Dissertação Tipos Parágrafos

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TIPOS DE PARÁGRAFOS 
DISSERTATIVOS
 Em cada parágrafo é apresentado e desenvolvido um argumento, podendo se estabelecer relações de:
 
 Causa e consequência: motivos, razões, fundamentos, alicerces, os porquês / as consequências, efeitos, repercussões, reflexos. 
 Comparações e contrastes: diferenças e semelhanças entre elementos – de um lado, de outro lado,em contraste, ao contrário.
 Enumeração: indicação de fatores, funções ou elementos que esclarecem ou reforçam uma afirmação.
 Exemplificação: citar fatos, casos, exemplos. 
 Explicitação: esclarecer os conceitos, definições que ajudam a embasar seu argumento.
 Tempo e espaço: informar os fatos de acordo com o tempo (cronologia) ou de acordo com o espaço (local) em que ocorreram.
 Do geral para o específico: informar o problema de forma ampla e geral e então ir abordando casos específicos. 
 Do específico para o geral: ao contrário do acima, parte-se de informações específicas, pontuais, para a ideia geral. 
CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Causa e consequência: motivos, razões, fundamentos, alicerces, os porquês / as consequências, efeitos, repercussões, reflexos. 
A relação de causa e consequência pode ser demonstrada através da figura a seguir:
 A + B + C levam a X X X X resultados
 Exemplos: Alimentar-se bem, fazer exercícios físicos e estudar trazem como consequência um cérebro saudável com mais disposição para o aprendizado.
	Aquele que cedo madruga, provavelmente, ficará com sono o resto do dia. 
Sugestões de conectores: como consequência, como resultado, consequentemente, deste modo, assim, por este motivo, logo, então, etc.
COMPARAÇÃO E CONTRASTE
 
Comparações e contrastes: diferenças e semelhanças entre elementos – Conectores: de um lado, de outro lado, em contraste, ao contrário.
 	Podemos comparar quase tudo (pessoas/ fatos/ objetos/ decisões etc) desde que sejam comparações dentro da mesma categoria. Por exemplo, não posso comparar um carro popular 1.0 com uma BMW esportiva, mas posso comparar carros populares como o Celta, Ford Ka, Up, entre outros.
	Para compararmos itens, devemos estabelecer critérios de comparação, ou seja, no caso dos carros, devemos pensar em critérios que existam para as realidades que estamos comparando: a) design, b) economia de combustível, c) custo das peças de reposição, d) qualidade da assistência técnica, e) rendimento, entre outros.
	Sugestões de conectores de comparação: por um lado..., por outro lado..., enquanto que..., por sua vez.... , um é ..... Enquanto o outro ....., em comparação ...., em compensação...., um.... Já o outro ...
ENUMERAÇÃO
3. Enumeração: indicação de fatores, funções ou elementos que esclarecem ou reforçam uma afirmação.
Exemplo: Check list ou enumeração de itens da moradia ideal para um casal:
Localização
Funcionalidade do imóvel
Projeto arquitetônico
Acabamento
Luz e ventilação do imóvel.
	Na minha opinião, a casa ideal para um casal deve ter os requisitos elencados a seguir: ser bem localizada, em bairro próximo ao centro; ser funcional, nem grande demais, nem pequena, sendo 140 m2 um bom tamanho; projeto arquitetônico de qualidade que garanta a valorização dos espaços internos; acabamentos de qualidade e luz solar e ventilação do imóvel. 
EXEMPLIFICAÇÃO
Exemplificação: citar fatos, casos, exemplos. 
Quando citamos um exemplo no texto dissertativo, ele serve de argumento pois ilustram o fato ou opinião que estamos querendo defender. 
	Um exemplo de esforço das prefeituras no tratamento de drogaditos são os programas antidrogas oferecidos à população, pode-se citar o grupo “Unidos para Vencer as drogas” da cidade de Palmeira – RS, realizado há 10 anos, desde 2006 neste local. O programa visa reeducar jovens e adultos em situação de risco de utilização de drogas e oferece terapia em grupo para os indivíduos que decidirem seguir os passos. 
	Um exemplo de programa educacional de sucesso em áreas de baixa renda e vulnerabilidade social é o Educare, na cidade de Campinas, São Paulo. O programa existe desde 2015 e ensina alunos a projetarem e construirem casas simples mas habitáveis, com materiais reciclados. Os participantes aprendem diversos conteúdos planejando e construindo casas. 
EXPLICITAÇÃO
5. Explicitação: esclarecer os conceitos, definições que ajudam a embasar seu argumento.
 
Para produzir um parágrafo explicativo é necessário buscar a explicação em fontes de pesquisa seguras e confiáveis. Uma explicação confiável requer maior profundidade e não pode ser produzida por um leigo no assunto, ela deve ser buscada em artigos científicos, livros e também através de consultas a pesquisadores.
Exemplo: 
	De acordo com o físico Javier (2014, p. 15) o efeito estufa é um processo físico que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha (percebida como calor) é emitida pela superfície terrestre e absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases estufa. Como consequência disso, parte do calor é irradiado de volta para a superfície, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido e, assim, garantir a manutenção da vida. Contudo, atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis, o emprego de certos fertilizantes, o desmatamento e o grande desperdício de alimentos têm entre seus resultados a elevação nos níveis atmosféricos de gases estufa e vêm desestabilizando o equilíbrio energético no planeta, produzindo um fenômeno conhecido como aquecimento global.
Tempo e espaço
6. Tempo e espaço: informar os fatos de acordo com o tempo (cronologia) ou de acordo com o espaço (local) em que ocorreram.
	A comunidade internacional ainda se vê confrontada com o problema da tóxico dependência na sociedade, mas verifica-se que este problema surgiu há muitos séculos. No século VI, o consumo de haxixe e ópio era considerado pelos aristocratas como um vício luxuoso e excêntrico reservado às elites da China antiga.  Nos finais do século XIX, a cocaína é considerada a droga da moda entre artistas e intelectuais nos EUA e Europa, substituindo o uso do haxixe e do ópio. A partir dos anos 50 o uso de drogas dispara de uma forma brutal e gerou o susto, com o aparecimento do SIDA. Nos anos 60, o L.S.D. depois de utilizado como terapia a nível psiquiátrico, é adotado pelo submundo das drogas como um produto privilegiado e popularizado sobretudo pela cultura “Hippy”. Já nos anos 80 surgem mais variedades de drogas sintéticas, dentre elas o crack e outros subprodutos altamente patológicos ao equilíbrio mental. 
Fonte: Adaptado de Vida sem drogas http://www.vidasemdrogas.org/dadoshistoricos.html 
DO GERAL PARA O ESPECÍFICO
7 Do geral para o específico: informar o problema de forma geral, ampla e ir abordando os casos específicos.
Tema: corrupção no mundo
	Pode-se afirmar que a corrupção é um mal existente no mundo todo (generalização). Prova disto é a pesquisa realizada pela ONG Transparency, especializada em acompanhar índices de corrupção pública em diversos países dos cinco continentes. A referida ONG liberou nesta semana o ranking global de nações mais corruptas em 2015. Desta vez, o Brasil (especificidade) aparece na posição 76, de 167 países pesquisados. Em 2015, éramos o 69º lugar. Alguns países africanos — com índices inferiores de desenvolvimento humano — aparecem em posições melhores que o Brasil. Namíbia, Botsuana e São Tomé e Príncipe são alguns exemplos.
Específico para o geral
 8.do específico para o geral: ao contrário do acima, parte-se de informações especificas para a ideia geral. 
	No que se refere à corrupção no mundo, alguns países demonstram ser muito ruins neste quesito. O Brasil, por exemplo, (especificidade) aparece na posição 76, de 167 países pesquisados pela ONG Transparency. Em 2015, éramos o 69º lugar e hoje, 2018, estamos um pouco menos corruptos. Contudo, segundo a ONG, a pesquisa demonstraque todos os 150 países pesquisados (generalização) apresentam algum nível de corrupção, uns mais, outros menos, mas nenhum escapa deste mal. 
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EXERCÍCIO II
 A partir do tema “Drogas: a peste do século XXI”. Desenvolva um parágrafo para cada forma a seguir: 
 
Causa e consequência. Exposição das causas e consequências do uso de drogas. 
Comparações e contrastes. Os contrastes de qualidade de vida na comparação de pessoas usuárias de drogas com as que não são. 
Enumeração. Tipos de drogas atuais e níveis de prejuízos e consequências de seus usos. 
Exemplificação. Exemplos de fatos envolvendo drogas e usuários; ou exemplos de programas anti-drogas desenvolvidos em cidades e estados. 
Explicitação. Esclarecimento de conceitos, definição de drogas e de usuário (suas características); 
Tempo e espaço. A escalada do uso de drogas no tempo (cronologia) e no espaço (proxêmica), nos dias de hoje, em várias regiões.
OPERADORES ARGUMENTATIVOS
São palavras conectoras das ideias de um texto e imprescindíveis para a conexão apurada dos argumentos.
Leia os operadores a seguir e utilize-os em seus textos dissertativos
OPERADORES ARGUMENTATIVOS
01. Relação de Adição, Continuação, Inclusão. Além disso, (a) demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também, e as conjunções aditivas (e, nem, não só ... mas também).
 02. Relação de Causa e Consequência, Explicação. Por consequência, por conseguinte, por causa, de (esses três devem ser evitados por serem geradores de cacófato), como resul­ado, por isso, em virtude de, assim, de fato, com efeito, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, em decorrência de, em razão de.
 03. Relação de Contraste, Oposição, Restrição, Ressalva. Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, não obstante.
04. Relação de Certeza, Ênfase. De certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, eviden­temente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
05. Relação de Condição, Hipótese. Se, caso, eventualmente, contanto que, a não ser que, a menos que.
OPERADORES ARGUMENTATIVOS
06. Relação de Dúvida. Talvez, provavelmente, possi­velmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.
07. Relação de Ilustração, Esclarecimento. Por exem­plo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, vale dizer.
08. Relação de Lugar: proximidade, distância. Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, além, acolá, lá, ali, algumas preposições e os pronomes de­monstrativos: isto, isso, aquilo, este(a), esse(a), aquele(a).
09. Relação de Prioridade, Relevância. Em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo.
10. Relação de Proporção. A medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos que.
11. Relação de Propósito, Intenção, Finalidade. Com o fim de, a fim de, com o propósito de, com o intuito de. com o objetivo de, para, para que.
OPERADORES ARGUMENTATIVOS
12. Relação de Resumo, Recapitularão, Conclusão. Em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, então, logo, por isso, pois, de modo que, em vista de, em vista disso.
13. Relação de Semelhança, Comparação, Confor­midade. Igualmente, da mesma forma, assim também, do nesmo modo, similarmente, semelhantemente, analo-£srnente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com. de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como, como se.
14. Relação de Surpresa, Imprevisto. Inesperadamen­te, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreen­dentemente.
15. Relação de Tempo: frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posteridade. Então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco intes. pouco depois, anteriormente, posteriormente, em se-suida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sem­pre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas.