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Transtornos psiquiátricos

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PMSUS - Transtornos Psiquiátricos
SÍNDROMES PSIQUIÁTRICAS MAIS COMUNS NO BRASIL E NO MUNDO.
As doenças psiquiátricas são conceituadas como uma condição de anormalidade na ordem psíquica, mental ou cognitiva, e podem ter causas determinadas ou não. Além de provocar comorbidades em diversos órgãos do corpo — devido à redução da defesa imunológica — elas também afetam a vida pessoal, profissional e social.
Geralmente, esses transtornos psiquiátricos estão vinculados a questões de herança genética, alterações bioquímicas da produção de neurotransmissores cerebrais e problemas hormonais.
As doenças psiquiátricas também podem surgir por causas diversas. Algumas são desencadeadas em decorrência do abuso de substâncias tóxicas ou relacionadas ao desajuste emocional influenciado pelo estilo de vida.
Ansiedade
Os transtornos de ansiedade são muito comuns, presentes em cerca de 1 a cada 4 pessoas que vão ao médico. Eles são caracterizados por uma sensação de desconforto, tensão, medo ou mau pressentimento, que são muito desagradáveis e costumam ser provocados pela antecipação de um perigo ou algo desconhecido.
As formas mais comuns de ansiedade são a ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e as fobias, e são muito prejudiciais tanto por afetar a vida social e emocional da pessoa, como por provocar sintomas desconfortáveis, como palpitação, suor frio, tremores, falta de ar, sensação de sufocamento, formigamentos ou calafrios, por exemplo, e pelo maior risco de desenvolver depressão ou vícios pelo álcool e medicamentos.
Depressão
A depressão é definida como o estado de humor deprimido que persiste por mais de 2 semanas, com tristeza e perda do interesse ou do prazer nas atividades, podendo ser acompanhada de sinais e sintomas como irritabilidade, insônia ou excesso de sono, apatia, emagrecimento ou ganho de peso, falta de energia ou dificuldade para se concentrar, por exemplo. 
Esquizofrenia
A esquizofrenia é o principal transtorno psicótico, caracterizado como uma síndrome que provoca distúrbios da linguagem, pensamento, percepção, atividade social, afeto e vontade.
Este transtorno é mais comum em jovens, no final da adolescência, mas pode surgir em outras idades, e alguns dos sinais e sintomas mais comuns são alucinações, alterações do comportamento, delírios, pensamento desorganizado, alterações do movimento ou afeto superficial, por exemplo.
Transtornos alimentares
A anorexia nervosa é um dos transtornos alimentares mais comuns e se caracteriza pela perda de peso intencional, provocada pela recusa à alimentação, distorção da própria imagem e medo de engordar.
Já a bulimia que também é relativamente frequente, consiste em comer grandes quantidades de comida e, em seguida, tentar eliminar as calorias de formas prejudiciais, como pela indução do vômito, uso de laxantes, exercício físico muito intenso ou jejum prolongado.
Os distúrbios alimentares são mais comuns em jovens, e têm sido cada vez mais frequentes pela cultura de valorização estética. Apesar da anorexia e bulimia serem os transtornos alimentares mais conhecidos, existem outros problemas relacionados à alimentação como a ortorexia, em que existe preocupação excessiva por comer alimentos saudáveis.  
Estresse pós traumático
O estresse pós traumático é a ansiedade que surge após ser exposto a alguma situação traumática, como um assalto, uma ameaça de morte ou perda de um ente querido, por exemplo. Geralmente, a pessoa afetada revive persistentemente o ocorrido com recordações ou sonhos, e apresenta intensa ansiedade e sofrimento psicológico.
Somatização
A somatização é um transtorno em que a pessoa apresenta múltiplas queixas físicas, referentes a diversos órgãos do corpo, mas que não são explicadas por nenhuma alteração clínica. Geralmente, são pessoas que constantemente vão ao médico com muitas queixas, e na avaliação médica, exame físico e realização de exames, nada é detectado.
Na maioria dos casos, as pessoas com transtorno de somatização apresentam ansiedade e alterações do humor, além de poderem apresentar impulsividade. Quando além de sentir a pessoa chega a simular ou provocar intencionalmente sintomas, a doença passa a ser chamada de transtorno factício.
Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é a doença psiquiátrica que provoca oscilações imprevisíveis no humor, variando entre depressão, que consiste em tristeza e desânimo, e mania, impulsividade e característica excessivamente extrovertida. 
Transtorno obsessivo-compulsivo
Também conhecido com o TOC, este transtorno provoca pensamentos obsessivos e compulsivos que prejudicam a atividade diária da pessoa, como exagero em limpeza, obsessão por lavar as mãos, necessidade de simetria ou impulsividade por acumular objetos, por exemplo.
Outros transtornos mentais
Além dos transtornos indicados anteriormente, também existem outros que são descritos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), como:
1. Transtornos psicóticos, como esquizofrenia ou transtorno delirante;
1. Transtornos de personalidade, como dos tipos paranoide, anti social, borderline, histriônica ou narcisista, por exemplo;
1. Transtornos relacionados ao uso de substâncias, como drogas ilícitas, álcool, medicamentos ou cigarros, por exemplo;
1. Transtornos neurocognitivos, como delirium, Alzheimer ou outras demências;
1. Transtorno do neurodesenvolvimento, como deficiências intelectuais, transtornos da comunicação, autismo, déficit de atenção e hiperatividade ou alterações dos movimentos;
1. Disfunções sexuais, como ejaculação precoce ou retardada;
1. Transtorno do sono-vigília, como insônia, hipersonolência ou narcolepsia;
1. Transtornos parafílicos, relacionados ao desejo sexual.*
FONTE: https://www.tuasaude.com/transtornos-mentais/
FATORES DE RISCO E A EPIDEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS NO BRASIL E NO MUNDO.
FATORES DE RISCO
Fatores de risco são variáveis ambientais, comportamentais ou biológicas, estabelecidas em uma sequência temporal em relação à doença. Quando presentes, os fatores de risco aumentam a probabilidade da ocorrência de determinado desfecho em uma pessoa ou grupo em comparação com indivíduos não expostos a eles; quando ausentes, a reduzem (Walker et al. 2007; Pesce et al. 2004).
Os fatores de proteção são características individuais (recursos pessoais) e/ ou contextuais (recursos ambientais) que fortalecem e dão suporte ao indivíduo no enfrentamento de diferentes eventos de vida. São exemplos de fatores de proteção: autonomia, autoestima, bem-estar subjetivo, competência emocional, afetos positivos, apoio social, coesão familiar, entre outros (Poletto, Koller, 2008). Noronha et al. (2009) apontam que os fatores de proteção podem reduzir o impacto dos riscos ou de reações negativas.
A saúde mental dos indivíduos é influenciada por características individuais, comportamentais, socioeconômicas e ambientais. Baixa autoestima, dificuldade na escola, baixa renda e pobreza, exposição à violência e abuso, desigualdades sociais e de gênero são considerados fatores de risco para problemas de saúde mental. Por outro lado, confiança e autoestima elevada, apoio social da família e amigos, uma boa interação familiar, segurança econômica, satisfação e sucesso no trabalho, acesso a serviços básicos de saúde, entre outros, são fatores protetores (Noronha et al. 2009).
Existem poucas evidências de associações específicas entre um fator de risco particular e um determinado transtorno psiquiátrico. Possivelmente, a combinação, sequência e inter-relação de fatores de risco individuais, familiares, genéticos e ambientais sejam a explicação mais razoável para o desenvolvimento dos transtornos mentais (Goodman et al. 2005; Ford et al. 2004).
Existem evidências de que os fatores de risco são bastante similares em diferentes culturas. O que parece variar são a intensidade e a magnitude destes fatores (Canino, Alegria, 2008). Logo, apesar de existirem semelhanças entre os fatores de risco dos países desenvolvidos e aqueles dos países em desenvolvimento (Hackett et al. 1999), a população dos países emdesenvolvimento encontra- se mais exposta a potenciais fatores de risco como, por exemplo, a pobreza (Duarte et al. 2003).
Apesar de diversos fatores de risco contribuírem na etiologia dos transtornos mentais, as respostas dos indivíduos, quando expostos a tais fatores, são bastante variadas. Essa heterogeneidade de respostas, que influencia na resiliência ou na vulnerabilidade dos indivíduos, geralmente está associada a características geneticamente determinadas, como o temperamento do indivíduo (Moffitt, Caspi, 2006). A resiliência apresenta diversas definições que vão desde um conjunto de competências e habilidades individuais – resultado de traços de personalidade e invulnerabilidade, influências ambientais, manifestação de competências diante de circunstâncias adversas – até o resultado do equilíbrio entre fatores protetores e de risco, tanto individuais quanto sociais (Souza, Cerveny, 2006). 
Os fatores que afetam o crescimento na vida intrauterina ou na infância precoce podem influenciar o desenvolvimento de problemas de saúde mental a longo prazo. O tabagismo durante a gestação, por exemplo, tem implicações que vão além dos prejuízos à saúde materna. A exposição pré e perinatal à nicotina tem sido relacionada a alterações da cognição, além de causar importantes alterações no desenvolvimento do sistema nervoso fetal (Lieberman et al. 1994). O fumo materno durante a gestação leva a mudanças sutis no desenvolvimento neurológico e no comportamento das crianças, tais como uma redução geral na capacidade intelectual e pré-disposição ao desenvolvimento do TDHA durante a infância e adolescência (Weissman et al. 1999).
O uso de álcool durante a gestação pode causar danos no desenvolvimento da criança, sendo que os efeitos adversos da exposição pré-natal ao álcool podem variar. Os indivíduos afetados podem apresentar dificuldades relacionadas à atenção e à concentração e alterações do comportamento, como hiperatividade, impulsividade e problemas de conduta (Huizink et al. 2006; Fagerlunf et al. 2011; Riley et al. 2011; Jacobson et al. 2011). Isso, além da síndrome alcoólica fetal, que é considerada a principal causa de déficit no desenvolvimento com causa conhecida (Paley 2009). No nascimento há sinais de disfunção do sistema nervoso central nos bebês de mães que ingeriram grande quantidade de álcool durante a gestação. Há relatos de intoxicação, dependência, delirium, demência persistente, perturbação psicótica, perturbação do humor, perturbação da ansiedade, disfunção sexual e disfunção do sono (McGee, Riley 2007; APA, 2014). Atualmente, está bem estabelecido que crianças de pais alcoolistas são mais vulneráveis a problemas de comportamento, distúrbios psiquiátricos, abuso de substâncias (incluindo início precoce de uso do álcool) e a problemas inerentes ao uso persistente de álcool (Chassin, Fora et al. 2004).
Estudo realizado com 649 adolescentes entre 12 e 19 anos verificou o abuso de álcool em filhos de alcoolistas e constatou que um em cada quatro adolescentes que se identificaram como abusadores de álcool eram filhos de alcoolistas (Rodney et al. 1996). Outro estudo mostrou os altos índices de reprodução do alcoolismo entre jovens adultos, apontando que um em cada três jovens adultos dependentes do álcool tem histórico de alcoolismo na família (Souza et al. 2005).
A prematuridade é um indicador da saúde do recém-nascido que também reflete condições da vida intrauterina. Um estudo de revisão sobre o efeito do nascimento prematuro no desenvolvimento e na qualidade de vida de crianças mostrou que as variáveis peso ao nascimento e idade gestacional foram preditoras de problemas de comportamento internalizante, como os transtornos de ansiedade e depressão nas fases pré-escolar e escolar (Fallang et al. 2005; Vieira, Linhares, 2012). Outros autores reportaram que crianças nascidas pré-termo apresentaram também mais problemas de comportamento do tipo externalizante na infância e adolescência em comparação com crianças nascidas a termo (Whiteside- Mansell et al. 2009), além do risco de desenvolver transtornos do comportamento, esquizofrenia, hiperatividade e déficits de atenção, problemas de comportamento, sintomas semelhantes a psicoses, transtornos afetivos e suicídio na adolescência ou na vida adulta (Breslau, Chilcoat, 2000; Martinéz-Cruz et al. 2006; Wiles et al. 2006; Carvalho et al.
2001). As crianças com baixo peso ao nascimento têm sido consideradas mais vulneráveis aos déficits cognitivos (Martinéz-Cruz et al. 2006; Gale et al. 2004; Patton et al. 2004), às dificuldades comportamentais (Kelly et al. 2001; Linhares et al. 2005) e às desordens emocionais, dentre elas a depressão infantil (Hayes, Sharef, 2009), além de apresentarem 40 vezes mais risco de sequelas no seu desenvolvimento físico e intelectual (Saigal et al. 2003).
A psicopatologia nos pais é um forte preditor dos transtornos mentais nos filhos. A presença de história de depressão, ansiedade materna, exposição a fatores estressores, como morte de um familiar durante a gestação, e problemas psicológicos crônico na mãe mostrou-se associada a um maior risco de transtorno mental nos filhos ao longo da vida. Cerca de 40% dos filhos de pais depressivos apresentam um ou mais transtornos mentais (Piche et al. 2011; Khashan et al. 2008; Ensminger et al. 2003).
Estudo realizado com indivíduos pertencentes à Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas-RS relatou que a presença de transtorno psiquiátrico materno foi um fator fortemente associado aos problemas emocionais e de comportamento em crianças aos quatro anos (Anselmi et al. 2004). Em uma avaliação do perfil comportamental e da competência social de crianças e adolescentes de seis a 18 anos, os filhos de mães com diagnóstico de esquizofrenia apresentaram maior proporção de problemas de internalização, como transtornos de ansiedade e depressão, quando comparados aos filhos de mulheres sem transtornos mentais (Gutt, 2005).
O sexo é um dos fatores de risco que tem sido bastante investigado em estudos epidemiológicos. Vários estudos sugerem que os meninos são mais propensos a desenvolver algum transtorno mental do que as meninas (Ford et al. 2004). Os transtornos com início precoce, em geral, são mais prevalentes nos meninos, enquanto que aqueles que se iniciam na adolescência são mais prevalentes nas meninas (Rutter et al. 2003). Essas diferenças variam entre os grupos etários. Na infância, a maioria dos estudos relata uma maior prevalência de transtornos de conduta, por exemplo, com comportamentos agressivos e antissociais, entre meninos do que entre meninas (Polanczyk et al. 2007; Moffitt et al. 2008). Durante a adolescência, as meninas têm uma prevalência maior de depressão e de transtornos alimentares e se envolvem mais na ideação suicida e tentativas de suicídio do que os meninos. Já os meninos experimentam mais problemas com raiva, envolvem-se em comportamentos de alto risco e cometem suicídio com mais frequência do que as meninas (Philipp et al. 2014, Pacheco et al. 2005). Estudo realizado por Rescorla et al. (2007), com amostras populacionais de adolescentes de 24 países, demonstrou importantes diferenças entre os sexos na prevalência de problemas de internalização e externalização. No estudo, os meninos apresentaram mais problemas de externalização e as meninas mais problemas de internalização. Estudo brasileiro recente, realizado por Petresco et al. (2014) com crianças aos seis anos de idade, na Coorte de Nascimentos de 2004 de Pelotas-RS (mesma população do presente projeto), mostrou uma maior prevalência de transtorno psiquiátrico nos meninos em comparação com as meninas (14,7% e 11,7%, respectivamente; p=0.009).
Sobre os fatores de risco ambientais associados a transtornos mentais, o nível socioeconômico é o mais robusto dos achados em estudos epidemiológicos, existindo uma associação inversa: quanto menor o nível socioeconômico, maior a ocorrência de transtornos mentais (APA, 2014; Piche et al. 2011; Rutter et al. 2003; Costello et al. 1996). Edward Jarvis relatou, já em 1855,que os transtornos psiquiátricos ocorriam 64 vezes mais frequentemente em pobres do que em ricos (Jarvis E, 1971).
Existem duas distintas teorias que tentam explicar esse fenômeno: a causalidade social e a seleção social. A primeira sugere que o estresse associado à baixa posição socioeconômica (PSE) causaria transtorno mental. Já a segunda teoria propõe que a associação se deve à queda na posição social, produzida pelo transtorno mental (Dohrenwend et al. 1992).
A combinação de baixa renda, analfabetismo, desemprego, más condições de moradia e acesso limitado à saúde e à educação aumenta o risco de transtornos mentais (Beddington et al., 2008, Bordin et al. 2007; Benvegnu et al., 2005, Vitolo et al., 2005, Fleitlich; Goodman, 2001). Os autores salientam a associação da pobreza com inúmeras condições adversas e com uma maior exposição a fatores de estresse. Uma revisão sistemática que avaliou os efeitos da PSE na ocorrência de transtornos mentais em crianças e adolescentes observou que a baixa renda familiar e a menor educação dos pais estiveram associadas a uma maior frequência de transtornos mentais em crianças e adolescentes, quando comparados àqueles que eram filhos de pais com maior renda e/ou educação (Reiss et al. 2013). Em estudo nacional, com dados da mesma coorte utilizados nesta tese, foi observado que crianças de famílias de baixa renda tiveram maior prevalência de algum transtorno mental do que crianças de famílias de alta renda (14% e 8%, respectivamente; p=0.001), achado este consistente com outros estudos (Van Oort FV et al. 2011; Costello et al. 2011).
EPIDEMIOLOGIA
Mais recentemente, nos anos 90, mudanças dramáticas têm ocorrido nas demandas de cuidados com a saúde da população do planeta. Particularmente, os transtornos e problemas relacionados com a saúde mental têm, de forma silenciosa, se tornado a principal causa de incapacitação, morbidade e morte prematura, indistintamente, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. 
Segundo estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde e por pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (WHO; Murray & Lopez, 1996), usando como medida o número de anos vividos com uma deterioração da qualidade de vida e morte prematura, doenças como transtornos depressivos e transtornos cardiovasculares estão rapidamente substituindo a desnutrição e as doenças infecto-contagiosas em países do Terceiro Mundo, onde estão localizados quatro quintos da população humana. Em países da Ásia e da América Latina, essa “transição epidemiológica” vem ocorrendo, na maioria das vezes, sem a devida conscientização dos especialistas em planejamento de serviços e assistência em saúde pública. A carga de incapacitação provocada por transtornos mentais, como depressão, dependência de álcool e esquizofrenia, tem sido subestimada, devido ao fato de que as abordagens tradicionais apenas costumam levar em conta índices de mortalidade, e não o número de anos vividos com o transtorno e conseqüente morte prematura. 
Sabe-se que, embora os transtornos mentais causem pouco mais de 1% das mortes, são responsáveis por mais de 12% das incapacitações por doenças em geral. Esse número cresce para 23% em países desenvolvidos. No mundo, das 10 principais causas de incapacitação, 5 são transtornos psiquiátricos, sendo a depressão responsável por 13% das incapacitações, alcoolismo por 7,1%, esquizofrenia por 4%, transtorno bipolar por 3,3% e transtorno obsessivo-compulsivo por 2,8%. Em países desenvolvidos, o uso danoso ou dependência de drogas está entre as 10 principais causas de incapacitação, sendo a doença de Alzheimer e outras demências a terceira causa de incapacitação e morte prematura. 
A depressão é a doença que causa mais incapacidade em mulheres, tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento. A morte por suicídio é a segunda causa de morte para mulheres na faixa de 15 a 44 anos de idade, no mundo todo, sendo precedida somente pela tuberculose. Além disso, existe uma previsão de que, por volta do ano 2020, doenças decorrentes do uso do tabaco sejam a principal causa de incapacitação em países em desenvolvimento. 
Em relação aos transtornos mentais, devemos observar que, com o maior controle das doenças infecciosas e avanços no tratamento e prevenção das doenças físicas crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, os transtornos mentais ressaltam em um cenário antes dominado por aquelas. Entretanto, enormes mudanças demográficas vêm ocorrendo, e as previsões acenam para um futuro em que teremos um aumento exponencial dos transtornos mentais. 
A queda da mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida, com o controle das doenças infecciosas, vêm aumentando a proporção de indivíduos menores de 15 anos e maiores de 65 anos na pirâmide populacional dos países em desenvolvimento. Além de serem pessoas dependentes da faixa populacional economicamente ativa, esses grupos etários necessitam abordagens diferenciadas no que se refere a prevenção e tratamento de transtornos mentais. O envelhecimento da população também tem aumentado a freqüência dos quadros demenciais. Por outro lado, a faixa etária economicamente ativa é impactada por graves problemas sociais como desemprego, violência, guerras civis, desastres naturais, entre outros, o que a torna muito mais vulnerável a quadros relacionados ao stress. 
A maior parte dos quadros depressivos e ansiosos tem início na infância, comprometendo a qualidade de vida do indivíduo ao longo de toda a sua existência. Sabe-se que existe uma grande sinergia entre os sintomas ansiosos e depressivos juntamente com o uso danoso e dependência de álcool e drogas. De fato, para alguns indivíduos existe uma relação de causalidade entre o uso dessas substâncias e a procura de alívio para o sofrimento causado pela depressão e ansiedade. 
O Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (profa dra Laura Andrade e prof. dr. Valentim Gentil) e a Faculdade de Saúde Pública da USP (prof. dr. Ruy Laurenti), designados como Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde para Estudos em Saúde Mental, foram os pioneiros no Brasil na realização de um estudo em área de captação do Hospital das Clínicas (1.464 entrevistas). Esse estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi realizado na área geográfica que circunda o complexo hospitalar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com o objetivo de conhecer a prevalência (porcentagem, na população, de pessoas afetadas em determinada unidade de tempo) de transtornos mentais na população adulta de mais de 18 anos, residente na área, assim como conhecer a associação de alguns fatores de risco para esses transtornos. Além disso, o estudo verificou a ocorrência de doenças físicas crônicas e o uso de serviços de saúde, para posterior reestruturação do atendimento médico e psiquiátrico da região (Andrade e col., 1999). 
Verificou-se que, das 1.464 pessoas da comunidade entrevistadas, 46% apresentaram, pelo menos, um diagnóstico de transtorno psiquiátrico ao longo da vida, de acordo com a Classificação Internacional das Doenças (10a edição, CID-10; OMS, 1993), 26,5 % apresentaram pelo menos um diagnóstico no ano anterior à entrevista e 22% apresentaram pelo menos um diagnóstico no mês anterior à entrevista. Uma em cada 4 pessoas apresentou pelo menos um diagnóstico ao longo da vida de transtorno depressivo ou ansioso. O diagnóstico mais comum foi o de dependência de nicotina (25% ao longo da vida). Excluindo dependência de nicotina, 33% da amostra apresentou ao menos um diagnóstico psiquiátrico, com necessidade de tratamento. 
O episódio depressivo (a presença de sintomas depressivos por duas semanas ou mais) foi, isoladamente, o transtorno mais comum, afetando 17% das pessoas entrevistadas em algum momento de suas vidas. Se considerarmos a comorbidade com a distimia (transtorno depressivo crônicode gravidade moderada ou leve, mas não menos incapacitante, com duração de mais de 2 anos), cerca de 20% relatam que têm, ou tiveram, algum transtorno depressivo. A dependência de nicotina é um problema muito sério para os paulistanos, acometendo um quarto dos entrevistados. Mais de 5% têm dependência do álcool. A freqüência de alteração cognitiva, sugestiva de quadro demencial, foi de, aproximadamente, 5% em pessoas de 60 anos ou mais de idade. A presença de quadros psicóticos foi ao redor de 1% no momento da entrevista. 
Em relação à determinação de subgrupos populacionais com maior risco para certos transtornos, verificamos que as mulheres têm maior freqüência de transtornos afetivos (com exceção de episódios psicóticos de exaltação maníaca), transtornos ansiosos (exceto para transtorno obsessivo-compulsivo), transtornos dissociativos (transes e perdas de consciência) e somatoformes (sintomas físicos não explicáveis) e transtornos alimentares, como bulimia nervosa. Os homens apresentam maiores taxas de uso prejudicial ou dependência de drogas, incluindo tabaco e álcool. Excluindo a dependência do tabaco, as mulheres apresentam 50% mais chances que os homens de sofrer um transtorno mental durante a vida. 
Tomando-se idade como referência, indivíduos com mais de 65 anos apresentam menores prevalências, excluindo-se, evidentemente, as alterações cognitivas sugestivas de demência. Importante ressaltar que indivíduos de ambos os sexos, na faixade 25 a 54 anos, têm maiores freqüências de transtornos mentais, e maiores chances de terem dois ou mais transtornos associados, entre os quais abuso ou dependência de substâncias. 
Outros fatores de risco importantes para transtornos ansioso-depressivos e abuso ou dependência de substâncias são separação ou divórcio e, atualmente, desemprego. Duas em cada três pessoas que apresentaram diagnóstico de transtorno mental no ano anterior à entrevista tinham mais de um quadro psiquiátrico associado, mostrando que a ocorrência de mais de um transtorno é a regra, mais do que a exceção na doença (comorbidade psiquiátrica). 
Cabe ressaltar que na região estudada residem, predominantemente, famílias de classe média, porém encontramos domicílios de alta e baixa renda. Das 1.464 pessoas entrevistadas, 33,1% eram do sexo masculino e 52,5% procedentes de outras localidades que não a cidade de São Paulo. Dessas pessoas, 83% vêm de outras cidades (10% de outros países) e 17% de zonas rurais. Mais da metade está nesta cidade há mais de 20 anos. Trata-se, portanto, de uma população predominantemente urbana. Levando-se em conta anos de educação e ocupação, o nível socioeconômico das pessoas entrevistadas está acima dos padrões brasileiros. A proximidade de centros médicos de excelência na área e o nível de escolaridade e informação indicam que essa amostra tem acesso facilitado a serviços de saúde. 
Mais de 70% pagam algum tipo de seguro ou plano de saúde. Aproximadamente um terço dos entrevistados (32,2%) procurou algum tipo de serviço de saúde no mês anterior à entrevista, 30% procuraram atendimento médico não-psiquiátrico no mês anterior à entrevista e 7,8% procuraram atendimento psicológico (psiquiatra, psicoterapeuta, aconselhamento psicológico). Mulheres e pessoas com mais de 60 anos procuraram mais os serviços de saúde. A presença de transtornos psiquiátricos aumenta o uso de serviços, e essa utilização é maior se o transtorno ocorreu no ano anterior à entrevista. Daqueles que relataram doenças físicas (quase 50% dos entrevistados), os que mais procuraram serviços de saúde no último mês foram os acometidos por neoplasias (47%) e os que tiveram um acidente vascular cerebral (59%), pela própria gravidade de suas doenças. Vale ressaltar que pessoas com abuso/dependência de substâncias, com transtornos depressivos ou ansiosos são as que mais procuraram atendimento médico não-psiquiátrico no mês anterior à entrevista, tanto quanto ou mais do que as com neoplasias (de 48% a 60%), o que demonstra que a presença de um transtorno psiquiátrico aumenta o uso de qualquer serviço de saúde. A alta prevalência de quadros neuróticos, alguns dos quais gravemente incapacitantes, associados a risco de suicídio, pode ser demonstrada pela grande procura de serviços de saúde por essas pessoas entrevistadas. 
Esses resultados são semelhantes aos encontrados em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra. Porém, os resultados encontrados no estudo brasileiro não são representativos da população como um todo. Refletem somente o perfil da população urbana, da região estudada. Atenção específica deve ser dada a outros setores da população, como as pessoas sem-teto (homeless), um setor da população que tem aumentado nos últimos anos. Em estudo recente realizado na cidade de Juiz de Fora (Heckert e col., 1999), com 83 pessoas sem-teto, verificou-se praticamente que todas as pessoas avaliadas apresentavam transtornos mentais, sendo mais freqüente a dependência de álcool e drogas e depressão, e que quadros psicóticos são freqüentes nesses indivíduos, mostrando que a situação de vida desses miseráveis e marginalizados deteriora ou é deteriorada mais ainda por sua condição mental
FONTE: file:///C:/Users/laura/Downloads/28479-Texto%20do%20artigo-33248-1-10-20120629.pdf
PRECONCEITOS E ESTIGMAS ENFRENTADOS PELAS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E A INFLUÊNCIA DISSO NA BUSCA POR AJUDA.
A palavra estigma vem do grego stígma, que significa picada, marca feita com ferro em brasa, sinal, tatuagem.7 Na Grécia Antiga, estigma era uma marca distintiva queimada ou cortada na pele de escravos ou criminosos para que os outros pudessem saber que eram membros inferiores da sociedade. Por derivação, estigma é forma de construção social para indicar a marca distintiva de desgraça social. Trata-se da diferenciação negativa relacionada a alguns membros da sociedade que são afetados por alguma condição ou estado particular, envolvendo dois componentes fundamentais: o reconhecimento da "marca" que diferencia e a subsequente desvalorização daquele que a porta. Acarreta atitude preconceituosa e práticas discriminatórias.
A palavra estigma, na Grécia Antiga, não era relacionada à doença mental, mas essas doenças já eram associadas ao conceito de vergonha, desvalorização e humilhação. Na Idade Média, a atitude inquisitorial relacionada às bruxas, além de representar forte misoginia, representava atitude negativa e condenatória em relação à doença mental. Isso pode ter sido a origem da atitude estigmatizante em relação às doenças mentais desde o racionalismo do século XVII até os dias atuais em culturas cristãs.8
Em perspectiva antropológica, cada um organiza o mundo a partir da relação individualidade-alteridade, da consciência do ser único, de ter uma identidade específica que distingue um do outro. Acrescendo-se a isso o fato de o ser humano ser precário (mortal, cosmicamente insignificante e biologicamente frágil), tem o caldo de cultura psicológico para o desenvolvimento do preconceito e estigma. Reforça a identidade frágil a partir da desvalorização e exclusão do outro. A exclusão dos enfermos condiz com a fantasia de que os outros são sadios. A estigmatização da doença mental traz a ilusão da saúde mental.
O estigma opera em círculos viciosos que abrangem o indivíduo que sofre de transtorno psiquiátrico, sua família e os serviços de saúde mental.9 O diagnóstico de transtorno psiquiátrico ou anormalidade visível, como o efeito colateral de fármacos, deflagra no observador a recuperação de conteúdos negativos como conhecimentos prévios, informação da imprensa e lembrança de filmes que levam à estigmatização. Os pacientes com doença mental que mostram sinais visíveis de suas condições, seja em virtude dos sintomas, seja em decorrência de efeitos colaterais que os fazem parecerem anormais, são vistos como fracos de caráter, preguiçosos ou ameaçadores. O estigma conduz à discriminação negativa do indivíduo com transtorno mental e, consequentemente, a prejuízos e desvantagens como reveses frequentes, serviços de saúde ruinse dificuldade de acesso a cuidados. Pacientes estigmatizados internalizam essas visões estigmatizantes e discriminatórias das pessoas em geral, dando origem ao chamado autoestigma. Há comprometimento da autoestima, mais incapacitação e menos resistência ao estresse. Tudo isso acarreta piora clínica e reinício do círculo vicioso.
Na família, a presença de um membro com doença estigmatizada acarreta vergonha, culpa e preocupação, com consequente redução das reservas emocionais, econômicas e de tempo e perda do apoio mútuo. Ocorrem rupturas familiares, acarretando aumento do estresse familiar. O estresse do grupo é favorecedor do agravamento da doença estigmatizada ou de seu reaparecimento.
Nos serviços de assistência psiquiátrica, o estigma contribui para que a procura de assistência ocorra em estágios mais avançados da doença, com mais dificuldade de tratamento e maior número de internações involuntárias. Há comprometimento da reputação do serviço e, consequentemente, redução dos investimentos, o que implica a deterioração das condições e redução da qualidade do pessoal. Tudo isso resulta em piora da qualidade do serviço e aumento do estigma.
Nas últimas décadas, foram conduzidos vários estudos em diversos países acerca da percepção e do conhecimento da população sobre a doença mental. Os resultados mostraram elevada ocorrência de rejeição em relação aos portadores de transtorno psiquiátrico, principalmente de esquizofrenia. Curiosamente, apesar do apoio crescente à concepção médica das doenças mentais ao longo do tempo, não houve redução significativa da estigmatização por parte da população.10,11
Em um desses estudos, realizado nos EUA, os autores compararam dados de um levantamento realizado em 1996 com aqueles de 2006. Os resultados mostraram que, apesar de mais conhecimento acerca do entendimento neurobiológico das doenças psiquiátricas e de mais apoio aos serviços de saúde mental, não houve redução significativa do estigma. O desejo de manter-se afastado de pessoas com doenças mentais e a percepção de perigo associado a essas pessoas não se alteraram significativamente. Em relação às pessoas com depressão, 47% da população não gostariam de trabalhar próximos delas, 20% não gostariam de tê-las como vizinho, 30% não gostariam de se socializar com elas, 21% não gostariam de fazer amizade com essas pessoas, 53% não gostariam de casamento na família com pessoas com depressão, 70% as consideravam autoagressivas e para 32% elas são hetoroagressivas. Em relação a indivíduos com esquizofrenia, a rejeição foi ainda maior. Por exemplo, mais de 60% dos entrevistados disseram que não desejariam trabalhar próximo da pessoa com esquizofrenia ou de ter casamento na família envolvendo alguém com essa doença. Cerca de 60% consideravam essas pessoas heteroagressivas e 84%, autoagressivas.11
Estudo semelhante realizado na Alemanha comparando levantamentos de 1990 e 2001 também mostrou que, apesar do aumento da tendência da população em apoiar a causalidade biológica da esquizofrenia, houve aumento do desejo de distância social de pessoas com essa doença. Quase 56% dos entrevistados disseram que não gostariam de tê-las em seu círculo social, 67% rejeitariam um casamento na família e 84% não empregariam uma babá portadora da doença. 10
No Brasil, levantamento na cidade de São Paulo revelou que crenças relacionadas ao estigma público em relação a pessoas com esquizofrenia são muito frequentes. Os portadores de esquizofrenia foram considerados potencialmente perigosos por cerca de 70% dos entrevistados; e quase 60% consideraram que as pessoas com esquizofrenia são capazes de despertar reações negativas e discriminação social.12
A área em que há grande desconhecimento e preconceito relacionado às pessoas que sofrem de transtornos mentais graves é a relacionada à violência. É comum que se considere esses indivíduos potencialmente agressivos e violentos. Na realidade, a associação entre doença psiquiátrica grave e violência ocorre tanto no que diz respeito à perpetração de violência quanto em relação à vitimização violenta. Ambas são mais comuns entre portadores de transtornos psiquiátricos graves quando comparados à população em geral. Entretanto, esses indivíduos são mais frequentemente vítimas da violência. Trata-se de grupo dos mais vulneráveis aos crimes violentos.13 Por exemplo, os pacientes com doenças mentais graves têm 12 vezes mais chance de sofrerem um crime violento do que a população geral. Sofrer violência sexual, incluindo estupro, é 17 vezes mais frequente nesse grupo. Esses indivíduos têm 140 vezes mais chance de serem furtados do que a população geral.14 A vitimização entre os pacientes com transtorno mental grave é problema de saúde pública e deve ser alvo de pesquisas e políticas públicas específicas.
Em relação aos tratamentos psiquiátricos, há também desconhecimento e preconceito por parte da população. Por exemplo, levantamento realizado na Suíça identificou que o uso de antidepressivos para o tratamento da depressão foi considerado benéfico por apenas 23% da população, enquanto 38% consideravam essa abordagem prejudicial. O emprego de antipsicóticos no caso de esquizofrenia é benéfico para apenas 10% da população e prejudicial para 48%. Apenas 1% dos entrevistados considerou útil a eletroconvulsoterapia, enquanto 60% a avaliaram como prejudicial.15 Na Austrália, o público foi mais favorável à avaliação de vitaminas e minerais e dietas especiais para o tratamento de depressão e esquizofrenia, comparada ao uso de antidepressivos e antipsicóticos, e mais favorável à leitura de autoajuda para pessoa com esquizofrenia.
COMBATE AO ESTIGMA RELACIONADO ÀS DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS
O combate ao estigma tem sido grande preocupação da Associação Mundial de Psiquiatria (AMP), de associações psiquiátricas nacionais, de associações de pacientes com transtorno psiquiátrico e seus familiares e daqueles que lidam diretamente com essas pessoas. Em 1996, a AMP lançou um programa internacional para combater o estigma e discriminação, envolvendo mais de 20 países e cerca de 200 intervenções antiestigma.9
Apesar de o estigma abranger as doenças psiquiátricas em geral, a AMP privilegiou a esquizofrenia, paradigma de doença mental em que o estigma ocorre com mais intensidade. Uma pessoa com esse diagnóstico é comumente vista como perigosa, preguiçosa, incompetente para o trabalho e incapaz de ser membro da família que preenche suas obrigações sociais. Em cada país, grupos envolvendo psiquiatras e outros profissionais da área da saúde mental, jornalistas, políticos, professores, pacientes e seus familiares foram formados para o desenvolvimento do programa. Esses grupos tiveram como objetivo a avaliação do estigma e discriminação na sociedade, a divulgação de conhecimentos sobre a doença, a reabilitação do paciente e a diminuição do estigma e discriminação no ambiente imediato do paciente.
O programa da AMP identificou quatro áreas principais de atividade contra o estigma:
 relação com o público e trabalho com a mídia, envolvendo artigos em jornais e revistas, festivais, eventos, seminários, internet e mídias sociais;
 intervenções nos serviços de saúde mental, promovendo mais comunicação com pacientes e familiares, investimento em cuidados ambulatoriais e preventivos, serviços localizados na comunidade e envolvimento de pacientes e familiares na avaliação dos serviços;
 apoio para pacientes e familiares com programas de treinamento para lidar com o estigma, empoderamento e competência social, mais informação sobre a doença e seu tratamento e criação de oportunidade de trabalho;
 educação e treinamento envolvendo escolas, psiquiatras, outras especialidades médicas, empregadores e profissionais da polícia e sistema legal.
Uma forma de combate ao estigma envolve a promulgação de leis específicas, como a The Americans with Disabilities Act and Work Discrimination (ADA), lançada em 1990 nos EUA, que abriu oportunidades significativas para pessoas com incapacidades.17 A ADA abrangeu a discriminação contra pessoas com incapacidadesem praticamente todas as áreas da vida pública: emprego, transporte, comunicação e recreação. O impacto da lei envolvendo o trabalho foi rapidamente percebido, com mais de 17.000 ações nos primeiros 15 meses.18 Em relação ao trabalho, a ADA não pretende desenvolver ações afirmativas ou quotas. A meta é garantir igual oportunidade para as pessoas com incapacidade, mas que podem exercer as funções essenciais de trabalho qualificado, com ou sem alguma adaptação razoável.
Há extensa literatura disponível acerca do combate ao estigma relacionado às doenças mentais como livros, artigos e sites destinados a profissionais, pacientes e seus familiares que podem ser encontrados com facilidade na internet.1,9,18-20 É fundamental que todas as pessoas envolvidas com a doença mental estudem e preocupem-se com o tema para que os pacientes possam ser aceitos e respeitados e serem membros participantes da sociedade.
FONTE: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1876 
SÍNDROMES MAIS INCAPACITANTES EM RELAÇÃO AO TRABALHO.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 milhões de pessoas no mundo sofrem de transtornos mentais. E, em primeiro lugar entre as doenças psiquiátricas mais incapacitantes do mundo, a depressão só fica atrás dos problemas na coluna quando o assunto é afastamento das atividades profissionais.
A falta de atenção à saúde mental, durante tantos anos negligenciada em campanhas públicas de prevenção de doenças, mostrou-se prejudicial também à economia. Só em 2016, mais de 190 mil pessoas afastaram-se de empresas públicas e privadas para tratar dessas enfermidades. Aliás, das dez principais causas de incapacidade profissional, cinco estão ligadas às desordens neuropsiquiátricas. 
1. Depressão
Considerada a número um entre as das doenças psiquiátricas mais incapacitantes do mundo, a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas. Ou seja, 4% da população global.
O transtorno é caracterizado pelo sentimento de tristeza profunda, intensa e prolongada, sem causa aparente ou desproporcional ao acontecimento. Além disso, o transtorno também é reconhecido pelo desinteresse por atividades que antes proporcionavam alegria ou prazer. O tratamento é realizado com medicamentos prescritos por um psiquiatra e deve ser complementado com sessões de psicoterapia.
2. Síndrome de Burnout
Segundo a International Stress Management Association (Isma), 30% dos 100 milhões de trabalhadores brasileiros padecem da Síndrome de Burnout. E ela é uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes da atualidade.
O transtorno mental de caráter depressivo é caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso diretamente ligados à atuação profissional, que provocam estresse excessivo e sintomas como nervosismo, tonturas, sofrimento psicológico, dores de cabeça, alterações no apetite, no sono, necessidade de isolamento social e sentimento de desesperança e fracasso. O tratamento da Síndrome de Burnout é geralmente coordenado por um psiquiatra, que costuma recomendar o uso de antidepressivos combinados com sessões de psicoterapia.
3. Síndrome do Pânico
Dores no peito, falta de ar, sensação de morte iminente ainda que não haja nenhum tipo de perigo aparente: assim é a Síndrome do Pânico. A doença afeta mais de 280 milhões de pessoas no mundo segundo dados da OMS.
A preocupação com que novas crises de medo agudo ocorram a qualquer momento e o pânico de perder o controle ou enlouquecer costumam causar uma série de transtornos à vida dos portadores da doença. Isso faz com que deixem de realizar suas atividades cotidianas com medo de que isso aconteça. O tratamento para a Síndrome do Pânico dura no mínimo seis meses e é prescrito pelo psiquiatra. Ele utiliza medicamentos como antidepressivos combinados a terapias comportamentais orientadas por psicólogos.
4. Esquizofrenia
Outro transtorno que figura no rol das doenças psiquiátricas mais incapacitantes do mundo é a esquizofrenia. A doença dificulta o correto julgamento da realidade e pode provocar alucinações, delírios e pensamentos desconexos.
O portador do transtorno mental pode enfrentar ainda uma grande dificuldade de interagir com as pessoas e ir perdendo progressivamente a afetividade. Isso impacta de maneira severa sua qualidade de vida e sua capacidade social e profissional.
A esquizofrenia atinge cerca de 1% da população mundial e exige tratamento por toda a vida. O psiquiatra geralmente prescreve antipsicóticos e outros medicamentos coadjuvantes e recomenda sessões de psicoterapia comportamental para reintegração à sociedade. Em casos mais graves, pode ser recomendada a internação do portador da doença.
5. Distúrbio de ansiedade generalizado
De acordo com a OMS, o Brasil é o país campeão mundial nos índices de ansiedade: cerca de 9,3% dos habitantes sofrem com o transtorno. Ele é caracterizado pelo nervosismo e preocupação intensa, duradoura e desproporcional com assuntos ou situações antecipadas.
O distúrbio de ansiedade generalizado se diferencia dos episódios de ansiedade — emoção normal diante de um fato novo, como o início em um novo trabalho ou a expectativa de uma viagem, por exemplo. E por serem incontroláveis, se manifestam também diante de situações simples e por período superior a 6 meses, atrapalhando inclusive a realização de atividades diárias.
O tratamento do transtorno é realizado geralmente com o uso de medicamentos ansiolíticos acompanhado de sessões de psicoterapia, que ajudam a aliviar o quadro de disfunção.
6. Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica caracterizada principalmente pelas oscilações constantes de humor, com alternância entre períodos de euforia ou mania com outros de depressão.
Essas alternâncias podem acontecer de maneira rápida, lenta, com maior ou menor frequência,. Isso torna impossível determinar um padrão que atenda a todos os portadores do distúrbio.
Nos períodos de mania, há uma exaltação de humor e aumento de energia sem qualquer relação com acontecimentos ou ações.
Além do humor eufórico, o portador do transtorno bipolar pode irritar-se facilmente nessa fase, apresentando ainda explosões de raiva ou fúria, agitação, impulsividade, desatenção e obsessão com determinados assuntos.
Já o período depressivo é caracterizado por uma lentidão de pensamento e motora, alterações no sono e apetite, humor deprimido, falta de iniciativa ou de prazer com atividades das quais antes parecia gostar.
O diagnóstico costuma demorar a acontecer, já que geralmente o portador de transtorno bipolar acredita estar saudável. Em casos mais graves, o tratamento pode envolver hospitalização, e normalmente é realizado com medicamentos para controle de humor e terapia comportamental.
7. Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas
Por fim, os transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, como álcool e drogas, também figuram como uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes do mundo.
Nesse grupo, enquadram-se todos os distúrbios que têm gravidade, características e sintomas variados,  mas guardam em comum o fato de serem atribuídos à utilização de uma ou mais substância psicoativa, seja ela legal ou ilegal.
O tratamento desse tipo de transtorno vai depender da gravidade e do tipo da substância que provocou o problema, mas geralmente envolve o uso de medicamentos e terapia. Em casos graves, o paciente pode ser  internado em uma clínica especializada para garantir o afastamento da substância que provoca a compulsão.
FONTE: https://medicinadiaadia.com.br/quais-as-doencas-psiquiatricas-mais-incapacitantes-do-mundo/ 
Benefícios do INSS das pessoas com transtornos mentais
O segurado que esteja incapaz de exercer suas funções laborais, ou ainda para atividade habitual são protegidos pela legislação previdenciária. 
Auxílio-doença (auxílio por incapacidade temporária)
Será necessário a incapacidade para o trabalho ou ainda atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos, somados a qualidade de segurado bem como o número mínimo de 12 contribuições (carência do INSS).
Aposentadoria por invalidez (aposentadoriapor incapacidade permanente)
Será necessária a incapacidade total, permanente e insusceptível da reabilitação para o exercício das atividades, somados a qualidade de segurado mais um número mínimo de 12 contribuições (carência do INSS).
BPC (Benefício de Prestação Continuada)
Será necessário algum tipo de deficiência (de qualquer natureza) que, em interação com uma ou mais barreiras pode acabar obstruindo sua participação plena e afetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, além disso, é necessário se enquadrar no perfil socioeconômico, onde a família deve ser de baixa renda, com renda mensal per capita de no máximo 1/4 de salário.
Atenção! Em casos graves, onde o transtorno mental se enquadra no conceito de alienação mental grave, a carência do INSS é dispensada.
FONTE: https://www.jornalcontabil.com.br/inss-8-transtornos-mentais-que-aposentam-por-invalidez/ 
ESTRATÉGIAS DO SISTEMA DE SAÚDE PARA PREVENIR O SUICÍDIO.
SETEMBRO AMARELO
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo® cresceu e hoje conquistamos o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das nossas federadas, núcleos, associados e de toda a sociedade é fundamental.
Como resultado de muito esforço, em 2016, garantimos espaços inéditos na imprensa e firmamos muitas parcerias. Conseguimos também iluminar monumentos históricos, pontos turísticos, pela primeira vez o Cristo Redentor, espaços públicos e privados no Brasil inteiro. Centenas de pessoas participaram de caminhadas e ações para a conscientização sobre este importante tema.
Esta é uma página completa com material disponível para auxiliar a todos. Assim sendo, aproveite os nossos materiais e participe da nossa campanha durante todo o ano.
São diversos materiais de uso público: Diretrizes para a Divulgação e Participação da Campanha Setembro Amarelo®, materiais online para download, a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir e todo o material para a imprensa.
NEPS
Desde sua criação, o Serviço de Psicologia presta acompanhamento psicológico aos pacientes que tentaram o suicídio, durante a internação hospitalar, iniciando na Emergência, se estendendo às enfermarias e UTI’s, assim como após a alta, através do tratamento ambulatorial, pelo tempo necessário.
Ao longo dos anos pôde-se verificar uma taxa de reincidência muito baixa (menor que 2%) entre os pacientes que se submeteram ao tratamento, fato que gerou a necessidade da ampliação desse Serviço, visando oferecer à comunidade, um ambulatório para atender, preventivamente, pacientes com depressão grave e risco de tentarem o suicídio. E assim, em 2007 foi criado o NEPS – Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio, que mantêm o acompanhamento aos pacientes que tentaram o suicídio, mas também oferece tratamento àqueles que não tentaram, mas que correm o risco de fazê-lo.
Diante desta complexidade, o NEPS propõe uma ação interdisciplinar, incluindo psicoterapia, psiquiatria, terapia ocupacional individual e de grupo, visitas domiciliares e reuniões familiares de caráter informativo, incluindo orientação e acolhimento. Para isso, conta com 2 psicólogos, 3 psiquiatras e 2 terapeutas ocupacionais. O NEPS oferece tratamento ao paciente em crise, mas também desenvolve atividades de pesquisa na área do suicídio, além de oferecer cursos de capacitação profissional sobre a abordagem ao paciente suicida, e estágios para estudantes de graduação do curso de psicologia. Desde que iniciou suas atividades, de outubro de 2007 até março de 2011, o NEPS realizou 7.792 atendimentos, tendo verificado uma taxa de reincidência de 2,5% e óbito zero entre os pacientes acompanhados.
FONTE: http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/centros-de-referencia/ciatox/prevencao-do-suicidio-neps/
BRASIL: AS DIRETRIZES NACIONAIS 
No Brasil, até pouco tempo, o suicídio não era visto como um problema de saúde pública, e encontrava-se na sombra dos elevados índices de homicídio e de acidentes de trânsito, entre as causas externas da mortalidade. Botega (2006, p. 218) afirma que o Brasil deu os primeiros passos no sentido de lançar um plano nacional de prevenção do suicídio ao montar, em 2005, um grupo de trabalho para este fim, formado por representantes do governo, de entidades da sociedade civil e de universidades. Daí surgiram as Diretrizes Brasileiras para um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (BRASIL, 2006) e que orientam quais deveriam ser os objetivos para uma estratégia nacional: 
1. Desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de prevenção de danos; 
1. Desenvolver estratégias de informação, de comunicação e de sensibilização da sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido; 
1. Organizar linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção, garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas; 
1. Identificar a prevalência dos determinantes e condicionantes do suicídio e tentativas, assim como os fatores protetores e o desenvolvimento de ações intersetoriais de responsabilidade pública, sem excluir a responsabilidade de toda a sociedade; 
1. Fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de custoefetividade, eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio; 
1. Contribuir para o desenvolvimento de métodos de coleta e análise de dados, permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das informações e dos conhecimentos; 
1. Promover intercâmbio entre o Sistema de Informações do SUS e outros sistemas de informações setoriais afins, implementando e aperfeiçoando permanentemente a produção de dados e garantindo a democratização das informações; e 
1. Promover a educação permanente dos profissionais de saúde das unidades de atenção básica, inclusive do Programa Saúde da Família, dos serviços de saúde mental, das unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da integralidade e da humanização.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a elaborar estratégias de prevenção do comportamento suicida (BOTEGA, 2007, p. 8), mas apesar de tal avanço, o país jamais entregou um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio propriamente dito, enquanto as taxas de suicídio seguem crescendo anualmente, principalmente entre jovens (WAISELFISZ, 2014, p. 114).
FONTE: POLÍTICAS PÚBLICAS E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO BRASIL Victor Mauro Gonçalves Setti
Laura Costa Santos – 6° Período - Medicina
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