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Vict�ria K. L. Card�so Mi�patias Introdução História: queixas relacionadas à motricidade. Exame neurológico: ● Fraqueza muscular. ● Hipotonia. ● Hiporreflexia. ● Ausência de fasciculações e de fadigabilidade. ● Sensibilidade geral e sentidos especiais, coordenação motora e reflexos normais. Investigação complementar: ● Enzimas musculares: CPK, aldolase e AST. ● ENMG. ● DNA. ● Biópsia muscular. ● RNM de músculo. Distrofias musculares Distrofia muscular de Duchenne: diminuição da força muscular, com atrofia muscular progressiva. ● Afeta mais musculatura proximal do que distal. ● Ausência da proteína distrofina, localizada na membrana que reveste a superfície dos sarcômeros, o que gera grande atrofia muscular. ○ Maior infiltração gordurosa e fibrosa. ● É uma deficiência de enzimas glicogenolíticas nas fibras musculares do tipo II, indispensáveis para a produção de força pelos músculos. ● Há diminuição do número de fibras musculares, aumento e atrofia das fibras, necrose, sinais de fagocitose, infiltração gordurosa e aumento do tecido conjuntivo - os músculos são substituídos por tecido adiposo e conjuntivo. ● Ocorre apenas em homens (doença ligada ao sexo), com manifestação até os 5 anos de idade. Vict�ria K. L. Card�so ● Clínica: ○ Quedas frequentes. ○ Dificuldade de correr e de subir as escadas - em torno dos 3 anos. ○ Pseudo-hipertrofia da musculatura da panturrilha - mas na verdade é acúmulo de gordura. ○ Alterações da coluna vertebral. ○ Marcha sobre hálux (na ponta dos pés). ○ Sinal de gowers (levantar “se escalando”). ○ Leve deterioração intelectual. ○ Miopatia cardíaca. ○ Contraturas articulares graves. ○ Complicações respiratórias. ● Exame complementar: CPK. ● Exame diagnóstico: teste de DNA - painel de distrofia de Duchenne - e ENMG. ● Tratamento: ainda não há tratamento curativo ou que altere o curso da doença. ○ Conduta: corticóides - não se suspende nunca. ○ Suporte: evitar a sobrecarga muscular, prevenção de deformidades, tratamento respiratório, adaptações para atividades, suporte cardiológico e prevenção de osteoporose. Distrofia muscular de Becker: a apresentação é mais tardia, em torno dos 7-8 anos. ● Maior sobrevida. ● Perda parcial da força, mas as características clínicas são iguais. Distrofia fascioescapuloumeral: ● Afeta face, musculatura proximal de MMII e distal tabém de MMII. ● Poupa o músculo deltóide. ● Mialgia. ● A fraqueza pode ser assimétrica, mas é comumente simétrica. ● Causa surdez. ● Possui poucas complicações cardíacas e respiratórias. ● Têm fenômeno de antecipação. Vict�ria K. L. Card�so Distrofias miotônicas: ● Tipo 1� mais sistêmica. ○ Possui fraqueza muscular distal e miotonia. ○ Presença de arritmia. ○ Comprometimento respiratório. ○ Catarata. ○ Calvície. ○ Alterações cognitivas. ○ Endocrinopatias. ○ Distúrbios do sono. ○ Constipação intestinal. ● Tipo 2� ○ Fraqueza muscular proximal. ○ Mialgia. ● Diagnóstico: DNA e ENMG. Miopatias inflamatórias Poliomiosite: ● Fraqueza proximal simétrica. ● Mais comum em mulheres, a partir dos 20 anos. ● Tem associação com doença intersticial pulmonar. Dermatomiosite: ● Fraqueza muscular semelhante à polimiosite. ● Alterações cutâneas - sinal de Gottron, heliotropo, eritema em áreas expostas ao sol. ● Ocorre tanto em adultos quanto em crianças, mais comum em mulheres. ● Tem associação com malignidade e com doença intersticial pulmonar. Miosite por corpúsculos de inclusão: ● Mais comum em pessoas mais velhas, acima de idade. ● Fraqueza muscular e atrofia da musculatura flexora dos punhos e dos dedos das mãos e quadríceps. ● Disfagia. ● Sem tratamento adequado. ● NÃO TEM TRATAMENTO. ● Diagnóstico: clínico, RNM de músculo e biópsia. Exames complementares e diagnóstico para miopatias inflamatórias: ● CPK. ● Biópsia pulmonar. ● HIV. ● HTLV. Vict�ria K. L. Card�so ● Anti-Jo (anticorpo para doença pulmonar intersticial). ● PPD (para descartar a associação com tuberculose). Tratamento para miopatias inflamatórias: ● Corticóide (VO). ● Pulsoterapia com corticóide ou imunoglobulina. ● Imunossupressores: para o resto da vida. ○ Metotrexate. ○ Azatioprina. ○ Tacrolimus, ciclofosfamida, ciclosporina e micofenolato. ● Esses tratamentos só não são efetivos para MIOSITE POR CORPÚSCULO DE INCLUSÃO. Canalopatias Conceito: mutações enos canais iônicos. ● Miotonias não distróficas: miotonia congênita e paramiotonia congênita. ● Paralisias periódicas: hipercalêmica e hipocalêmica. ● Paramiotonia congênita: é uma doença dominante, não ocorre o fenômeno de warm-up e os sintomas piotam com o frio. ● Pode ser paramiotonia congênita: ○ É dominante. ○ Não ocorre o fenômeno do warm-up (quando um paciente não consegue realizar um moviment e após repeti-lo algumas vezes consegue o realizar, devido a um pré-condicionamento). ○ Os sintomas pioram com o exercício e com o frio. ○ Mutação: no gene SCN4A - canal de sódio. Paralisia periódica hipocalêmica: ● É uma doença autossômica dominante. ● Tem início mais tardio que a paralisia hipercalêmica e ocorre após alimentação rica em carboidratos, álcool e atividade física. Paralisia periódica hipercalêmica: ● É uma doença autossômica dominante. ● Ocorre na primeira década de vida, devido a mutação em genes dos canais de sódio, deflagrada durante o repouso após atividade física. Miopatias induzidas por medicamentos Estatinas: diagnóstico de exclusão. ● Aumento de CPK. Vict�ria K. L. Card�so ● Mialgia e cãimbras. ● Rabdomiólise. ● Miosite aguda. Corticóide: ● Quando em doses > 40 mg por kg - em uso crônico. ● Afeta a musculatura proximal. ● Geralmente não há aumento de CPK. Miastenia gravis Epidemiologia: ● Mulher-homem = 3�1 antes dos 40 anos e incide mais em homens após os 50 anos. Clínica: ● Músculos oculares e faciais - os mais envolvidos. ● Fraqueza flutuante e simétrica dos membros. ● Fraqueza de musculatura da orofaringe. ● Pode ocorrer insuficiência respiratória. Crise miastênica: ● Quadro agudo grave. ● Desencadeada por infecção ou por uso de medicamentos. Tratamento na crise miastênica: ● Plasmaférese e imunoglobulina endovenosa. Diagnóstico: ● ENMG com teste de estimulação repetitiva - padrão decremental. ● Eletromiografia de fibra única - mais específico, porém mais caro e mais dolorido. ● Dosagem de anticorpos: ○ Anti r-Ach. ○ Anti-MuSK. Tratamento: ● Piridostigmina - é um sintomático inibidor da acetilcolinesterase, ele aumenta a quantidade de acetilcolina na fenda sináptica. ● Corticóides e imunossupressores - para mudar o curso da doença. ● Cirurgia para retirada do timo (timectomia) - ajuda no controle da doença. Eaton-lambert Fisiopatologia; ● O anticorpo anticanal de cálcio na membrana pré-sináptica impede a saída de acth na fenda pré-sináptica. Vict�ria K. L. Card�so ● 50% desses pacientes possuem câncer, dentre eles 80% é câncer pulmonar de pequenas células. Clínica: ● Fraqueza em cintura pélvica escapular. ● Reflexos tendíneos abolidos ou ausentes. ● Melhora da força muscular após exercícios. ● A musculatura ocular é polpada. Diagnóstico: ● Eletroneuromiografia - teste de estimulação repetitiva. ● Voltage-Gated calcium channel (VGCC) antibodies. Tratamento: ● Trata o câncer subjacente. ● Uso de imunoglobulina endovenosa e piridostigmina.
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