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Eritroblastose fetal

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Eritroblastose fetal
Fisiopatologia
Quando o sangue fetal Rh + entra na circulação materna (sensibilização materna) 
de uma mãe com sangue Rh negativo ocorre a formação de anticorpos maternos 
(anti-D, anti-C, anti-K) contra as hemácias fetais
1ª exposição/gestação: produção de IgM contra o antígeno RhD fetal, 
que é uma imunoglobulina grande que não atravessa a barreira placentária, 
não causando problemas para o feto em questão
Exposições subsequentes (outras gestações): produção de IgG contra o 
antígeno RhD fetal que agora é capaz de atravessar a barreira placentária, ligar-
se aos eritrócitos fetais e provocar sua hemólise, que é é causada pela ligação 
dos linfócitos B aos antígenos paternos expressos nas hemácias fetais
Condições necessárias 
para a sensibilização
Mãe Rh negativo
Feto Rh positivo
Contato entre o sangue fetal e o sangue materno
Do que depende 
os níveis de IgG 
maternos?
⬆
 nº de gestações com fetos Rh positivos 
⬆
 carga antigênica e frequência de exposição 
⬆
 títulos de anticorpos IgG 
⬆
 risco de anemia fetal e doença mais grave e 
precoces nas gestações subsequentes
Causas
Hemorragias 
feto-maternas
Ocorrem em 75% das gestações
Permite contato entre o sangue fetal e materno
Decorre de qualquer 
sangramento 
durante a gestação
Abortos
Gestações ectópicas
Síndromes hemorrágicas
DPP
Placenta prévia
Trauma abdominal
Trabalho de parto
Procedimentos invasivos (amniocentese, biópsia 
de vilosidades coriônicas (BVC), cirurgias)
Como avaliar a 
sua ocorrência?
Teste de Kleinhauer: avalia a quantidade de 
sangue fetal que passou para a mãe
Transfusões de sangue incompatíveis
Uso de drogas endovenosas
Clínica
Anticorpos maternos (antiRh) atacam e destroem os eritrócitos fetais ➜ anemia fetal 
➜ em resposta a anemia, ocorre um aumento da eritropoese no feto 
IgG materno dura em média 6 meses após o nascimento e é por isso 
que o quadro de hemólise permanece mesmo após o nascimento
Eritropoese medular
Eritropoiese 
extra-medular
Fígado desvia suas funções para tentar suprir a 
hematopoiese (deixa de produzir o que deveria 
ser produzido para aumentar a hematopoiese. 
Contudo, não há lesão hepática)
Hepatoesplenomegalia
Dimimuição da função hepática
Hipoalbuminemia
Ascite
Hipertensão portal
Aumento da bilirrubina indireta (decorrente da hemólise)
Aumento da hematopoiese local
Insciência 
cardíaca
Anemia ➜ hipóxia ➜ aumento da FC 
para tentar elevar o débito cardíaco 
fetal, na tentativa de melhorar a 
oxigenação ➜ células do miocárdio 
recebem pouco oxigênio
Alterações ventilatórias
Acidose metabólica
Sequelas neurológicas e cognitivas
Impregnação dos gânglios da base 
devido a deposição de bilirrubina
Alteração da circulação e função placentária: 
decorre da formação de edema placentário, 
dificultando a circulação local
Hidropisia fetal Extravasamento de líquidos no feto com acúmulo no peritônio e no pericárdio e edema dos tecidos do RN
Conduta
Tipagem 
sanguínea 
materna
Mãe Rh 
negativo 
Avaliar Rh 
paterno
Se negativoNão há risco para a doença
Se positivo 
Teste de Coombs Indireto (avalia 
se a mãe é imunizada ou não por 
meio da presença de auto-
anticorpos ligados às hemácias)
Positivo (mãe 
sensibilizada)
Realizar acompanhamento fetal 
com avaliações ultrassonográficas 
periódicas com medida do pico 
sistólico da artéria cerebral média
Negativo Realizar teste de Coombs seriado nas semanas 28, 32, 36 e 40
Mãe Rh 
positivo Não existe risco para a doença
OBSSempre que houver antecedente de transfusão sanguínea deve ser solicitado o teste de Coombs indireto independentemente da tipagem Rh da mãe
Rhogan
Imunoglobulina com anticorpos anti-Rh que circula pelo sangue materno e, em contato com Rh 
fetal, destrói seu antígeno, impedindo a sensibilização da mãe
Faz uma prevenção da doença
Para mães não imunizadas 
(Coombs indireto negativo)Quando?
28ª semana
Em até 72 horas após o parto caso a 
tipagem do sangue do cordão umbilical 
revele uma criança RhD positiva
Como avaliar 
o risco de 
anemia fetal?
Mãe Rh negativo 
História pregressa de gestação com aloimunização
Avaliação dos títulos de anticorpos maternos
Títulos 1/16: 10% de risco
 Títulos 1/128: 75% de risco
Avaliação da 
USG fetal
Pico sistólico 
da artéria 
cerebral média
Melhor método de rastreamento
Anemia (
⬇
 hemácias) → sangue 
fica mais fluido → 
⬆
 velocidade 
sanguínea → 
⬆
 pico sistólico
 
Hiperecogenicidade 
e edema placentário
 Cardiomegalia e derrame pericárdico
 Ascite
CardiotocografiaEm casos de anemia fetal grave, observa-se um padrão sinusoidal
Acompanhamento 
fetal
Presença de 
anemia fetal
Classificação
Anemia leve 
(50% dos 
casos)
Hb > 11g/dL + bilirrubina <20mg/100mL
Fototerapia pode ser necessária ao nascimento
Anemia moderada 
(30% dos casos)
Hb > 9g/dL + bilirrubina >20mg/100mL
Necessidade de exsanguíneo-transfusão
Anemia grave 
(20% dos casos)
Hb < 9g/dL
Hidropsia fetal, disfunção hepática, IC
Óbito fetal é comum
 Cordocentese
Feita em casos de USG apontando anemia fetal
Dosa a hemoglobina fetal
Usada em conjunto com a TIU (transfusão intra uterina)
Ausência de anemia
monitoramento 
semanal de caráter 
ambulatorial
USG
Cardiotocografia
Resolução 
da gestação
Gestante não imunizada, 
com coombs negativo 
durante toda a gestação
Sem indicação de antecipação do parto
Gestante Rh negativo que foi 
sensibilizada: vai depender 
se precisou ou não fazer 
transfusão intrauterina
Fez TIUParto com 35-37 semanas
Não fez TIUParto a termo
Fetos com alteração da vitalidadeResolução imediata
DefiniçãoProcesso de aloimunização materno que leva a afecção generalizada do feto com destruição dor eritroblastos fetais (anemia hemolítica)

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