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Ondas curtas e micro-ondas

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A diatermia por ondas curtas (DOC) é a radiação não-
ionizante da porção de frequência de rádio. É uma fonte de 
calor profundo. A energia eletromagnética das ondas curtas 
tem um efeito muito pequeno no tecido vivo, mas a presença 
do campo eletromagnético formado por essas ondas cria 
correntes elétricas e um campo magnético dentro dos tecidos, 
o que provoca os efeitos fisiológicos da DOC. 
 A aplicação pode ser de 2 tipos: 
✓ Ondas curtas contínuas; 
✓ Ondas curtas pulsadas, com baixa variação na 
frequência das ondas pulsadas e nenhuma mudança 
significativa quanto aos parâmetros de onda e efeitos 
fisiológicos. 
 
 A diatermia por ondas curtas usa as bandas de onda 
de radiofrequência de 27,12MHz (importante lembrar que, 
quanto menor a frequência, menor a energia que a onda 
carrega e, quanto maior a frequência, maior a energia). 
 A DOC vai promover a liberação de um campo 
eletromagnético sobre os tecidos. Esse campo fornece energia 
cinética para as células que será convertida, posteriormente, 
em calor. Esse calor, no momento da terapia, promove maior 
flexibilização dos tecidos. 
Efeitos térmicos: 
➢ Aumento no fluxo sanguíneo; 
➢ Auxilia na redução da inflamação; 
➢ Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso 
profundo; 
➢ Diminui a rigidez articular; 
➢ Alivia dor e espasmo nos músculos profundos. 
 
Efeitos clínicos: 
➢ Regeneração de tecidos moles; 
➢ Resolução de hematomas; 
➢ Lesões de tornozelo (recentes); 
➢ Dor (cervical e lombar aguda; algumas dores 
musculares e articulares); 
➢ Regeneração nervosa; 
➢ Osteoartrite. 
 
 
 
 
 O aparelho para aplicar ondas curtas pulsadas ou 
contínuas é o mesmo, a diferença vai se dar na programação. 
Pode utilizar placas metálicas flexíveis (eletrodos maleáveis) ou 
então discos metálicos rígidos. Nos discos metálicos, o campo 
de ondas curtas é gerado entre as duas placas e a 
configuração dos eletrodos influencia na distribuição do campo 
dentro dos tecidos. 
 
Posicionamento dos eletrodos: 
✓ Aplicação contraplanar (transversa): é colocado um 
eletrodo de cada lado do membro; 
✓ Aplicação coplanar: os dois eletrodos são colocados do 
mesmo lado do membro. ATENÇÃO: se os eletrodos 
são colocados mais próximos do que a distância deles 
com a pele, o campo passará diretamente por eles e 
não ocorrerá tratamento dos tecidos. 
✓ Aplicação por indução: utiliza-se uma bobina que induz 
correntes secundárias (em redemoinho), gerando o 
campo eletromagnético necessário para 
proporcionar os mesmos efeitos das aplicações 
contraplanar e coplanar. 
 
 Alguns parâmetros devem ser observados no 
momento da aplicação. Com relação às ondas curtas contínuas, 
o terapeuta deve prestar atenção na frequência, na potência, 
no tempo de irradiação, no método de aplicação e no tipo de 
campo usado. Já nas ondas curtas pulsadas, deve-se observar, 
Ondas curtas e micro-ondas 
além dos parâmetros anteriores, o pico de potência, a potência 
média, a força do pulso e o período de repouso ou o número de 
pulsos por segundo. 
Preparo do paciente: 
➢ Examinar a sensibilidade térmica e dolorosa do 
paciente; 
➢ Excluir contraindicações; 
➢ Assegurar que todos os objetos metálicos sejam 
removidos da área de tratamento, assim como auxílios 
auditivos, bandagens e roupas; 
➢ Assegurar que a pele esteja seca; 
➢ Solicitar o relato imediato de qualquer sensação 
percebida durante o tratamento. 
No aparelho, devemos verificar: 
➢ Cabos conectados corretamente; 
➢ Cabos/aplicadores não encostem em superfícies 
metálicas; 
➢ Aplicador alinhado apropriadamente para 
transferência máxima de energia; 
➢ Gônadas não estejam sujeitas à radiação; 
➢ Cabos longe de tecidos do paciente que não se 
pretenda tratar; 
➢ Suporte do paciente (por ex.: cadeira ou cama) não 
seja metálico e que todos os objetos metálicos sejam 
mantidos pelo menos 3m distantes do aplicador e dos 
cabos. 
Contraindicações: 
➢ Marcapassos implantados; 
➢ Metal nos tecidos ou fixadores externos; 
➢ Sensação térmica comprometida; 
➢ Pacientes que não cooperam; 
➢ Gestação; 
➢ Áreas hemorrágicas; 
➢ Tecido isquêmico; 
➢ Tumores malignos; 
➢ Tuberculose ativa; 
➢ Trombose venosa recente; 
➢ Paciente piréxico (estado febril); 
➢ Áreas da pele afetadas por sessões de raio-X; 
➢ Epífise em crescimento. 
 
 
 
 Existem dois comprimentos de onda disponíveis para 
uso fisioterapêutico: 122,5mm (2450MHz) e 327mm (915MHz). O 
primeiro produz um aquecimento mais superficial devido ao seu 
grau menor de penetração. O segundo gera aquecimento 
profundo. 
 A penetração da onda é proporcional ao seu 
comprimento (quanto maior for o comprimento, mais profundo 
é a penetração). 
 
 As micro-ondas inicialmente radiadas podem ser 
absorvidas, transmitidas, sofrer refração ou sofrer reflexão. 
 Vasos sanguíneos, músculos, pele úmida e órgãos 
internos são exemplos de tecidos que absorvem melhor as 
micro-ondas. Somente as radiações que são absorvidas podem 
ser consideradas como tendo algum potencial efeito 
terapêutico. A transmissão, refração e reflexão modificam 
somente o local no qual a energia é eventualmente absorvida. 
 CUIDADOS: o fisioterapeuta que aplica o tratamento 
não deve ficar na linha direta do feixe ou dentro da área a 2m 
da antena. Os operadores também devem estar cientes de que 
a reflexão do paciente pode ser de 50-75% e quase 100% do 
metal do aparelho. 
Riscos da diatermia por micro-ondas: 
➢ Queimaduras; 
➢ Exacerbação de sintomas após o tratamento de 
condições inflamatórias, distúrbios infecciosos, áreas 
com bursite ou edema, condições hemorrágicas, 
doença cardíaca grave; 
➢ Insuficiência cardíaca ou interferência em 
marcapassos cardíacos; 
➢ Alastramento de patologias incluindo tumores, 
tuberculose ativa e infecções agudas; 
➢ Início de gestação (3 primeiros meses). 
 As contraindicações serão as mesmas da diatermia 
por ondas curtas.

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