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Taynah Pinheiro | TVC Medicina Estud� Cas� Control� 1. DEFINIÇÃO - Os participantes são recrutados depois que o desfecho ocorreu, e coleta-se retrospectivamente a informação da exposição. - São recrutadas pessoas com desfecho (casos) e pessoas sem o desfecho (controles). - Identificar fatores que ocorram com maior frequência em casos do que em controles que poderiam elevar ou reduzir a chance de desenvolvimento do desfecho. 2. COLETA DE DADOS A coleta de dados: RETROSPECTIVA → A exposição passada pode ser avaliada a partir de: - Entrevistas (perguntar acerca do passado); - Revisão de prontuários médicos; - Registro de empregos; - Resultados de análises químicas ou biológicas; - Exames de sangue, urina, tecidos, etc. (marcador biológico: ex. IgG). Não há consenso na literatura sobre a temporalidade deste estudo. Ele não é nem transversal nem longitudinal, ou seja, não tem temporalidade definida. 3. CÁLCULO DA CHANCE → Como é feito? - Divide-se a probabilidade do evento ocorrer pela probabilidade do evento não ocorrer. Exemplo: Qual a chance de tirar o número 6 em um dado não viciado? P6/PN6: Probabilidade de tirar o número 6 dividida pela probabilidade de tirar outros números = ⅙ / ⅚ = 0,20 ou 20%. Resposta: a chance de tirar o número 6 é de 20%. 4. MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO - Odds Ratio (OR) ou Razão de chance (RC)) ➢ Estudos de coorte podem utilizar a razão de chances para mensurar suas associações, da mesma maneira que o risco relativo -> No entanto, é mais frequente encontrar na literatura o RR nos estudos de coorte. ➢ Estudos transversais também podem apresentar razão de chances para mensurar suas associações -> é inclusive mais frequente do que a RP. ➢ A razão de chances obtida em estudos de caso-controle é uma boa estimativa do risco relativo quando estas três condições forem satisfeitas: Taynah Pinheiro | TVC Medicina ➔ Vantagens • Fácil execução, • Baratos, Rápidos, • Bons para doenças com grande período de latência ou doenças raras, • Podem avaliar múltiplas exposições • Permite que diversas exposições possam ser analisadas simultaneamente • Boa aproximação com o RR, se o desfecho não for muito for frequente ➔ Desvantagens • Não permite o cálculo do RR e da Incidência, • Dificuldade em se estabelecer relação temporal (controvérsias) • Suscetíveis a vieses • Distorce a associação se a frequência da associação for muito alta 5. PRINCIPAIS VIESES EM ESTUDOS CASO-CONTROLE ● Viés de amostragem: ○ É quando há a tendência de selecionar controles diferentes dos casos, podendo gerar variáveis de confusão. Isso ocorre quando não há um cuidado com os critérios de inclusão. ○ Ex: Mais casos do que controles foram expostos, porém os casos expostos são de alta renda e os controles não expostos de baixa renda. Como justificar que a diferença entre exposição não se deu pela renda? ● Viés de memória ○ Como a coleta da exposição é retrospectiva, pode haver lapsos de memória gerando informações incorretas ou pouco precisas. Quanto maior o tempo entre a exposição e o momento atual, maior é o risco deste viés. 6. ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO DOS VIESES → Pareamento (emparelhamento) • Auxilia a diminuir as diferenças entre grupos de casos e controles. • Ex: Mais casos do que controles foram expostos, porém os casos expostos são de alta renda e os controles não expostos de baixa renda. Como justificar que a diferença entre exposição não se deu pela renda? • Estratificando casos e controles por classes de renda! • A estratificação pode ser feita por grupo ou individualmente (por pares) (sexo, idade, renda, escolaridade, etc..) • Garantir que as características dos casos e controles sejam semelhantes, para que somente a exposição → Múltiplos Controles ● Controles do mesmo tipo: Múltiplos controles para um único caso (Ex. três ou quatro controles para cada caso) são utilizados para aumentar o poder estatístico do estudo. Ideal: 1 caso para 4 controles. • Os controles de diferentes tipos: controles obtidos em ambientes diferentes, para verificar, por exemplo, se o ambiente influencia na presença ou não de exposição. Ex: casos de pacientes internados e controles de pacientes internados e de pacientes da comunidade vizinha.
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