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Agente etiológico: Entamoeba histolytica. De amplitude mundial; Com quadros patológicos graves, eventualmente fatais; Maioria dos casos humanos → não produz sintomas (cepas não patogênicas); Amebíase intestinal não invasiva X Amebíase intestinal invasiva. ciclo parasitário do tipo oral-fecal Infecção por ingestão do cisto maduro por água e alimentos contaminados; Encistamento e formação de trofozoítos com reprodução no intestino grosso; Trofozoítos - formas pré-císticas dos cistos típicos. Desencistamento ocorre no intestino delgado; Cisto tetra nucleado - 8 amebas (estádio ou forma metacíclica); Em condições favoráveis – lesões 24 a 90h após contaminação Após a invasão – multiplicação na submucosa – necrose com formação de pequenas ulceras superficiais – depois se tornam amais profundas até a camada muscular (limitante) – depois segue lateralmente. Locais mais acometidos: ceco, sigmoide e reto (estase mais prolongada do conteúdo fecal); Casos mais graves: todo intestino Raros: ameboma (semelhante ao tumor) grande espessamento da parede intestinal. Macroscópio Lesões precoces (surgimento de pontos vermelhos ao longo da mucosa do intestino grosso) – ulcerações superficiais de dimensões reduzidas – ulceras de bordos nítidos, crateriformes, cheias de material necrótico, ou escavadas com halo hiperêmico. Com a progressão da necrose da mucosa e submucosa, provoca a morte das camadas superficiais, aumentando o diâmetro das úlceras as tornando confluentes e de limites irregulares. Microscópico Ausência ou escassez de resposta inflamatória em torno dos parasitos e da área necrosada -> sem resposta imune. Amebíase transmissão infectividade Indivíduos suscetíveis; Participação de bactérias ou de produtos gerados por elas ou das condições que elas criam no tubo digestivo. lesão intestinal Pode ser uma IST (transmitida via sexo oral); Vetores mecânicos; Mãos contaminadas. imunidade Portadores assintomáticos: em geral não apresentam anticorpos específicos; Portadores sintomáticos: várias técnicas demonstram presença de imunoglobulinas específicas. patogenicidade e virulência Resultado do parasitismo são muito variáveis; Varia entre uma cepa e outra da E. histolytica; Infecções experimentais: dependentes da flora microbiana intestinal; Livre de germes intestinais: não implantação; Contaminados por E. coli: ocasiona colite ulcerativa; Má nutrição; Imunodepressão; Gravidez; Ferro. Vários fatores parecem interferir na virulência: Ingestão de alimentos: fagocitose e pinocitose; Microaerófilia – deriva sua energia da transformação da giglose em acido pirúvico; Tem necessidade de ferro (utilizando para formar sulfato ferroso). Forma intestinal; Com sintomas súbitos; Dor abdominal intensa, febre e leucocitose; Diarreia líquida à desinteria (presença de muco e sangue – mucossanguinolenta); Tenesmo (vontade constante de evacuar); Se não tratada pode levar a complicações; Evolução à forma subaguda (mais comum) Quadro se mantem por 1 a 4 semanas quando não tratado; Pode causar perca de peso, fraqueza, nervosismo, abatimento. Forma intestinal; Sintomas mais brandos que se intercalam com períodos assintomáticos; Plenitude, distensão abdominal, desconforto epigástrico acompanhado de náuseas e vômitos; Períodos de constipação podem se alternar com diarreia (MUITO CONFUNDIDIO COM GASTRITE); Colite amebiana aguda ou disenteria amebiana: Amebíase intestinal crônica: amebíase intestinal AMEBIASE NÃO INVASIVA: assintomática, ausência de anticorpos; AMEBÍASE INVASIVA: sintomas e sinais da doença, presença de trofozoítos hematófagos nas evacuações, presença de anticorpos específicos na sorologia Diarreia ocasional e persistente; Se frequentes pode causar fadiga, perda de peso e reduzida capacidade de trabalho; RETOSSIGMOIDOSCOPIA (exame): achados de mucosa congesta recoberta de muco, ulcerações múltiplas superficiais, aspecto necrótico purulento com cor amarelo-acinzentada. Aguda; Diarreia sanguinolenta abundante, febre, leucocitose acentuada, dor abdominal intensa e sinais de irritação peritoneal; Quadro grave: mulheres durante a gravidez ou puerpério e pacientes com imunodepressão; Cólon com muitas úlceras podendo chegar à perfuração da camada serosa do intestino; Quadro clínico de abdome agudo perfurativo (tóxico) – liberação de material fecal dentro da cavidade abdominal; Pode evoluir para morte em poucos dias (choque séptico) se não tratado rapidamente e de forma agressiva (cirurgia e tratamento da amebíase). Tecido granulomatoso firme e com ulceração; Tendência a crescimento contínuo; Localiza preferencialmente na parede anorretal e ceco; Obstrução intestinal ou presença de massa tumoral; Diagnóstico diferencial: tumores, diverticulite, esquistossomíase, tuberculose, entre outras Escassez de ameba dificulta diagnóstico mesmo com biópsia; Teste imunológico +, rápida resposta ao tratamento; Pode exigir remoção cirúrgica (fibrose ou infecção bacteriana associada). Colite amebiana fulminante: AMEBOMA complicações da amebíase intestinal Perfuração (rara) à abdome agudo perfurativo; Hemorragia. Raramente maciça, pode ser pequena e persistente à evolui para anemia; Apendicite (pode ser tratado com medicação, cirurgia contraindicada – edema da mucosa, dificuldade na sutura e alta mortalidade) e tiflite (comprometimento do ceco) amebianas Mesmos sintomas da apendicite bacteriana, exceto pela diarreia muco-sanguinolenta. amebíase hepática Invasão dos vasos sanguíneos intestinais pela ameba; Difícil implantação (grande resistência dos hospedeiros); Inicialmente lesões pequenas e múltiplas; Essas lesões tendem a se unir (formando focos de necrose extensos) à ABCESSOS AMEBIANOS; Podem ser vários, mas no geral, um só está presente, podendo alcançar grandes dimensões; Material de necrose à PUS CHOCOLATE (grande quantidade de células necróticas, sem o parasito) No parênquima vizinho encontra-se o maior número de ameba As que permanecem na área necrótica são degeneradas Ruptura do abscesso hepático: cavidade peritoneal / pleura ou pericárdio CASOS GRAVES 30 a 40% tem história clínica de amebíase intestinal Envolvimento do fígado pode aparecer concomitante a amebíase intestinal ou até 3 meses após; Sintomas: Dor ou desconforto e hipocôndrio direito Febre irregular e intermitente Calafrios, suores, náuseas e vômitos Fraqueza e perda de peso Exame físico: fígado maior, dor a percussão, icterícia. outras localizações Manifestações variam (febre, dor torácica, tosse e expectoração) Metade dos pacientes tem comprometimento hepático concomitante. Geralmente associada a lesão hepática por ameba Simula abscesso piogênico mais pode ter sintomas inespecíficos. Amebíase pulmonar Amebíase Cerebral Amebíase cutânea Nessas formas o período de incubação é variável (depende da quantidade de material infectante e das condições do aparelho digestivo) diagnóstico Parasitológico de fezes; Fezes formadas – cistos (SOMENTE NAS FEZES); Fezes líquidas (trânsito intestinal acelerado) – forma trofozoíticas; Outros materiais: pesquisa de forma trofozoíticas (úlceras cutâneas, secreção pulmonar, abcesso hepático); ELISA (sensível, de fácil execução); Vários outros. Imunológico: tratamento Medicamentos que agem na luz intestinal (dicloracetamidas); Não destroem os cistos; Impedir a produção dos cistos (ciclo); Medicamentos que agem no tecido; Nitroimidazóis; Metronidazol, secnidazol e tinidazol; Associais sempre com dicloracetamidas – rápida absorção no intestino delgado e com isso a quantidade que alcança o intestino grosso é insuficiente para eliminação dos parasitos. profilaxia Tratamento da fonte de infecção; Existência de sistema de tratamento de esgoto doméstico e resíduos sólidos; Distribuição de água potável; Exames de fezes periódicos em manipuladores de alimentos Troca periódica das velas dos filtros; Limpeza periódica de caixa d’agua; Educação sanitária, cívica e ambiental.
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