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● Conceito: Alterações que começam a ocorrer após a morte e podem interferir na examinação do cadáver. ● Abióticas: Sem participação biótica. ➤ Esfriamento: A diminuição do metabolismo interrompe a geração de calor do corpo. Por esse motivo, em equilíbrio com o ambiente (15 a 20 horas, geralmente), o cadáver se torna frio. ☞ Fatores: Gordura corporal, temperatura do ambiente, presença de pelos, idade... ➤ Rigor mortis: A rigidez cadavérica. Ocorre intensa contração muscular cerca de 3 horas após a morte e tende a desaparecer cerca de 24 horas após. ☞ Processo: No óbito a concentração de cálcio no citosol aumenta, mudando a conformação das proteínas regulatórias e, assim, actina e miosina se ligam. Como essa ligação só é desfeita com a presença de ATP, assim, a musculatura permanece contraída. Ao passar do tempo, o pH reduz graças à presença de ácido láctico (produzido por glicólise anaeróbica), promovendo o relaxamento muscular. Figura 1: Rigor mortis em vaca ➤ Livor mortis: São manchas cadavéricas violáceas em áreas de decúbito. O sangue, por ação da gravidade, se deposita no local pressionado e tinge o tecido. Figura 2: Livor mortis em porco ➤ Hipostase cadavérica: Acúmulo de sangue nos órgãos e tecidos por ação da gravidade. É importante observar órgãos pares, cérebro e tecidos do lado do decúbito. ➤ Alterações oculares: As pálpebras podem permanecer abertas em situação de rigor mortis. A desnaturação proteica promove opacidade da córnea. E de acordo com o tempo de morte a desidratação do globo ocular é promovida, murchando o tecido. ➤ Coagulação Sanguínea: A coagulação total ocorre de 2 a 3 horas após a morte, exceto em capilares. Devido ao rigor mortis, a presença de coágulo na câmara cardíaca esquerda pode indicar alterações. ☞ Coágulo Cruórico (vermelho): Lisos, brilhantes e elásticos. ☞ Coágulo Lardáceo (branco): Promove acúmulo de gordura, pois indica a hemossedimentação. Pode indicar anemia. Figura 3: Cruórico Figura 4: Lardáceo ➤ Autólise Inicial: As células após a morte entram em colapso, e o conteúdo lisossomal é liberado após rompimento da membrana. Sendo assim, há a dissolução dos tecidos gradualmente. ● Bióticas: Com atividade de microrganismos ➤ Putrefação (“autólise tardia”): Invasão dos tecidos por bactérias da putrefação, geralmente vindas do próprio intestino. ☞ Fenômenos: Podem ocorrer também na autólise inicial e não biótica. Embebição: Impregnação tecidual por pigmentos: Hemoglobina (coloração avermelhada), Bile (coloração amarela-esverdeada) Figura 5: Embebição por Bile Pseudomelanose: Manchas teciduais de coloração que variam do esverdeado/azulado até castanho enegrecido. A degradação tecidual bacteriana produz Sulfeto de Hidrogênio, que se liga à hemoglobina e gera Sulfometahemoglobina. Figura 6: Pseudomelanose Amolecimento: Ocorre devido à digestão bacteriana dos tecidos. Timpanismo: Acúmulo de gás no interior de víscera ocas e tecidos graças à degradação de constituintes teciduais. Pode promover a expulsão de líquidos por orifícios e pseudo-prolapso retal. Possui odor nauseabundo (combinação de cadaverina e indóis). Figura 7: Pseudo-prolapso retal ☞ Períodos: Estágios da putrefação. Podem se sobrepor. Coloração: Quando há mudança na coloração do tecido (pseudo-melanose). Gasoso: Enfisema cadavérico (timpanismo) Coliquativo: Desintegração tecidual (amolecimento) Esqueletização: Perda tecidual até permanecer somente os ossos.
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