que o nível do mar
continue a subir durante este século. Entre 1901 e 2018, o aumento foi
de cerca de 20 centímetros. E tomando como referência o nível do
período entre 1995 e 2014, em 2100 a elevação poderia ser de 40
centímetros no cenário de emissões mais otimista; no mais pessimista
dobraria, até ultrapassar os 80 centímetros. Isto contribuirá para que
aconteçam “inundações costeiras mais frequentes e graves nas áreas
baixas e a erosão” da costa. “Os eventos extremos relacionados ao nível
do mar, que antes ocorriam uma vez a cada 100 anos, poderiam
acontecer todos os anos no final deste século”, explica o IPCC.
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Outro ponto crítico destacado no relatório é o Ártico, que continuará
aquecendo mais de duas vezes mais rápido do que a média do planeta.
Isso “amplificaria ainda mais o derretimento do permafrost e a perda da
camada de neve sazonal, do gelo terrestre e do gelo marinho do
Ártico”. Os cientistas preveem que o Ártico “estará virtualmente livre de
gelo marinho em setembro ao menos uma vez antes de 2050”, em todos
os cenários previstos no relatório.
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Furacão Ida atinge Louisiana e deixa 
mais de 1 milhão sem energia
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O furacão Ida varreu o estado de Louisiana, nos Estados Unidos, deixando esse
território americano quase paralisado, com mais de 1 milhão de pessoas sem
energia elétrica. A tempestade foi classificada na categoria quatro em uma
escala de força de cinco níveis e inundou casas, arrancou telhados, fechou
estradas e danificou hospitais. Foi registrado pelo menos um morto.
O furacão tem ventos de 280 quilômetros por hora a sudeste da costa de
Houma, na Louisiana. Segundo o Serviço Meteorológico Nacional em Nova
Orleans, algumas áreas podem ficar “inabitáveis por semanas ou meses” após a
passagem do Ida. As empresas fornecedoras de eletricidade dizem que a
reposição dos serviços elétricos pode demorar semanas.
A morte de um homem, de cerca de 50 anos, ocorreu no sudeste do estado da
Louisiana, aparentemente depois de uma árvore ter caído sobre a sua casa. Um
dique arrebentou na região de Nova Orleans, provocando inundações
repentinas.
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Os ventos fortes, as inundações, as linhas de transmissão caídas e as árvores
arrancadas estão prejudicando a atuação das equipes de emergência.
Muitos moradores ficaram para trás, esperando que o furacão passasse e
agora enfrentam condições muito perigosas, dizem as autoridades.
Dois dos três hospitais que servem à região de Lafourche Parish foram
danificados. Com parte dos telhados arrancados, alguns serviços foram
transferidos para outro edifício, deixando as unidades de saúde ainda mais
lotadas. Os geradores compensam a falha elétrica.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), o Ida
tocou o solo pela primeira vez neste domingo 29 perto de Port Fourchon, 80
quilômetros a sudoeste de Nova Orleans, cidade que teme reviver a
tragédia causada há exatamente 16 anos pelo furacão Katrina, que matou
mais de 1.800 pessoas.
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Incêndios na Grécia queimaram 100 
mil hectares em duas semanas
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As chuvas que caíram nas últimas horas deram um respiro nesta quinta-feira (12) aos
bombeiros e cidadãos da Grécia, onde o fogo já queimou mais de 100 mil hectares
em duas semanas de fortíssimos incêndios.
Diante desses incêndios, os mais graves desde 2007 e que provocaram três mortes, o
primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, lamentou mais uma vez "uma catástrofe
ecológica imensa" e alertou sobre o risco de que focos ressurjam neste verão
especialmente seco e quente no país.
"Estamos em pleno mêsde agosto e temos dias difíceis pela frente, mas podemos
ser um pouco mais otimistas hoje", afirmou o chefe de governo.
Mitsotakis atribuiu esses incêndios à mudança climática e insistiu em que não se trata
de um fenômeno grego, afetando também outros países, como Turquia, Itália e
Argélia.
"Conseguimos proteger milhares de pessoas, apesar de termos perdido florestas e
bens materiais", disse o premiê.
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"A crise climática está aqui e está nos dizendo que tudo deve mudar",
reconheceu o líder conservador, que é alvo de severas críticas por sua
gestão dos incêndios.
Segundo dados oficiais, em oito dias, foram contabilizados 586 incêndios na
Grécia, causados pela pior onda de calor em três décadas em um país
mediterrâneo acostumado às altas temperaturas e aos incêndios florestais
no verão.
No total, de 29 de julho a 12 de agosto, 100.874 hectares queimaram no
país, segundo os cálculos realizados pela AFP com base em dados
fornecidos pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais
(EFFIS).
Em média, anualmente, desde 2008, apenas 2.750 hectares queimaram
neste mesmo período.
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Vários focos persistem na ilha de Eubeia, muito afetada desde 3 de agosto, e em
Arcádia, Messênia e Mani, cidades no Peloponeso, duas regiões onde as chamas
ressurgem constantemente, disse à AFP um responsável do serviço de bombeiros.
Os incêndios se aproximaram das portas da capital grega, uma metrópole de quatro
milhões de habitantes, cujo céu está coberto de fumaça. Um novo incêndio foi
declarado nesta quinta-feira em Asprópyrgos, uma área industrial a cerca de 30 km
ao oeste de Atenas.
As chuvas registradas nas últimas horas em Eubeia ajudaram, no entanto, a "melhorar
a situação" no Peloponeso e na Grécia central, informou o prefeito do município de
Gortynia, Stathis Koulis.
Localizada na região montanhosa de Arcádia (Peloponeso), 200 quilômetros ao oeste
de Atenas, esta cidade é o principal foco de incêndios da península, onde os
barrancos dificultam o trabalho dos bombeiros.
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Os habitantes de 20 cidades foram evacuados nos últimos dias,
enquanto centenas de bombeiros, alguns deles enviados por países
europeus, lutam sem descanso contra as chamas.
"Estou perdido", desabafou Kostis Angelou, enquanto caminhava entre
suas mais de 370 cabras mortas, devido ao fogo que devorou as florestas
de Eubeia.
O agricultor de 44 anos conseguiu sobreviver, passando horas debaixo
de um cano de água de irrigação, devido à ameaça do incêndio. "Um
santo me salvou", afirma.
"Estamos acabados. O que podemos fazer?", questiona seu pai, Spyros
Angelou, de 77 anos.
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Os especialistas vinculam esta onda de calor ao aquecimento global,
conforme estabelecido por um relatório preliminar do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da
ONU, ao qual a AFP teve acesso e que aponta o Mediterrâneo como um
"ponto quente da mudança climática".
A Argélia anunciou três dias de luto nacional, a partir desta quinta-feira,
pelos 69 mortos nos incêndios.
A Itália também foi afetada por incêndios. E, ontem, a ilha de Sicília teria
registrado 48,8ºC, temperatura que, se confirmada, será um novo recorde
europeu, superando o anterior da Grécia.
No sul da Turquia, oito pessoas morreram em incêndios no início do mês,
enquanto, no norte, o número de mortes pelas enchentes repentinas
aumentou para cinco nesta quinta-feira.
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Para garantir igualdade na vacinação, OMS pede 
que países interrompam aplicação de 3ª dose
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O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros
Adhanom Ghebreyesus, pediu uma "moratória global" na aplicação de
doses de reforço contra a Covid-19, para que haja imunizantes
suficientes para os países mais pobres.
Segundo Ghebreyesus, enquanto países ricos já aplicaram mais de 100
doses para cada 100 habitantes, nos mais pobres essa taxa é de apenas
1,5/100. “Não é um exagero dizer que a rota desta pandemia depende
das decisões tomadas pelo G20 [grupo das 20 maiores economias do
mundo], afirmou o diretor da OMS nesta quarta (4).
Nas últimas semanas, Israel, Uruguai, Hungria e Alemanha anunciaram
uma rodada de reforço na imunização de suas populações.
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Ghebreyesus pediu que essas campanhas sejam suspensas pelo menos até o
final de setembro, para garantir que ao menos 10% da população esteja
protegida em todos os países.
A discussão sobre aplicar uma terceira dose de vacina (ou segunda, no caso
de imunizantes de dose única, como o da Janssen) vem crescendo em países
que já estão com suas campanhas de vacinação avançadas, por causa de
sinais de que a proteção oferecida pelos fármacos se reduz com o passar
dos meses.
Segundo a diretora de vacinação da OMS, Katherine O’Brien, não há porém
comprovação científica de que esse reforço seja necessário, e países que
estão estudando essa medida —como os Estados Unidos e o Reino Unido—
devem concentrar seus esforços em completar a imunização dos mais
vulneráveis.
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“Há hoje no mundo uma extraordinária desigualdade na proteção contra a
Covid”, afirmou o conselheiro sênior da direção da OMS Bruce Aylward. Ele
citou o caso da África, em que só 2% da população já está completamente
vacinada, deixando de fora grupos prioritários como idosos, doentes e
profissionais de saúde.
“O que estamos pedindo é mais solidariedade. Que os países ricos segurem
suas políticas de imunização de reforço até que tenhamos recursos
suficientes para proteger o mundo”, afirmou.
Os diretores da OMS consideram que o mesmo raciocínio deve valer para a
imunização de crianças. “Nosso grupo internacional de conselheiros
científicos recomenda que a vacinação siga a ordem de prioridade, dos mais
vulneráveis para os menos. Isso tem sido feito internamente nos países, mas
precisa ser feito globalmente”, disse Aylward.
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“O G20 precisa assumir compromissos concretos para apoiar as metas globais
de vacinação. Apelamos a todos com influência —atletas olímpicos, investidores,
líderes empresariais, líderes religiosos e cada indivíduo em sua própria família e
comunidade— que apoiem nosso pedido de moratória”, disse Ghebreyesus.
Embora a OMS coordene políticas de saúde e vacinação no mundo, com papel
importante nos países mais pobres, não tem autoridade para impor suas
recomendações. Pedidos anteriores com o mesmo objetivo de permitir que mais
imunizantes chegassem aos mais necessitados não foram atendidos.
Foi o caso, por exemplo, do apelo para que os governos não começassem a
vacinar crianças e adolescentes antes que todos os idosos e profissionais de
saúde estivessem imunizados no mundo, ou a recomendação de que a vacinação
não fosse usada como condição para permitir viagens internacionais.
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Questionado sobre se o pedido de moratória se estendia também a
casos como os de imunodeprimidos, para os quais se constata que a
vacinação completa regular não é suficiente, a OMS disse que pessoas
especialmente vulneráveis devem continuar sendo protegidas, mas o
principal é mudar o panorama mais amplo.
“É por isso também que medidas de controle de transmissão precisam
ser mantidas. Não queremos uma escalada de hospitalizações e mortes”,
afirmou O’Brien.
Ela disse que a contaminação de pessoas já completamente imunizadas
é possível, porque a eficácia dos fármacos nunca é de 100%, e que o
crescimento no número de casos se deve não a falhas das vacinas, mas
ao relaxamento das medidas de prevenção.
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