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Observação da ocorrência de doenças e agravos

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OBSERVAÇÃO DA OCORRÊNCIA 
DE DOENÇAS E AGRAVOS
P R I N C Í P I O S B Á S I C O S
Ciência que estuda a frequência e a distribuição de doenças e agravos à saúde e de sua determinantes, em
coletividades humanas, propondo medidas de prevenção, controle de erradicação, e fornecendo informações que
embasem o planejamento, a administração e a avaliação das ações de saúde, principalmente, ressaltando a existência
ou não de grupos mais vulneráveis ou sob maior risco. A análise da distribuição de doenças e de seus determinantes
no espaço e no tempo é uma vertente fundamental da epidemiologia sendo, essencialmente, uma ciência populacional
que se baseia "nas ciências sociais para a compreensão da estrutura e da dinâmica social [...] na matemática, para
noções estatísticas de probabilidade, inferência e estimação [...] e nas ciências biológicas para o conhecimento do
substrato orgânico humano onde as manifestações observadas encontrarão expressão individual" envolvendo a
interdisciplinaridade.
JAMES LIND
As doenças e agravos NÃO
ocorrem AO ACASO na
população;
A distribuição desigual dos
agravos à saúde é produto da
ação dos fatores que se
distribuem desigualmente na
população;
O conhecimento dos fatores
determinantes das doenças
permite a aplicação de
medidas preventivas e
curativas direcionadas a alvos
específicos, cientificamente
identificados, o que resulta
em aumento da eficácia das
intervenções 
ANÁLISE
Quem adoeceu?
Onde a doença ocorreu?
Quando a doença ocorreu?
DOENÇA
Algo que altera nosso estado
físico relacionado com fatores
biológicos; desajustamentonos
mecanismos de adaptação do
organimo.
 AGRAVO
Algo que não tem agente
infeccioso, sendo causas
externas. 
SUBGRUPOS: importante identificá-los para propor
medidas específicas para determinado grupo baseado em
seus determinantes sociais que NEM SEMPRE se
restringem a fatores biológicos. 
P E R G U N T A S D E I N V E S T I G A Ç Ã O 
Onde, quando e quem sofre com a doença?
Há grupos especiais mais vulneráveis?
Existe alguma época do ano em que aumenta o
número de casos?
Em que áreas do munícipio ou regiões do país a
doença é mais frequente?
Há disparidades regionais ou locais?
Idosos são mais atingidos do que crianças? 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
PESSOA, LUGAR E TEMPO
D I S T R I B U I Ç Ã O D A S D O E N Ç A S 
O conceito de espaço deve incorporar não apenas as
características geográficas, naturais e sociais de um
lugar, mas também "a vida que os preenche e os animais,
ou seja, a sociedade em movimento".
 
CARACTERÍSTICAS: geográficas, naturais, sociais e
processos sociais.
ESPAÇO
LOCALIDADES: temperatura e posição em relação ao
evento e ao nascimento do sol.
Ex.: obra de Hipócrates: "dos ares, dos mares, dos
lugares"; elaboração de mapas para visualizar a
distribuição espacial cresceu na Europa no séc XVIII. 
Médico escocês que, em 1768, procurou explicações
geográficas para a distribuição de diversas doenças -
precursor da geografia médica - entre elas o escoburto
(carência de vitamina C na dieta) dividindo um grupo de
12 marinheiros afetados pela doença em diferentes
grupos recebendo diferentes formas de terapia entre
elas o acesso ou não à frutas cítricas provando a relação
entre a enfermidade e a ingestão de vitamina C. 
JONH SNOW 
Durante a epidemia de cólera, em 1854, demonstrou uma
associação espacial entre mortes por cólera e o
suprimento de água através de diferentes bombas
públicas. 
PALM 
Constatou que a prevalência de raquitismo estava
diretamente ligada a falta de luz e sua variação
geográfica - provoca enfraquecimento dos ossos pela
deficiência de vitamina D. . 
LANCASTER 
Responsável pelo estudo do cresimento da mortalidade
(número de doentes mortos) por melanome (câncer de
pele) em regiões que possuem maior exposição a
radiação solar.
Levantar hipóteses; 
Identificar possíveis fatores de risco;
Observar diferenças na frequência das doenças em
diferentes territórios;
Contribuir no planejamento das ações.
Identificar padrões espaciais de morbidade e os
fatores associados;
Descrever processos de difusão de doenças;
Conhecer a etiologia e controlá-la.
OBJETIVOS: 
1.
2.
3.
4.
ANÁLISE ESPACIAL EM SAÚDE:
1.
2.
3.
Fornece subsídios para compreensão de fenômenos,
prevenção de doenças e avaliação do impacto de
intervenções.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: estudo das variações
periódicas. 
 
Entre os principais aspectos realacionadosà evolução
temporal das doenças, estão: 
TEMPO
TENDÊNCIA SECULAR 
Ou histórica, é a análise das mudanças na frequência de
uma doença (incidência, mortalidade, etc.) por um longo
período de tempo, geralmente décadas;
Compreende modificações nos critérios de diagnósticos,
aumento na coberturta dos sistemas de informação em
saúde, taxa de letalidade e tratamento eficaz.
PERÍODO
ENDÊMICO
PERÍODO
EPIDÊMICO
INÍCIO DA
VACINAÇÃO
VACINAÇÃO
EM MASSA 
VARIAÇÕES CÍCLICAS 
Flutuações na incidência de uma doença ocorridas em
um período maior que 1 ano.
VARIAÇÕES SAZONAIS 
Variação na incidência, cujos ciclos coincidem com as
estações do ano.
Ex.: inverno - gripe e resfriado; verão - diarreias
infecciosas, desidratação e dengue. 
VARIAÇÕES ATÍPICAS 
SURTO: ocorrência epidemiológica onde todos os casos
estão relacionados entre si, atingindo uma área
geográfica pequena delimitada ou populações
institucionalizadas dentro de um espaço restrito e curto
de tempo; Todo surto é uma epidemia mas nem toda
epidemia é um surto.
EPIDEMIA: elevação brusca, temporária e acima do
esperado da incidência de uma determinada doença.
O aparecimento de 1 caso em uma região que nunca
ocorreu é uma epidemia pois é uma quantidade acima do
esperado para a região, INDEPENDENTE DA
QUANTIDADE DE CASOS, e apresenta um pico (nível
epidêmico - pico - regressão epidêmica).
EPIDEMIA POR FONTE COMUM: ocorre em situações
nas quais a exposição da população suscetível se dá em
relação a uma fonte comum de determinado patógeno,
permitindo que os casos apareçam em rápida sucessão e
em um curto período de tempo; vinculado pela água,
alimentação, ar, etc.
Ex.: Salmonella typhi - água - febre tifóide. 
NÃO compreende a transmissão pessoa-pessoa. 
EPIDEMIA PROGRESSIVA: a transmissão ocorre através
do contato pessoa a pessoa ou espécies diferentes, ou
seja, uma pessoa infectada transmite para uma pessoa
suscetível por vias respiratórias, sexual ou através de
vetores.
Ex.: HIV/AIDS, sífilis, dengue, gripe. 
ENDEMIA: situação na qual a frequência e a distribuição,
em agrupamentos humanos distribuídos em espaços
delimitados, mantenham padrões regulares de variações
num determinado período.
Oscilações na ocorrência das doenças correspondem
somente às flutuações cíclicas e sazonais. Presença
contínua, já esperada em determinada localidade
associada a determinante da região, processos sociais e
ambientes.
Ex.: malária (Amazônia) e leishmaniose (Monte Gordo).
 
PANDEMIA: ampla distribuição espacial da doença,
atingindo diversas nações ou continentes; NÃO está
ligada a fatores etiológicos ou fatores de risco.
Modificados por variáveis como: sexo, idade, raça,
situação conjugal, profissão, etc. 
PESSOA
L A Y A N E S I L V A

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