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Marília Lino 05/04 Trichuris trichiura – Tricuríase: TAXONOMIA: • Filo: Nematoda • Classe: Enopolida • Ordem: Adenophoera • Superfamília: Trichuroidea • Família: Trichuridae • Gênero: Trichuris • Espécie: Trichuris trichiura MORFOLOGIA: • Fêmea: maior que o macho, ovário e útero únicos que se abrem na vulva, com extremidade posterior levemente encurvada e cauda arredondada. • Macho: Menor que a fêmea, possui testículo único seguido por canal deferente, canal ejaculatório com um espículo e tem extremidade posterior fortemente curvada ventralmente. • Ambos possuem cerca de 2 a 5 cm, região anterior longa e afilada, boca com estilete e esôfago tricuriforme. A região posterior é mais espessa e mais curta. OVO: formato elíptico, com poros salientes e transparentes nas extremidades. Sua casca é formada por 3 camadas: 1. Lipídica externa 2. Quitinosa intermediária 3. Vitelínica interna HABITAT: serão encontrados por todo intestino grosso, dependendo da carga parasitária (leves e moderadas no ceco e colo ascendente e as de alta carga parasitária por todo intestino) TRANSMISSÃO: ingestão de alimentos e água contaminadas com os ovos com larva de estádio 1, insetos facilitam a contaminação por ser vetores mecânicos dos ovos CICLO BIOLÓGICO: • Monoxênico, • Com ingestão do ovo que eclode no I. delgado, liberando a larva. • Essa larva invade as células da mucosa intestinal e migra para o I. grosso. • No I. grosso há o parasita adulto que se adere as células do intestino por sua parte anterior (mais fina), sua região posterior fica voltada para a luz intestinal. • A fêmea libera muitos ovos (3k a 20k) por dia que chega ao ambiente mantendo o ciclo. Nematódeos teciduais e larvas filarioides PATOGENIA: parasitismo baixo é assintomática, sua gravidade depende da carga parasitária, fatores nutricionais, idade do hospedeiro, distribuição dos vermes adultos no intestino. • Baixo parasitismo: Dores de cabeça, dor epigástrica, diarreia, náuseas vômitos. • Alta parasitismo: Síndrome disentérica crônica, diarreia intermitente(muco ou sangue), dor abdominal com tenesmo, anemia, desnutrição e prolapso retal (surge como resultado do relaxamento esfincteriano e pela diminuição do tônus muscular secundários à diarreias, ao tenesmo e ao aumento da pressão descendente sobre a mucosa, estimulada pela fixação dos vermes à parede intestinal) Obs.: As alterações histopatológicas, induzidas pela presença do verme na mucosa intestinal, apresentam-se restritas ao epitélio e lâmina própria. DIAGNÓSTICO: Laboratorial, com exame parasitológico de fezes TRATAMENTO: PROFILAXIA: lavar bem os alimentos, educação sanitária, tratamento de água e esgoto, tratamento do doente. Wuchereria bancrofti – Filariose/ elefantíase: TAXONOMIA: • Filo: nematoda • Classe: Secernentea • Ordem: Spirurina • Família: Onchoceridae • Gênero: Wuchereria • Espécie: Wuchereria bancrofti Obs.: outros agentes também causam filariose: Brugia malayi e Brugia timori DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Mais frequente na região de Alagoas. MORFOLOGIA: corpo delgado branco leitoso e cilíndrico, extremidade anterior afilada e nos machos a posterior e enrolada. Fêmea maior que o macho. MICROFILÁRIA: “embrião” da microfilária, liberadas na circulação sanguínea. Possuem bainha. LARVAS: • L1 salsichoide: formada dentro do inseto vetor mosquito cúlex, a partir da microfilária • L2:, encontrada no mosquito • L3 larva infectante que é depositada pelo mosquito na circulação sanguínea, VETOR: mosquito Culex quinquefasciatus, fêmea hematófaga HABITAT: vasos e gânglios linfáticos, por cerca e 8 anos PERIODICIDADE DAS MICROFILÁRIAS: possuem periodicidade noturna no sangue periférico dos hospedeiros. Durante o dia se localizam nos capilares profundos principalmente nos pulmões. O pico de microfilaremia coincide com o horário em que o mosquito se alimenta TRANSMISSÃO: picada do inseto vetor com a larva em estádio 3, que será depositada na pele lesada. CICLO BIOLÓGICO: • Heteroxênicos, • Com larva L3 injetada na corrente sanguínea que migram para o sistema linfático e se torna adulto. • Se multiplica no sistema linfático e reproduz, ejetando as microfilárias que migram para a corrente sanguínea em busca de alimento. • No sangue, é sugado pelo mosquito chegando ao seu estômago. Onde evolui do estádio 1 ao 3, locomovendo-se até a probócida PATOGENIA: • Infecção: presença de vermes e microfilárias sem sintomatologia aparente. Os pacientes assintomáticos ou com manifestações discretas podem apresentar alta microfilaremia. • Doença: pacientes com elefantíase ou outras manifestações crônicas não apresentam microfilaremia periférica ou esta é bastante reduzida P resença dos vermes dentro dos vasos linfáticos: • Ação mecânica: estase linfática com linfagiectasia (dilatação do vasos linfáticos), derramamento linfático ou linforragia. • Ação irritativa: fenômenos inflamatórios, linfangite retrógrada(inflamação dos vasos) e adenite(inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos), fenômenos alérgicos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Assintomáticas ou subclínicas: microfilárias no sangue e sem sintomatologia aparente apresenta, apresentam doenças subclínica com danos nos vasos linfáticos( dilatação e proliferação do endotélio) • Manifestações agudas: linfagite associada a febre e mal-estar, inflamação dos gânglios linfáticos (adenite) • Manifestações crônicas: linfedema (acumulo de linfa nos tecidos moles), Hidrocele(Acúmulo de fluidos no envoltório dos testículos), quilúria(ruptura ou fistulização de vasos linfáticos para o interior do sistema excretor urinário), elefantíase(geralmente nos membros inferiores e região escrotal) • Eosinofilia pulmonar tropical-EPT: síndrome caracterizada por sintomas de asma brônquica (rara) Diagnóstico pesquisa das microfilárias no sangue periférico: DIAGNÓSTICO: • Pesquisa das microfilárias no sangue periférico: Faz se a punção capilar digital entre 22 e 24h da noite, faz-se a desemoglobinação após 112 horas do preparo • Filtração em membrana de policarbonato: capaz de detectar baixa parasitemia • Pesquisa de antígenos e anticorpos circulantes • Ultassonografia • Pesquisa de vermes adultos TRATAMENTO: citrato de dietilcrbamazina (DEC), 6MG/KG/DIA via horal por 12 dias PROFILAXIA: tratamento de água e esgoto, combate do inseto vetor, tratamento do doente. Referências:
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