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OAB - PROCESSO CIVIL - COMPLETO

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
- PRINCÍPIOS RECURSAIS:
a) princípio da taxatividade – todo recurso deve estar previsto em lei.
b) princípio da fungibilidade – entrou com o recurso errado e o juiz aceita como se fosse o certo, desde que a pessoa não tenha cometido um erro grosseiro (aquela situação que não tem dúvida nenhuma de que cabe aquele recurso e a pessoa vai e apresenta outro recurso) ou má-fé, o juiz pode aplicar o princípio da fungibilidade. Se existir uma dúvida de qual é o recurso cabível naquela situação, tem que pegar os dois recursos que poderiam ser apresentados e vê o prazo dos dois, se tiver em dúvida entre os dois qualquer que seja o recurso que você apresente, para que o juiz aceite mesmo que seja errado tem que apresentar no menor prazo dentro os dois prazos do recurso que a pessoa tenha dúvida, então se um tem prazo de 15 dias e o outro tem prazo de 10 dias, tem que apresentar no prazo de 10 dias para que o juiz não diga que foi má-fé. É aquele que permite o juiz aceitar um recurso equivocado como se fosse certo, desde que não haja erro grosseiro ou má-fé. O erro grosseiro ocorre quando não existir qualquer dúvida objetiva quanto ao recurso cabível e mesmo assim a parte apresentar o recurso equivocado. Já a má-fé ocorre quando havendo dúvida objetiva a parte se utilizar do maior prazo dentre os prazos dos recursos que se tem dúvida. No novo CPC todos os recursos vão ter prazos iguais, vão ter prazos de 15 dias e serão contados em dias úteis, não se contará sábado, domingo e feriado. OBS: o novo CPC unificará os prazos dos recursos razão pela qual não haverá que se falar em má-fé.
c) princípio unirrecorribilidade – para cada decisão admite-se a apresentação de um único recurso por vez. Está regra possui uma exceção quando tem uma decisão ao mesmo tempo fere artigo de lei federal e fere artigo da Constituição Federal, hipótese em que será cabível apresentar ao mesmo tempo recurso especial e recurso extraordinário.
d) vedação da reformatio in pejus – é proibido piorar a situação de quem recorre em razão do seu próprio e único recurso. Se a pessoa recorre a decisão fica igual ou melhora, não pode piorar. Caso ambas as partes recorram qualquer decisão será válida, não a o que se falar em proibição da reformatio in pejus.
e) duplo grau de jurisdição – representa a reanálise da decisão seja pela mesma instância ou por uma instância superior.
- EFEITOS DOS RECURSOS:
a) o recurso tem o efeito de impedir o trânsito em julgado. O trânsito em julgado é a decisão não poder ser mais mudada, é a decisão se tornar imutável.
b) efeito devolutivo – devolver a decisão para ser reanalisada por outro ou mesmo julgador. Todo recurso tem efeito devolutivo.
c) efeito suspensivo – é aquele que impede que a decisão surta seus efeitos.
d) efeito expansivo – representa quem pode ser atingido com o julgamento do recurso e quem pode ser atingido pela decisão de um recurso são as partes e terceiros.
e) efeito substitutivo – ocorre quando o acordão substitui a sentença, o acordão substitui a sentença quando ele (acordão) mantem OU reforma/modifica a sentença, se o acordão entender que a sentença tem que ser anulada, ele NÃO pode substituir algo que não existe mais, ou seja, não haverá o que se falar em efeito substitutivo, neste caso o Tribunal manda o juiz de 1º grau proferir a sentença novamente.
f) efeito regressivo – representa a possibilidade do juiz se retratar quando da apresentação de um recurso. O juiz somente poderá se retratar quando da apresentação de uma apelação: a) se indeferir a petição inicial e a parte apelar em 48 horas; b) se o juiz receber uma questão que ele já tenha enfrentado anteriormente, exclusivamente de direito em que sua decisão tenha sido de improcedência ele poderá de plano reproduzir a mesma sentença precedente sem mesmo determinar a citação do réu. O autor poderá apelar e o juiz se retratar em 5 dias.
g) efeito translativo – o que você põe no recurso é o que você quer que seja reanalisado, o que você não põe, você não quer. Quando você não recorre de algo aquilo transita em julgado, se você recorre até que se julgue não transita em julgado. As matérias de ordem pública sempre são devolvidas automaticamente para o Tribunal quando de um recurso apresentado, ou seja, mesmo que ninguém fala que exista uma infringência de uma matéria de ordem pública em um caso, aquela matéria será possível de ser analisada novamente pelo Tribunal em razão do efeito translativo dos recursos. O que pode acontecer com o princípio da vedação do reformatio in pejus  fulano pede 10 mil reais de dano moral e o juiz da 5 mil, o autor não ficou satisfeito e recorreu, ai o Tribunal diz que neste caso tem uma prescrição, de 5 mil que ele tinha, ele passa a não ter nada, isso é um reformar em prejuízo em razão do efeito translativo na medida que verifica que existe uma matéria de ordem pública que é a prescrição. O efeito translativo representa a devolução das matérias de ordem pública de ofício ao Tribunal. Caso reconhecendo esta matéria o Tribunal tenha que prejudicar a parte recorrente isto não representará ofensa a vedação a reformatio in pejus.
- PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS:
a) objetivos ou extrínsecos -1) tempestividade: recurso apresentado dentro do prazo  embargos de declaração = prazo 5 dias; agravos = prazo 10 dias e os demais recursos = prazo 15 dias para apresentar e responder, exceção recurso inominado = prazo 10 dias e agravo interno/regimental = prazo 5 dias. 2) preparo: os recursos que tem preparo/custas são apelação, agravo de instrumento, recurso especial, recurso extraordinário e recurso inominado. Os demais não possuem custas. Se o recurso tiver preparo e vou recolhido menor valor ou não recolhido, o recurso é deserto. Se for na Justiça Comum o juiz vai dá 5 dias para complementar e se for Juizado o juiz dá 48 horas da data que apresentou o recurso para comprovar que recolheu o preparo. 3) cabimento: o recurso tem que ser cabível contra determinada decisão.
b) subjetivos ou intrínsecos – 1) legitimidade recursal: a parte tem que ser legítima para recorrer e tem legitimidade para recorrer a parte e o terceiro prejudicado. 2) interesse recursal: a decisão tem que ter causado prejuízo para parte e o recurso apresentado tem que ser útil e apropriado para o fim que pretende obter. Se a decisão causou um prejuízo, mas usou um recurso inadequado, a pessoa não tem interesse de recorrer.
Qual é a diferença entre desistir, renunciar e aquiescência de um recurso? Desistir de um recurso é entrar com ele e dizer que não quer mais, só pode desistir de algo que fez. A desistência do recurso não depende da aceitação da parte contrária, se desiste de um recurso que foi apresentado. Renunciar ao direito de recorrer é antes de recorrer dizer que não quer recorrer, quer renunciar esse direito, só pode renunciar a um direito. A renuncia pode ser expresso (quando a parte se manifesta por escrito neste sentido) ou tácito (quando após o prazo a parte não recorre). Aquiescência a parte pratica um ato que implicitamente está dizendo que não vai recorrer, ou seja, o ato praticado pela parte é contrário a vontade de recorrer. Exemplo: paga o valor da condenação. Não há o que se falar na concordância da parte contrária para qualquer uma dessas três situações. O que é diferente quando quer desistir da ação, se já existir o réu, ele tem que concordar.
ATENÇÃO: caso o advogado morra durante a contagem do prazo para recorrer, este prazo tem que ser restituído integralmente para o novo advogado, o prazo tem que ser completo, isso se chama interromper a contagem do prazo. Não confundir com a morte da parte, se a parte morrer ela precisa ser substituída legalmente, tem que entrar o espólio da pessoa e isso tem que acontecer através da suspensão do processo.
ATENÇÃO 2: caso uma decisão seja proferida contra o interesse de um órgão público (pessoa jurídica de direito público) ela será objeto de reexame necessário ,necessariamente ela terá que ser reanalisada, independentemente da apresentação de apelaçãopor causa do interesse público. Esse reexame necessário pode aparecer com outro nome, pode ser chamado também de remessa obrigatória ou remessa ex ofício.
RECURSOS EM ESPÉCIE
- APELAÇÃO:
É o recurso cabível contra sentença, independentemente se essa sentença julgou o mérito ou não. E a apelação é apresentada ao próprio juiz que proferiu a sentença, e o juiz vai analisar se os pressupostos de admissibilidade estão presentes e se tiverem presentes o juiz vai declarar em que efeitos ele recebe esse apelação. E o efeito mais comum é o efeito devolutivo e o efeito suspensivo, como regra a apelação suspende o efeito da sentença. Não vai ter efeito suspensivo quando a sentença precisar surtir efeito, a sentença precisa surtir efeito quando é uma situação de urgência. Exemplo: alimentos, cautelar, tutela antecipada. O juiz vai abrir prazo para a parte contrária responder o recurso, a parte contrária responde o recurso e ele manda o processo para o Tribunal.
Caso o juiz profira uma sentença em conformidade com Súmula do STJ, STF ou vinculante, a sentença é irrecorrível, não cabe apelação. Elas (Súmulas do STJ e STF)representam jurisprudência dos Tribunais Superiores. Já as Súmulas vinculantes são aquelas que obrigam o julgador a decidir conforme o que elas dispõe e também tornam a decisão irrecorrível. A Súmula do STJ e STF não obriga o juiz seguir, a Súmula vinculante obriga o juiz seguir.
Quando a pessoa apela como regra o juiz não pode se retratar, exceto quando da apresentação de uma apelação: a) se indeferir a petição inicial e a parte apelar em 48 horas; b) se o juiz receber uma questão que ele já tenha enfrentado anteriormente, exclusivamente de direito em que sua decisão tenha sido de improcedência ele poderá de plano reproduzir a mesma sentença precedente sem mesmo determinar a citação do réu. O autor poderá apelar e o juiz se retratar em 5 dias.
A apelação será cabível contra sentença que julgar ou não o mérito da causa. Ela será interposta ao próprio juiz que proferiu a sentença que analisará os pressupostos de admissibilidade e estando presentes declarará em que efeitos o recurso será recebido. Como regra será recebida no efeito devolutivo e no efeito suspensivo. Se a sentença dispuser sobre algo urgente a apelação será recebida somente no efeito devolutivo.
A apelação pode ser fundamentada com base em dois erros do juiz a saber: a) error in procedendo, é um vício no procedimento ou sentença que leva a anulação do pronunciamento; b) error in judicando é a má aplicação da lei ou interpretação equivocada das provas que leva a reforma do pronunciamento.
ATENÇÃO: a decisão que indefere a petição é uma sentença sem resolução de mérito (artigo 267, I do CPC), então caberá entrar com o recurso de apelação.
- AGRAVOS:
Qual a diferença de uma decisão interlocutória para uma sentença? A decisão interlocutória resolve uma questão incidente no processo e a sentença ou acordão resolvem o processo.
Existem 5 hipóteses de cabimento de agravo de instrumento e se não for essas 5 hipóteses será agravo retido, que é apresentado para o próprio juiz que proferiu a decisão e fica retido no processo até o dia de ser julgado e ele será julgado quando for julgar a apelação se a pessoa pedir o julgamento desse agravo.
 O agravo de instrumento será cabível contra decisão interlocutória que: a) causar lesão ou dano irreparável ou de difícil reparação; b) declarar em quais efeitos o recurso de apelação será recebido; c) não admitir uma apelação. Exemplo: entra com uma apelação contra uma decisão baseada em Súmula vinculante e o juiz não admite essa apelação, ainda assim a pessoa pode entrar com o agravo de instrumento; d) julgar liquidação de sentença, é a fase que vai realizar antes de cumprir a sentença, pois ela é ilíquida (não sabe qual é o valor dela), no final da liquidação o juiz vai falar o valor, contra essa decisão que diz o valor cabe agravo de instrumento; e) julgar impugnação, exceto se a decisão extinguir a fase de cumprimento de sentença quando caberá apelação.
O agravo de instrumento deverá conter as seguintes peças obrigatórias: a) procuração e substabelecimento do agravante e do agravado; b) cópia da decisão recorrida; c) cópia da certidão da decisão recorrida.
O agravante deverá em 3 dias comunicar o juiz de 1º grau acerca da interposição do agravo. Caso isso não ocorra e a parte contrária comunique o Tribunal o agravo será inadmitido, isto é um requisito para que o juiz de 1º grau possa se retratar.
Caso não estejamos diante de nenhuma das decisões interlocutórias acima apontadas caberá agravo retido. Ele será interposto ao próprio juiz que proferiu a decisão e permanecerá retido no processo até o seu julgamento que ocorrerá antes do julgamento da apelação se requerido expressamente pela parte interessada.
- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:
É para tentar melhorar a decisão, porque ela é omissa, contraditória ou obscura. Os embargos de declaração se prestam a sanar obscuridade, omissão ou contradição existente em acordão ou sentença. Caso o juiz entenda que eles são protelatórios poderá condenar o embargante em multa de 1% sobre o valor da causa. Se forem reiterados embargos protelatórios a multa poderá chegar até 10%. Os embargos de declaração podem ser prestar ainda para fim de prequestionamento. Prequestionamento significa apontar infringência de artigo de lei federal e da Constituição Federal que servirá de objeto para posterior apresentação de recurso especial e/ou recurso extraordinário.
- RECURSO ESPECIAL:
Prazo  prazo de 15 dias
Competência  quem julga é o STJ
Cabimento  quando há infringência, negativa de vigência ou contrariedade de artigo de lei federal. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código de Processo Civil, CLT etc.
Previsão legal  artigo 105, inciso III, alíneas a, b e c da CF
Efeitos  como regra só recebe com efeito devolutivo, a decisão não está suspensa, a outra parte pode executar.
Decisão proferida por  Tribunal.
JEC  JEC não tem tribunal, tem Colégio ou Turma Recursal composto pelos próprios juízes do juizado ou de varas de 1º grau, então NÃO cabe recurso especial no JEC.
Pressupostos de admissibilidade  prequestionamento, ou seja, não adianta entrar com o recurso e alegar o que quer alegar só na hora do recurso, já tem que ter dito isso antes, prequestionado a questão.
Matéria alegável  só pode alegar matéria de direito, interpretação da lei.
Negado seguimento  quando juiz nega seguimento ao recurso cabe agravo de despacho denegatório de recurso especial, no prazo de 10 dias, sem custas e apresenta para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado. Exemplo: foi o Tribunal do Estado do Estado do Rio de Janeiro que negou seguimento do recurso especial para Brasília (STJ) caberá agravo de despacho denegatório de recurso especial para o presidente do Tribunal do Rio de Janeiro em 10 dias e sem custas.
- RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
Prazo  prazo de 15 dias
Competência  quem julga é o STF
Cabimento  quando há infringência, negativa de vigência ou contrariedade de artigo da Constituição Federal. 
Previsão legal  artigo 102, inciso III, alíneas a, b, c e d, da CF.
Efeitos  como regra só recebe com efeito devolutivo, a decisão não está suspensa, a outra parte pode executar.
Decisão proferida por  qualquer instância, como a Constituição é muito importante qualquer instância que profira uma decisão que fere a Constituição cabe recurso extraordinário.
JEC  cabe recurso extraordinário em JEC.
Pressupostos de admissibilidade  prequestionamento, ou seja, não adianta entrar com o recurso e alegar o que quer alegar só na hora do recurso, já tem que ter dito isso antes, prequestionado a questão E repercussão geral. Repercussão geral é um novo requisito de admissibilidade do recurso extraordinário trata-se da necessidade do recorrente demonstrar que a decisão recorrida não repercuti exclusivamente na esfera individual do recorrente, mas sim de maneira mais ampla do ponto de vista político, econômico, social ou jurídico.
Matéria alegável  só pode alegar matéria de direito, interpretaçãoda lei.
Negado seguimento  quando juiz nega seguimento ao recurso cabe agravo de despacho denegatório de recurso extraordinário, no prazo de 10 dias, sem custas e apresenta para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
RITOS
A regra geral é que o processo civil as ações tramitam no rito comum ordinário, ou seja, comum a todas as demandas. Não sendo uma ação que seja da competência do rito sumário e nem da competência do rito sumaríssimo (juizados) automaticamente a sua ação é do rito ordinário, é o que sobra dos demais procedimentos específicos.
Procedimento sumário  artigo 275, do CPC. Toda vez que a ação estiver na Vara Cível e tiver menos que 60 salários mínimos a competência dessa ação obrigatoriamente é rito sumário. Uma ação de acidente de trânsito rito sumário com base na matéria, ação de cobrança de condomínio, ação de cobrança de honorários dos profissionais liberais. ATENÇÃO: exemplo de uma ação de acidente de trânsito que envolve 1 milhão de reais, CONTINUA pelo rito sumário, é a competência com base na matéria não interessa o valor da ação, qualquer que seja o valor, não faz diferença nenhuma o valor que está sendo discutido. Só tem importância o valor quando NÃO for uma competência em razão da matéria. Só tem relevância quando for exclusivamente com base no valor, ai tem que parar no teto de 60 salários mínimos. ATENÇÃO 2: o advogado tem a prerrogativa de NÃO utilizar a ação de conhecimento pelo rito sumário, o contrato de honorários advocatícios escrito ele tem a eficácia de um titulo executivo extrajudicial (artigo 24, da Lei 8906/94), se já tem um título executivo não precisa ajuizar uma ação de conhecimento, se ajuíza contra o cliente uma ação de execução. Quando o CPC fala da ação de conhecimento para a cobrança de honorários de profissional liberal inclui todos os profissionais liberais (arquiteto, engenheiro), menos o advogado.
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei.
- CARACTERÍSTICAS DO RITO SUMÁRIO:
O prazo de resposta no rito ordinário é de 15 dias. O prazo de resposta no rito sumário é na audiência de conciliação, sempre que ação tramitar no rito sumário qualquer caso seja com base no valor, seja com base na matéria o prazo de resposta vai ser sempre na audiência de conciliação (artigo 277, do CPC). Deu entrada na petição inicial primeiro ato que vai ser marcado é a audiência de conciliação, tentou o acordo e não teve a resposta/contestação tem que ser apresentada na audiência. Como já vai para a audiência sabendo que pode ter que apresentar contestação a lei exige uma antecedência mínima da citação, tem que ser de 10 dias, se não for observado essa antecedência mínima vai ter a nulidade da audiência.
No rito sumário NÃO cabe reconvenção, se o réu quiser contra-atacar a parte autora ele vai ter que na própria contestação apresentar o chamado pedido contraposto (artigo 278, parágrafo 1º, do CPC).
No rito sumário a pessoa está obrigada a especificar as provas que pretende produzir, NÃO vale o protesto genérico “protesto por todos os meios de provas admitidos em direito”. Se está pedindo a prova testemunhal tem que trazer o rol das testemunhas. Se quiser pedir perícia tem que formular os quesitos, o que quer que o perito esclareça e indicar se for o caso assistente técnico. Tem que especificar as prova sob pena de preclusão. O prazo que a pessoa tem para produzir as prova vai ser no primeiro momento, na primeira oportunidade, apresentou a petição inicial traz as provas, apresentou a contestação traz as provas, não vai ter um segundo momento no processo para indicar as provas.
Se o juiz entendeu que a perícia for complexa ele vai transformar a ação de rito sumário em rito ordinário (artigo 277, parágrafo 4º, do CPC). A lei permite que o magistrado entendendo que a complexidade da prova vai atrasar o procedimento ele converte o rito de sumário para ordinário, vai dar uma decisão interlocutória convertendo o rito e contra essa decisão caberá agravo de instrumento.
Artigo 275, parágrafo único, do CPC a lei também pode afastar algumas matérias da competência do rito sumário, dizendo que vai ser rito ordinário. NÃO cabe no rito sumário as chamadas ações de estado (envolva estado civil das pessoas) e as ações que envolvam a capacidade civil das pessoas. Exemplo: ação de divórcio, ação que altera a capacidade civil da pessoa, ação de interdição.
Na Vara Cível não precisa o comparecimento das partes, faz a audiência em nome do cliente basta o advogado ter uma procuração representando o cliente. Em Vara Cível a chamada revelia é a falta de contestação, a pessoa foi citada, começou o prazo de resposta e o réu não apresentou contestação, então ele está revel.
ATENÇÃO: o rito sumário em relação a matéria na Vara Cível NÃO tem limite de valor, não está limitada a 60 salários mínimos, pode ser qualquer valor. Na Vara Cível não precisa o comparecimento das partes, faz a audiência em nome do cliente basta o advogado ter uma procuração representando o cliente.
- RITO SUMARÍSSIMO:
Competência do sumaríssimo juizado especial cível (artigo 3º, da lei 9099/95), competência de até 40 salários mínimos. A competência dos juizados especiais cíveis é sempre uma competência RELATIVA, tem uma competência concorrente com o rito sumário, tem a liberdade de escolha. Exemplo: tem uma ação de 40 salários mínimos e quer ir para Vara Cível, o rito é o sumário, mas pode deixar de ir para Vara Cível e ajuizar no juizado especial cível, escolhe o que quer basta estar limitado ao valor se a ação envolver 60 salários mínimos para ir para o juizado tem que renunciar o que exceder aos 40 salários mínimos. 
Todos os casos do artigo 275, inciso II, do CPC com base na matéria se aplicam aos juizados especiais cíveis. 
Não é qualquer ação de despejo que pode ir para o juizado especial cível, tem que ser uma ação de despejo para uso próprio. Exemplo: o locador quer retomar o imóvel porque ele não quer mais alugar, quer morar. NÃO pode ajuizar uma ação de despejo por falta de pagamento no juizado especial cível, se não for ação de despejo para uso próprio não cabe no juizado especial cível. 
Ações possessórias sobre bens imóveis desde que limitadas até 40 salários mínimos. Exemplo: te empresto meu carro até semana que vem e depois você me devolve e a pessoa não me devolve, cabe uma ação de reintegração de posse, mas NÃO no juizado especial cível, pois o carro é um bem móvel ainda que seja menor que 40 salários mínimos. 
ATENÇÃO: no rito sumaríssimo em relação a matéria vai estar limitado o valor? O entendimento que prevalece é que está limitado a 40 salários mínimos, mas existe controvérsia (não precisa se preocupar). 
- CARACTERÍSTICAS DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVES (JEC):
A lei admite em alguns casos que a pessoa vá até o juizado especial cível sem advogado o valor tem que ser até 20 salários mínimos e que se mantenha no 1º grau de jurisdição, se quiser interpor recurso inominado para a Turma Recursal tem que ter advogado.
O prazo de resposta vai ser na audiência de instrução e julgamento. Se é uma ação que tramita pelo rito dos juizados vai ser marcado primeiro uma audiência de conciliação e se não tiver acordo vai marcar uma audiência de instrução e julgamento e quando tiver essa audiência tem que apresentar a resposta.
NÃO cabe reconvenção no juizado especial cível, se o réu quiser contra-atacar a parte autoraele vai ter que na própria contestação apresentar o chamado pedido contraposto.
 NÃO se admite nenhuma modalidade de intervenção de terceiros (artigo 10 da Lei 9099/95).
No juizado especial cível é obrigatório o comparecimento pessoal das partes, tem que comparecer em todas as audiências, tanto a parte autora, tanto a parte ré, ainda que elas estejam desassistidas de advogados vão ter que comparecer pessoalmente. Se o autor não comparecer a qualquer uma das audiências seja conciliação, seja instrução e julgamento o processo é extinto sem resolução de mérito. Quando o autor ajuíza uma ação ele não paga custas, mas se o autor não comparecer a uma das audiências o processo é extinto e, além disso, vai ter a condenação do autor nas custas do processo, salvo se ele justificar a ausência e o motivo de força maior. Exemplo: a mãe morreu, teve uma greve geral. Se a pessoa justificar a sua ausência, ele vai conseguir a isenção da condenação nas custas, mas o processo já está extinto, tem que ajuizar de novo. Se o réu não for a qualquer audiência acontece a chamada revelia, é o único caso que tem revelia mesmo tendo sido apresentada a contestação, vai acontecer a revelia pela ausência do réu, ou seja, nos juizados a revelia pode acontecer por ausência de contestação ou quando o réu faltar.
Se for dado uma decisão interlocutória NÃO cabe agravo de instrumento, as decisões interlocutórias em sede de juizado são irrecorríveis. Exemplo: ajuizou uma ação e pediu uma tutela antecipada para tirar o nome da pessoa do CPS e SERASA que está negativado indevidamente e indefere essa tutela antecipada, não cabe recurso. Contra a sentença cabe recurso inominado, só tem recurso contra a sentença, esse recurso é interposto no prazo de 10 dias e é só recebido no efeito devolutivo, não tem efeito suspensivo, não suspende a sentença que foi dada.
O juizado não paga custas, mas quando se resolve recorrer tem que pagar custas/preparo para o recurso inominado. Pode pagar de maneira integral, comprovar o pagamento e interpõe o recurso ou recorre sem pagar preparo e a partir da interposição do recurso tem que comprovar o pagamento integral em até 48 horas. Exemplo: saiu a sentença e saiu a intimação no Diário Oficial, começou o prazo de 10 dias para apresentar recurso inominado, ai eu recorri sem pagar nada, sem pagar nenhum preparo, vou ter 48 horas a partir/a contar da data da interposição do recurso para fazer e comprovar o pagamento integral do preparo.
- JUIZADO ESPECIAL FEDERAL (lei 10259/01):
São para os entes federais, qual seja, União, autarquia federal, empresa pública federal. Militar do exercito, forças armadas é de competência Federal, Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro, então não é Federal. A competência é de até 60 salários mínimos, a competência é absoluta, não tem escolha. Se tem uma ação contra o ente público federal que envolve menos de 60 salários mínimos será competência para julgar essa ação o juizado especial federal.
-JUIZADO ESPECIAL FAZENDÁRIO/DE FAZENDA PÚBLICA (lei 12153/09):
A competência é de até 60 salários mínimos, a competência é absoluta, não tem escolha. Se tem uma ação contra uma autarquia estadual que tem menos de 60 salários mínimos o rito é o juizado especial de fazenda pública.
PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial tem como função limitar a atividade do juiz, a minha petição exerce uma limitação no que o juiz vai decidir, o juiz não pode decidir além do que eu estou pedindo, nem menos do que estou pedindo, isto tem base no principio da congruência também chamado de principio da correlação ou principio da adstrição. O juiz está sempre limitado ao que pede na inicial, a petição inicial estabelece parâmetros para o juiz decidir. Se o juiz viola esses limites ele vai cometer os famosos vícios da sentença.
 A sentença pode ser ultra petita, extra petita e citra petita ou infra petita.
 A sentença ultra petita o juiz ultrapassou os limites da petição inicial, vai além, mas não deixa de decidir nada. Exemplo: na petição inicial pediu dano moral e dano material, na sentença o juiz decidiu dano material, dano moral e dano estético que ninguém pediu na inicial. Outro exemplo: pede 5 mil de dano material e o juiz da 10 mil de dano material, ele ultrapassou o que eu pedi na inicial. A parte contrária entra com uma apelação e o Tribunal na apelação retira a parcela que ultrapassou, vai anular essa parte do julgado que ninguém tinha pedido. E se ninguém recorrer e isso transitar em julgado vai ter que ajuizar uma ação rescisória por violação a literal disposição de lei para retirar a parte do julgado que ultrapassou (artigo 485, inciso V, do CPC). Teve o julgamento do dano estético, então há coisa julgada porque foi julgado, a solução para resolver isso é ação rescisória
A sentença extra petita o juiz vai fora dos parâmetros que estabeleceu na petição inicial, troca um pedido por outro. Exemplo: na petição inicial pediu dano moral e dano material, o juiz decidiu dano material e troca o dano moral pelo dano estético, o juiz não julgou o dano moral, então não tem como ter coisa julgada pelo que não foi julgado, logo se tem omissão automaticamente não há coisa julgada, ai é só ajuizar uma nova ação pedindo aquilo que não foi julgado. Teve o julgamento do dano estético, então há coisa julgada porque foi julgado, a solução para resolver isso é ação rescisória. Outro exemplo: pede 5 mil de dano material e o juiz da 10 mil de dano moral. A sentença extra petita tem dois problemas o que o juiz ultrapassou e o que ele se omite. Ele ultrapassou decidindo sobre o dano estético e se omitiu não decidindo o dano moral, o que foi ultrapassado cabe ação rescisória para retirar esta parcela por violação a lei.
 A sentença citra petita o juiz se omite, esquece de decidir tudo. Exemplo: na petição inicial pediu dano moral e dano material, o juiz só decide sobre o dano material e esquece de decidir o dano moral. A parte contrária entra com uma apelação e o Tribunal vai determinar o retorno do processo ao 1º grau para o juiz julgar o que ele não julgou, o Tribunal não pode julgar direto o que não foi julgado no 1º grau ele gera supressão de instância, ele estaria julgando de maneira inédita o que não foi julgado no 1º grau. Se tem omissão automaticamente não há coisa julgada, ai é só ajuizar uma nova ação pedindo aquilo que não foi julgado, pedindo o que o juiz se omitiu. Não cabe ação rescisória do que não foi julgado.
CITAÇÃO
- Modalidades de citação (artigo 221, do CPC):
a) citação postal (artigo 222, do CPC)
b) citação por oficial de justiça (artigo 224, do CPC) 
c) citação eletrônica (lei 11419/06)
d) citação por edital (artigo 231, do CPC)
e) citação por hora certa (artigo 227, do CPC)
Citação que é diretamente entregue ao réu, tem certeza que ele recebeu a citação isso é chamado de citação pessoal ou citação real (citação postal, citação por oficial de justiça e citação eletrônica).
Quando se presume que o réu recebeu a citação chama-se de citação ficta ou citação presumida (citação por edital e citação por hora certa).
Entre essas 5 modalidades de citação tem uma regra, ajuizou uma ação e pediu a citação do réu e não especifica uma modalidade que queira, a regra é que seja citação postal (artigo 222, do CPC). A regra no Processo Civil é que a citação se dê na modalidade postal. O prazo de resposta do réu na modalidade da citação postal começa a contar a partir da data da juntada do AR nos autos.
A citação por oficial de justiça vai ser sempre subsidiária à citação postal, nos casos em que a lei proíba que tenha a citação postal. O próprio artigo 222, do CPC traz casos onde veda a citação postal. Toda vez que a lei veda a citação postal automaticamente a citação vai se dar por oficial de justiça. Exemplo: o advogado celebrou um contrato com o cliente de honorários advocatícios e esse cliente não pagou, o advogado vai ajuizar contra o cliente uma ação de execução a citação neste caso vai se dar por oficial de justiça. Outro exemplo: está ajuizando uma ação contra uma sociedade de economia mista, esta é pessoajurídica de direito privado, logo a citação vai ser por postal. O autor pode requerer que a citação seja de outra forma, pode pedir direto que a citação seja por oficial de justiça.
Estou ajuizando uma ação contra uma sociedade de economia mista a citação vai ser por postal, só que o carteiro não conseguiu citar, pois não achou o representante legal para receber a citação, ou seja, ficou frustrada a citação postal, a próxima citação será feita por oficial de justiça. Tentou fazer na modalidade postal e não conseguiu vai fazer a citação por oficial de justiça.
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 
a) nas ações de estado; 
b) quando for ré pessoa incapaz; 
c) quando for ré pessoa de direito público; 
d) nos processos de execução; 
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
f) quando o autor a requerer de outra forma.
Para aspectos de citação o artigo 175, do CPC dias úteis são de segunda à sábado, o horário da citação é de 6h da manhã até 20h em dias úteis. Em casos excepcionais o juiz pode autorizar expressamente citar a pessoa em dias não úteis e fora desse horário (artigo 172, parágrafo 2º, do CPC). A regra de segunda à sábado são para atos processuais externos ao judiciário, fora do poder judiciário, a citação se dá de maneira externa.
Quem pode receber a citação? A citação é pessoal, tem que ser na pessoa do citando ou seu procurador ou representante legal (artigo 215, do CPC), se não for observado este artigo 215, do CPC vai ter o vicio de citação. O advogado pode receber a citação desde que na procuração tenha poderes especiais. E se for uma pessoa jurídica quem recebe a citação é o representante legal da pessoa jurídica com poderes para tanto. Quando se pensa em pessoas jurídicas de multinacionais, por exemplo, a jurisprudência se posicionou sobre a chamada teoria da aparência qualquer preposto que tenha a aparência de representante da pessoa jurídica está valendo para entregar a citação. Exemplo: o oficial chega no banco e tem aquela pessoa que fica com o colete “posso ajudar?”o oficial de justiça pode entregar a citação para ele, pois ele é um preposto da empresa e se presume que esse preposto vai comunicar a pessoa que tem poderes para receber a citação, então vai convalidar o ato.
NÃO existe um local específico para o réu ser citado (artigo 216, do CPC) basta estar no horário válido para se fazer a citação (de 6h da manhã até 20h). O prazo de resposta de 15 dias começa a contar a partir da juntada do mandado nos autos (artigo 241, inciso I, do CPC) → Art. 241. Começa a correr o prazo: I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento.
Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; 
II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; 
III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas  Não pode citar no dia do casamento e nos 3 dias seguintes.
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.
Se a pessoa foi citado no dia do culto religioso, no dia do casamento ou no estado grave de saúde, o comparecimento espontâneo do réu convalida o defeito da citação (artigo 214, parágrafo 1º, do CPC). O prazo de resposta só começa a contar a partir da juntada do mandado de citação nos autos. Exemplo: juntou o mandado na quinta feira, o prazo de resposta começa a contar no 1º dia útil subsequente, ou seja, sexta feira se for dia útil. 
Citação eletrônica (lei 11419/06)  o processo eletrônico vai exigir que a pessoa tenha uma certificação digital que é também chamado de assinatura eletrônica e além disso vai exigir um cadastro prévio no sistema do Judiciário que é basicamente dizendo que a pessoa está apta a atuar no processo eletrônico. O autor distribui uma petição inicial em um processo eletrônico, o Judiciário vai expedir uma citação postou ou uma citação por oficial de justiça, mas se acontecer do réu também estar cadastrado no sistema a citação vai ser eletrônica, a citação vai ser disponibilizada no site do Tribunal, e a partir do momento que a pessoa se cadastra no sistema ela passa a assumir um ônus de frequentemente acessar esse site e vê se tem citação disponibilizada. O prazo de resposta começa a partir do momento que a pessoa for ao sistema e acessar/abrir essa citação. A partir do momento que a citação ficou disponibilizada no site do Tribunal a regra é que o prazo de resposta vai começar quando eu abrir essa citação, caso eu não abra, a partir dessa disponibilização em 10 dias corridos a pessoa está citada. Pode abrir a citação no final de semana, no feriado, são 10 dias corridos que a pessoa tem para abrir a citação, caso não abra a pessoa está citada. Exemplo: a citação foi disponibilizada na 3ª feira, na segunda feira eu resolvi ir ao site do Tribunal e abri a citação neste dia, me dei por citado, abri no 6º dia, eu tinha mais 4 dias para abrir esta citação. E se já está citado, no 1º dia útil seguinte começa a contar meu prazo de resposta. Outro exemplo: a citação foi disponibilizada na 6ª feira, o 1º dia dos 10 dias vai começar a contar no sábado e a pessoa não abriu a citação, na 2ª feira (passado os 10 dias corridos) ela estará citada, é uma citação tácita. Como eu não acessei expressamente, porque eu poderia ter aberto a citação e não abri, a citação que foi feita no 10º dia porque eu não abri e no 1º dia útil seguinte começa o prazo de resposta. A citação eletrônica tácita é quando o sujeito não abrir a citação disponibilizada no site do Tribunal e NÃO confundir com citação ficta que é aquela feita por edital ou por hora certa. Se for um particular vai apresentar a contestação em 15 dias e sendo a Fazenda Pública vai apresentar a contestação em 60 dias (artigo 188, do CPC).
O que gera a citação por edital é quando o réu está em local incerto ou não sabido (artigo 231, do CPC). Tentou a citação postal e não conseguiu automaticamente a citação se dará por oficial de justiça, tem que esgotar tentativas de localização, a partir do momento que o oficial de justiça certifica que a pessoa está em local incerto ou não sabido ai sim pode fazer uma citação por edital. O outro caso de citação por edital é de inacessibilidade, aqui sabe onde o réu está, ou seja, está em local certo o único detalhe é que não consegue chegar até onde ele está. A inacessibilidade pode ser física ou jurídica. Fisicamente não consegue chegar onde ele está. Exemplo: a pessoa mora na favela. Juridicamente quando a pessoa mora em outro país tem que ser expedido uma carta rogatória para fazer a citação e esse país para onde foi expedida a carta rogatória se nega a cumprir a rogatória (artigo 231, parágrafo 1º, do CPC), sabe onde a pessoa está, que é em outro país está sendo expedido uma carta rogatória e essa nação estrangeira se recusou a cumprir a rogatória, a pessoa está juridicamente inacessível. E o terceiro caso de citação por edital é na hipótese de ter um réu desconhecido, tem um réu incerto. Exemplo: ação possessória e quem invadiu a minha fazenda foi uma multidão de pessoas, não tem como determinar todas as pessoa. Sempre que tiver um caso de uma ação possessória em virtude de um ato praticado por uma multidão de pessoas o réu vai ser desconhecido, todos vão ser citados por edital. Outro exemplo: ação de usucapião, mas o proprietário do imóvel é desconhecido. Só tem citação por edital nesses três casos, local incerto/não sabido, inacessibilidade seja física ou jurídica e quando o réu é desconhecido. 
A citação por edital é a publicação do mandado de citação nos jornais. Vai ter uma publicação no jornal oficial e no mínimo duas vezes em jornais locais, dentro de 15 dias tem que ter essas três ou mais publicações, uma no jornal oficial e no mínimo duas vezes em jornais locais. A partir do dia da 1ª publicação que pode ser no jornaloficial ou não o juiz vai assinalar um prazo de 20 a 60 dias (artigo 232, inciso IV, do CPC), que nada acontece no processo, o processo fica parado esperando que o réu tome ciência, vê se o réu comparece ao processo. Terminado o prazo que o juiz fixou (de 20 à 60 dias) a partir dai começa o prazo de resposta de 15 dias (artigo 241, inciso V, do CPC). Passou o prazo de resposta de 15 dias, o réu não apareceu, não apresentou contestação, o réu é considera revel acontece a revelia. Sempre que estiver uma pessoa que foi citada por edital ou por hora certa, ou seja, tenha sido citado fictamente e que fique revel no processo tem que ser nomeado para essa pessoa um curador especial, que essa função é exercida pela Defensoria Pública (artigo 9º, do CPC). A função do curador é vir ao processo justamente verificando se foram observados todos os requisitos da citação.
A citação por hora certa vai exigir dois requisitos: a) o oficial de justiça tem que procurar a pessoa por 3 vezes distintas, ou seja, 3 dias diferentes (requisito objetivo); b) tem que ter suspeita que a pessoa está se escondendo/ocultando (requisito subjetivo), só tem como o oficial de justiça ter suspeita de ocultação se ele tiver certeza que a pessoa mora ali. Então para ter citação por hora certa o oficial de justiça tem que procurar a pessoa por três vezes em dias distintos e nas três vezes que procurou a pessoa o oficial de justiça suspeita que está se ocultando. Se o oficial de justiça encontrar um porteiro, um parente da pessoa, vizinho ele vai agendar com essa pessoa que ele encontrou o que chama de hora certa, fala que em tal dia e tal horário estará lá para citar a pessoa. Exemplo: amanhã 15h o oficial de justiça estará voltando lá. 
ATENÇÃO: o oficial de justiça retornou no dia e no horário marcado, ou seja, na 4ª vez e encontra o réu, o citando, essa citação foi pessoal por oficial de justiça. O réu estava esperando o oficial de justiça, quando o oficial de justiça chegou o réu assinou o mandado de citação tomando ciência que tinha um processo contra ele, isso é uma citação pessoal, foi diretamente realizada pelo oficial de justiça. Começou tudo se encaminhando para ser uma citação ficta, mas não terminou de maneira ficta, terminou de maneira pessoal.
O oficial de justiça retornou no dia e no horário marcado, ou seja, na 4ª vez e não encontra o citando, não encontra o réu, o oficial de justiça vai ter que verificar os motivos da ausência. Se os motivos não forem plausíveis a citação agora sim é por hora certa, citação totalmente ficta, o mandado vai ser entregue para o parente, porteiro, vizinho. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência (artigo 229, do CPC), informando que o oficial de justiça foi por 3 vezes no endereço dele parecendo que ele tinha suspeita de ocultação, que agendou uma 4ª vez com o vizinho, parente dizendo que ia retornar outro dia e foi feito a citação por hora certa. A citação por hora certa só se encerra quando for enviada esta carta para o endereço do citando, é um requisito obrigatório sob pena de nulidade. No caso da citação por hora certa tem mandado de citação e este mandado foi entregue para o parente, porteiro, vizinho, se teve mandado o prazo de resposta de 15 dias começa a contar a partir da juntada do mandado nos autos (artigo 241, inciso I, do CPC). Se em 15 dias não apresentar contestação vai ter a revelia tem que ser nomeado para ele um curador especial, que essa função é exercida pela Defensoria Pública. Toda vez que tiver um sujeito citado fictamente que fique revel tem que ser nomeado para ele um curador especial sob pena de nulidade. A carta que o escrivão tem que enviar para o endereço do citando não influencia no prazo de resposta, a carta é uma formalidade da citação por hora certa e se não mandar a carta vai gerar a nulidade de tudo. O sujeito foi nomeado por hora certa vai ser nomeado o curador especial, se o curador observar que não foi enviada a carta, ele vai alegar que houve a nulidade da citação por hora certa porque não foi enviada a carta, tem que começar tudo de novo, tem que refazer a citação.
RESPOSTAS DO RÉU (artigo 297, do CPC)
- Modalidades de resposta do réu:
a) contestação (artigo 300, do CPC)
b) reconvenção (artigo 315, do CPC)
c) exceções (artigo 304, do CPC): pode alegar por meio de exceção incompetência, impedimento e suspeição. NÃO existe exceção de incompetência absoluta, a incompetência absoluta é alegada dentro da própria contestação, é uma defesa preliminar (artigo 301, inciso II, do CPC), a matéria que se alega por meio de exceção é incompetência relativa (artigo 111, do CPC). Critério com base territorial/foro (competência relativa), a regra é que a ação seja ajuizada no domicílio do réu (artigo 94, do CPC) e se está em uma relação de consumo a ação tem que ser ajuizada no domicílio do consumidor (artigo 101, inciso I, do CDC), uma ação de divórcio é proposta no domicilio da mulher (artigo 100, inciso I, do CPC), ação de alimentos no domicilio do alimentando (artigo 100, inciso II, do CPC). Exemplo de competência absoluta: competência com base na pessoa  União, autarquias federais e empresas públicas federais (artigo 109, inciso I, da CF) a competência é da Justiça Federal.
O prazo de resposta é de 15 dias (artigo 297, do CPC), mas se falar que tem litisconsórcio no processo com advogados diferentes o prazo dobra (artigo 191, do CPC), tem litisconsórcio e não é o mesmo advogado para todos os litisconsortes o prazo será em dobro para contestar, para recorrer de maneira geral para se manifestar no processo. Contra Fazenda Pública ou Ministério Público o prazo para contestar é em quadruplo e em dobro para recorrer (artigo 188, do CPC). E se for ajuizado uma ação contra uma pessoa que não tem dinheiro para pagar advogado e está sendo patrocinado pela Defensoria Pública todos os prazos serão em dobro (artigo 5º, parágrafo 5º, da lei 1060/50). 
Se tiver litisconsorte no processo o prazo de resposta começa contar a partir da juntada do ÚLTIMO mandado de citação nos autos ai começa o inicio da contagem do prazo para todos e se esses litisconsortes tiverem advogados diferentes o prazo de resposta vai ser de 30 dias (artigo 241, inciso III, do CPC). Exemplo: réu1 e réu2, juntou o mandado citatório nos autos do réu1 no dia 01/02 e foi juntado nos autos o mandado citatório do réu2 no dia 10/03, o prazo para apresentar resposta de todos começa a partir da juntada do último mandado nos autos (10/03), logo o prazo de resposta começa no 1º dia útil subsequente.
Todo prazo processual começa a contar no 1º dia útil subsequente e o último dia do prazo tem que ser dia útil também, se no meio do prazo tiver final de semana, feriado não tem problema, pois a contagem do prazo é contínua (artigo 178, do CPC). Exemplo: o mandado foi juntado na quinta feira e na sexta feira como era dia útil começou a contagem do prazo para apresentar resposta. Na segunda feira o réu apresenta uma exceção de incompetência, não apresentou uma contestação só apresentou essa exceção de incompetência, o oferecimento da exceção de incompetência gera SUSPENSÃO do prazo de resposta (artigo 265, inciso III, do CPC), então ele terá mais 11 dias para apresentar a contestação, se nesses 11 dias o réu não apresentar a contestação vai ser decretada a sua revelia. Se apresenta só a exceção de incompetência sem apresentar a contestação o réu NÃO está revel, pois quando apresenta a exceção gera a suspensão do prazo de resposta. Se a juntada aos autos do mandado citatório foi na sexta feira a contagem do prazo começa na segunda feira se for dia útil. A contagem do prazo é só em dia útil.
A exceção de incompetência sempre forma autos apartados, tem o processo principal está suspenso e só vai tramitar a exceção. O réu está apresentando a exceção é chamado de excipiente, o juiz vai ouvir a parte contrária que é o excepto (autor) que vai apresentar resposta e o juiz vai julgar isto. Se na decisão o juiz acolher a exceção de incompetência ele irádeterminar a remessa do processo para o local que é competente para julgar aquela ação. Quando o processo chegar no juízo competente para julgar a ação o prazo volta a contar para apresentar resposta. Exemplo: o mandado foi juntado na 5ª feira e na 6ª feira como era dia útil começou a contagem do prazo para apresentar resposta. Na 2ª feira o réu apresenta uma exceção de incompetência dizendo que a ação tinha que ser proposta no domicilio do réu que é em Bangu, mas foi ajuizada a ação no domicilio do autor que é na Barra da Tijuca, se o juiz acolher essa exceção de incompetência e remeter o processo para Bangu, o réu terá 11 dias para apresentar a sua resposta, a contestação, já que com, o oferecimento da exceção de incompetência gera suspensão do prazo de resposta.
O prazo para apresentar a reconvenção são de 15 dias. No 4º dia apresenta somente a reconvenção e não apresenta contestação. Se apresentou somente a reconvenção pela falta da contestação automaticamente o réu está revel. A reconvenção tem que ser apresentada dentro do prazo de resposta (artigo 299, do CPC), tem que apresentar contestação e reconvenção simultaneamente, em conjunto no mesmo dia do prazo de resposta. São duas petições distintas uma para reconvenção e outra para contestação. 
A pergunta é: se apresentar primeiro a contestação pode vir posteriormente no processo e apresentar reconvenção? Outra pergunta: se apresentou só a contestação no 5º dia ainda cabe outra modalidade de resposta? Se apresentar a contestação automaticamente se encerra o prazo de resposta, a apresentação da contestação gera a chamada preclusão consumativa. Então se apresentar só a contestação e não apresentou a reconvenção e nem apresentei exceção, com a apresentação da contestação já gerou a preclusão consumativa, que é o encerramento total do prazo de resposta. Apresentou a contestação no 5º dia e esqueceu de alegar uma matéria e esqueceu de alegar uma matéria, a pergunta é: ainda tem 10 dias para complementar a contestação? Não, pois não existe emenda a contestação, apresentou a contestação automaticamente acabou o prazo de resposta.
- PROCEDIMENTO DA RECONVENÇÃO:
Dentre os 15 dias tem que apresentar contestação e reconvenção simultaneamente em petições distintas. No 10º dia apresentou contestação e reconvenção → A está ajuizando uma ação contra o B cobrando uma dívida em um contrato X, o B apresenta uma reconvenção contra o A com base em outro contrato, dois contratos diferentes, o réu na ação principal agora passa a ser autor na reconvenção, está apresentando um contra-ataque, está cobrando um outro crédito. O B está atacando o A, então o juiz tem chamar o A para responder a reconvenção (artigo 316, do CPC). Vai ter uma INTIMAÇÃO do autor (A) na pessoa do seu advogado para vir ao processo para apresentar resposta a reconvenção em 15 dias. Apesar da reconvenção ser uma ação dentro do mesmo processo NÃO gera novos autos (autos apartados), é tudo junto no mesmo processo, bem como NÃO gera suspensão. Vai ter a INTIMAÇÃO só autor na pessoa do seu advogado, citação é UMA SÓ e já teve no incio do processo, se a pessoa já está no processo não tem porque ele ser citado novamente, só vai ser intimado dos atos do processo. O autor da ação original (A) vai ser chamado na reconvenção de autor reconvindo e se ele ficar inerte, não apresentar resposta/contestação ele será considerado revel. Tem um processo só dentro do qual tem duas ações (economia processual), uma ação do autor contra o réu e uma ação do réu contra o autor. E o juiz da uma única sentença decidindo a ação principal, bem como a reconvenção tudo junto em uma sentença única (artigo 318, do CPC), vai resolver a ação principal e a reconvenção. São ações distintas dentro do mesmo processo, o juiz pode julgar por exemplo improcedente a ação do A contra o B e procedente a reconvenção do B contra o A, apesar de ser uma sentença só o juiz julga duas ações. A desistência da ação principal NÃO impede o andamento da reconvenção porque elas são totalmente distintas (artigo 317, do CPC). Então o autor pode pedir desistência da sua ação principal e ela é extinta sem resolução do mérito pela sua desistência (artigo 267, inciso VIII, do CPC) e o juiz pode julgar por exemplo procedente a reconvenção (artigo 269, inciso I, do CPC).
A pergunta é: todo rito admite a reconvenção? Não, a reconvenção é feita para o rito ordinário. Se está no tiro sumário ou se está nos juizados o nome do contra-ataque é pedido contraposto. A principal diferença entre a reconvenção e o pedido contraposto, é que a reconvenção é feita em uma petição distinta e o pedido contraposto é feito dentro da própria contestação.
- REVELIA:
Revelia é um fato, é ausência de contestação. Está revel pela simples circunstância de não ter apresentado contestação. ATENÇÃO: REVELIA NÃO É FALTA DE RESPOSTA, é falta de contestação! O réu pode apresentar resposta e permanecer revel, as modalidades de respostas são: contestação, reconvenção e exceção.
A revelia nos juizados é a falta de contestação ou ausência do réu, se o advogado não achar o réu e for pra audiência e apresentar contestação, isso NÃO impede a revelia, porque nos juizados a revelia é peculiar tem dois motivos a falta de contestação ou ausência do réu.
A revelia pode gerar inúmeros efeitos :
Presunção de veracidade dos fatos articulados na petição inicial, isto é um efeito material (artigo319, do CPC). Exemplo: A ajuizou uma ação contra o B e este não apresentou contestação, o juiz olhou para os fatos que o autor narrou na petição inicial, não presumiu a veracidade e julgou o pedido do autor improcedente. O B teve revelia porque não apresentou a contestação ocorreu o fato, mas NÃO ocorreu o efeito, pois o juiz não presumiu a veracidade dos fatos. Conclusão teve revelia, mas não tive o efeito material da revelia. A presunção de veracidade dos fatos articulados na petição inicial é relativa, o juiz NÃO está obrigado a acolher essa presunção. Nem todo fato vai gerar efeitos. Exemplo: levei um escorregão no restaurante, levantei rápido e sai quieto pra ninguém ver, isso não gerou nenhum efeito jurídico, mas agora eu levo um tombo no restaurante e quebro a perna, o restaurante terá que me ressarcir dos danos, danos materiais, danos morais, ou seja, isso gerou um efeito jurídico. 
O artigo 320, do CPC diz que a revelia que aconteceu não vai gerar efeitos. Toda vez que existir pluralidade de réus, ajuizando uma ação em litisconsorte, o réu1 contesta e o réu 2 não contesta, teve a revelia do réu 2, mas a lei diz que a revelia não vai presumir a veracidade dos fatos articulados na petição inicial se tiver a pluralidade de réus e um deles contestar. Havendo litisconsórcio a contestação de um litisconsorte a todos aproveita, estende efeitos para aquele que não contestou. Então teve a revelia, mas não teve o efeito material da revelia (artigo 320, inciso I, do CPC). A regra é a contestação oferecida por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se opostos ou distintos seus interesses (artigo 509, do CPC). Exemplo: está ajuizando uma ação contra o cartão de crédito do HSBC e contra a empresa que pagou com o cartão, veio a fatura e cobraram em duplicidade. O HSBC apresenta uma contestação alegando a ilegitimidade passiva e a empresa não apresentou contestação, logo está revel, PORÉÉM a contestação oferecida pelo HSBC não vai ser aproveitada a empresa, pois elas tem interesses distintos.
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato.
O réu revel pode comparecer ao processo em qualquer fase, mas ele vai pegar o processo no estado que estiver, no estado em que se encontrar (artigo 322, parágrafo único, do CPC), ou seja, quer dizer que o processo não vai voltar nenhuma fase para o revel, o que passou, passou, ele tem que respeitartodas as preclusões, mas as fases que ainda estiverem pendentes se o revel chegar em tempo oportuno ele pode praticar o ato processual (Súmula 231, do STF O revel, em processo civil, pode produzir provas, desde que compareça em tempo oportuno.
EXECUÇÃO
- TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO:
Vai ter basicamente dos tipos de execuções: a) execução baseada em um título judicial; b) execução baseada em um titulo extrajudicial.
Se tem um título judicial já teve previamente um processo de conhecimento, não precisa de um processo novo para fazer a execução, vai ter a fase de cumprimento de sentença. O prazo para fazer o pagamento é de 15 dias e se não pagar em 15 dias toma multa de 10% (artigo 475-J, do CPC). A defesa do executado vai se dá pela chamada impugnação (artigo 475-J, parágrafo 1º do CPC).
O que vai gerar um processo autônomo de execução é aquela baseada no título extrajudicial. O prazo para fazer o pagamento é de 3 dias (artigo 652, do CPC). A defesa do executado vai se dá pelo chamado embargos do executado (artigo 738, do CPC).
- REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO:
a) título executivo título executivo judiciais (artigo 475-N, do CPC) e títulos executivos extrajudiciais (artigo 585, do CPC). Arbitragem é um meio alternativo para a solução de um litígio, as partes ao invés de irem para o judiciário elas podem optar ir para outro órgão solucionar o litigio, o juiz arbitral vai proferir uma sentença arbitral (lei 9307/96), ai o réu não cumpriu, para efetivar essa sentença tem que ir para o judiciário, está sentença arbitraria é um titulo judicial é o ÚNICO título judicial formado fora do poder judiciário (artigo 475-N, inciso IV). O crédito do serventuário, perito, do interprete ou do tradutor homologado judicialmente (artigo 585, inciso VI, do CPC) é título extrajudicial, apesar de ter a participação do juiz continua sendo um titulo extrajudicial. Só existe arbitragem se as partes convencionarem previamente que elas estão interessadas em ir para arbitragem, assina um contrato e no contrato estabelece que vão para arbitragem.
Independentemente da natureza do título se é judicial ou extrajudicial todo título tem que ter três características (artigo 580/586, do CPC) tem que refletir em uma obrigação certa, líquida e exigível. Se faltar qualquer uma dessas três características o título não preenche todos os requisitos legais automaticamente não se admite começar a execução. Quando fala em obrigação certa vai se dividir em dois aspectos: a) certeza subjetiva: são os sujeitos, tem que conseguir extrair do título quem é o credor, quem é o devedor, quem é o responsável, basicamente legitimidade, quem tem legitimidade para promover a execução, quem tem legitimidade passiva, quem pode responder pelo pagamento da dívida; b) certeza objetiva: se a obrigação é de pagar, se a obrigação é de fazer, se a obrigação é de não fazer etc. A liquidez da obrigação se refere ao valor/quantidade, certos títulos não vão ter liquidez imediata. Exemplo: estou ajuizando uma ação de indenização porque a pessoa foi atropelada e está no hospital toda quebrado, mas não sabe quanto essa pessoa vai gastar de danos materiais, quanto vai sofrer de lucro cessante, mas mesmo assim já pode ajuizar uma ação contra o réu mesmo de não tendo condições nesse momento de estabelecer quanto é devido, pode ajuizar a ação sem falar o quanto o réu te deve, mas falando o que quer, quero danos morais e quero lucros cessantes, mas eu quero apurar esses valores posteriormente, chama isso de pedido genérico, o pedido genérico a pessoa fala o que quer, ou seja, estabelece a certeza da obrigação, mas não estabelece a liquidez dessa obrigação. Quando eu ajuízo uma ação e faço um pedido genérico, o juiz quando for dar a sentença ele vai prolatar a chamada sentença ilíquida, ou seja, ele vai dar uma sentença na qual ele também não vai fixar o valor (artigo 459, parágrafo único, do CPC). Se a sentença for ilíquida antes de começar execução tenho que fazer uma etapa de liquidação da sentença (artigo 475-A, do CPC), o juiz vai dar uma decisão estabelecendo o valor, vai dizer quanto é devido. Fixado o valor começa a etapa de cumprimento de sentença. A regra é que todo título executivo já tenha liquidez imediata. A lógica de uma liquidação de sentença é discutir exclusivamente o valor (artigo 475-G), isso recebe um nome de principio da fidelidade ao titulo executivo, este principio diz que é proibido na liquidação de sentença voltar a discutir o que já foi discutido no processo de conhecimento, a sentença ilíquida já condenou o réu falta só apurar o valor. A partir da prolação da sentença todas as decisões prolatadas a partir da decisão da sentença são recorríveis por agravo de instrumento. Só existe agravo retido ao longo do processo de conhecimento, a regra no processo civil é utilizar o agravo retido (no processo de conhecimento). O recurso cabível da decisão de liquidação de sentença é o agravo de instrumento. Exigibilidade é o vencimento da obrigação e só tem exigibilidade da obrigação a partir do inadimplemento, a partir do momento que não cumpre a obrigação. Exemplo: assinou um contrato com o curso e estabeleceu que ia pagar o curso todo dia 10, não pode ajuizar uma execução extrajudicial antes do dia 10, porque a obrigação constante do titulo não tem exigibilidade.
b) responsabilidade patrimonial (artigo 591, do CPC): NÃO existe execução sem responsabilidade patrimonial. Responsabilidade patrimonial é o devedor responde com os seus bens presentes e futuros para o cumprimento das suas obrigações, responsabilidade patrimonial nada mais é do que uma garantia, vai satisfazer a obrigação com os bens, com o patrimônio. A pessoa não pode ser presa em virtude de uma dívida civil, porque a responsabilidade no Brasil é patrimonial e não pessoal como no direito penal. A prisão civil só é permitida no caso de devedor de alimentos, a prisão civil tem natureza jurídica de um meio de coerção é uma maneira de pressionar a pessoa a fazer o pagamento. A prisão civil NÃO tem natureza de pena, não é penalidade, não é uma sanção. A prisão civil NÃO é meio de satisfação da obrigação, só vai satisfazer a obrigação de alimentos quanto tiver bens. NÃO existe exceção a responsabilidade patrimonial, só responde com os bens. Os bens que a pessoa tem hoje e os bens que vier adquirir no futuro desde que a dívida não esteja prescrita responderão pelo cumprimento da obrigação. Se o devedor não tiver bens para pagar a execução não anda. 
ATENÇÃO: se a pessoa jurídica está te devendo é a PJ tem que ir no patrimônio da pessoa jurídica, se da PJ não tem bens não se pode fazer nada. A regra é a autonomia patrimonial do sócio e da pessoa jurídica, o patrimônio pessoal do sócio não responde pelas dívidas da pessoa jurídica, o patrimônio da pessoa jurídica não se mistura com o patrimônio dos seus sócios. Algumas sociedades não possui responsabilidade limitada e sim responsabilidade ilimitada, ou seja, pode atingir o patrimônio do sócio. Se o sócio está devendo e ele tem uma PJ quem está devendo é o sócio, não a PJ, a responsabilidade patrimonial incide sobre o devedor. Se o sócio está se utilizando da pessoa jurídica que ele tem para esconder patrimônio praticando atos fraudulentos (fraude, desvio de finalidade) ai pode fazer a chamada desconsideração da pessoa jurídica, sair do patrimônio do sócio e ir para o patrimônio da pessoa jurídica se chama desconsideração inversa. Se a pessoa jurídica me deve e está quebrada, tem a empresa fictícia, empresa fantasma, que não tem endereço, não tem patrimônio próprio, mas só sócio é milionário e descobre que a empresa é uma farsa, o sócio está praticando fraude por meio do patrimônio da pessoa jurídica, nesta caso pode desconsiderar a personalidade da pessoa jurídica e ir ao patrimônio do sócio, ai vai fazer uma desconsideração da pessoa jurídica (artigo 58, do CC e artigo 28, do CDC). 
Devedor é diferente de ser responsável, pode ter divida sem responsabilidade e pode ter responsabilidade sem ter divida. Ser devedor é ser o titular da obrigação e serresponsável é responder com os seus bens. Fiador, avalista não é devedor, ele é responsável pela divida alheia (responsabilidade sem dívida), a responsabilidade do fiador é subsidiária, ou seja, não pode ir direto no patrimônio do devedor, além disso caso a pessoa vá direto ao fiador ele tem a garantia de indicar os bens do devedor para que primeiro sejam penhorados, ou seja, primeiro tem que esgotar o patrimônio do devedor se não tiver mais nada ai vai no patrimônio do fiador isso é chamado de benefício de ordem. A regra é que o fiador é responsável mesmo sem ser devedor, responde com os seus bens e não é devedor. A pergunta é: o fiador pode renunciar e no contrato deixar de ser somente o responsável e se tornar também um devedor? Pode, todo contrato de locação tem uma clausula dizendo que neste ato o fiador se torna devedor solidário junto com o locatário, salvo disposição em contrário. QUESTÃO DE PROVA: se falar que a pessoa é fiadora e não falou mais nada a questão está perguntando a regra, vai responder que o fiador não é devedor. Agora se colocar uma questão que fulano é fiador com locatário e no contrato de locação tinha uma cláusula onde eles se tornaram devedores solidários, ai a prova vai te perguntar neste caso o fiador pode sustentar uma responsabilidade subsidiária, isto está ERRADO. Se o fiador e o locatário se tornaram devedores solidários PODE ir direto no patrimônio do fiador, quando o fiador assumiu a dívida solidariamente ele renunciou a responsabilidade subsidiária e o benefício de ordem. Eles são devedores solidários o credor pode escolher de quem vai exigir a dívida.
A pergunta é: existe dívida sem responsabilidade? Dívida que não obriga o pagamento? Sim, dívida prescrita, a pessoa paga se quiser (artigo 196, do CC). Outro exemplo: eu aposto com meu amigo 10 mil reais que o fluminense vai ser campeão da libertadores, o fluminense é campeão, mas o meu amigo não pode me cobrar essa dívida judicialmente, porque as obrigações oriundas de aposta ou de jogo não podem ser cobradas juridicamente, existe a dívida, mas não pode me obrigar a fazer o pagamento (artigo 814, do CC), isso no direito civil chama de obrigações naturais.
Concurso de credores o credor que depende exclusivamente da responsabilidade patrimonial, ou seja, não tem nenhuma garantia específica sobre os bens do devedor, a garantia dele é igual a de todo mundo que são todos os bens do devedor, é chamado de credor quirografário, a garantia deste credor é genérica. Exemplo: o devedor está atraso com o curso fórum, com as casas bahia e com a c&a, disantini, condômino, só que também está devendo a hipoteca do apartamento, o banco tem uma hipoteca sobre o meu apartamento, o banco NÃO é um credor quirografário, o banco é um credor com garantia real, é o credor que tem uma garantia específica sobre a coisa que o devedor ofereceu, ao ter uma garantia sobre a coisa ele passou a se destacar dos credores quirografários. Toda vez que estabelecer uma relação da pessoa com a coisa está estabelecendo uma relação de direito real, ou seja, direito real é sempre direito sobre uma coisa. Exemplo: o curso fórum tem um direito pessoal, pois foi celebrado entre duas pessoas, uma pessoa física e uma pessoa jurídica. O primeiro direito real que tem é a propriedade, que é uma relação da pessoa com a coisa. O curso fórum, as casas bahia, a c&a, disantini estabeleceram uma relação pessoal, então eles são os credores quirografários, o banco tem uma relação não direta com a pessoa, mas com o seu apartamento, com a coisa, então é um credor com garantia real. Só que tem alguns créditos que surgem da própria relação com a coisa, é proprietário do apartamento e ao ser proprietário surge obrigações acessórias que surgem da propriedade, que são as chamadas obrigações propter rem, é toda aquela que surge do direito real, é proprietário do apartamento tem que pagar condomínio, IPTU, ou seja, todas as obrigações acessórias decorrente da propriedade. A pergunta é: quem recebe primeiro o crédito? Na ordem de preferência sempre vão estar os credores com garantia real estarão na frente dos credores quirografários.
Prova que é proprietário de um imóvel com o registro. A importância de levar a registro que é um credor hipotecário ao levar ao registro da sobre isso publicidade, passa a dar a partir de então uma eficácia que se chama erga omnes, oponível a todos. Como o direito real é constituído a partir do registro e o registro da eficácia erga omnes. Ainda que o credor com garantia real não se mexa, não ajuíze ação nenhuma ele sempre recebe na frente do credor quirografário, pois o direito dele tem uma eficácia erga omnes. Os credores quirografários com obrigações pessoais quem recebe primeiro? Há uma ordem entre eles e esta ordem é feita pela ordem de penhora, quem primeiro fez a penhora (artigo 612, do CPC). Exemplo: disantini fez a penhora em janeiro de 2015, a C&A fez a penhora em março de 2015, o curso fórum fez a penhora em abril de 2015 e o banco credor hipotecário não fez nada, mesmo assim o banco vai receber primeiro, pois ele é um credor com garantia real. Entre os credores quirografários a preferencia vai ser criada pela ordem das sus respectivas penhoras, a Disantini recebe primeiro, a C&A recebe em segundo e o curso fórum recebe em terceiro e as casas bahia que não penhorou nada, perdeu não sobrou mais nada.
O crédito de condomínio/ crédito condominial é o que recebe primeiro de todo mundo (Súmula 478, do STJ), depois quem vai receber são os credores com garantia real.
- RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (artigo 591, DO CPC):
A lei reserva uma parcela mínima de bens do devedor que não pode ser penhorado, isso vai ser chamado de impenhorabilidade, ou seja, são bens que a lei retira da responsabilidade patrimonial. O principal exemplo de bem impenhorável é o bem de família, o único imóvel que o devedor tem no qual estabelece a sua residência/moradia em regra é impenhorável (lei 8009/90), automaticamente este bem está protegido, basta o devedor provar no processo que é o único imóvel e que neste imóvel exerce a moradia. O bem de família legal é uma garantia já estabelecida pela lei, ou seja, não depende de registro é o chamado bem de família legal. Existem casos que o bem de família pode ser penhorado (artigo 3º da lei 8009/90) quando o fiador assume a fiança no contrato de locação automaticamente já está renunciando o bem de família, está renunciando seu único imóvel. Se o fiador for casado tem que ter o consentimento do cônjuge, tem que assinar junto o contrato (Súmula 332, do STJ), se não tiver o consentimento/assinatura do cônjuge no contrato de locação vai ter a ineficácia total da garantia. Outra exceção é o condomínio, o crédito condominial pode penhorar a própria coisa, está devendo condomínio no prédio, o condomínio vai ajuizar uma ação contra o condômino/proprietário e vai penhorar o próprio apartamento. Outra exceção é se o devedor estiver devendo alimentos, geralmente se tem alimentos de natureza familiar, mas pode ter alimentos civis/indenizatórios, no caso se o devedor estiver devendo alimentos pode penhorar o único imóvel. Exemplo: o motorista de ônibus atropelou um homem, este deixou 3 filhos e sustentava a família, cabe uma ação contra a empresa para fixação de pensão alimentícia. Na hipótese de credor de pensão alimentícia a lei 13.144/2015 fez uma complementação quando o filho ajuíza uma ação de alimentos contra o pai e este pai é proprietário de um apartamento com sua esposa, ou seja, eles são coproprietários e a esposa dele não é mãe do filho que está pedindo a pensão, então o filho credor de alimentos vai penhorar o imóvel que é o único do casal, mas ele só pode ficar com a metade do sue pai. Exempli: vende o apartamento por 100 mil, 50 mil vai para a pensão do filho e os outros 50 mil vão ficar com a esposa.
ATENÇÃO: no artigo 3º, inciso I da lei 8009/90 (era exceção) que o crédito dos empregados domésticos e suas contribuições previdenciárias este inciso foi REVOGADO pela lei complementar 150/2015. Então, por exemplo, a empregadadoméstica que trabalhou 20 anos para você e você a demitiu, a empregada vai entrar com uma ação trabalhista e ganha, ANTES da alteração dessa lei a empregada podia penhorar a casa onde ela trabalhou ainda que fosse a única. Isso NÃO é mais exceção, ou seja, o crédito do empregado doméstico NÃO pode penhorar o bem de família. 
O único imóvel/bem de família do devedor tem uma vaga de garagem, a vaga de garagem está atrelada/vinculada ao bem de família é PENHORÁVEL (Súmula 449, do STJ), vai penhorar a vaga de garagem e fica o apartamento. Penhora esta vaga de garagem, vai ser desmembrada do apartamento e só a vaga será vendida. Então a vaga de garagem é penhorável ainda que vinculada ao bem de família. A vaga de garagem no condomínio (vaga exclusiva, do condômino) em regra não pode ser alugada ou alienada para terceiros, isto é, está vaga de garagem exclusiva do condômino não pode ser penhorada/adquirida por terceitos, a vaga de garagem no condomínio só pode ser alugada ou vendida para condôminos, salvo se a convenção condominial autorizar ai sim pode alugar ou vender para terceiros, se a convenção for omissa vai prevalecer a regra de que a vaga de garagem em condomínio não poder ser alugada e nem vendida para terceiros. A vaga de garagem comum de condomínio não pode ser penhorada, pois não é só do devedor é de todo mundo. Agora se a minha vaga de garagem tem uma escritura pública levada a registro estabelecendo que ela é inalienável, então está vaga será impenhorável. A jurisprudência tem falado que o terceiro vai penhorar a vaga de garagem exclusiva, mas ele que não é condômino não vai poder usar. O terceiro não condômino que venha a penhorar uma vaga exclusiva vai se tornar proprietário, ele pode penhorar, pode alugar e pode dispor para um condômino, só não poderá usar.
A pessoa solteira, a pessoa divorciada, a pessoa casada todas tem bem de família (Súmula 364, do STJ).
Bem de família indireto, ou seja, a pessoa pode ter um bem de família mesmo que NÃO more mais no imóvel (Súmula 486, do STJ). Exemplo: tenho um único imóvel que é o apartamento e estou desempregado, eu saiu do meu apartamento alugo o mesmo e esse aluguel faz a minha manutenção, vou morar em outro local que seja mais barato ou volto a morar com a minha mãe e vivo desse aluguel. Não está mais morando, mas a proteção a família ainda é indireta, do mesmo jeito o imóvel continua sendo impenhorável, chama de indireto porque a pessoa não tem mais contato direto com a coisa, o bem de família está alugado e o aluguel faz a minha subsistência, a pessoa só pode ter um único imóvel e este faz a sua subsistência.
O artigo 649, do CPC fala dos bens absolutamente impenhoráveis. Todo bem que for inalienável (não pode ser vendido) vai ser sempre impenhorável seja uma inalienabilidade legal ou uma inalienabilidade convencional. A lei as vezes estabelece que certos bens são inalienáveis, tipo os bens públicos. Outro exemplo: recebe do pai uma casa em doação com uma cláusula de inalienabilidade automaticamente ela será impenhorável. A casa que é inalienável eu posso alugar, não pode vender só está obtendo frutos. A pergunta é: os frutos dos bens inalienáveis são penhoráveis? Na falta de outros bens vai poder penhorar o aluguel/renda do bem inalienável (artigo 650, do CPC). Exemplo: tem um aluguel de 5 mil reais que recebe da casa inalienável, pode penhorar o aluguel de 5 mil reais se ele não tiver mais nenhum outro bem, se só tiver esses 5 mil reais ai pode penhorar, PORÉÉM se o aluguel da casa alugada faz a minha manutenção/subsistência automaticamente o que recebe do aluguel/fruto vira impenhorável.
Em regra os móveis que guarnecem a residência do devedor e o vestuário são impenhoráveis, PORÉÉM se entre esses móveis ele tiver bens de elevado valor automaticamente é penhorável. O que o devedor tiver em repetição que tenha valor econômico será penhorável. Exemplo: o devedor tem três televisões na casa dele em tese 2 televisões são penhoráveis. Agora o devedor tem três televisões uma de 14 polegadas aquela de caixa que não tem nem controle remoto, esta não será penhorável, pois não tem valor econômico. Todo bem que o devedor tiver na casa dele for de valor ínfimo não faz penhora (artigo 659, parágrafo 2º, do CPC), ou seja, os bens de valor muito pequeno são impenhoráveis.
Tudo que for necessário ao exercício profissional do devedor será impenhorável (artigo 649, inciso V, do CPC). Exemplo: cadeira do dentista, carro para o uso da profissão de taxista.
O salário é impenhorável, não pode penhorar (artigo 649, inciso IV, do CPC), PORÉÉM se eu estou devendo alimentos é possível neste caso específico penhorar o salário. A pergunta é: o dinheiro em conta corrente é penhorável? O dinheiro em conta corrente é penhorável, a penhora online nada mais é que um bloqueio online, o juiz verifica se tem ativos financeiros em seu nome, CPF e determina o bloqueio da conta corrente, salvo se o dinheiro que estava na conta corrente era salário, o devedor/executado tem que provar que o dinheiro que estava na conta dele era o salário (artigo 655-A, parágrafo 2º, do CPC). Agora tem uma conta salário, é específica para receber salário. A impenhorabilidade do salário ela é sempre temporária, dura exatamente o período do pagamento, quando virar o mês o que sobrou na conta do mês anterior é porque a pessoa não precisa para sua manutenção, então automaticamente será penhorável. Exemplo: no dia 10/10 ganhou de salário 10 mil reais e no dia 10/11 ainda tinha 2 mil reais de saldo do salário do mês anterior, esses 2 mil reais são penhoráveis e os novos 10 mil reais que caíram no dia 10/11 estão protegidos. Quem recebe por quinzena quando vence a quinzena é penhorável o valor que ficou. ATENÇÃO: se o valor que sobrou do mês anterior for transferido para uma poupança e se este valor não passar de 40 salários mínimos não poderá ser penhorado (artigo 649, inciso X, do CPC). A pessoa devedora que transfere do que era penhorável (valor que sobrou) e esconde no que é impenhorável configura-se como fraude, ou seja, o devedor sabia que estava devendo e está escondendo o dinheiro. Valor em poupança até 40 salários mínimos é impenhorável, se tiver uma poupança que o valor ultrapassa os 40 salários mínimos pode penhorar o que ultrapassou os 40 salários mínimos. Só pode ter uma poupança de até 40 salários mínimos, mas se a pessoa tiver 2 poupanças cada qual com 20 salários mínimos, esses valores estarão protegidos.
ATENÇÃO: a inalienabilidade sempre gera a impenhorabilidade, PORÉÉM a impenhorabilidade NÃO gera a inalienabilidade. Exemplo: o bem de família é impenhorável, mas se eu quiser eu posso vender a minha casa, ou seja, pode ser alienado.
O artigo 650, do CPC fala dos bens relativamente impenhoráveis. 
- CUMPRIMENTO DE SENTENÇA:
O cumprimento de sentença é uma execução baseada em um título judicial. O cumprimento de sentença vai ser uma fase em continuação ao processo de conhecimento. A pergunta é: é possível um processo autônomo de cumprimento de sentença? Sim (artigo 475-N, incisos II, IV, e VI, do CPC).
A regra é o cumprimento de sentença vai ser a continuação do processo de conhecimento, mas há três títulos judiciais (sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira) que como não teve uma etapa anterior de conhecimento vai ter um processo autônomo, um processo de cumprimento de sentença. Já começa a partir da execução vai ajuizar uma petição inicial de cumprimento de sentença, inclusive vai ter que ter a citação da parte contrária.
A sentença penal condenatória com o trânsito em julgado automaticamente já está condenado na esfera cível, é um efeito automática da sentença penal condenatória transitada em julgado. Está condenado no crime, não importa o crime e foi condenado na esfera criminal com o transito em julgado automaticamente essa sentença penal condenatória já é um título executivo judicial. Exemplo: o motorista de uma empresa de ônibus atropelou várias pessoas e ficou provado que o motorista estava dirigindo o ônibus embriagado e foi condenado na esfera

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