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Direito no Brasil República (1930-1945)

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Direito no Brasil
República (1930-1945)
Em 1930, Getúlio Vargas tomou o poder
através de um golpe de Estado. O estopim
foi a desavença entre mineiros e paulistas
pela sucessão da presidência quando das
eleições de 1930, com vitória do paulista
Júlio Prestes, pleito amplamente
questionado por denúncias de fraude,
fomentando um movimento revoltoso para
impedir a posse do eleito.
- O Brasil sofria grave crise econômica em
virtude da queda da Bolsa de Valores de
Nova York em 1929.
Diversos movimentos surgiram de vários
estados do Brasil e tomaram parte na
capital, Rio de Janeiro, onde o presidente
eleito foi deposto dando fim à República
Velha. Assim, em 3 de novembro de 1930,
Getúlio Vargas, como líder do movimento de
oposição, foi empossado presidente da
república, num governo que se pretendia
provisório.
Vargas assumiu o poder e logo impôs seu
modelo autoritário visando conter qualquer
tipo de mobilização contrária ao seu
governo.
- Mas o Governo de Vargas instaurou o
Código Eleitoral Brasileiros, que enfim
permitiu o voto feminino, o voto secreto, e a
justiça eleitoral.
A constituição de 1934
A Assembleia Constituinte tratou de unir e
apaziguar os ânimos políticos do Brasil
buscando criar um corpo legislativo
consistente e variado para discutir os
fundamentos da nova Constituição.
Na nova Constituição, o modelo federativo
foi mantido, prezando pela soberania do
povo (Art. 2º) e mantendo a tripartição dos
poderes (Art. 3º).
A noção de direitos sociais foi
significativamente instaurada com a
Constituição de 1934: jornada de trabalho de
oito horas, salário mínimo, férias, descanso
semanal remunerado, proibição de distinção
de pagamento em virtude do sexo, idade ou
nacionalidade, demonstrando preocupação
com a criança e o adolescente e instituindo
a Justiça do Trabalho. Foi instituído,
também, o concurso público para
provimento do serviço público, o que abriu a
possibilidade de as classes mais baixas
acessar a carreira.
A Constituição assegura a brasileiros e
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade dos direitos à liberdade, à
subsistência, à segurança individual e à
propriedade, enaltecendo os princípios da
igualdade perante a lei, liberdade de
pensamento e convicções políticas, religiosas
e filosóficas etc…
Através da Assembleia Nacional
Constituinte, Getúlio Vargas foi mantido na
presidência, demonstrando claramente sua
1
articulação política para seguir no comando
do País. Apesar de durar apenas três anos,
a Constituição de 1934 foi muito
significativa por inserir nos debates
constitucionais alguns princípios de ordem
social e econômica que demonstravam o
amadurecimento da ordem jurídica
brasileira.
A Constituição de 1937
A partir disso é criado o Estado novo, e o
Brasil passa a ser um Regime de governo
Autoritário e ditatorial.
- O governo de getúlio era visto como um
governo conservador.
- O Brasil encontrava-se seriamente
instável na metade da década de 1930.
- Movimento comunista tomava cada vez
mais força entre as classes trabalhadoras e
grupos intelectuais.
- Igreja Católica se mobilizava junto a
lideranças políticas condenando regimes
ideológicos liberais e comunistas.
- Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo,
decretando o fim das instâncias
democráticas, motivado pelo sentimento de
“segurança nacional” e por um pretensioso
clamor de nacionalismo.
- Getúlio ordenou a criação de um novo
sistema administrativo, diante do desejo de
instaurar a pretensiosa estabilidade política
perante “ameaças” proclamadas pelo
governo e por parcelas da sociedade.
- O contexto social e político se tornou
vinculado à ditadura do Estado Novo, em
que os direitos políticos foram cassados, a
liberdade de imprensa reprimida e
censurada, os movimentos operários de
esquerda contidos e tornados ilegais, os
opositores políticos presos, torturados e
exilados. Apesar disso, o governo Vargas
instaurou um regime que buscava atualizar
as políticas sociais no que tange à educação,
principalmente através da nacionalização do
ensino, garantindo algumas premissas
trabalhistas, promovendo políticas de
nacionalização da exploração de minerais
como o petróleo e fomentando a
industrialização brasileira.
-A Constituição de 1937 fechou o poder
legislativo na União, nos estados e
municípios, subordinou o Poder Judiciário ao
Presidente da República, a liberdade de
atuação à polícia especializada, o que
aumentou as prisões sem mandado ou
inquérito policial, fomentou a propaganda
de governo visando criar uma imagem
positiva do regime e do presidente,
restringiu o direito de greve dos
trabalhadores, reintroduziu a pena de
morte.
O Código de Processo Civil de 1939
Buscou atualizar as demandas jurídicas
diante da nova realidade do Estado Novo. e
buscou dar maior eficiência para a justiça
brasileira.
O Código de Processo Penal
encerrou a série de atualizações que o
Estado Novo promoveu na esfera jurídica no
Brasil, introduzindo técnicas mais objetivas
e eficientes nos processos penais.
2
A CLT de 1943
Diante do contexto de industrialização e
urbanização do Brasil e pelas necessidades
e demandas inerentes a essa realidade, foi
instituída no Brasil a Consolidação das Leis
Trabalhistas de 1943 (CLT). Essa legislação
surgiu pela existência de um judiciário
trabalhista e pelas limitações que a
Constituição de 1937 apresentava diante da
complexidade do mundo do trabalho tanto
urbano como rural.
- De maneira geral, a CLT visa proteger o
trabalhador, regular as relações de trabalho
e ordenar o direito do trabalho. As relações
abusivas de trabalho são condenadas e
disciplinadas com a CLT.
- O documento prevê empregado todo
trabalhador que preste serviço regular a
uma empresa e que receba um salário,
criando uma dependência entre empregador
e empregado, prevê equiparação de salários
entre homens e mulheres (Art. 5º), torna
obrigatória a carteira de trabalho (Art. 13), o
salário mínimo, o sistema de previdência e
direito a férias remuneradas.
- Trabalho diário de 8 horas
- Trabalho noturno maior remuneração
- Para o trabalho das mulheres, a CLT
estipula as mesmas condições do trabalho
masculino
Sendo proibido:
I - publicar ou fazer publicar anúncio de
emprego no qual haja referência ao sexo, à
idade, à cor ou situação familiar, salvo
quando a natureza da atividade a ser
exercida, pública e notoriamente, assim o
exigir;
II - recusar emprego, promoção ou motivar
a dispensa do trabalho em razão de sexo,
idade, cor, situação familiar ou estado de
gravidez, salvo quando a natureza da
atividade seja notória e publicamente
incompatível;
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou
situação familiar como variável
determinante para fins de remuneração,
formação profissional e oportunidades de
ascensão profissional;
Etc,....
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