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Luana Martins Dourado Enfermagem 5º Semestre A RESISTÊNCIA BACTERIANA NO CONTEXTO DA INFECÇÃO HOSPITALAR Introdução O QUE É UMA BACTÉRIA? o As bactérias são parte integral e inseparável da vida na terra. Elas são encontradas em qualquer lugar, revestem a pele, as mucosas e cobrem o trato intestinal dos homens e dos animais. o As bactérias têm um curto tempo de geração – minutos ou horas – elas podem responder rapidamente as mudanças do ambiente. Assim, quando os antibióticos são introduzidos no ambiente, as bactérias respondem tornando-se resistentes àquelas drogas. o A resistência aos antibióticos se desenvolve como uma natural conseqüência da habilidade da população bacteriana de se adaptar. o O uso indiscriminado de antibióticos aumenta a pressão seletiva e, também, a oportunidade da bactéria ser exposta aos mesmos. Resistência bacteriana ? Alguns exemplos o Staphylococcus aureus resistente à meticilina. o Enterococos resistente à vancomicina. o Expulsar as moléculas do antibiótico de dentro de seu corpo através das bombas de fluxo o Outras modificam a estrutura onde o medicamento fazia sua ligação química para causar seu efeito o Produzir enzimas que destroem o remédio antes mesmo de haver o contato. o Bactérias conseguem transmitir essas mutações genéticas para suas filhas, dando origem a toda uma linhagem resistente. o Além disso, pode haver a transmissão de genes de resistência entre esses microrganismos, inclusive entre bactérias de espécies diferentes. Mecanismos de resistência bacteriana https://blog.neoprospecta.com/desafios-resistencia-bacteriana/ Como os antibióticos funcionam o Prejuízo à parede celular: A penicilina funciona justamente por impedir a formação dessa estrutura quando a bactéria está se multiplicando, o que leva à sua destruição; o Prejuízo à membrana celular: trata-se de outra estrutura de proteção, que pode ser rompida por alguns medicamentos; o Inibição da síntese de proteínas: outros antibióticos atuam nos ribossomos, organelas responsáveis pela produção de proteínas, o que impede a sobrevivência das bactérias; o Interferência no material genético: o medicamento atua em enzimas responsáveis pela formação dos cromossomos desses microrganismos, prejudicando sua multiplicação; o Bloqueio da produção do ácido fólico: as bactérias precisam do ácido fólico para a sua sobrevivência pois é utilizado para a síntese de DNA e RNA, e alguns antibióticos funcionam justamente ao bloquear a síntese dessa substância. http://segundocientista.blogspot.com/2017/03/acao-dos-antibioticos-sobre-as-bacterias.html A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR PARA MINIMIZAR A RESISTÊNCIA BACTERIANA o Hospitais, especialmente, os que possuem unidade de terapia intensiva (UTI), centro cirúrgico, unidades de pediatria,etc,em que os pacientes são tratados com antibióticos, representam um “habitat” que alberga bactérias que podem tornar-se resistentes àquelas drogas. Alguns fatores que influenciam a seleção de mutantes antibióticos resistentes o Estado imunológico do paciente. o O número de bactérias no sítio de infecção. o O mecanismo de ação do antibiótico o O nível da droga que atinge a população bacteriana Atualmente existem três principais forças que estão envolvidas nas infecções hospitalares. o A primeira força é o uso excessivo de antimicrobianos nos hospitais. o A segundas força é que muitos profissionais de saúde falham em não adotar as medidas básicas de controle de infecção hospitalar, tais como a lavagem das mãos. o A terceira, é constituída por pacientes hospitalizados que têm sistema imune muito comprometido. o O moderno controle da infecção hospitalar está fundamentado no trabalho de Ignaz Semmelweis, quando, em 1847, demonstrou a importância da lavagem das mãos para o controle da transmissão da infecção nos hospitais Detectou que o risco de infecção, transmissão e morte por febre puerperal ( Febre do pós-parto) que acometia um grande número de parturientes na época, era mais freqüente na sala de parto dos cirurgiões em comparação com a das parteiras; e era causada pelo que chamou de “partículas cadavéricas” trazidas por estes e estudantes de medicina vindos da sala de autopsia. https://www.jw.org/pt/biblioteca/revistas/despertai-n3-junho-2016/ignaz-semmelweis-febre-do-pos-parto-teoria-dos-germes/ https://www.addmaster.co.uk/blog/how-ignaz-semmelweis-advocated-infection-control Importância da lavagem das mãos para profissionais da área da saúde https://www.tuasaude.com/a-importancia-de-lavar-as-maos/ INFECÇÃO HOSPITALAR: A RELEVÂNCIA DO PROBLEMA o As infecções atribuídas a bacteriemia adquiridas no ambiente hospitalar aumentam o tempo da permanência do paciente na UTI por um período de 8 dias e, o tempo de hospitalização por 14 dias, o que prejudica o tratamento. o Nas últimas décadas, a resistência bacteriana tem causado um impacto significativo no ambiente hospitalar e na comunidade do mundo todo. REFLEXÕES FINAIS o Sobre os perigos inerentes à hospitalização e o impacto da resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar, evidência o importante papel dos profissionais de saúde, especialmente médicos e enfermeiros, no controle da infecção hospitalar e da co- participação responsável dos mesmos no intuito de minimizar a emergência de novas cepas de bactérias antibiótico-resistentes. o Cabe aos profissionais de saúde refletirem sobre as graves conseqüências do uso indiscriminado de antibióticos e da importância da necessidade de se adotar, rigorosamente, as medidas de assepsia para o controle de infecção hospitalar. o Infecção hospitalar controlada, resistência bacteriana diminuída! Curiosidades o As infecções por “superbactérias” (KPC) resistentes a medicamentos têm sido chamadas de ameaça à saúde pública que pode atrasar o progresso médico em um século. Especialistas em saúde alertam que essas infecções podem causar alguns germes que não podem ser tratados. o Portanto, houve uma notícia surpreendente em um relatório recente: as mortes por superbactérias nos Estados Unidos parecem estar caindo. o Cerca de 36.000 americanos morreram de infecções resistentes a medicamentos em 2017, em comparação com os 44.000 estimados em 2013. Essa informação vem dos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC). o O recente relatório do CDC diz que a diminuição é resultado principalmente de um grande esforço dos hospitais para controlar a propagação de infecções muito perigosas. Obrigada! Referências SANTOS, Neusa de Queiroz. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar.Texto & Contexto-Enfermagem, 2004, 13.SPE: 64-70. STOBBE, Mike US Superbug Infections Rising, Deaths Falling. Disponível em: https://learningenglish.voanews.com/a/u-s-superbug-infections-rising-deaths- falling/5168055.html/ DOS SANTOS SANTOS, Angélica; NASCIMENTO, Brener Rafael; SOUSA, Cinthya Clara Silva. A descoberta de Semmelweis.Revista de Saúde do UNICEPLAC, 2016, 3.1. https://learningenglish.voanews.com/a/u-s-superbug-infections-rising-deaths-falling/5168055.html/
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