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Síndrome de Cushing

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Síndrome de Cushing 
 Daniel Vinícius Pereira – 3º período 
Objetivos: 
1. Revisar a fisiologia da produção do cortisol e suas funções; 
2. Compreender a fisiopatologia e fatores de risco da síndrome de Cushing; 
3. Relacionar a síndrome de Cushing com as manifestações clínicas (acne, hirsutismo, 
astenia, estrias na pele, hipomenorréia, fácies de lua cheia e corcova de búfalo); 
4. Entender o diagnóstico da síndrome de Cushing 
Glicocorticoides suprarrenais 
 
 
 O que diferencia qual hormônio será produzido são enzimas locais; 
 Devido à grande semelhança dos hormônios derivados do colesterol, pode haver reação 
cruzada, p. ex., cortisol reage com o receptor de aldosterona nos rins. 
 
 
 
Mineralocorticoide 
Cortisol 
Androgênios, 
estrogênios ou 
progesterona. 
es 
 Eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HPA): 
 
Hormônio liberador de corticotrofinas (CRH) 
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) 
Transportado pela globulina ligadora de 
corticosteroides (CBG-transcortina) 
 
Funções do cortisol 
 Promove gliconeogênese hepática. 
 Promove a proteólise (gliconeogênese). 
 Aumenta a lipólise: liberação de ácidos graxos aos tecidos periféricos para a produção de 
energia. 
 Inibe o sistema imune: evita liberação de citocinas e a produção de anticorpos pelos 
leucócitos. Além disso, inibe a resposta inflamatória pela diminuição da mobilidade e 
migração dos leucócitos. Por fim, ajuda a evitar rejeição de órgãos transplantados. 
 Causa equilíbrio negativo do cálcio: cortisol diminui a absorção intestinal e aumenta a 
excreção renal de cálcio. Além disso, causa degradação na matriz óssea calcificada. 
 Influência a função cerebral: alterações no humor na memória e na aprendizagem. 
 
Síndrome de Cushing 
 Síndrome de Cushing refere-se às manifestações clinicas do hipercortisolismo de qualquer 
causa. 
o Forma hipofisária: secreção excessiva de ACTH por um tumor da glândula hipófise 
(doença de Cushing), principalmente adenomas secretores; 
 Obs: excesso de ACTH leva a hiperplasia e hiperfunção das suprarrenais. 
o Forma suprarrenal: tumor benigno ou maligno das glândulas suprarrenais; 
 Obs: hiperplasia, adenoma ou adenocarcinoma da suprarrenal. 
o Síndrome de Cushing ectópica: tumores malignos extra-hipofisários, p. ex., 
carcinoma pulmonar de pequenas células, podem secretar ACTH (ou CRH em casos 
raros), manifestação paraneoplásica; 
o Síndrome de Cushing iatrogênica: tratamento medicamentoso prolongado com 
glicocorticoides. 
Manifestações clínicas 
 Distúrbio do metabolismo das gorduras causa deposição típica: 
o Abdome saliente; 
o Acúmulos de gordura subclaviculares ou “corcova de búfalo” no dorso; 
o Fácies pletórica e redonda (“face de lua”). 
 Fraqueza muscular (astenia) e os membros são finos devido à degradação de proteínas 
(hipotrofia muscular); 
 Casos avançados: pele dos antebraços e das pernas torna-se fina e adquire aspecto 
semelhante ao do pergaminho; 
 Estrias arroxeadas (purpúricas ou violáceas) causadas pelo estiramento da pele e dos 
tecidos subcutâneos catabolicamente enfraquecidos estão distribuídas nas mamas, coxas e 
abdome; 
 Osteoporose causada pela destruição das proteínas ósseas e pelas alterações do 
metabolismo de cálcio, resultando em dor lombar, fraturas vertebrais por compressão e 
fraturas das costelas; 
 À medida que o cálcio é mobilizado dos ossos, o paciente pode ter cálculos renais; 
 Hipopotassemia resultante da excreção excessiva de potássio e hipertensão secundária a 
retenção de sódio; 
 Aumento do número de infeções: sistema imune suprimido; 
 Cortisol aumenta a secreção gástrica resultando em ulceras e sangramentos; 
 Nas mulheres, aumento dos androgênios causam hirsutismo, acne branda e irregularidades 
menstruais; 
 Labilidade emocional extrema devido aos glicocorticoides; 
 Redução a tolerância a glicose; 
 Má cicatrização. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 Mensuração de cortisol urinário livre: 
o Medição do cortisol urinário livre é elevada > 120 mcg/24 horas (> 331 nmol/24 
horas) em quase todos os pacientes com síndrome de Cushing; 
 Entretanto, vários pacientes com elevações de cortisol urinário apresentam 
obesidade, depressão ou síndrome de ovários policísticos, mas não síndrome 
de Cushing. 
o Paciente com suspeita de síndrome de Cushing, com concentração muito elevada 
de cortisol urinário livre (> 4 vezes o limite superior da normalidade), quase 
certamente apresenta síndrome de Cushing. Duas a três coletas normais 
geralmente excluem o diagnóstico. Níveis ligeiramente elevados costumam exigir 
investigação mais aprofundada, assim como os níveis normais quando a suspeita 
clínica é alta; 
o Também se deve medir o cortisol sérico basal (p. ex., às 9 da manhã). 
 Teste de supressão com dexametasona: 
o 1, 1,5 ou 2 mg de dexametasona são administrados, por via oral, entre 23 e 0 h, e o 
cortisol plasmático é medido das 8 às 9 horas da manhã seguinte; 
o Na maioria dos pacientes normais, esse fármaco diminui o cortisol sérico matinal 
para < 1,8 mcg/mL (< 50 nmol/L), ao passo que os pacientes com síndrome de 
Cushing praticamente sempre apresentam níveis mais elevados; 
o Um teste mais específico, porém igualmente sensível, é a administração de 0,5 mg 
de dexametasona, por via oral, a cada 6 horas, por 2 dias (baixa dose). Em geral, 
uma falha óbvia em suprimir as concentrações de cortisol em resposta a baixas 
doses de dexametasona estabelece o diagnóstico, a menos que haja uma razão para 
suspeitar de absorção ou metabolismo anormal da dexametasona. 
 Medições de cortisol à meia noite: 
o Cortisol sérico normalmente varia de 5 a 25 mcg/dL (138 a 690 nmol/L) no início 
da manhã (6 a 8 h) e diminui gradualmente para < 1,8 mcg/dL (< 50 nmol/L) à 
meia-noite; 
o Pacientes com síndrome de Cushing às vezes têm nível de cortisol normal pela 
manhã, mas não têm um declínio diurno normal na produção de cortisol, de tal 
modo que os níveis de cortisol sérico à meia-noite estão acima do normal e a 
produção total de cortisol de 24 horas pode ser elevada. 
 Medição de ACTH no plasma: 
o Determinar a causa da síndrome de Cushing; 
 Concentrações indetectáveis, tanto de modo basal quanto particularmente 
em resposta ao CRH, sugerem causa adrenal primária; 
 Níveis elevados sugerem causa hipofisária ou fonte ectópica. 
 
 
EU
Destacar
o Se as concentrações de ACTH forem detectáveis, os testes provocativos auxiliam a 
diferenciar a doença de Cushing da secreção ectópica de ACTH, que é mais rara; 
 Em resposta a altas doses de dexametasona (2 mg por via oral a cada 6 h, 
por 48 h), o cortisol sérico às 9 horas cai > 50% na maioria dos pacientes 
com doença de Cushing, mas raramente naqueles com síndrome ectópica de 
produção de ACTH; 
 Inversamente, a concentração de ACTH se eleva > 50% e a de cortisol em 
20% em resposta à sequência humana ou ovino de CRH (100 mcg, IV ou 1 
mcg/kg, IV) na maioria dos pacientes com doença de Cushing, mas 
raramente nos pacientes com síndrome de secreção ectópica de ACTH.

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