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Competência Tributária é o poder concedido pela Constituição Federal a um ente para criar tributos. Assim, a compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios criarem tributos. Entretanto, não devem agir de forma aleatória e discricionária, mas sim dentro de certos limites, obedecendo os critérios de partilha de competência estabelecidos pela Constituição. Sobre quais impostos competem aos Estados e ao Distrito Federal instituir, assinale a alternativa CORRETA: A IPTU - Propriedade predial e territorial urbana. B Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. C IPI - Produtos industrializados. D ITR - Imposto territorial rural. 2Grande parte da arrecadação do Estado se dá através da cobrança de tributos, somando-se a receita pública. Tal arrecadação visa custear as despesas e os investimentos destinados a atender às necessidades da sociedade. As receitas públicas podem ser classificadas de diversas maneiras, de acordo com o parâmetro usado. De maneira geral, elas podem ser divididas quanto: A À forma de manter a harmonia da Federação Brasileira; a Constituição de 1988 determinou que as receitas tributárias fossem divididas entre a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os municípios. B Às funções eminentemente fiscais, já que incidem em quase todas as etapas da cadeia produtiva. C À determinação de sua base de cálculo, para incidir somente sobre o valor agregado em cada operação. D À periodicidade (ordinárias e extraordinárias), quanto à destinação do seu gasto (correntes e de capital), quanto à natureza (orçamentária e extraorçamentária), ou, ainda, quanto à afetação patrimonial (efetivas e por mutação patrimonial). 3As normas nem sempre são facilmente interpretadas, muitas vezes dificultando assim sua aplicação ao caso concreto. Ainda, mesmo diante da diversidade e complexidade do sistema jurídico pode acontecer que para determinada situação não exista uma norma, o que gera uma lacuna. A lei também prevê essas situações, em que o aplicador do direito utilizará outros meios de interpretar e resolver o caso concreto. Sobre a temática, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Na analogia, na falta de norma, o aplicador do direito vale-se de norma semelhante para resolver a demanda. ( ) A analogia não pode ser utilizada para criar tributos não previstos em lei. ( ) A equidade pode ser utilizada para evitar o pagamento de tributos. ( ) Por expressa previsão legal, a equidade será aplicada antes da analogia. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A V - F - F - V. B V - V - V - F. C F - F - V - F. D V - V - F - F. 4No Direito Tributário, elisão é caracterizada pela utilização de algum meio lícito, ocorrido antes do fato gerador, para pagar menor tributo ou até não pagá-lo. Elusão é a simulação de negócio jurídico, com o intuito de escapar do pagamento do tributo. É a dissimulação da ocorrência do fato gerador. Enquanto evasão é a utilização de meios ilícitos pelo contribuinte, no intuito de sonegar ou pagar menor tributo. Ocorre após o fato gerador. Com base nesses conceitos, analise a situação fática a seguir: Anderson, pretendendo comprar a mansão de Ana Paula, localizada em um bairro nobre de São Paulo, avaliada em três milhões de reais, ao invés de celebrar um contrato de compra e venda, situação em que constituiria o fato gerador do ITBI, resolveram constituir uma sociedade empresarial, na qual integralizaram como capital social o valor do imóvel e o referido bem. Após alguns dias, decidiram extinguir a sociedade e, estabeleceram que Anderson ficasse com o imóvel e Ana Paula com o dinheiro investido. Assim, houve a transferência da propriedade sem necessidade de recolhimento do imposto. Com base no exposto, classifique V para as opções verdadeiras e F para as falsas: ( ) Elisão fiscal. ( ) Evasão Fiscal. ( ) Elusão Fiscal. ( ) Evento atípico. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A F - F - F - V. B V - F - F - F. C F - V - F - F. D F - F - V - F. 5Como forma de manter a harmonia da Federação Brasileira, a CRFB de 1988 determinou que as receitas tributárias fossem repartidas entre a União, os Estados Membros, o Distrito Federal e os Municípios. Quanto a esta distribuição, analise as afirmativas a seguir: I- A transferência direta é a participação direta na arrecadação do tributo. II- A transferência indireta é a participação que ocorre quando uma parcela da arrecadação de tributo é destinada a um fundo, que por sua vez é repassado segundo critérios descritos em decreto do Poder Executivo. III- A CF/88 estabelece que parte da arrecadação dos tributos diretos deve ser entregue diretamente aos Estados e/ou município, exemplo é o ITR. IV- A Constituição determina, nos termos do art. 160, que os recursos indiretos podem ser retidos a qualquer título. Assinale a alternativa CORRETA: A As afirmativas I e III estão corretas. B As afirmativas II e III estão corretas. C As afirmativas II e IV estão corretas. D As afirmativas I e II estão corretas. 6O transporte intermunicipal difere do intramunicipal, pois o primeiro se refere ao transporte realizado entre dois municípios, enquanto no segundo é realizado dentro do próprio município. Entretanto, além da diferença conceitual, seus reflexos se dão também na cobrança do imposto de cada um deles. Sobre a prestação de serviço de transporte coletivo intramunicipal de passageiros por empresa pública constituir a incidência de tributo, assinale a alternativa CORRETA: A Contribuição para o custeio de serviço de transporte público. B ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza. C ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. D CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. 7Por crédito tributário entende-se a obrigação tributária exigível, devidamente lançada e possível de cobrança. De outra banda existem situações que impedem ou retardam tal cobrança, como a decadência, por exemplo. Quanto ao instituto da decadência, assinale a alternativa CORRETA: A O instituto da decadência possui um único critério de contagem, que depende do prazo de homologação. B Cronologicamente temos primeiro a prescrição e depois a decadência. C Decadência é a extinção de um direito pela inércia de seu titular, por esse não tê-lo exercido dentro de um prazo prefixado. D A decadência diz respeito ao prazo que temos para defender um direito. 8No Direito Tributário, o instituto do "bis in idem" tem como característica o mesmo ente cobrar duas vezes sobre o mesmo fato. Na prática, ocorre quando a pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez o mesmo fato jurídico. Diferente do "bis in idem" é a bitributação, que é caracterizada por mais de um ente cobrar o mesmo fato, ou seja, dois entes tributam o mesmo contribuinte sobre o mesmo fato gerador. Esses casos, em regra, são vedados pela Constituição Federal, salvo em hipótese de guerra externa ou calamidade pública. Diante do exposto, compete privativamente aos Estados e ao Distrito Federal instituírem imposto sobre operações relativas à circulação de bens e serviços (ICMS). Contudo, na iminência ou no caso de guerra externa, há a possibilidade da União instituir o ICMS extraordinário, sem configurar invasão de competência. Sobre a tributação nessa situação, assinale a alternativa CORRETA: A Totalmente inconstitucional, em virtude de apenas os Estados e o Distrito Federal possuírem legitimidade para instituir tal imposto, e o mesmo fato gerador não pode ser objeto de mais de uma tributação. B Bitributação, pois o mesmo ente edita várias leis, instituindo múltiplas exigências tributárias relacionadas ao mesmo fato gerador. C Bis in idem, pois entes tributantes diversos exigem do mesmo contribuinte tributos decorrentes do mesmo fato gerador. D É um desvio à regra da bitributação, atualmente proibida no Brasil, mas de forma extraordinária e temporária permitida pela CF ao conceder à União competência para tributar riquezas já tributadas por outros entes. 9Dentre aslimitações constitucionais ao poder de tributar, existem alguns princípios. Assinale a alternativa CORRETA que indica esses princípios: A Princípio da legalidade, princípio da anterioridade e da noventena, princípio da isonomia, princípio da capacidade contributiva, princípio da vedação ao confisco. B Princípio da união, princípio da legalidade, princípio da revalidação, princípio da vedação ao confisco, princípio jurídico. C Princípio da isonomia, princípio tributário, princípio da legalidade, princípio da eficácia, princípio da capacidade tributária. D Princípio da competência tributária, princípio da eficiência, princípio da legalidade, princípio da isonomia. 10Quando tratamos sobre o Princípio da Anterioridade no Sistema Tributário Brasileiro, devemos observar suas duas vertentes: o da Anterioridade Anual (ou tão somente Anterioridade) e da Noventena (ou Anterioridade Mitigada ou Nonagesimal). Nesse sentido, o Princípio da Anterioridade estabelece que um tributo não pode ser cobrado no mesmo ano em que foi aprovada a lei que o criou ou aumentou. Já a Noventena estabelece um prazo mínimo de 90 (noventa) dias entre a criação ou aumento de um tributo e sua cobrança. Destaca-se, contudo, que alguns impostos não se submetem ao Princípio da Anterioridade. Sobre esse imposto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Impostos sobre câmbio e seguro; imposto extraordinário de guerra, imposto de renda para fins de majoração. ( ) Impostos sobre importação de produtos estrangeiros; produtos industrializados; operações de crédito. ( ) Impostos sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; propriedade de imóveis urbanos. ( ) Impostos sobre propriedade de imóveis urbanos e rurais. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A F - V - V - F. B V - V - F - V. C F - F - V - V. D F - V - F - F. 11(ENADE, 2012) Maria, servidora pública federal, mãe de dois filhos, ingressa com Ação Ordinária na Justiça Federal, para declaração de inexigibilidade do imposto de renda sobre os valores recebidos pela autora a título de auxílio pré-escola, abstenção da retenção do imposto de renda sobre os mesmos valores e consequente restituição dos valores já descontados e retidos em seus vencimentos. A autora requer, ainda, antecipação de tutela, para evitar as retenções enquanto aguarda a decisão da lide. Utiliza, como fundamento para seu pedido, decisão do STJ que traz a seguinte ementa: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 458, II E 535, I E II DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-CRECHE. NÃO INCIDÊNCIA. SÚMULA 310/STJ. RECURSO SUBMETIDO AO REGIME PREVISTO NO ARTIGO 543-C DO CPC [...]. 3. A jurisprudência desta Corte Superior firmou entendimento no sentido de que o auxílio-creche funciona como indenização, não integrando, portanto, o salário de contribuição para a Previdência. Inteligência da Súmula 310/STJ. Precedentes: EREsp 394.530/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Primeira Seção, DJ 28/10/2003; MS 6.523/DF, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, DJ 22/10/2009; AgRg no REsp 1.079.212/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJ 13/05/2009; REsp 439.133/SC, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJ 22/09/2008; REsp 816.829/RJ, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 19/11/2007. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp n.º 1.111.175/SP, DJe de 01/07/2009. Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I- O pedido de antecipação de tutela é cabível, visto que se demonstra, inequivocamente, a verossimilhança das alegações, apontando, inclusive, sua concordância com a decisão dos tribunais, conforme requisito exigido pelo Código de Processo Civil. PORQUE II- Nos termos previstos pela legislação vigente, em especial pelo Código de Processo Civil, deve a parte requerente demonstrar, para a obtenção da tutela antecipada, fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Assinale a alternativa CORRETA: A A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. D As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 12(ENADE, 2012) CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (ART. 543-C DO CPC). LEI INTERPRETATIVA. PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO NOS TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. ART. 3.º, DA LC 118/2005. POSICIONAMENTO DO STF. ALTERAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SUPERADO ENTENDIMENTO FIRMADO ANTERIORMENTE TAMBÉM EM SEDE DE RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. O acórdão proveniente da Corte Especial na AI no Eresp n.º 644.736/PE, Relator o Ministro Teori Albino Zavascki, DJ de 27/08/2007, e o recurso representativo da controvérsia REsp. n.º 1.002.932/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/11/2009, firmaram o entendimento no sentido de que o art. 3.º da LC 118/2005 somente pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a partir da sua vigência. Sendo assim, a jurisprudência deste STJ passou a considerar que, elativamente aos pagamentos efetuados a partir de 09/06/05, o prazo para a repetição do indébito é de cinco anos a contar da data do pagamento; e, relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior. 2. No entanto, o mesmo tema recebeu julgamento do STF no RE n.º 566.621/RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 04/08/2011, quando foi fixado marco para a aplicação do regime novo de prazo prescricional levando-se em consideração a data do ajuizamento da ação (e não mais a data do pagamento) em confronto com a data da vigência da lei nova (09/06/2005). 3. Tendo a jurisprudência deste STJ sido construída em interpretação de princípios constitucionais, urge inclinar-se esta Casa ao decidido pela Corte Suprema competente, para dar a palavra final em temas de tal jaez, notadamente em havendo julgamento de mérito em repercussão geral (arts. 543-A e 543-B do CPC). Desse modo, para as ações ajuizadas a partir de 9/6/2005, aplica-se o art. 3.º da Lei Complementar n.º 118/2005, contando-se o prazo prescricional dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em cinco anos a partir do pagamento antecipado de que trata o art. 150, §1.º, do CTN. 4. Superado o recurso representativo da controvérsia, REsp. n.º 1.002.932/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/11/2009. 5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. RECURSO ESPECIAL N.º 1.269.570 - MG (2011/0125644-3). Considerando a ementa acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I- Aplica-se a ações ajuizadas a partir de 09/06/2005 o novo regime do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de repetição do indébito tributário de tributos sujeitos a lançamento por homologação. PORQUE II- O STJ, revendo seu posicionamento anterior, consolidou entendimento, na esteira do decidido pelo STF, de que se deve considerar como marco para a aplicação do novo regime de prazo prescricional a data do ajuizamento da ação (e não mais a data do pagamento do tributo), em confronto com a data da vigência da lei nova (09/06/2005). Assinale a alternativa CORRETA: A A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. B A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. C As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. D As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
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