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Introdução A queda representa uma das grandes síndromes geriátricas e é um evento marcante na vida do idoso. pode potencializar um declínio funcional, construir uma manifestação de algumas doenças ou sinalizaram uma patologia aguda. A incidência das quedas aumenta consideravelmente com a idade, cerca de 1/3 dos idosos acima de 65 anos cai pelo menos uma vez ao ano em aproximadamente 50% dos casos, as quedas são bem recorrentes. As quedas resultam da interação de fatores que comprometem o sistema envolvido na manutenção do equilíbrio associado a alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, condições patológicas, efeitos adversos de medicações ou associação de medicamentos, riscos ambientais, calçadas ou comportamento inadequado dos idosos. A queda funciona como um gatilho para um mecanismo cumulativo e efeito cascata de eventos prejudiciais à saúde e qualidade de vida do idoso. Quedas e fraturas Entre 5 a 10% das quedas em idosos apresentam consequências graves, como fratura ou traumatismos cranioencefalico, e são responsáveis por admissões frequentes em unidade de emergência. cerca de 95% das fraturas de quadril decorrem de uma queda. A mortalidade após um ano da ocorrência de uma fratura de fêmur é em torno de 30%, idades mais avançadas e sexo masculino são considerados grupo de risco. Fatores de risco para quedas os fatores de risco são categorizados como: extrínsecos (Modificáveis) intrínsecos (não modificáveis) 1. Fatores intrínsecos – Sociodemográficos - A incidência de queda aumenta com a idade (> 75 anos) e naqueles com história prévia quedas num ano anterior. Fatores não modificáveis são o que estão relacionados com o paciente tais como: idade, raça, sexo, Histórico de quedas, deve te visual, hipotensão postural. define-se como um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais e comprometendo a estabilidade 1.1 capacidade físico funcional- Evidências de associação com limitação para as atividades de vida diária, com comprometimento na mobilidade e/ou déficit de marcha caracterizado por redução da velocidade, da cadência ou do comprimento da passada. 1.2 distúrbios sensoriais e neuromusculares Deficts visuais tem mostrado diferentes graus de associação com as quedas. Existe um maior risco para aqueles com perda de visão de constante redução na percepção de profundidade E redução da acuidade visual, diminuição da sensibilidade vibratória e tátil e redução da força muscular. 1.3 fatores psicológicos medo de cair, défice de atenção e comportamentos de risco estão associados há um maior risco de queda. 1.4 condições de saúde doenças crônicas muitas quedas podem resultar de doenças crônicas ou sinalizar presença de condições agudas. algumas doenças crônicas estão relacionadas com o maior risco de queda, entre elas: doença de Parkinson, acidente vascular encefálico, declínio cognitivo. depressão, incontinência urinária, osteoartrose tenho artrose deformidades dos pés e tontura. 1.5 medicações Polifarmácia; o uso de 5 ou mais medicações está associada a ao maior risco de quedas podendo ser tanto um fator extrínseco como intrínseco 1.6 psicotrópicos os benzadiapinicos são aqueles com maior associação de risco. os antidepressivos também podem predispor quedas pela ação sedativa e psicomotora. O risco de cair aumenta com uso de antipsicóticos, guardando linearidade com o aumento da dose 2. fatores extrínsecos- divide-se em fatores ambientais e aqueles relacionados com atividades. ambientes inseguros, mal planejado, com defeito de construção ou Barreiras arquitetônicas promovem um grande risco aqueles que por lá transitam. e se eu entorno, em especial para os idosos ativos. em idosos de comunidade uma grande proporção de quedas acontece em casa e os riscos ambientais estão frequentemente atrelados com a causa. De modo geral os fatores extrínsecos são os que é possível haver mudança, pais como o ajuste de calçadas, buracos, tapete soltos, calçado não adequado, Polifarmácia, Uso de apoio (bengalas muletas, uso de óculos. Avaliação do idoso caidor e do risco de cair. A admissão do idoso no pronto socorro em consequência de queda pode apresentar uma oportunidade para identificar idosos de alto risco para novos eventos e instituir medidas de intervenção. Avaliação inicial do idoso que se apresenta com queixa de queda no pronto atendimento deve começar com a seguinte pergunta: se o paciente fosse um jovem de 20 anos saudável, ele teria caído? Resposta for não, esse indivíduo necessita de avaliação geriátrica ampla direcionada para identificação dos múltiplos fatores da queda. abordagem desse indivíduo na emergência deve incluir além da história clínica cuidadosa, medidas objetivas do exame clínico e teste funcional. anamnese deve ser detalhada e direcionada para queda representando o elemento chave na avaliação do idoso caidor. entre os dados mais importantes destacam- se: o local da queda, quedas anteriores, dificuldade para levantar e tempo que permaneceu no chão, mecanismo da queda, sintomas que precediam a queda, perda de consciência, uso de álcool, medicamentos, capacidade funcional, como morbidades (principalmente o Parkinson, diabetes depressão e fratura do quadril prévia) é importante sempre buscar a identificação de fatores precipitantes ou outros diagnósticos diferenciais que não apenas a perda da homeostase e do controle postural. entre os diagnósticos diferenciais, podemos citar as crises epiléticas ou AVCs situação na qual o idoso pode dar entrada no pronto atendimento com queixa de queda ou quase queda. embora não se encontre um conjunto de exames complementares para os idosos na emergência em virtude da queda, quando possível é desejável realizar um eletrocardiograma, hemograma, eletrólitos em nível sérico de medicamentos. imagem deve ser direcionados. Estratégias de prevenção de quedas em idosos da comunidade. Todas as intervenções multifatoriais para idosos residentes na comunidade devem ter um programa de exercício que inclua treino de equilíbrio, marcha e força, sendo em grupo ou individual. Além do exercício, outros componentes particularmente efetivos na redução de quedas são: modificação ambiental, redução das medicações, principalmente medicamentos psicoativos, correção de déficits visuais, hipotensão postural e outras condições clínicas cardiovasculares
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