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Legislação institucional da PM

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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL DA PM 
Atualizada em 12/02/19 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2019 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em 
qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado 
com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da 
Loja do Concurseiro. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
3 
 
 
PROGRAMA: 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL: Lei Complementar 
53/2006 (art 1º ao 13 e art 42 ao 48); Lei 6.833/2006 
(art. 1º ao 55 e art 155 ao 173); Lei 5.251/85 (art 1º ao 
87 e art 120 ao 125), (disponível no site da FADESP) 
 
LEI COMPLEMENTAR 53/2006 (ART 1º AO 13 E ART 42 
AO 48) 
 
 
LEI DE ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA PMPA 
 
LEI COMPLEMENTAR Nº 053, DE 7 DE FEVEREIRO DE 
2006. 
 
Dispõe sobre a organização básica e fixa o efetivo da 
Polícia Militar do Pará - PMPA, e dá outras providências. 
 
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ 
estatui e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: 
 
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º A Polícia Militar do Pará - PMPA é instituição 
permanente, força auxiliar e reserva do Exército, 
organizada com base na hierarquia e disciplina 
militares, subordinada ao Governador do Estado, 
cabendo-lhe a polícia ostensiva e a preservação da 
ordem pública, atividade-fim da corporação, para a 
incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Art. 2º A Polícia Militar do Pará compõe o Sistema de 
Segurança Pública do Estado, é vinculada à Secretaria 
Especial de Estado de Defesa Social, nos termos da 
legislação estadual em vigor, atua de forma integrada 
com os demais órgãos de defesa social do Estado, em 
parceria com os demais órgãos públicos, privados e a 
comunidade, de maneira a garantir a eficiência de suas 
atividades. 
Parágrafo único. A PMPA é órgão da administração 
direta do Estado, com dotação orçamentária própria, 
autonomia administrativa e funcional. 
 
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
Art. 3° São princípios basilares a serem observados pela 
PMPA: 
I - a hierarquia; 
II - a disciplina; 
III - a legalidade; 
IV - a impessoalidade; 
V - a moralidade; 
VI - a publicidade; 
VII - a eficiência; 
VIII - a promoção, a garantia e o respeito à dignidade e 
aos direitos humanos; 
IX - o profissionalismo; 
X - a probidade; 
XI - a ética. 
 
CAPÍTULO III 
DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 4º Compete à PMPA, dentre outras atribuições 
previstas em lei: 
I - planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar, 
controlar e executar as ações de polícia ostensiva e de 
preservação da ordem pública, que devem ser 
desenvolvidas prioritariamente para assegurar a 
incolumidade das pessoas e do patrimônio, o 
cumprimento da lei e o exercício dos poderes 
constituídos; 
II - executar, com exclusividade, ressalvadas as missões 
peculiares às Forças Armadas, o policiamento 
ostensivo fardado para prevenção e repressão dos 
LEGISLAÇÃO 
INSTITUCIONAL 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
4 
ilícitos penais e infrações definidas em lei, bem como as 
ações necessárias ao pronto restabelecimento da 
ordem pública; 
III - atender à convocação do governo federal em 
caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir 
grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção, 
subordinando-se ao Comando do Exército no Estado 
do Pará, em suas atribuições específicas de polícia 
militar e como participante da defesa territorial, para 
emprego nesses casos; 
IV - atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em locais 
ou áreas específicas em que se presuma ser possível 
e/ou ocorra perturbação da ordem pública ou pânico; 
V - atuar de maneira repressiva em caso de perturbação 
da ordem, precedendo eventual emprego das Forças 
Armadas; 
VI - exercer a polícia ostensiva e a fiscalização de 
trânsito nas rodovias estaduais, além de outras ações 
destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito, e 
nas vias urbanas e rurais, quando assim se dispuser; 
VII - exercer a polícia administrativa do meio ambiente, 
nos termos de sua competência, na constatação de 
infrações ambientais, na apuração, autuação, perícia, e 
outras ações legais pertinentes, quando assim se 
dispuser, conjuntamente com os demais órgãos 
ambientais, colaborando na fiscalização das florestas, 
rios, estuários e em tudo que for relacionado com a 
fiscalização do meio ambiente; 
VIII - participar, quando convocada ou mobilizada pela 
União, do planejamento e das ações destinadas à 
garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, 
e à defesa territorial; 
IX - proceder, nos termos da lei, à apuração das 
infrações penais de competência da polícia judiciária 
militar; 
X - planejar e realizar ações de inteligência destinadas 
à prevenção criminal e ao exercício da polícia ostensiva 
e da preservação da ordem pública na esfera de sua 
competência, observados os direitos e garantias 
individuais; 
XI - realizar correições e inspeções, em caráter 
permanente ou extraordinário, na esfera de sua 
competência; 
XII - autorizar, mediante prévio conhecimento, a 
realização de reuniões ou eventos de caráter público ou 
privado, em locais públicos que envolvam grande 
concentração de pessoas, para fins de planejamento e 
execução das ações de polícia ostensiva e de 
preservação da ordem pública; 
XIII - emitir, com exclusividade, pareceres e relatórios 
técnicos relativos à polícia ostensiva, à preservação da 
ordem pública e às situações de conflitos e de pânico 
no âmbito de sua competência; 
XIV - fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e 
normativos pertinentes à polícia ostensiva e à 
preservação da ordem pública, aplicando as sanções 
previstas na legislação específica; 
XV - realizar pesquisas técnico-científicas, estatísticas e 
exames técnicos relacionados às atividades de polícia 
ostensiva, de preservação da ordem pública, de polícia 
judiciária militar e de situações de pânico, e outras 
pertinentes; 
XVI - acessar os bancos de dados existentes nos órgãos 
de segurança pública e defesa social do Estado do 
Pará e, quando assim se dispuser, da União, 
relativos à identificação civil e criminal, de armas, 
veículos, objetos e outros, observado o disposto no 
inciso X do art. 5° da Constituição Federal; 
XVII - realizar a segurança interna do Estado; 
XVIII - proteger os patrimônios histórico, artístico, 
turístico e cultural; 
XIX - realizar o policiamento assistencial de proteção às 
crianças, aos adolescentes e aos idosos, o 
patrulhamento aéreo e fluvial, a guarda externa de 
estabelecimentos penais e as missões de segurança de 
dignitários em conformidade com a lei; 
XX - gerenciar as situações de crise que envolva reféns; 
XXI - apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário 
Estadual no cumprimento de suas decisões; 
XXII - apoiar, quando requisitada, as atividadesdo 
Ministério Público Estadual; 
XXIII - realizar, em situações especiais, o policiamento 
velado para garantir a eficiência das ações de polícia 
ostensiva e de preservação da ordem pública. 
Parágrafo único. Para o desempenho das funções a que 
se refere o inciso IX deste artigo, a Polícia Militar 
requisitará exames periciais e adotará providências 
cautelares destinadas a colher e resguardar indícios ou 
provas da ocorrência de infrações penais no âmbito de 
suas atribuições, sem prejuízo da competência dos 
demais órgãos policiais. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
5 
TÍTULO II 
DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR 
CAPÍTULO I DA ESTRUTURA GERAL 
 
Art. 5º A organização básica da Polícia Militar do Pará 
terá a seguinte estrutura, conforme Anexo III: 
I - órgãos de direção; 
II - órgãos de apoio; 
III - órgãos de execução. 
§ 1º Os órgãos de direção subdividem-se em órgãos 
de direção geral e órgãos de direção intermediária e 
setorial. 
§ 2º O Comando Geral da Polícia Militar, constituído 
pelos órgãos de direção geral, realiza o comando, a 
gestão, o planejamento estratégico e a correição, 
visando à organização e o emprego da corporação para 
o cumprimento de suas missões, acionando, por meio 
de diretrizes e ordens, os órgãos de direção 
intermediária ou setorial, de apoio e de execução, 
supervisionando, coordenando, controlando e 
fiscalizando a atuação desses órgãos. 
§ 3º Os órgãos de direção intermediária são os 
Comandos Operacionais Intermediários e os órgãos de 
direção setorial são as Diretorias e o Corpo Militar de 
Saúde. 
§ 4º Os órgãos de direção intermediária ou setorial 
estão no mesmo nível hierárquico e se destinam à 
realização das atividades de gestão setorizada da polícia 
ostensiva, de pessoal, de logística, de finanças, de 
ensino e instrução, de polícia comunitária, de direitos 
humanos e de saúde, supervisionando, coordenando, 
controlando e fiscalizando, por meio de diretrizes e 
ordens emanadas dos órgãos de direção geral, a 
atuação dos órgãos de apoio e execução subordinados. 
§ 5º Os órgãos de apoio destinam-se ao atendimento 
das necessidades de pessoal, logística, ensino e 
instrução e saúde, executando, por meio de diretrizes e 
ordens, as atividades meio da corporação para 
cumprimento de suas missões e destinação. 
§ 6º Os órgãos de execução são as unidades 
operacionais de polícia ostensiva, que executam, por 
meio de diretrizes e ordens, a atividade-fim da 
corporação para cumprimento de suas missões e 
destinação. 
§ 7º Os órgãos de direção, de apoio e de execução são 
subordinados ao Comandante Geral da corporação. 
§ 8º As funções dos órgãos de direção, de apoio e de 
execução são inerentes ao pessoal da ativa da 
corporação. 
 
CAPÍTULO II 
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL 
 
Seção I 
Da Constituição e Atribuições dos Órgãos de Direção 
Geral 
 
Art. 6º Os órgãos de direção geral integram o 
comando-geral da corporação, que compreende: 
I - Comandante-geral; 
II - Alto Comando da Polícia Militar; 
III - Estado-Maior Geral; 
IV - Corregedoria Geral; 
V - Departamento Geral de Administração; 
VI - Departamento Geral de Operações; 
VII - Centro de Inteligência; 
VIII - Gabinete do Comandante Geral; 
IX - Ajudância Geral; . 
X Consultoria jurídica . 
XI - Comissão Permanente de Controle Interno; 
XII - Comissão Permanente de Licitação. 
Art. 7° O Comandante Geral é equiparado a Secretários 
de Estado, fazendo jus às prerrogativas e honras de 
cargo de Secretário de Estado, sendo nomeado pelo 
Governador do Estado dentre os oficiais da ativa da 
Corporação, do último posto do Quadro de Oficiais 
Policiais Militares Combatentes, não convocado da 
reserva, possuidor do Curso Superior de Polícia, nos 
termos da legislação vigente. 
 
Art. 8º Compete ao Comandante-geral: 
I - o comando, a gestão, o emprego, a supervisão e a 
coordenação geral das atividades da corporação, 
assessorado pelos órgãos de direção e de execução; 
II - a presidência do Alto Comando da Polícia Militar, da 
Comissão de Promoção de Oficiais e do Conselho do 
Mérito Policial-Militar; 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
6 
III - encaminhar, ao órgão competente, o projeto de 
orçamento anual referente à Polícia Militar e participar, 
no que couber, da elaboração do plano plurianual; 
IV - celebrar convênios e contratos de interesse da 
Polícia Militar com entidades de direito público ou 
privado, nos termos da lei; 
V - nomear e exonerar policiais militares no exercício 
das funções de direção, comando e assessoramento, 
nos termos desta lei Complementar; 
VI - autorizar policiais militares e servidores civis da 
corporação a se afastarem do Estado; 
VII - ordenar o emprego de verbas orçamentárias ou 
de créditos abertos em favor da Polícia Militar e de 
outros recursos que esta venha a receber, oriundos de 
quaisquer fontes de receitas; 
VIII - expedir os atos necessários para a administração 
da Polícia Militar; 
IX - incorporar praças e praças especiais; 
X - promover praças e declarar aspirantes-a-oficial; 
XI - conceder férias, licenças ou afastamentos de 
qualquer natureza; 
XII - instaurar e solucionar procedimentos e processos 
administrativos, disciplinares ou não, aplicando as 
penalidades previstas na legislação vigente; 
XIII - criar, desenvolver e gerenciar programas de 
prevenção da violência e criminalidade que visem à 
melhoria da qualidade de vida do cidadão. 
§ 1º REVOGADO. 
§ 2º O Comandante-geral poderá delegar competência 
para a expedição de atos administrativos, visando à 
agilização da gestão da corporação. 
§ 3º Nos impedimentos ou ausências do Comandante 
Geral, responderá pelo Comando Geral o Chefe do 
Estado-Maior Geral e, no impedimento ou ausência 
deste, seguirá a seguinte ordem de prioridade: o 
Corregedor Geral, o Chefe do Departamento Geral de 
Administração, o Chefe do Departamento Geral de 
Operações e o Comandante de Policiamento Regional 
mais antigo na Região Metropolitana de Belém. 
§ 4º Para efeito do previsto no § 3º não será 
considerado o Oficial que estiver respondendo pela 
função. 
 
 
 
Art. 8º-A O Alto Comando da Policia Militar é o órgão 
colegiado, com atribuições deliberativas e consultivas, 
assim constituído: 
I - Presidente: Comandante Geral; 
II - Membros Natos: 
a) Chefe do Estado-Maior Geral; 
b) Corregedor Geral; 
c) Chefe do Departamento Geral de Administração; 
d) Chefe do Departamento Geral de Operações; 
III - Membros Efetivos: dez oficiais do último posto da 
Corporação, designados pelo Comandante Geral, 
podendo ser reconduzidos, individualmente, salvo o 
previsto no § 4º do art. 8º-B”. 
Art. 8º-B São atribuições do Alto Comando da 
Polícia Militar, no âmbito da Corporação: 
I - em caráter consultivo, manifestar-se sobre: 
a) orçamento anual da Polícia Militar; 
b) outros assuntos de interesse da Polícia Militar. 
II - em caráter deliberativo, manifestar-se sobre: 
a) elaboração de reforma ou projeto de lei que envolva 
a Polícia Militar; 
b) expedição de atos normativos provenientes de suas 
deliberações; 
c) propostas referentes ao aumento do efetivo e 
criação, e extinção de cargos, a serem encaminhadas ao 
Governo do Estado; 
d) conflitos de atribuições entre os órgãos de direção, de 
apoio e de execução; 
e) proposta referente à remuneração, a ser 
encaminhada ao Governador do Estado. 
§ 1º O Alto Comando da Polícia Militar reunir-se-á 
semestralmente em caráter ordinário e, 
extraordinariamente, mediante convocação de seu 
presidente ou de dois terços de seus membros. 
§ 2º O funcionamento do Alto Comando será definido 
em regimento interno, elaborado e aprovado por seus 
membros, sendo suas decisões tomadas por maioria 
relativa de votos, garantida a maioria absoluta na 
sessão. 
§ 3º O presidente do Alto Comando não votará, salvo 
no caso de haver empate dos votos, cabendo-lhe o voto 
de desempate. 
§ 4ºO Comandante Geral que for exonerado do cargo e 
não tiver tempo de serviço para transferência à 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
7 
inatividade, conforme a lei, ficará classificado no Alto 
Comando da Polícia Militar, ocupando vaga de membro 
efetivo, pelo período de até dois anos ininterruptos, 
podendo ser reconduzido por igual período, salvo opção 
em contrário. 
§ 5º O ex-Comandante Geral na situação prevista no 
parágrafo anterior, ao completar o tempo de serviço 
para a inatividade antes dos dois anos previstos, será 
transferido ex officio para a reserva remunerada. 
§ 6º A decisão do Alto Comando da Polícia Militar, 
instituída por meio de resolução, será publicada em 
Diário Oficial do Estado, após homologação do 
Governador do Estado. 
Art. 9º REVOGADO 
Art. 9º-A O Estado-Maior é o órgão de direção geral 
responsável, perante o Comandante Geral, pelo 
planejamento, organização, direção e controle das 
atividades da Corporação, elaborando diretrizes e ordens 
de Comando em consonância com a missão institucional 
e a política de segurança pública do Estado. 
§ 1º A Chefia do Estado-Maior será assim composta: 
I - Gabinete: 
a) Chefe do Estado-Maior Geral; 
b) Assistência; 
c) Ajudância de Ordens. 
II - Seções do Estado-Maior Geral; 
III - Secretaria: 
§ 2º As Seções do Estado-Maior serão assim 
constituídas: 
I - 1ª Seção (PM/1): Política de Gestão de Pessoas: 
a) Subseção de Planejamento de Pessoal; 
b) Subseção de Planejamento da Saúde 
Biopsicossocial; 
c) Subseção de Legislação; 
II - 2ª Seção (PM/2): Política e Planejamento de 
Inteligência: 
a) Subseção de Pesquisa e Análise Criminal; 
b) Subseção de Estatística Institucional; 
c) Subseção de Inteligência Estratégica; 
 
 
 
III - 3ª Seção (PM/3): Política e Planejamento de 
Preservação da Ordem Pública: 
a) Subseção de Metodologias de Integração e 
Mobilização Social; 
b) Subseção de Metodologias Preventivas e 
Repressivas; 
c) Subseção de Formação Inicial e Continuada; 
IV - 4ª Seção (PM/4): Política e Planejamento de 
Logística: 
a) Subseção de Estudo e Administração de 
Material Bélico; 
b) Subseção de Logística; 
c) Subseção de Tecnologia da Informação e 
Comunicações. 
V - 5ª Seção (PM/5): Comunicação Organizacional: 
a) Subseção de Comunicação Interna; 
b) Subseção de Relações Públicas; 
c) Subseção de Integração Comunitária. 
VI - 6ª Seção (PM/6): Planejamento e Orçamento: 
a) Subseção de Planejamento Orçamentário 
Institucional; 
b) Subseção de Projetos e Captação de Recursos; 
c) Subseção de Planejamento Estratégico; 
VII - 7ª Seção (PM/7) Seção de Gestão pela Qualidade: 
a) Subseção de Gerenciamento de Processos; 
b) Subseção de Planejamento da Qualidade; 
c) Subseção de Controle Estatístico e Avaliação de 
Resultados. 
§ 3º O Subcomandante Geral passa a denominar-se 
Chefe do Estado-Maior Geral com remuneração 
prevista no parágrafo único da Lei nº 7.519, de 10 de 
maio de 2011, indicado pelo Comandante Geral e 
nomeado pelo Governador do Estado dentre os oficiais 
da ativa da Corporação e do último posto do Quadro de 
Oficiais Policiais Militares Combatentes, nos termos da 
Lei, competindo-lhe: 
I - substituir o Comandante Geral nos seus 
impedimentos ou ausências, respondendo pelo 
Comando Geral da Corporação; 
II - assessorar o Comandante Geral na coordenação e 
supervisão geral das atividades da Corporação por meio 
do controle das atividades dos órgãos de direção 
setorial; 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
8 
III - coordenar a elaboração do planejamento 
estratégico; 
IV - assessorar o Comandante Geral na formulação da 
doutrina de preparo e emprego da tropa e na definição 
das políticas de comando; 
V - assegurar a atuação convergente e dinâmica dos 
órgãos de direção, apoio e execução; 
VI - elaborar e estabelecer ordens, instruções, diretrizes, 
planos e orientações pertinentes à implementação das 
políticas do Comandante Geral, visando à consecução 
dos objetivos e metas estabelecidos; 
VII - supervisionar a execução das diretrizes, planos e 
ordens; 
VIII - orientar e dirigir os trabalhos do Estado-Maior 
Geral, praticando os atos necessários ao seu 
funcionamento; 
IX - realizar inspeções periódicas; 
X - desempenhar outras atribuições delegadas pelo 
Comandante Geral. 
 
§ 4º Se a escolha do Chefe do Estado-Maior Geral não 
recair no oficial mais antigo, este terá precedência 
hierárquica e funcional sobre os demais oficiais. 
§ 5º Na ausência do Chefe do Estado-Maior Geral 
responderá por esta Chefia o Corregedor Geral, o 
Chefe do Departamento Geral de Administração ou 
Chefe do Departamento Geral de Operações. 
§ 6º Os Chefes de Seção do Estado-Maior serão 
oficiais no Posto de Tenente Coronel do Quadro de 
Oficiais Policiais Militares. 
§ 7º Os Chefes das Subseções e da Secretaria do 
Estado-Maior serão oficiais no Posto de Major do 
Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 8º A Assistência de Gabinete do Chefe do Estado-Maior 
Geral será exercida por oficial no Posto de Tenente 
Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 9º A Ajudância de Ordens do Chefe do Estado-Maior 
Geral será exercida por dois oficiais no Posto de Capitão 
do Quadro de Oficiais Policiais Militares por ele 
indicados e nomeados pelo Comandante Geral. 
Art. 9º-B O Departamento Geral de Administração é o 
órgão de direção geral, responsável pela supervisão, 
coordenação, controle e fiscalização dos órgãos de direção 
setorial e de apoio, que realizam a atividade-meio da 
Corporação, assim constituído: 
I - Chefe do Departamento Geral de Administração; 
II - Seção de Controle da Qualidade: 
a) Subseção de Modelagem, Análise e Melhoria de 
Processos; 
b) Subseção de Programa de Qualidade na 
Gestão. 
III - Seção de Planejamento: 
a) Subseção de Informação e Análise; 
b) Subseção de Avaliação de Resultados. 
IV - Assistência; 
V - Secretaria; 
VI - Assessoria Técnica. 
§ 1º O Chefe do Departamento Geral de Administração 
será oficial no Posto de Coronel, do Quadro de Oficiais 
Policiais Militares, de livre escolha do Comandante 
Geral, que terá precedência hierárquica e funcional 
sobre os Diretores dos órgãos de direção setoriais. . 
§ 2º Na ausência do Chefe do Departamento Geral de 
Administração responderá pela referida Chefia o Diretor 
de órgão de direção setorial mais antigo dentre os 
Oficiais do Quadro de Combatentes. 
§ 3º Os Chefes de Seção do Departamento Geral de 
Administração serão oficiais no Posto de Tenente 
Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 4º Os Chefes das Subseções do Departamento Geral 
de Administração serão oficiais no Posto de Major do 
Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 5º O Assistente do Chefe do Departamento Geral de 
Administração será oficial no Posto de Tenente 
Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 6º A Secretaria será chefiada por 1º Tenente do Quadro 
de Administração. 
 
Art. 9º-C O Departamento Geral de Operações é o órgão 
de direção geral, responsável pela supervisão, 
coordenação, controle e fiscalização dos órgãos de 
direção intermediária e de execução da atividade-fim da 
Corporação, assim constituído: 
I - Chefe do Departamento Geral de Operações; 
II - Seção de Policiamento Preventivo: 
a) Subseção de Planejamento; 
b) Subseção de Avaliação de Resultados. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
9 
III - Seção de Policiamento Repressivo: 
a) Subseção de Planejamento; 
b) Subseção de Avaliação de Resultados; 
IV - Assistência; 
V - Secretaria. 
§ 1º O Chefe do Departamento Geral de Operações será 
oficial no Posto de Coronel, do Quadro de Oficiais 
Policiais Militares, de livre escolha do Comandante 
Geral, que terá precedência hierárquica e funcional 
sobre os Comandantes dos Órgãos de Direção 
Intermediária. 
§ 2º Na ausência do Chefe do Departamento Geral 
deOperações responderá por esta Chefia o 
Comandante de Órgão de Direção Intermediária mais 
antigo na Região Metropolitana de Belém. 
§ 3º Os Chefes de Seção do Departamento Geral de 
Operações serão oficiais no Posto de Tenente Coronel 
do Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 4º Os Chefes das Subseções do Departamento Geral 
de Operações serão oficiais no Posto de Major do 
Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 5º O Assistente do Chefe do Departamento Geral de 
Operações será oficial no Posto de Tenente Coronel do 
Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 6º A Secretaria será chefiada por 1º Tenente do 
Quadro de Oficiais de Administração. 
Art. 10. A Corregedoria-geral, diretamente vinculada 
ao Comandante-geral, é o órgão correicional da 
Polícia Militar de orientação, prevenção e 
fiscalização das atividades funcionais e da conduta 
profissional, visando ao aprimoramento da ética, da 
disciplina e da hierarquia entre os integrantes da 
corporação, com sede na capital do Estado, em imóvel 
distante e isolado de outras unidades policiais-militares 
e de fácil acesso ao público. 
§ 1º A Corregedoria-geral é chefiada por um oficial do 
último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, 
preferencialmente bacharel em Direito, designado pelo 
Comandante-geral e submetido à aprovação do 
Conselho Estadual de Segurança Pública. 
§ 2º A Corregedoria-geral terá a seguinte estrutura: 
I - Corregedor-Geral; 
II - Comissão Permanente de Correição-Geral, 
constituída por um Presidente, que acumulará a função 
de Subcorregedor-geral, e quatro oficiais-membros; 
III - Comissões Permanentes de Corregedoria dos 
Comandos Operacionais Intermediários, constituídas 
por um presidente e três oficiais-membros. 
§ 3º As comissões permanentes serão presididas por 
oficiais no posto de Tenente-Coronel do Quadro de 
Oficiais Policiais-Militares, preferencialmente bacharéis 
em Direito, competindo-lhes a realização da correição 
no âmbito de suas circunscrições. 
§ 4º Os membros das comissões permanentes serão 
oficiais do Quadro de Oficiais Policiais Militares. 
§ 5º Funcionará na Comissão Permanente de 
correição-geral uma Seção de Inteligência Disciplinar. 
§ 6º As comissões permanentes de corregedoria dos 
comandos operacionais intermediários deverão ser 
sediadas em local de fácil acesso ao público, em imóvel 
distante e isolado de outras unidades policiais-militares. 
Art. 11. Compete ao Corregedor-geral: 
I - exercer as atividades de polícia judiciária militar 
no âmbito da Polícia Militar, em conformidade com o 
Código de Processo Penal Militar; 
II - aplicar as prescrições das normas disciplinares 
da Polícia Militar, em relação a processos 
administrativos disciplinares, sindicâncias e inquéritos 
policiais- militares; 
III - instaurar e solucionar processos administrativos 
disciplinares, sindicâncias e inquéritos policiais-
militares, assim como determinar diligências, quando 
julgar necessário; 
IV - assessorar o Comandante-geral: 
a) na instauração e solução de Conselho de Disciplina, 
na proposição ao Governador do Estado, para 
nomeação, de Conselho de Justificação e ainda na 
apreciação de recurso relativo a Conselho de Disciplina; 
b) na adoção de providências diante de indícios de ato 
de improbidade administrativa apontados a partir de 
tomadas de contas especiais realizadas pela Comissão 
Permanente de Controle Interno; 
c) com exclusividade, na aprovação de instruções 
normativas das atividades de polícia judiciária militar e 
disciplinar, bem como das atividades operacionais e 
administrativas, de forma a reduzir a prática de atos de 
indisciplina e de ações que dificultem a apuração de 
responsabilidades no âmbito da corporação; 
V - prestar e solicitar informações legalmente 
permitidas a órgãos e entidades públicas ou 
particulares, necessárias à instrução de processos ou 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
10 
procedimentos administrativos disciplinares ou de 
interesse daqueles; 
VI - realizar a gestão dos recursos humanos e materiais 
da Corregedoria-Geral; 
VII - coordenar a integração das atividades 
administrativas entre as divisões e as comissões 
permanentes de corregedoria dos comandos 
operacionais intermediários que compõem a 
Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Pará. 
Art. 12. Compete à Comissão Permanente de Correição-
Geral: 
I - assessorar o Corregedor-Geral nas seguintes 
situações: 
a) aplicação das prescrições contidas em normas 
disciplinares da corporação, em relação aos inquéritos 
policiais militares, processos administrativos 
disciplinares e sindicâncias no âmbito da Polícia Militar; 
b) instauração dos procedimentos referidos no inciso 
anterior nas Comissões permanentes de corregedorias 
de comandos operacionais intermediários; 
c) atendimento de solicitação ou determinação legal 
relativa a processo ou procedimento disciplinar que 
esteja sob a guarda da corregedoria-Geral; 
d) atendimento de solicitação ou determinação legal 
relativa a processo ou procedimento disciplinar que 
esteja sob a guarda da Corregedoria-Geral; 
II - providenciar o cumprimento de cartas precatórias, 
de ordem disciplinar ou criminal, no âmbito da Polícia 
Militar; 
III - fiscalizar o emprego de policiais militares dentro 
dos limites legais e dos princípios que disciplinam a 
atividade policial-militar; 
IV - coordenar as comissões permanentes de 
corregedoria de comandos operacionais intermediários 
quanto à: 
a) fiscalização ostensiva de fato que envolva policial 
militar da corporação; 
b) realização de diligências que visem esclarecer a 
consistência de denúncia que envolva policial militar; 
c) produção de informes, informações e estatísticas 
acerca de fato que envolva policial militar na violação de 
norma civil, administrativa ou penal; 
d) coleta de indícios de infrações disciplinares ou 
criminais praticadas por policiais militares ou contra 
estes; 
e) instauração e realização de procedimentos e 
processos que apurem responsabilidade civil, 
administrativa ou criminal em fato que envolva policial 
militar; 
f) realização de escolta ou de custódia provisória de 
vítimas e testemunhas, ou de seus familiares, com 
potencial risco a sua integridade física; 
g) avaliação da consistência de denúncias contra 
policiais militares; 
V - proceder à correição de sindicâncias, processos 
administrativos e inquéritos policiaismilitares, 
sugerindo ao corregedor-geral, quando for o caso, a 
realização de novas diligências ou a avocação da 
decisão. 
Art. 13. Às comissões permanentes de corregedoria dos 
comandos operacionais intermediários, na circunscrição 
destes, compete: 
I - fiscalizar ostensivamente, em caráter preventivo e, 
quando necessário, repressivo, fatos que envolvam 
policiais militares, visando garantir legalidade e 
legitimidade em tais acontecimentos, assim como a 
observância dos princípios que norteiam o exercício da 
atividade policial; 
II - realizar proteção provisória e escolta de vítimas e 
testemunhas ameaçadas; 
III - realizar diligência para esclarecer a consistência de 
denúncia que envolva policial militar, inclusive 
auxiliando autoridade policial ou judiciária, quando 
requisitado ou solicitado oficialmente; 
IV - produzir informações e estatísticas acerca de fatos 
que indiquem a violação de norma civil, administrativa 
ou penal resultante de ato que envolva policial militar; 
V - aplicar, no âmbito de sua circunscrição, as 
prescrições contidas nas normas disciplinares da Polícia 
Militar; 
VI - determinar a instauração ou realizar, de oficio, 
processo e procedimento com o fito de apurar 
responsabilidade civil, administrativa ou criminal em 
fato que envolva policial militar; 
VII - supervisionar processos e procedimentos 
disciplinares ou judiciais instaurados por autoridades de 
unidades policiais-militares sob sua circunscrição, 
encaminhando-os à Comissão Permanente de 
correição-geral, quando concordar com a conclusão do 
respectivoencarregado ou autoridade delegante, ou 
avocando tal decisão, antes do citado 
encaminhamento, inclusive determinando novas 
diligências, se entender necessário; 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
11 
VIII - apresentar relatórios periódicos ao Corregedor-
Geral, através da Comissão Permanente de Correição-
Geral, sobre os problemas encontrados em sua 
circunscrição, sugerindo medidas saneadoras julgadas 
necessárias. 
 
(...) 
 
TÍTULO III DO PESSOAL CAPÍTULO I 
DO PESSOAL DA POLÍCIA MILITAR 
 
Art. 42. O pessoal da Polícia Militar compõe-se de: 
I - Pessoal Militar da Ativa: 
a) oficiais, constituindo os seguintes quadros: 
1. Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM), 
constituído de Oficiais com o Curso de Formação de 
Oficiais PM Combatentes, sendo um dos requisitos para 
o ingresso na Corporação a condição de bacharel ou 
licenciado, comprovada por meio de diploma de curso 
de graduação superior, expedido por instituição de 
ensino reconhecida pelo Ministério da Educação; 
2. REVOGADO. 
3. Quadro de Oficiais de Saúde (QOSPM), constituído de 
oficiais médicos, dentistas, farmacêuticos, veterinários, 
fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos; 
4. Quadro Complementar de Oficiais (QCOPM), 
constituído de oficiais com graduação superior nas 
áreas da psicologia, assistência social, comunicação 
social, pedagogia, contabilidade, estatística, terapia 
ocupacional e informática; 
5. Quadro de Oficiais de Administração (QOAPM), 
constituído por pessoal oriundo das graduações de 
subtenente e primeiro-sargento, possuidores do Curso 
de Habilitação de Oficiais (CHO) ou equivalente, 
destinado ao exercício de funções administrativas na 
corporação; 
6. Quadro de Oficiais Especialistas (QOEPM), constituído 
por pessoal oriundo das graduações de subtenente e 
primeiro-sargento, possuidores do Curso de Habilitação 
de Oficiais (CHO) ou equivalente, destinado ao exercício 
das funções de regente ou maestro de banda de música 
ou sinfônica e outras atividades especializadas de 
interesse da corporação; b) praças, integrantes do 
Quadro de Praças Policiais-Militares (QPPM), composto 
por praças possuidoras de formação combatente e 
especialista, assim definidos: 
7. Quadro de Oficiais Capelães Policiais Militares 
(QOCPM), constituído de oficiais, portadores de 
diploma de curso superior em Teologia, expedido por 
instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da 
Educação. 
b) praças, integrantes do Quadro de Praças Policiais 
Militares (QPMP-0), composto por praças com ensino 
médio completo, possuidores de formação combatente 
e especialista, assim definidos: 
1. Qualificação Policial-Militar Particular de Praças 
Combatentes (QPMP-0), constituído por praças com o 
Curso de Formação de Praças Combatentes; 
2. Qualificação Policial-Militar Particular de Praças 
Especialistas: 
2.1. REVOGADO. 
2.2. REVOGADO 
2.3. REVOGADO. 
2.4. Qualificação Policial-Militar Particular de Praças 
Especialistas (QPMPA4), composto por praças 
especialistas em música; 
2.5. REVOGADO. 
2.6. Qualificação Policial-Militar Particular de Praças 
Especialistas (QPMPA-6), compostos por praças 
auxiliares de saúde; 
2.7. REVOGADO 
2.8. REVOGADO 
 
II - Pessoal Militar Inativo: 
a) pessoal da reserva remunerada: oficiais e praças 
transferidos para a reserva remunerada; 
b) pessoal reformado: oficiais e praças reformados. 
§ 1º REVOGADO 
§ 2º REVOGADO 
§ 3º Ficam suprimidas as demais qualificações Policial-
Militar de Praças Especialistas, os quais passarão a 
compor o único Quadro de Praças Policiais Militares 
Combatentes, cuja antiguidade será definida pela data 
da última promoção, subsistindo a igualdade, recorrer-
se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, 
à data de inclusão e à data de nascimento. 
Art. 42-A. A Polícia Militar do Estado do Pará poderá 
dispor, através de Lei Ordinária, de Quadro Civil, com 
cargo de provimento efetivo, cujo o regime jurídico será 
o da Lei nº 5.810, de 24 de janeiro de 1994, para 
execução de atividades exclusivamente administrativas, 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
12 
excluídas as funções de Comando, Direção e Chefia 
previstas nos Quadros da Organização Básica da 
Corporação. 
 
CAPÍTULO II 
DO EFETIVO DA POLÍCIA MILITAR 
Art. 43. O efetivo da Polícia Militar do Pará é fixado em 
31.757 (trinta e um mil setecentos e cinquenta e sete) 
policiais militares, distribuídos nos quadros, categorias, 
postos e graduações constantes no Anexo I desta Lei 
Complementar. 
§ 1º O efetivo de Praças Especiais terá número variável, 
sendo o de Aspirante- a-oficial até o limite de 150 
(cento e cinqüenta) e de Aluno-oficial até 300 
(trezentos). 
§ 2º O efetivo de alunos dos cursos de formação de 
sargento será limitado em 600 (seiscentos). 
§ 3º O efetivo de alunos dos cursos de formação de 
cabos será limitado em 600 (seiscentos). 
§ 4º O efetivo de alunos dos cursos de formação de 
soldados será limitado em 3.000 (três mil). 
§ 5º A matriz de distribuição do efetivo fixado no caput 
deste artigo será regulamentada por ato do Poder 
Executivo para atender às necessidades dos órgãos que 
compõem a estrutura organizacional da Corporação no 
cumprimento de sua missão institucional. 
Art. 44. O efetivo de oficiais e praças da Casa Militar da 
Governadoria do Estado, da Coordenadoria Militar do 
Tribunal de Justiça, do Gabinete Militar do Ministério 
Público, do Gabinete Militar da Assembleia Legislativa 
do Estado e do Gabinete Militar do Tribunal de Contas 
do Estado estão incluídos no Quadro de Oficiais 
Policiais-Militares e Quadro de Praças Policiais-Militares, 
respectivamente, previstos nesta Lei Complementar. 
Art. 45. No Quadro de Oficiais de Saúde (QOSPM), 
constituído por oficiais da área de saúde com a 
responsabilidade de prevenção, manutenção e 
restauração da saúde dos militares estaduais e seus 
dependentes, além de assistência sanitária aos animais 
da Corporação, há duas vagas no Posto de Coronel, 
sendo uma destinada à categoria de médico e outra às 
demais categorias pertencentes ao respectivo quadro. 
Art. 46. O Quadro Complementar de Oficiais Policiais 
Militares (QCOPM) é constituído de oficiais possuidores 
de especializações de nível superior necessárias ao 
apoio psicossocial dos integrantes da Corporação e seus 
dependentes, ao desenvolvimento funcional e das 
missões da Polícia Militar, estando prevista quatro 
vagas no Posto de Tenente Coronel para ser preenchida 
por oficial de qualquer uma das categorias pertencentes 
ao respectivo quadro. 
Art. 47. O Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares 
(QOBM) e o Quadro Complementar de Praças Policiais-
Militares (QCPPM) existentes na Corporação são 
considerados em extinção. 
Art. 48. O preenchimento das vagas existentes no 
efetivo fixado nesta Lei Complementar e as 
promoções nos quadros de oficiais e praças serão 
realizados de modo progressivo, mediante a 
autorização do Chefe do Poder Executivo Estadual e de 
acordo com a disponibilidade orçamentária e 
financeira do Estado para atender às demandas 
sociais e estratégicas da defesa social e de segurança 
pública, e à medida que forem criadas, ativadas, 
transformadas ou extintas as organizações policiais-
militares e as funções definidas na presente Lei 
Complementar, quanto à organização básica da Polícia 
Militar. 
 
 
(...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
13 
ANEXO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
14 
8.2. QUADRO DE QUALIFICAÇÃO POLICIAL MILITAR PARTICULAR DE 
PRAÇAS ESPECIALISTAS 
GRADUAÇÃO 
CATEGORIAS 
TOTAL MÚSICO 
QPMP-1 
AUXILIAR DE 
SAÚDE QPMP-2 
SUBTENENTE 25 25 50 
1º SARGENTO 32 37 69 
2º SARGENTO 37 42 79 
3º SARGENTO 44 50 94 
CABO 47 63 110 
SOLDADO 75 90165 
TOTAL 260 307 567 
 
 
 
 
 
 
ANEXO II 
QUADRO DE INDENIZAÇÕES DE 
REPRESENTAÇÃO 
(80% DO PADRÃO DO CARGO EM COMISSÃO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
15 
 
 
ANEXO III 
QUADRO DE ORGANIZAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
17 
LEI 6.833/2006 (ART. 1º AO 55 E ART 155 AO 173) 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA POLÍCIA MILITAR 
DO PARÁ 
 
LEI Nº 6.833, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2006 
 
Institui o Código de Ética e Disciplina da Polícia Militar 
do Pará. 
 
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ 
estatui e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
LIVRO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DA DEONTOLOGIA 
POLICIAL-MILITAR 
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
CAPÍTULO I 
DAS GENERALIDADES 
 
Organização do Código 
Art. 1º Esta Lei institui o Código de Ética e Disciplina da 
Polícia-Militar do Pará (CEDPM), que dispõe sobre o 
comportamento ético e estabelece os procedimentos 
para apuração da responsabilidade administrativo-
disciplinar dos integrantes da PMPA. 
 
Abrangência 
Art. 2º Estão sujeitos a esta Lei os policiais militares 
ativos e inativos, nos termos da legislação vigente. 
 
Alunos 
§ 1º Os alunos de órgãos específicos de formação, 
especialização e aperfeiçoamento de policiais militares 
ficam sujeitos às disposições deste Código, sem prejuízo 
das leis, regulamentos, normas e outras prescrições das 
Organizações Policiais Militares (OPM) em que estejam 
matriculados. 
 
Policiais militares à disposição 
§ 2º Também se aplicam as normas deste Código aos 
policiais militares à disposição de outros órgãos. 
 
Inalcançáveis disciplinarmente 
§ 3º O disposto neste Código não se aplica: 
I - aos policiais militares ocupantes de cargos ou 
funções públicas de natureza não policial-militar 
definidos em lei, desde que na prática de atos 
específicos relacionados a esses cargos ou funções que 
não afetem a honra pessoal, o pundonor policial militar 
e o decoro da classe; 
II - aos policiais militares ocupantes de cargos públicos 
de natureza eletiva definidos em lei; 
III - aos membros dos conselhos de justiça, desde que 
na prática de atos específicos relacionados à função; 
 
Finalidade 
Art. 3º O CEDPM tem por finalidade especificar e 
classificar as transgressões disciplinares, estabelecer 
normas relativas à amplitude e à aplicação das punições 
disciplinares e avaliação continuada do comportamento 
disciplinar escolar, com seus respectivos procedimentos 
e processos, à classificação do comportamento policial-
militar das praças, à interposição de recursos contra a 
aplicação das punições e recompensas. 
 
Equiparação a OPM 
Art. 4º Para efeito deste Código, são Organizações 
Policiais-Militares (OPM) o Quartel do Comando-Geral, 
Comandos Operacionais Intermediários, Diretorias, 
Corpo Militar de Saúde, Unidades Operacionais de 
Polícia Ostensiva, Unidades de Apoio e áreas de 
instrução e exercício. 
 
Equiparação a comandante 
Parágrafo único. Para efeito deste Código, os 
comandantes, diretores ou chefes de OPM, 
subunidades e pelotões destacados serão denominados 
“COMANDANTES”. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
18 
CAPÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA 
DISCIPLINA 
 
Hierarquia 
Art. 5º A hierarquia policial-militar é a ordenação 
progressiva da autoridade, em níveis diferentes, 
decorrente da obediência dentro da estrutura da Polícia 
Militar, alcançando seu grau máximo no Governador do 
Estado, que é o Comandante Supremo da Corporação. 
 
Ordenação da autoridade 
§ 1º A ordenação da autoridade se faz por postos e 
graduações, de acordo com o escalonamento 
hierárquico, a antigüidade e a precedência funcional. 
 
Posto 
§ 2º Posto é o grau hierárquico dos oficiais, 
correspondente ao respectivo cargo, conferido por ato 
do Governador do Estado e atestado em Carta Patente. 
 
Graduação 
§ 3º Graduação é o grau hierárquico das praças, 
correspondente ao respectivo cargo, conferido pelo 
Comandante-Geral da Polícia Militar. 
 
Antigüidade 
§ 4º Nos casos de declaração a aspirante-a-oficial, 
incorporação e promoção por conclusão de curso de 
formação prevalecerá, para efeito de antigüidade, a 
ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou 
concursos. 
§ 5º A ordenação dos postos e graduações em relação à 
antigüidade e precedência na Polícia Militar se faz 
conforme preceitua o Estatuto dos Policiais Militares. 
 
Disciplina 
Art 6º A disciplina policial-militar é a rigorosa 
observância e o acatamento integral das leis, 
regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo 
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de 
cada um dos componentes do organismo policial-
militar. 
 
Manifestações essenciais 
§ 1º São manifestações essenciais de disciplina, dentre 
outras: 
I - a correção de atitudes; 
II - a obediência pronta às ordens dos superiores 
hierárquicos; 
III - a dedicação integral ao serviço; 
IV - a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à 
eficiência da Instituição; 
V - a consciência das responsabilidades; 
VI - a rigorosa observância das prescrições 
regulamentares. 
 
Condutas permanentes 
§ 2º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser 
mantidos permanentemente pelos policiais militares na 
ativa e na inatividade. 
 
Obediência às ordens 
Art. 7º As ordens devem ser prontamente obedecidas, 
desde que não manifestamente ilegais. 
 
Responsabilidade 
§ 1º Cabe ao policial militar a responsabilidade pelas 
ordens que der e pelas conseqüências que delas 
advierem. 
 
Esclarecimento sobre ordem 
§ 2º Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem, 
solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total 
entendimento e compreensão. 
 
Excesso e omissão 
§ 3º Cabe ao policial militar que exorbitar ou se omitir 
no cumprimento de ordem recebida a responsabilidade 
pelos excessos e abusos que cometer ou pelo que 
deixou de fazer. 
 
Responsabilidade de terceiro 
§ 4º Se a violação da disciplina é provocada por 
terceiro, responderá este pela transgressão, se policial 
militar. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
19 
CAPÍTULO III 
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO 
 
Comando 
Art. 8º Comando é a soma de autoridade, deveres e 
responsabilidade que o policial militar é investido 
legalmente, quando conduz homens ou dirige uma 
Organização Policial Militar. O Comando é vinculado ao 
grau hierárquico e constitui prerrogativa impessoal, na 
qual se define e se caracteriza como chefe. 
 
Equiparação a comandante 
§ 1º Equipara-se a comandante, para efeito de aplicação 
desta Lei, toda autoridade policial-militar com função de 
direção e chefia. 
 
 
Equiparação a superior 
§ 2º O policial militar que, em virtude da função, exerce 
autoridade sobre outro de igual posto ou graduação 
considera-se superior para efeito da aplicação das 
cominações previstas nesta Lei. 
 
Subordinação 
Art. 9º A subordinação não afeta, de modo algum, a 
dignidade pessoal do policial militar e decorre, 
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia 
Militar. 
 
Oficiais 
Art. 10. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para 
o exercício do comando, da chefia e da direção das 
Organizações Policiais-Militares. 
 
Subtenentes e sargentos 
Art. 11. Os subtenentes e sargentos auxiliam ou 
complementam as atividades dos oficiais no 
adestramento e emprego de meios, na instrução, na 
administração e na operacionalidade. 
 
Funções de subtenentes e sargentos 
Parágrafo único. No exercício das atividades 
mencionadas neste artigo e no comando de elementos 
subordinados, os subtenentese sargentos deverão 
impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade 
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a 
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das 
regras do serviço e das normas operativas pelas praças 
que lhes estiverem diretamente subordinadas e a 
manutenção da coesão e da moral das mesmas praças 
em todas as circunstâncias. 
 
Cabos e soldados 
Art. 12. Os cabos e soldados são, essencialmente, 
elementos de execução. 
 
Dedicação ao estudo 
Art. 13. Às praças especiais cabe a rigorosa observância 
das leis, regulamentos, normas e outras prescrições do 
estabelecimento de ensino policial militar onde 
estiverem matriculados, exigindo-se-lhes inteira 
dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-
profissional. 
 
TÍTULO II 
DA DEONTOLOGIA POLICIAL-MILITAR 
CAPÍTULO I 
DO VALOR POLICIAL-MILITAR 
 
Deontologia 
Art. 14. A Deontologia Policial-Militar é constituída 
pelos valores e deveres éticos, traduzidos em normas 
de conduta, que se impõem para que o exercício da 
profissão policial-militar atinja plenamente os ideais de 
realização do bem comum, mediante a preservação da 
ordem pública. 
 
Finalidade 
Parágrafo único. A Deontologia Policial-Militar reúne 
valores úteis, lógicos e razoáveis, destinados a elevar a 
profissão policial-militar à condição de missão. 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
20 
Camaradagem 
Art. 15. A camaradagem é indispensável à formação e 
ao convívio da família policial-militar, devendo existir as 
melhores relações sociais entre os policiais militares. 
 
Responsabilidade de todos 
Parágrafo único. Cabe a todos os integrantes da Polícia 
Militar incentivar e manter a harmonia e a amizade 
entre si. 
 
Civilidade 
Art. 16. A civilidade é parte da Educação Policial-Militar 
e, como tal, de interesse vital para a disciplina 
consciente. Importa ao superior tratar os subordinados 
em geral com consideração e justiça. Em contrapartida, 
o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito 
e deferência para com seus superiores, em 
conformidade com legislação vigente. 
 
Militares de outras corporações 
Parágrafo único. As demonstrações de camaradagem, 
cortesia e consideração, obrigatórias entre os policiais 
militares, devem ser dispensadas aos militares das 
Forças Armadas e aos policiais e bombeiros militares de 
outras corporações. 
 
Valores policiais-militares 
Art. 17. São atributos inerentes à conduta do policial 
militar, que se consubstanciam em valores policiais 
militares: 
I - a cidadania; 
II - o respeito à dignidade humana; 
III - a primazia pela liberdade, justiça e solidariedade; 
IV - a promoção do bem-estar social sem preconceitos 
de origem, raça, sexo, cor, idade, religião e quaisquer 
outras formas de discriminação; 
V - a defesa do Estado e das instituições democráticas; 
VI - a educação, cultura e bom condicionamento físico; 
VII - a assistência à família; 
VIII - o respeito e assistência à criança, ao adolescente, 
ao idoso e ao índio; 
IX - o respeito e preservação do meio ambiente; 
X - o profissionalismo; 
XI - a lealdade; 
XII - a constância; 
XIII - a verdade real; 
XIV - a honra; 
XV - a honestidade; 
XVI - o respeito à hierarquia; 
XVII - a disciplina; 
XVIII - a coragem; 
XIX - o patriotismo; 
XX - o sentimento de servir à comunidade estadual; 
XXI - o integral devotamento à preservação da ordem 
pública, mesmo com o risco da própria vida; 
XXII - o civismo e o culto das tradições históricas; 
XXIII - a fé na missão elevada da Polícia Militar; 
XXIV - o espírito de corpo, orgulho do policial militar 
pela OPM onde serve; 
XXV - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo 
com que é exercida; 
XXVI - o aprimoramento técnico-profissional. 
 
Objetividade dos valores 
§ 1º Os valores cominados no caput deste artigo são 
essenciais para o entendimento objetivo do sentimento 
do dever, da honra pessoal, do pundonor policial-
militar, do decoro da classe, da dignidade e 
compatibilidade com o cargo. 
 
Sentimento do dever 
§ 2º Sentimento do dever é o comprometimento com o 
fiel cumprimento da missão policial-militar. 
 
Honra pessoal 
§ 3º Honra pessoal é o sentimento de dignidade 
própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou 
se tornam merecedores os policiais militares perante 
seus superiores, pares e subordinados. 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
21 
Pundonor policial-militar 
§ 4º Pundonor policial-militar é o dever de pautar sua 
conduta com correção de atitudes, como um 
profissional correto. Exige-se do policial militar, em 
qualquer ocasião, comportamento ético que refletirá no 
seu desempenho perante a Instituição a que serve e no 
grau de respeito que lhe é devido. 
 
Decoro da classe 
§ 5º Decoro da classe é o valor moral e social da 
Instituição, representando o conceito do policial-militar 
em sua amplitude social, estendendo-se à classe que o 
militar compõe, não subsistindo sem ele. 
 
Indignidade 
§ 6º A indignidade para com o cargo é o ferimento a 
preceitos morais e éticos vinculados à conduta do 
policial militar. 
 
Incompatibilidade 
§ 7º A incompatibilidade para com o cargo é a 
inabilitação ao exercício funcional decorrente da falta 
de preparo técnico-profissional. 
 
CAPÍTULO II 
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR 
Seção I 
Dos Preceitos Fundamentais 
 
Preceitos éticos 
Art. 18. O sentimento do dever, o pundonor policial-
militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos 
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e 
profissional irrepreensíveis, com observância dos 
seguintes preceitos da ética policial-militar: 
I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do 
Estado do Pará e da Polícia Militar e zelar por sua 
inviolabilidade; 
II - preservar a natureza e o meio ambiente; 
III - servir à comunidade, procurando, no exercício da 
suprema missão de preservar a ordem pública, 
promover, sempre, o bem-estar comum, dentro da 
estrita observância das normas jurídicas e das 
disposições desta Lei; 
IV - atuar com devotamento ao interesse público, 
colocando-o acima dos anseios particulares; 
V - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com 
respeito mútuo de superiores e subordinados, e 
preocupação com a integridade física, moral e psíquica 
de todos os policiais militares do Estado, inclusive dos 
agregados, envidando esforços para bem encaminhar a 
solução dos problemas apresentados; 
VI - ser justo na apreciação de atos e méritos dos 
subordinados; 
VII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições 
legalmente definidas, a Constituição, as leis e as ordens 
legais das autoridades competentes, exercendo suas 
atividades com responsabilidade, incutindo-a em seus 
subordinados; 
VIII - estar sempre preparado para as missões que 
desempenhe; 
IX - exercer as funções com integridade, probidade e 
equilíbrio, segundo os princípios que regem a 
Administração Pública, não sujeitando o cumprimento 
do dever a influências indevidas; 
X - procurar manter boas relações com outras 
categorias profissionais, conhecendo e respeitando-lhes 
os limites de competência, mas elevando o conceito e o 
processo administrativo disciplinar da própria profissão, 
zelando por sua competência e autoridade; 
XI - ser fiel na vida policial-militar, cumprindo os 
compromissos relacionados às suas atribuições de 
agente público; 
XII - manter ânimo forte e fé na missão policial-militar, 
mesmo diante das dificuldades, demonstrando 
persistência no trabalho para solucioná-las; 
XIII - manter ambiente de harmonia e camaradagem na 
vida profissional, solidarizando-se nas dificuldades que 
estejam ao seu alcance, minimizar e evitando 
comentários desairosos sobre os componentes das 
Instituições Policiais; 
XIV - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo 
ou função que esteja sendo exercido por outro militar 
do Estado; 
XV - conduzir-sede modo não subserviente, sem ferir os 
princípios de respeito e decoro; 
XVI - abster-se do uso do posto, graduação ou função 
para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou 
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; 
XVII - prestar assistência moral e material à família; 
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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
22 
XVIII - considerar a verdade, a legalidade e a 
responsabilidade como fundamentos de dignidade 
pessoal; 
XIX - exercer a profissão sem discriminações ou 
restrições de ordem religiosa, política, racial, de 
condição social, de gênero ou qualquer outra de caráter 
discriminatório; 
XX - atuar com prudência nas ocorrências policiais; 
XXI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da 
pessoa do preso ou de quem seja objeto de 
incriminação; 
XXII - não solicitar ou provocar publicidade visando à 
própria promoção pessoal; 
XXIII - observar os direitos e garantias fundamentais, 
agindo com isenção, eqüidade e absoluto respeito pelo 
ser humano, não usando sua condição de autoridade 
pública para a prática de arbitrariedade; 
XXIV - exercer a função pública com honestidade, não 
aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie; 
XXV - não usar meio ilícito na produção de trabalho 
intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no 
âmbito do ensino policial-militar; 
XXVI - não abusar dos meios do Estado postos à sua 
disposição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em 
detrimento dos fins da Administração Pública, coibindo 
ainda a transferência, para fins particulares, de 
tecnologia própria das funções policiais; 
XXVII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela 
economia e conservação dos bens públicos cuja 
utilização lhe for confiada; 
XXVIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio 
ambiente com abnegação e desprendimento pessoal; 
XXIX - zelar pelo preparo moral, intelectual e físico 
próprio e dos subordinados, tendo em vista o 
cumprimento da missão comum; 
XXX - praticar a camaradagem e desenvolver, 
permanentemente, o espírito de cooperação; 
XXXI - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua 
linguagem escrita e falada; 
XXXII - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, 
de matéria sigilosa de qualquer natureza; 
XXXIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na 
particular; 
XXXIV - observar as normas da boa educação; 
XXXV - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na 
inatividade, de modo a que não sejam prejudicados os 
princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-
militar; 
XXXVI - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada 
um de seus integrantes, obedecendo e fazendo 
obedecer aos preceitos da ética policial-militar; 
XXXVII - dedicar-se integralmente ao serviço policial-
militar e ser fiel à Instituição a que pertence, mesmo 
com o risco da própria vida; 
XXXVIII - tratar o subordinado dignamente e com 
urbanidade; 
XXXIX - tratar de forma urbana, cordial e educada os 
cidadãos. 
 
Vedação a atividades comerciais 
Art. 19. Ao policial militar da ativa é vedado exercer 
atividade de segurança particular, comerciar ou tomar 
parte na administração ou gerência de sociedade, ou 
dela ser sócio ou participar ainda que indiretamente, 
exceto como acionista ou cotista em sociedade 
anônima ou limitada. 
 
Sinais de riqueza incompatíveis 
§ 1º Compete aos comandantes fiscalizar os 
subordinados que apresentarem sinais exteriores de 
riqueza incompatíveis com a remuneração do 
respectivo cargo, fazendo-os comprovar a origem de 
seus bens mediante instauração de procedimento 
administrativo, observada a legislação específica. 
 
Vedação a atividades comerciais a policiais militares 
da reserva revertidos à ativa 
§ 2º Os policiais militares da reserva remunerada, 
quando convocados para o serviço ativo, ficam 
submetidos à legislação pertinente à situação de 
atividade na Corporação. 
 
Declaração de bens 
Art. 20. No ato da inclusão, o policial militar apresentará 
declaração de bens e valores que constituem seu 
patrimônio, repetindo-se esse ato anualmente, como 
medida de transparência da aplicação do erário. 
 
Substituição da declaração 
Parágrafo único. A declaração anual acima referida 
poderá ser substituída pela entrega à Administração 
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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
23 
Policial-Militar de cópia da declaração anual do imposto 
de renda de pessoa física. 
 
Seção II 
Do Compromisso Policial-Militar 
 
Aceitação das obrigações 
Art. 21. Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar 
mediante concurso público, ao término do curso de 
formação, prestará compromisso de honra, no qual 
afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e 
dos deveres policiais-militares e manifestará a sua firme 
disposição de bem cumpri-los. 
 
Compromisso de honra 
Art. 22. O compromisso a que se refere o artigo anterior 
terá caráter solene e será prestado na presença de 
tropa, tão logo o policial militar tenha adquirido o grau 
de instrução compatível com os seus deveres como 
integrante da Polícia Militar, conforme os seguintes 
dizeres: “Ao ingressar na Polícia Militar do Pará, 
prometo regular minha conduta pelos preceitos da 
moral, cumprir rigorosamente as ordens das 
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me 
inteiramente ao serviço policial-militar, à preservação 
da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo 
com o risco da própria vida”. 
 
Compromisso do aspirante-a-oficial 
§ 1º O compromisso do aspirante-a-oficial é prestado na 
solenidade de conclusão do curso de formação de 
oficiais, de acordo com o cerimonial previsto no 
regulamento do estabelecimento de ensino, e terá os 
seguintes dizeres: “Ao ser declarado aspirante-a-oficial 
da Polícia Militar do Pará, prometo regular minha 
conduta pelos preceitos da moral, cumprir 
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver 
subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço 
policial-militar, à preservação da ordem pública e à 
segurança da comunidade, mesmo com o risco da 
própria vida”. 
 
Compromisso do oficial 
§ 2º O compromisso do oficial promovido ao primeiro 
posto é prestado em solenidade, de acordo com o 
cerimonial previsto em legislação específica, e terá os 
seguintes dizeres: “Perante a Bandeira do Brasil e pela 
minha honra, prometo cumprir os deveres de oficial da 
Polícia Militar do Pará e dedicar-me inteiramente ao seu 
serviço’’. 
 
CAPÍTULO III 
DA VIOLAÇÃO DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES 
 
Violação dos deveres éticos 
Art. 23. A violação dos deveres éticos dos policiais 
militares acarretará responsabilidade administrativa, 
independente da penal e da civil. 
Parágrafo único. A violação dos preceitos da ética 
policial-militar é tão mais grave quanto mais elevado for 
o grau hierárquico de quem a cometer. 
 
Vedação a manifestações coletivas 
Art. 24. São proibidas quaisquer manifestações 
coletivas sobre atos de superiores, de caráter 
reivindicatório e/ou de cunho político-partidário, 
sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos 
preceitos deste Código. 
 
TÍTULO III 
DA ABRANGÊNCIA DO CÓDIGO DISCIPLINAR E 
COMPETÊNCIA PARA SUA APLICAÇÃO 
 
CAPÍTULO I 
DA COMPETÊNCIA 
 
Competência geral 
Art. 25. A competência para aplicar as prescrições 
contidas neste Código é conferida à função, observada 
a hierarquia. 
 
Autoridades competentes para punir disciplinarmente 
Art. 26. O Governador do Estado é competente para 
aplicar todas as sanções disciplinares previstas neste 
Código aos policiais militares ativos e inativos, cabendo 
às demais autoridades as seguintes competências: 
I - ao Comandante-Geral: todas as sanções disciplinares 
a policiais militares ativos e inativos, exceto ao Chefe da 
Casa Militar da Governadoria e seus comandados, até 
os limites máximos previstos neste Código, excluindo-se 
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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
24 
a demissão e areforma administrativa disciplinar de 
oficiais; 
II - ao Chefe da Casa Militar da Governadoria: as 
sanções disciplinares de repreensão, detenção e prisão 
a policiais militares sob o seu comando, até os limites 
máximos estabelecidos neste Código; 
III - ao Subcomandante-Geral da Polícia Militar: as 
sanções disciplinares de repreensão, detenção e prisão 
a policiais militares ativos, exceto ao Comandante-Geral 
e ao Chefe da Casa Militar da Governadoria e seus 
comandados, até os limites máximos estabelecidos 
neste Código; 
IV - ao Corregedor-Geral: as sanções disciplinares de 
repreensão, detenção e prisão a policiais militares 
ativos, exceto ao Comandante-Geral, ao Chefe da 
Casa Militar da Governadoria e aos seus comandados, 
e ao Subcomandante-Geral, até os limites máximos 
estabelecidos neste Código; 
V - o Chefe do Estado-Maior Estratégico, os 
Comandantes Operacionais Intermediários, Diretores 
Setoriais e o Ajudante-Geral: as sanções disciplinares de 
repreensão, detenção até trinta dias para praças e 
oficiais e prisão até vinte dias para oficiais e até trinta 
dias para praças, a policiais militares ativos sob a sua 
chefia, comando ou direção; 
VI - os Presidentes das Comissões Permanentes de 
Correição-Geral e de Corregedoria dos Comandos 
Operacionais Intermediários: as sanções disciplinares de 
repreensão, detenção até trinta dias para praças e 
oficiais e prisão até vinte dias para oficiais e até trinta 
dias para praças, a policiais militares ativos na sua 
circunscrição; 
VII - os Comandantes de Batalhões, do Regimento de 
Polícia Montada, do Grupamento Aéreo, os Chefes de 
Seção do Estado-Maior Estratégico, os Comandantes de 
Companhias Independentes e os Chefes de Assessorias: 
as sanções disciplinares de repreensão, detenção até 
vinte dias para oficiais e até trinta dias para praças, e 
prisão até quinze dias para oficiais e até trinta dias para 
praças, a policiais militares ativos sob os seus comandos 
ou chefias; 
VIII - os Subcomandantes de Batalhões, do Regimento 
de Polícia Montada, do Grupamento Aéreo, de 
Companhias Independentes e Chefes de Serviços: as 
sanções disciplinares de repreensão e detenção a 
policiais militares ativos sob o seu comando ou chefia, 
de até dez dias para oficiais e de até quinze dias para 
praças; 
IX - os comandantes de Companhias e Pelotões 
Destacados: as sanções disciplinares de repreensão e 
detenção a policiais militares ativos sob o seu comando, 
de até cinco dias para oficiais e de até dez dias para 
praças. 
Parágrafo único. A competência conferida aos Chefes 
de Seção, de Serviços e de Assessorias limitar-se-á às 
ocorrências relacionadas às atividades inerentes ao 
serviço de suas repartições. 
 
Obrigação de informar ato atentatório à disciplina 
Art. 27. Todo policial militar que tiver conhecimento de 
um fato contrário à disciplina deverá participá-lo ao seu 
chefe imediato, por escrito ou verbalmente. Neste 
último caso, deve confirmar a participação, por escrito, 
no prazo máximo de três dias. 
 
Requisitos da informação 
§ 1º A Parte deve ser clara, concisa e precisa; deve 
conter dados capazes de identificar as pessoas ou coisas 
envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência e 
caracterizar as circunstâncias que a envolvem, sem 
tecer comentários ou opiniões pessoais. 
 
Prazo para providências da autoridade competente 
§ 2º A Autoridade a quem a parte disciplinar é dirigida 
deve tomar providências no prazo máximo de quinze 
dias. 
 
Encaminhamento à autoridade competente 
§ 3º A autoridade que receber a parte, não sendo 
competente para providenciar a respeito, deve 
encaminhá-la a seu superior imediato. 
 
Conflito de competência 
Art. 28. Nas ocorrências disciplinares que envolvam 
policiais militares de mais de uma OPM, caberá ao 
comandante que primeiro tomar conhecimento do fato 
comunicá-lo, imediatamente e por escrito, à 
Corregedoria-Geral. 
Competência em razão da pessoa 
§ 1º Havendo a situação descrita no caput deste artigo, 
o Corregedor-Geral encaminhará o caso à Comissão 
permanente de corregedoria do comando operacional 
intermediário a que pertencer o policial militar mais 
antigo envolvido no fato, ficando ampliada a 
competência do presidente da respectiva comissão para 
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LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
25 
aplicar as prescrições deste Código a todos os 
implicados. 
 
Punição a ser aplicada está além da competência da 
autoridade 
§ 2º Quando uma autoridade, ao solucionar o processo 
administrativo disciplinar, concluir que a punição a ser 
aplicada está além do limite máximo que lhe é 
autorizado, cabe-lhe encaminhar o processo à 
autoridade superior para fins de deliberação. 
 
Ocorrência envolvendo militar de outra Força ou 
servidor público 
§ 3º No caso de ocorrência disciplinar envolvendo 
militar de outra Força ou servidor público e policial 
militar, a autoridade competente deverá tomar as 
medidas disciplinares referentes ao policial militar, 
informando ao escalão superior sobre sua decisão 
administrativa, devendo este comunicar a solução 
tomada à autoridade que tenha ascendência funcional 
sobre o outro envolvido. 
 
LIVRO II 
DAS TRANSGRESSÕES E PUNIÇÕES DISCIPLINARES 
 
TÍTULO I 
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 
 
CAPÍTULO I 
DO CONCEITO E DA CLASSIFICAÇÃO DAS 
TRANSGRESSÕES 
 
Conceito de transgressão disciplinar 
Art. 29. Transgressão disciplinar é qualquer violação dos 
princípios da ética, dos deveres e das obrigações 
policiais militares, na sua manifestação elementar e 
simples, e qualquer omissão ou ação contrária aos 
preceitos estatuídos em leis, regulamentos, normas ou 
disposições, ainda que constituam crime, cominando ao 
infrator as sanções previstas neste Código. 
 
Classificação das transgressões 
Art. 30. A transgressão disciplinar classifica-se, de 
acordo com sua gravidade, em leve, média ou grave. 
Competência para classificar 
Parágrafo único. A classificação da transgressão 
compete a quem couber aplicar a punição, 
considerando a natureza e as circunstâncias do fato. 
 
Pressupostos para a classificação 
Art. 31. As transgressões disciplinares serão 
classificadas observando-se o seguinte: 
§ 1º De natureza “leve”, quando constituírem atos que 
por suas conseqüências não resultem em grandes 
prejuízos ou transtornos: 
I - ao serviço policial-militar; 
II - à Administração Pública. 
§ 2º De natureza “grave”, quando constituírem atos 
que: 
I - sejam atentatórios aos direitos humanos 
fundamentais; 
II - sejam atentatórios às instituições ou ao Estado; 
III - afetem o sentimento do dever, a honra pessoal, o 
pundonor policial-militar ou o decoro da classe; 
IV - atentem contra a moralidade pública; 
V - gerem grande transtorno ao andamento do serviço; 
VI - também sejam definidos como crime; 
VII - causem grave prejuízo material à Administração. 
§ 3º A transgressão será considerada de natureza 
“Média” quando não se enquadrar nas hipóteses dos 
parágrafos anteriores. 
§ 4º Considera-se transgressão de natureza grave 
cometer à subordinado atividades que não são 
inerentes às funções do policial. 
 
CAPÍTULO II 
DO JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES 
 
Critérios para julgamento das transgressões 
Art. 32. O julgamento das transgressões deve ser 
precedido de uma análise que considerem: 
I - os antecedentes do transgressor; 
II - as causas que a determinaram; 
III - a natureza dos fatos ou os atos que a envolveram; e 
IV - as consequências que dela possam advir. 
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26 
Obrigatoriedade de observar causas de justificação, 
atenuantes e agravantes 
Art. 33. No julgamento das transgressões devem ser 
levantadas causas que justifiquem a falta ou 
circunstâncias que a atenuem e/ou a agravem. 
 
Causas de justificação 
Art. 34. Haverá causa de justificação quando a 
transgressão for cometida: 
I - na prática de ação meritória ou no interessedo 
serviço ou da ordem pública; 
II - em legítima defesa, estado de necessidade, exercício 
regular de direito ou estrito cumprimento do dever 
legal; 
III - em obediência a ordem superior, quando não 
manifestamente ilegal; 
IV - para compelir o subordinado a cumprir 
rigorosamente o seu dever, em caso de perigo, 
necessidade urgente, calamidade pública, preservação 
da ordem pública e da disciplina; 
V - por motivo de força maior ou caso fortuito 
plenamente comprovado; 
 
Inexistência de transgressão disciplinar 
Parágrafo único. Não haverá transgressão disciplinar 
quando for reconhecida qualquer causa de justificação, 
devendo a decisão ser publicada em boletim. 
 
Atenuantes 
Art. 35. São circunstâncias atenuantes: 
I - bom comportamento; 
II - relevância de serviços prestados; 
III - ter sido cometida a transgressão para evitar mal 
maior; 
IV - ter sido cometida a transgressão em defesa própria, 
de seus direitos ou de outrem, desde que não constitua 
causa de justificação; 
V - falta de prática do serviço; 
VI - ter sido a transgressão praticada em decorrência da 
falta de melhores esclarecimentos quando da emissão 
da ordem ou de falta de meios adequados para o seu 
cumprimento, devendo tais circunstâncias ser 
plenamente comprovadas. 
Agravantes 
Art. 36. São circunstâncias agravantes: 
I - mau comportamento; 
II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais 
transgressões; 
III - reincidência de transgressão; 
IV - conluio de duas ou mais pessoas; 
V - a prática de transgressão durante a execução do 
serviço; 
VI - ser cometida a falta em presença de subordinado; 
VII - ter abusado o transgressor de sua autoridade 
hierárquica; 
VIII - a prática da transgressão com premeditação; 
IX - a prática de transgressão em presença de tropa; 
X - a prática da transgressão em presença de público. 
 
CAPÍTULO III 
DA ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES 
 
Art. 37. São transgressões disciplinares todas as ações 
ou omissões contrárias à disciplina policial-militar, 
especificadas a seguir: 
 
No ato da prisão 
I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa 
no ato da prisão; 
II - usar de força desnecessária no atendimento de 
ocorrência ou no ato de efetuar prisão; 
III - deixar de providenciar para que seja garantida a 
integridade física das pessoas que prender ou manter 
sob sua custódia; 
IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob 
sua guarda ou permitir que outros o façam; 
V - permitir que o preso sob sua guarda conserve em 
seu poder instrumento ou objetos com que possa ferir a 
si próprio ou a outrem; 
VI - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes 
por mais tempo que o necessário para a solução do 
procedimento policial, administrativo ou penal; 
VII - soltar preso ou dispensar pessoas detidas em 
ocorrência, sem ordem de autoridade competente; 
 
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27 
No atendimento a ocorrências policiais 
VIII - receber vantagem de pessoa interessada no caso 
de furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo 
de ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem; 
IX - receber ou permitir que seu subordinado receba, 
em razão da função pública, qualquer objeto ou valor, 
mesmo quando oferecido pelo proprietário ou 
responsável; 
X - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por 
palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência 
policial ou em outras situações de serviço; 
XI - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o 
atendimento de ocorrência, quando esta, por sua 
natureza ou amplitude assim o exigir; 
XII - descumprir, retardar ou prejudicar medidas ou 
ações de ordem judicial ou de polícia administrativa ou 
judiciária de que esteja investido ou que deva 
promover; 
XIII - violar ou deixar de preservar local de crime; 
 
Na utilização de transportes 
XIV - dirigir viatura policial, pilotar aeronave ou 
embarcação com imprudência, imperícia, negligência ou 
sem habilitação legal; 
XV - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou 
de navegação marítima, lacustre ou fluvial, quando de 
serviço; 
XVI - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação 
oficial sem autorização do órgão competente da Polícia 
Militar, mesmo estando habilitado; 
XVII - transportar, na viatura, aeronave ou embarcação 
que esteja sob seu comando ou responsabilidade, 
pessoal ou material sem autorização da autoridade 
competente; 
XVIII - utilizar a montada a trote ou a galope sem 
necessidade; 
 
Por omissão 
XIX - omitir deliberadamente, em boletim de ocorrência, 
relatório ou qualquer documento, dados indispensáveis 
ao esclarecimento dos fatos; 
XX - não cumprir ou retardar, sem justo motivo, a 
execução de qualquer ordem legal recebida; 
XXI - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos 
ou pelos praticados por subordinados que agirem em 
cumprimento de sua ordem; 
XXII - deixar de punir transgressor da disciplina; 
XXIII - não levar falta ou irregularidade que presenciar, 
ou de que tiver ciência e não lhe couber reprimir, ao 
conhecimento da autoridade competente, no mais 
curto prazo; 
XXIV - deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas 
regulamentares na esfera de suas atribuições; 
XXV - deixar de comunicar a tempo, ao superior 
imediato, ocorrência no âmbito de suas atribuições, 
quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar 
a respeito; 
XXVI - deixar de comunicar ao superior imediato ou na 
ausência deste, a qualquer autoridade superior, toda 
informação que tiver sobre iminente perturbação da 
ordem pública ou grave alteração do serviço, logo que 
disto tenha conhecimento; 
XXVII - deixar de comunicar ao superior a execução de 
ordem recebida, tão logo seja possível; 
XXVIII - deixar de participar a tempo, à autoridade 
imediatamente superior, a impossibilidade de 
comparecer à OPM ou a qualquer ato de serviço; 
XXIX - deixar de apresentar-se, nos prazos 
regulamentares, à OPM para a qual tenha sido 
transferido ou classificado e às autoridades 
competentes, nos casos de comissão ou serviço 
extraordinário para os quais tenha sido designado; 
XXX - não se apresentar ao fim de qualquer 
afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que 
o mesmo foi interrompido; 
XXXI - esquivar-se a satisfazer compromissos de ordem 
moral que houver assumido, desde que afete a 
Instituição Policial-Militar; 
XXXII - deixar o superior de determinar a saída imediata, 
de solenidade policial militar ou civil, de subordinado 
que a ela compareça em uniforme diferente do 
marcado; 
XXXIII - deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar 
em OPM onde não sirva, de dar ciência da sua presença 
ao oficial de dia e, em seguida, de procurar o 
comandante ou o mais graduado dos oficiais presentes 
para cumprimentá-lo; 
XXXIV - deixar o subtenente, sargento, cabo ou soldado, 
ao entrar em OPM onde não sirva, de apresentar-se ao 
oficial de dia ou seu substituto legal; 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 
- LEI 5.810/94 
 
 
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XXXV - deixar o comandante da guarda ou agente de 
segurança correspondente de cumprir as prescrições 
regulamentares com respeito à entrada ou à 
permanência na OPM de civis, militares ou policiais 
militares estranhos à mesma; 
XXXVI - não se apresentar à superior hierárquico ou de 
sua presença retirar-se sem obediência às normas 
regulamentares; 
XXXVII - deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu 
lugar a superior, ressalvadas as exceções no 
regulamento de continências, honras e sinais de 
respeito; 
XXXVIII - deixar deliberadamente de corresponder a 
cumprimento de subordinado; 
XXXIX - deixar o subordinado, quer uniformizado, quer 
em traje civil, de cumprimentar superior uniformizado 
ou não, neste caso, desde que o conheça, ou prestar-lhe 
as homenagens e sinais regulamentares de 
consideração e respeito; 
XL - deixar ou negar-se a receber vencimentos, 
alimentação, fardamento, armamento, equipamento, 
material ou documento que lhe seja destinado

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