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01 - Direito do Trabalho I - 6º periodo

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Direito do Trabalho I
6º período - PAULISTA -2019.2
Professora: Gilmara Carvalho
Apresentação da Professora
e apresentação da turma
• Vida profissional;
• Expectativas para o semestre;
• Utilização do Vade mecum nas aulas (CF e CLT);
• Chamada (final da aula/todas as aulas);
• Provas: Todas objetiva e sem consulta;
• Atividades em sala de aula e em equipe: Exposição dialogada –
sem pontuação;
• Material das aulas no portal acadêmico e/ou e-mail da turma.
EMENTA da disciplina
I UNIDADE:
 Antecedentes Históricos: A História do Direito do Trabalho
no Mundo e no Brasil.
Fundamentos do Direito do Trabalho: Denominações;
conceitos; natureza jurídica; relações com outros ramos do
direito; relações com a filosofia e os demais ramos da
ciência; eficácia (no tempo e no espaço), fontes; princípios,
direitos constitucionais.
II UNIDADE:
 Dano moral (assédio moral na relação de trabalho).
 Contrato Individual do Trabalho.
 Normas Gerais e Especiais de Tutela de Trabalho.
 Duração do contrato de trabalho.
Obs.: Todo conteúdo já com as alterações trazidas pela
Reforma Trabalhista.
Bibliografia
 Carla Tereza Martins Romar (Sariava), 
 Carlos Henrique Bezerra Leite (Saraiva); 
 Amauri Mascaro Nascimento (LTR/SARAIVA);
 Sergio Pinto Martins (Altas); 
 Vólia Bomfim Cassar (Impetrus);
 Maurício Godinho Delgado (LTR);
 Gustavo Cisneiros;
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
 Plano internacional
Período pré-histórico ou pré-industrial, encontramos três fases distintas:
a) vinculação do homem ao homem;
b) vinculação do homem à terra;
c) vinculação do homem à profissão;
 Não existia nessa época direito do trabalho.
Período histórico ou industrial
Surge o direito do trabalho, por três motivos importantes:
econômicos, políticos e jurídicos.
Importância: Para analisar o direito do trabalho,
se faz necessário lembrar sua gênese e de seu
desenvolvimento no decorrer do tempo.
Breve histórico mundial
O termo trabalho vem do latim = tripalium, que
seria uma espécie de instrumento de tortura de
três paus; Outras variações surgiram: tripariale e
trepalium.
 Do ponto de vista etimológico e histórico seria:
algo desagradável, dor, etc.
Na antiguidade sempre foi exercido pelo
homem, que trabalhava para se alimentar,
defender-se, abrigar-se e para construir
instrumentos.
A primeira forma de trabalho foi a escravidão
(trabalho subordinado em favor de terceiros), em
que o escravo era considerado uma coisa, um
objeto, não tendo qualquer direito; não era
sujeito de direito, pois era propriedade do seu
dono. E o único direito que lhe pertencia era o de
trabalhar.
Grécia
Tanto Platão como Aristóteles, entendiam que o trabalho
tinha sentido pejorativo, e envolvia apenas a força física. E
apenas era digno participar dos negócios da cidade onde o
homem utiliza-se das palavras. Os escravos faziam o
trabalho duro. O trabalho não tinha o significado de
realização pessoal. As atividades mais nobres eram ligadas à
Política.
Já os sofistas, Hesídio e Protágoras, mostraram o valor
social e religioso do trabalho, e que isso agradaria os
deuses, criando riquezas e tornando o homem
independente. Perante a classe mais pobre da época, o
trabalho era considerado como atividade dignificante.
ROMA
Existia o trabalho escravo e os mesmos eram considerados
coisas. O trabalho era visto como desonroso; Existia a
LOCATIO CONDUCTIO, que regulava a atividade de quem se
comprometia a locar suas energias ou resultado de trabalho
em troca de pagamento;
O homem livre podia se organizar em:
a) Locatio conducio rei: que consistia em arrendamento de
uma coisa em troca de pagamento;
b) Locatio conducio operarum: onde eram locados serviços
mediante pagamento;
c) Locatio conducio operis: que era a entrega de uma obra ou
resultado mediante pagamento (empreitada).
Idade média
No Feudalismo, havia a servidão, desenvolvida pelos
senhores feudais, que davam proteção militar e política
aos obreiros em troca de trabalho obrigado na terra.
Apesar dos servos serem tido como livres, tinham que
entregar parte da produção em troca da proteção, e os
trabalhadores eram conhecidos como servos das glebas;
o trabalho era considerado um castigo e os nobre não
trabalhavam.
Em função das cruzadas, pestes e invasões,
os feudos se enfraqueceram, possibilitando a
fuga dos colonos que se refugiavam nas
cidades onde passaram a procurar por
trabalho e a se reunir em associações, com o
surgimento destas associações, surgiu no
século XII, as corporações de ofício, que
inicialmente tinha dois graus: mestre o
aprendiz; depois no século XIV, surge o grau
intermediário que é o companheiro.
Assim, temos: 
Mestres: que eram os donos das 
oficinas, que já tinham passado pela 
prova de obra-mestra.
Companheiros: que recebiam salários 
dos mestres. 
Aprendizes: que eram os menores de 
idade, ensinados pelos mestres, o 
ensino metódico do ofício ou profissão.
Havia nesta fase histórica um pouco mais de liberdade,
mas o interesse das corporações eram mais para
proteção de seus interesses.
As corporações tinham como características:
a) Regular a capacidade produtiva;
b) Estabelecer estrutura hierárquica;
c) Regulamentar a técnica de produção;
Os aprendizes trabalhavam a partir dos 12 ou 14 anos,
os mestres eram responsáveis por eles, e podiam lhes
impor castigos corporais;
Os pais dos aprendizes pagavam taxas altas, para que os
mestres lhe ensinassem; se superasse as dificuldades do
ensinamento eles passavam a ser companheiros dos
mestres (em torno de 5 anos de aprendizado).
O companheiro passava a ser mestre se passasse na
prova, mas era muito difícil, além disto a prova era paga;
ou se ele casasse com a viúva ou filha do mestre. Filho
de mestre não era submetido à exame de obra-mestra.
A jornada diária era longa, algo em torno de 18 horas
no verão, mas na maioria das vezes terminava com o
por do sol, por questões de qualidade do trabalho e
não por proteção do aprendiz.
As profissões que exigiam aprender o oficio eram: padeiro,
pedreiro, carpinteiro, comerciante, artesão e construtores;
A grande finalidade das corporações era evitar a concorrência
entre os artesãos, tanto locais como de outras cidades, e adequar
a produção ao consumo local, fixar o preço do produto, controlar a
qualidade das mercadorias, a quantidade de matérias primas e
fixar os salários dos trabalhadores.
Em 1776 um edito, deu fim as corporações de ofício (pois, era
considerada uma instituição arbitrária), sendo a mesma
suprimida pela Revolução Francesa, em 1789, que reconhecia
como direito econômico e social: o direito ao trabalho (que foi
imposto ao Estado proporcionar ao desempregado meios de
ganhar sua subsistência);
Logo após a revolução, em 1791, houve o início de
liberdade contratual. O decreto D’allarde, suprimiu de
vez as corporações, permitindo a liberdade de trabalho.
O liberalismo no século XVIII, pregava um Estado
alheio a questões econômicas.
Após o desenvolvimento da máquina a vapor, a de tear
e fiar, ocorreu um enorme crescimento de empresas,
havendo substituição de mão-de-obra por máquinas, e
consequentemente o desemprego; as fábricas
precisavam de pessoas para operar maquinas, e para
isso eram requeridas as mulheres e menores de idade
(crianças), porque recebiam menos.
Quem ditava as regras eram apenas os empregadores,
sem existir qualquer intervenção do Estado no tocante
a proteção dos obreiros.
Com o advento da Revolução Industrial, o direito do
trabalho e o contrato de trabalho passaram a se
desenvolver, e o trabalho tornou-se emprego. Os
trabalhadores passaram a laborar por salários;
O termo “salário”, tem origem no latim: in pretio salis,
"pagamento em sal" – forma primária de pagamento
oferecida aos soldados do império Romano.
Surgindo assim, uma nova cultura a ser aprendida e
esquecer o passado;
Com os novos métodos de produção, a agricultura precisava 
de menos gente, e houve desemprego no campo, e as 
pessoas foram para as cidades, pois havia a substituição do 
homem pelo trabalho com o uso de máquinas;•melhores condições de trabalho; 
•melhores salários; 
•saúde e segurança; 
•diminuição da jornada diária, que era em torno de 12h a 
16h; 
•contra a exploração de mulheres e menores de idade 
(que recebiam menos e trabalhavam mais).
Nascendo assim as 
associações de 
trabalhadores para 
reivindicar: 
A partir deste momento surge a liberdade na
contratação das condições de trabalho;
O Estado por sua vez, começa a se tornar
intervencionista, nas relações de trabalho, visto que
os empregadores abusavam.
O dono das fábricas eram donos das máquinas e
tinham vantagens sobre os funcionários, que nada
possuíam;
Começam a existir leis com normas mínimas sobre
condições de trabalho e os empregadores a ter que
cumpri-las.
A Lei de Peel (1802): limitou a jornada de trabalho para 12 horas, excluindo-se os 
intervalos para refeição; o início do labor não podia ser antes das 6h e terminar depois 
das 21h; deveria os empregadores, observar as normas de higiene e educação;
Na França (1813), foi proibido o trabalho de menores de idade nas minas de carvão.
Em 1814, proibição de trabalhos aos domingos e feriados; e em 1819, foi aprovada 
uma lei tornando ilegal o trabalho de menores de 9 anos de idade.
Menores de 16 anos de idade, trabalhavam cerca de 12 horas, nas prensas de algodão;
Em 1839, foi proibido o trabalho de menores de 9 anos, e 
a jornada passou a ser de 10h para menores de 16 anos;
Na França, em 1874 foi estabelecido um Regime jurídico 
de proteção a limitação de trabalho das mulheres e dos 
menores de idade.
Em 1880, utilizava-se a eletricidade, assim as condições 
de trabalho passaram por adaptações;
A história do direito do 
trabalho se identifica com a 
história da subordinação, 
do trabalho subordinado, 
sua maior preocupação é 
com o hipossuficiente e 
com o emprego típico.
Em 1886, no dia 1º de maio, em Chicago – EUA, já que os
trabalhadores não tinham garantias trabalhistas,
organizaram greves e manifestações, com o objetivo de
conseguir melhorias nas condições de trabalho. Neste dia a
polícia entrou em choque com os grevistas. Uma pessoa
não identificada jogou uma bomba na multidão, matando
quatro manifestantes e três policiais. Posteriormente, os
governos e os sindicatos resolveram escolher o dia, como o
dia do trabalhador.
O direito do trabalho surge para limitar os abusos do
empregador em explorar o trabalho e para modificar
condições de trabalho.
Com o fim da primeira Guerra mundial, 
surge o que pode ser chamado de 
constitucionalismo social, que é a inclusão 
nas Constituições de preceitos relativos a 
defesa social da pessoa, de normas de 
interesse social e de garantia de certos 
direitos fundamentais, incluindo o direito 
do trabalho.
CONSTITUIÇÃO 
DO MÉXICO –
1917 (art. 123): 
jornada era de 8 horas diárias; 
• proibição de trabalho dos menores de 12 anos de idade; 
• limitação da jornada dos menores de 16 anos para 6 horas diárias; 
• jornada noturna de 7 horas; 
• salário mínimo; 
• sindicalização; 
• greve;
• seguro social; 
• indenização no caso de dispensa;
• proteção por acidente do trabalho.
Em 1919, Alemanha, Constituição de Weimar: participação e 
representação dos trabalhadores na empresa, a criação de 
sistema de seguro social, colaboração dos empregados na 
estipulação de condições de trabalho e salários.
Depois disso, as constituições dos países passaram a tratar do 
direito do trabalho.
Em 1919, tratado de Versales, que previu a criação da OIT, com 
a principal função de estabelecer regras gerais internacionais 
envolvendo a relação empregatícia, através de convenções e 
recomendações, com objetivo de proteção do trabalhador.
Em 1927, surge na Itália a Carta del lavoro, instituindo o sistema 
corporativista-facista, que inspirou outros sistemas políticos, como os 
de Portugal, Espanha e Brasil.
O corporativismo visava organizar a economia em torno do Estado, 
promovendo o interesse nacional, além de impor regras para todas as 
pessoas.
Em 1948, Declaração Universal dos Direitos do Homem, que prevê 
alguns direitos dos trabalhadores como: limitação razoável de trabalho, 
férias remuneradas e periódicas, repouso semanal, lazer, etc.
Surge a teoria de separação entre o econômico e o social, o que
ocorre até hoje na CF/88, e estes assuntos são tratados
separadamente.
Há uma classificação que divide os direitos em gerações:
1ª Geração: direitos individuais.
2ª Geração: direitos sociais, econômicos e culturais.
3ª Geração: direitos de fraternidade e solidariedade (novíssima geração
– meio ambiente, vida saudável, ambiente pacífico, autodeterminação e
avanços tecnológicos).
4ª Geração: direitos dos povos (vem do processo de globalização e do
Estado liberal - saúde, informática e biociências).
5ª Geração: Direito a paz
6ª Geração: direitos de democracia (informação e pluralismo político).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL
Podemos dividir a 
história do Direito 
do trabalho em 
três fases: 
1ª) Do 
descobrimento 
até à abolição da 
escravatura;
2ª) Da 
proclamação da 
República à 
campanha política 
da Aliança Liberal;
3ª) Da Revolução 
de trinta aos 
nossos dias atuais.
As primeiras Constituições Federais no Brasil,
tratavam apenas de forma de Estado e Governo,
posteriormente passaram a tratar dos ramos do
direito;
A CF/1824 – aboliu a corporação de ofício, visando a
liberdade de ofícios e profissões;
1871 - Lei do ventre livre;
1885 – Lei Saraiva-cotegipe (sexagenários);
1888 - Lei Áurea;
Em 1891 – A Constituição Federal reconheceu a
liberdade de associação, que na época tinha caráter
genérico;
As transformações que vinham ocorrendo na Europa,
a primeira guerra mundial, o aparecimento da OIT, em
1919, incentivaram a criação de normas trabalhistas no
nosso pais.
Existiam muitos imigrantes que deram origem a
movimentos operários reivindicando melhores
condições de trabalho e salários. Começando aí a
política trabalhista de Getúlio Vargas em 1930.
Havia algumas Leis Ordinárias no país, tais como:
trabalho de menores de idade (1891); Organizações
Sindicais rurais (1903), e urbanos (1907), de férias, etc.
O MINISTÉRIO DO TRABALHO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO,
FOI CRIADO EM 1930, passando a expedir decretos,
sobre profissões, trabalho das mulheres (1932), salário
mínimo (1936), Justiça do trabalho, entre outros.
A Carta Magna de 1934 – Garantia a: liberdade
sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada
diária de 8 horas de trabalho, proteção do trabalho das
mulheres e menores de idade, repouso semanal e férias
remunerada.
Em 1937 – marcada pela fase intervencionista de Getúlio
Vargas – inspirada na – Carta Del lavoro de 1927 e na
Constituição Polonesa.
Garantia o sindicato único imposto por Lei e vinculado ao
Estado - como forma de submissão das entidades de classe
ao Estado, já que participava do produto de sua
arrecadação; competência dos Tribunais do Trabalho –
evitando o entendimento direto entre patrão e empregado;
a greve e o lockout, foram considerados recursos anti-
sociais, nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis
com os interesses da produção nacional.
No Brasil existiam várias normas esparsas sobre
diversos assuntos, e houve a necessidade e consolidá-
las, e em 1º de maio de 1943, foi aprovada a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Decreto-Lei nº
5.452/43.
O objetivo da CLT, foi apenas reunir as leis esparsas
existentes no país.
A Carta Magna de 1946 foi considerada uma nova
democracia rompendo o corporativismo: previa a
participação dos trabalhadores nos lucros, RSR, direito
de greve, entre outros.
A Constituição de 1967 – manteve os direitos 
trabalhistas anteriores.
Leis ordinárias: 
Lei 5.859/72 – Empregados Domésticos;
Lei 5.889/73 – Trabalhador rural;
Lei 6.019/74 – Trabalhador Temporário;
Decreto-lei - 1.535/77 – deu nova redação sobre as 
férias na CLT;
 A CF de 1988 – Que trata dos direitos do trabalho 
em seus art. 7º ao 11.
• Direitos fundamentais: São o conjunto de normas,
princípios, prerrogativas, deveres e institutosinerentes à soberania popular, que garantem a
convivência pacífica, digna, livre e igualitária,
independente de credo, raça, origem, cor, condição
econômica ou status social. São liberdades públicas
em sentido amplo. (dimensão: política, civil e
econômico-social).
FUNDAMENTOS 
DO DIREITO DO 
TRABALHO: 
DENOMINAÇÕE
S: encontra-se 
na doutrina 
várias 
denominações 
com relação ao 
direito do 
trabalho; 
Legislação 
do 
trabalho;
Direito 
operário;
Direito 
industrial;
Direito 
corporativo
;
Direito 
social;
Direito 
sindical;
Direito do 
trabalho.
Direito do trabalho, acaba sendo a denominação mais aceita, 
mesmo tendo um sentido mais amplo do que efetivamente 
representa, por melhor corresponder ao objeto (relação de 
trabalho subordinado) e aos fins da disciplina (distinção 
socioeconômica fundamental entre empregador e empregado 
e promoção da tutela da relação jurídica empregatícia e 
pacificação dos conflitos emergentes das forças do capital e do 
trabalho).
Direito do trabalho, acaba sendo a denominação mais aceita, 
mesmo tendo um sentido mais amplo do que efetivamente 
representa, por melhor corresponder ao objeto (relação de 
trabalho subordinado) e aos fins da disciplina (distinção 
socioeconômica fundamental entre empregador e empregado 
e promoção da tutela da relação jurídica empregatícia e 
pacificação dos conflitos emergentes das forças do capital e do 
trabalho).
Conceito
A expressão surgiu na 
Alemanha em 1912; a 
matéria passa a tratar 
das relações de 
trabalho e não de 
certas 
particularidades, como 
indústria e sindicato;
A Lei nº2.724/56 –
muda a denominação 
da cadeira nas 
faculdades – Direito do 
trabalho (direito 
industrial e comercial);
A Constituição de 1946
passa a usar essa 
expressão, até a 
Constituição de 1988 ; 
O termo é adotado na 
França, Espanha, 
Inglaterra, Itália, 
Portugal;
•DIREITO DO TRABAHO é a expressão mais
difundida do mundo, inclusive adotada pela
OIT.
•No direito positivo brasileiro encontramos a
expressão consagrada literalmente no art.
22, I, da CF, segundo o qual compete a
União legislar sobre direito do trabalho.
Assim, o direito do trabalho é 
resumidamente e singelamente, o 
conjunto de princípios e regras jurídicas 
aplicáveis às relações individuais e 
coletivas entre empregados e 
empregadores.
EMPREGADOS
Voluntário, 
estagiários,
entre outros
Autonomo
EVENTUAL
Conjunto das relações de trabalho
Considerando que trabalho é um 
termo genérico, que abrange toda e 
qualquer forma de prestação de 
serviço de uma pessoa a outrem, 
podemos afirmar que nem toda 
atividade considerada como 
trabalho é regulada pelo direito do 
trabalho.
Atenção: art. 7º da CLT!!
OBJETO
•RELAÇÃO DE EMPREGO
•TRABALHO SUBORDINADO (INDIVIDUAL E COLETIVO)
SUJEITOS
•EMPREGADO E EMPREGADOR
FUNDAMENTO
•PROTEÇÃO DO EMPREGADO
DIVISÃO DO DIREITO DO TRABALHO 
(DIT E DCT)
Direito individual do trabalho: é o ramo do direito do trabalho que tem 
por objetivo as relações individuais de trabalho, ou seja, a relação entre 
empregado e empregador, observando-se os direitos próprios e 
concretos dos trabalhadores;
Direito coletivo do trabalho: é o ramo do direito do trabalho, que se 
ocupa com o estudo das relações coletivas, que envolvem as categorias 
de empregados e empregadores, a organização sindical e as formas de 
solução dos conflitos coletivos de trabalho, tendo por objeto direitos 
coletivos e abstratos da categoria.
NATUREZA JURÍDICA (Teorias)
Temos várias teorias que pretendem classificar o direito do trabalho, são elas, a teoria de:
1) Direito Público: envolve normas de natureza administrativas, de caráter imperativo e 
estatutárias; e há irrenunciabilidade de direitos pelo trabalhador;
2) Direito Privado: decorre da locação de serviços do direito civil e seus sujeitos são empregador e 
empregado – que são dois sujeitos particulares;
3) Direito social: engloba no Direito do trabalho as normas de proteção do hipossuficiente; sendo 
produto da vida social;
4) Direito misto: normas de direito público e privado, pois há intervenção do Estado e 
possibilidade de negociação entre as partes.
5) Direito unitário: caracteriza-se pela fusão ou combinação orgânica entre o direito público e o 
direito privado – criando-se um novo ramo do direito.
O entendimento que prevalece
entre os juristas, é que o direito do
trabalho é do ramo do direito
privado, já que decorre do
desenvolvimento das locações de
serviço (empreitadas – Locatio
conducio operis) do direito civil.
Assim a relação entre empregado e
empregador é de natureza contratual, pois
as próprias partes podem estabelecer as
regras a serem seguidas.
Fora isso, temos as convenções e acordos
coletivos, que estabelecem normas que
devem ser seguidos pelos interessados;
sempre com observância na CLT, art. 9º -
nulos os atos contrários e preceitos
trabalhistas.
Autonomia do Direito do Trabalho
Os ramos da ciência jurídica tem
autonomia relativa, pois não são
totalmente independentes.
Na verdade, compõem uma das partes do
todo orgânico que é o direito.
Assim o direito do trabalho não integra o
direito civil, o comercial ou o econômico,
porque ele mesmo constitui um dos ramos
da ciência jurídica, mas com todos esses
ramos do direito se relaciona.
•Estrutura e organização jurídica própria: 
no art. 111 da CF (os órgãos que compõem a 
justiça do trabalho – Tribunais);
•Princípios próprios e típicos do direito do 
trabalho: Princípio da primazia da realidade; 
da continuidade da relação de emprego; 
irrenunciabilidade dos direitos, entre outros;
•Institutos próprios e peculiares: as férias, a 
sentença normativa, convenção ou acordo 
coletivo;
ASSIM O DIREITO DO 
TRABALHO, É 
CONSIDERADO UMA 
CIÊNCIA JURÍDICA 
AUTONOMA, UMA 
VEZ QUE POSSUI:

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