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Direito de Familia PROTEÇÃO DA FAMÍLIA: CF/88- art. 226 O conceito de família é ampliado para além daquela formada pelo casamento. O STF passa a reconhecer a união de casais homoafetivos como família (união estável). MUDANÇA DE PARADIGMA: o afeto passa a ser reconhecido como um valor jurídico (possui, muitas vezes, mais força do que a questão biológica). Não há um reconhecimento legal expresso, mas os tribunais têm entendido o afeto como um valor preponderante, imprescindível e fundamental nas decisões judiciais. Art. 1.514, CC: O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. Apesar do CC mencionar apenas a união entre homem e mulher, é necessário que haja uma interpretação mais ampla, em concordância com os princípios constitucionais, em razão das mudanças sofridas na estrutura social. UNIÃO ESTÁVEL: união entre pessoas que não tem impedimento para casar (art. 1.723, CC) CONCUBINATO: união de pessoa impedidas de casar. RECONHECIMENTO LEGAL DA UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA: art. 5º, I, CF. POLIAMOR E SUAS PECULIARIDADES RELAÇÃO POLIAMOROSA Relacionamento simultâneo entre três ou mais pessoas com o reconhecimento de todos. Não há reconhecimento legal; Não é considerada família, por esse motivo não podem se valer da proteção do instituto. As relações entre os integrantes são lícitas. Busca pelo reconhecimento da união: igualdade de direitos. ≠ de união paralela, pois o poliamor demanda de consentimento dos envolvidos. Elemento fundamental: publicidade. O CNJ proíbe a lavratura de registro de uniões poliafetivas. PARENTESCO TIPOS: CIVIL (adoção ou parentesco socioafetivo); NATURAL (consanguíneo); POR AFINIDADE (vínculo entre um cônjuge e os parentes do outro cônjuge). Art. 1.521, CC: Não podem casar: I - Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; PARENTESCO NATURAL: linha reta (ascendentes e descentes) e linha colateral (não descendem um dos outros, mesmo tendo parentesco natural). GRAU DE PARENTESCO: distância entre uma geração e a geração seguinte (cada geração representa um grau). Limite de grau na linha colateral: 4º grau. Limite de grau na linha reta: não há. CONTAGEM DE GRAU: Linha reta: a cada geração conta-se um 1 grau. Linha colateral: encontra-se o tronco comum e desce até encontrar o outro parente. CASAMENTO VALIDADE DO CASAMENTO: Requisitos (pré- validade): consentimento das partes; habilitação e celebração na forma da lei. Espécies de casamento inválido: 1) Casamento putativo (art. 1.561, CC): é aquele celebrado com a mácula de algumas das causas de nulidade (art. 1.521, CC) ou anulabilidade (art. 1.556- 1.558, CC) É nulo de pleno direito; Parte de boa-fé: não pode ser prejudicada na aquisição de direitos. Parte de má-fé: não goza dos efeitos do casamento. 2) Casamento nulo de pleno direito (art. 1.521, CC): Ação proposta: ação declaratória de nulidade. Efeito: ex tunc; Legitimidade: qualquer pessoa com interesse jurídico; Status civil após a sentença: solteiro 3) Casamento anulável (art. 1.550, I a VI, CC; art. 1.556, CC): I) Defeito de idade: ocorre quando uma das partes não completa a idade mínima pra casar; Prazo da ação: 180d II) Falta de autorização dos pais ou representante; III) Por vícios de vontade- Erro essencial (art. 1.556, CC): Requisitos: a) o defeito deve ser ignorado por um dos cônjuges; b) deve ser anterior ao casamento; c) a descoberta da circunstancia, após o matrimônio, deve se tornar insuportável a vida em comum para o conjugue enganado. Prazo: 3 anos, contados a partir da data da celebração; Tipos de erro essencial: Erro sobre a identidade do outro conjugue Não saber quem é a pessoa (honra- trata de pessoa digna que pauta a sua vida pelos ditames da moral- e boa fama- conceito e a estima social de que a pessoa goza, por proceder corretamente.) Defeito físico irremediável e moléstia grave (art. 1.557, III): relaciona- se com a sexualidade Coação (art. 1.558): ameaça grave * Produz todos os efeitos legais enquanto não for anulado (efeito ex tunc). * Ação proposta: ação anulatória; * Status civil após a sentença: solteiro IV) Por revogação de mandato sem o devido conhecimento do mandatário; V) Incompetência relativa da autoridade celebrante; REGIME DE BENS Tipos: a) Comunhão parcial; Há comunicabilidade entre os bens adquiridos na constância da união; Excluem-se da comunhão de bens: I) Bens adquiridos por herança ou aqueles sub-rogados no lugar do bem particular; II) Obrigações anteriores; III) Obrigações provenientes de atos ilícitos; IV) Bens de uso pessoa, livros e instrumentos de profissão; V) Proveitos do trabalho pessoal; VI) Aposentadorias de previdência privadas; Entram na comunhão: I) Bens adquiridos a título oneroso após o matrimonio; II) Bens adquiridos por fato eventual; III) Doação, herança e legado em favor do casal IV) Benfeitorias feitas em bens particulares V) Frutos dos bens comuns e particulares Valorização do bem particular: não comunica. Bens móveis que guarnecem a residência: partilhável Proveitos do trabalho pessoal: FGTS-: há comunicabilidade (STJ); Direitos autorais: não comunicam Comunicação de passivos: comunicam-se b) comunhão universal: todos os bens se comunicam (exceção: bens de uso pessoal); c) separação parcial; d) separação total: não há comunicabilidade de bens; e) participação final nos aquestos. 1 ou ambos conjugues +70 anos/ casamento celebrado diante de uma das causas suspensivas: regime de separação obrigatória de bens; Pacto Antenupcial: feito quando o regime não for comunhão parcial de bens. Outorga marital: exigida da venda de bens imóveis (regime de comunhão). Recusa: a) divórcio; b) ação de suprimento de outorga para venda de imóvel. EXTINÇÃO DO CASAMENTO Hipóteses (1.571, CC): I) Morte; II) Nulidade ou anulação; III) Separação; IV) Divórcio (art. 226, CF): Modalidades de divórcio: a) judicial consensual; b) judicial litigioso; c) extrajudicial (proibido ter filhos menores e incapazes). PODER FAMILIAR CONCEITO: conjunto de direitos deveres compartilhados entre os pais. Depende do registro civil. É submetido à: suspensão, destituição e extinção- 1.638 e 1.637, CC. Não é restaurado. PARENTALIDADE PARENTALIDADE AFETIVA : confere o poder familiar MULTIPARENTALIDADE: possibilidade de ter os pais afetivos (ou pai ou mãe) na CN. Mais de um ascendente socioafetivo: tramitação por via judicial. PRESUNÇÃO DE FILIAÇÃO NO CASAMENTO ATÉ 180d DEPOIS DE CASADO: presume-se que o marido é o pai. ATE 10m DEPOIS DE INSTINTO O CASAMENTO: presume-se que o marido é o pai. AUSÊNCIA DO CASAMENTO: ação de investigação de paternidade PRESENÇA DO CASAMENTO: ação negatória de paternidade.
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