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PSICOLOGIA 1° PERÍODO NOTURNO GAMA MATÉRIA: NEUROANATOMIA DOCENTE: ANDRÉ ROCHA DISCENTE: FRANCISCA JAQUELINE DA SILVA CARDOSO ASSUNTO: COMO A NEUROCIÊNCIA ATUA NO BEM ESTAR DA VIDA FIQUE DE BEM COM SEU CÉREBRO COMO USAR A NEUROCIÊNCIA PARA TER UMA VIDA MELHOR A convidada Suzana Herculano Hoel professora do instituto de ciências e pesquisa Biomédicas da UFRJ, especialista em neurociência, formada em biologia, pela UFRJ, fez mestrado nos EUA, fez doutorado na França, Pós Doutorado na Alemanha, ao Brasil e têm atuado na área de neurociência na UFRJ, como jovem cientista pela FATERJ, pesquisadora da CNPQ, recebeu bônus, entre eles a menção honrosa de vocação científica, uma das suas atividades é a divulgação científica através de palestras e livros escritos pela mesma. A Dra Suzana vêm com uma abordagem de como podemos ter um cérebro saudável vivendo em harmonia e completo bem estar, com as descobertas recentes da neurociência, na sociedade, sabendo que o bem estar não é simplesmente a ausência de mal-estar, não está aparentemente com alguma dor, seja ela dor de cabeça, ou dor de estômago. É está sem nenhum tipo de aflição seja ela física ou mental. OBJETIVO O objetivo das descobertas neurociência é entender porque temos gostos tão distintos, ou porque insistimos em nossos próprios erros, a neurociência tem tudo a ver com o nosso cotidiano. Bem estar é um conjunto de características que envolve saúde física e mental, uma depende da outra, vice e versa. DESENVOLVIMENTO Viver perfeitamente feliz é uma patologia pouco conhecida, chamada de mania, há hora para tristeza e para alegria. Euforia maníaca: felicidade extrema, a pessoa não tem percepção do extremismo, está cheia de energia, e é difícil convencê-la de que se trata de uma patologia, a mesma não reconhece, acha que o estado de felicidade é normal, o nível de energia não permite descanso, a felicidade é extrema, é uma personalidade inflada que não corresponde a realidade. É diferente de quem tem depressão. Todas as drogas ativam e fazem a hiperativação do sistema de recompensa e dão prazer (drogas ilícitas) As pesquisas da neurociência nos deu nomenclaturas distintas quanto a amigdala que encontra-se no meio do cérebro que uma inflamação na amigdala seria algo muito mais sério, e quanto ao que chamamos de amigdala que se encontra na garganta é a tonsila, e quando a mesma inflama temos uma tonsilite. A neurociência vêm estudando o sistema de recompensa onde podemos desvendar alguns mistérios de como alcançar o bem estar, de como pessoas são importantes para nós, de como somos dependentes do toque, carinho, interagir, sensação se propósito, ser útil na vida de alguém, uma maneira de melhorar a vida de alguém, tudo isso traz satisfação ao cérebro e o mesmo reconhece isso como algo positivo. Buscar está na presença de pessoas felizes contagia, o sorriso é um convite a interação é uma bandeira amistosa. O córtex singular interior no centro do cérebro onde os dois hemisférios se deslocam, é responsável por se antecipar aos conflitos, no momento da felicidade deixa o cérebro menos propenso a perceber o perigo ou achar que algo vai dá errado. A ativação do sistema de recompensa; prazer----motivação, começa a produzir dopamina; sensação de bem estar. Hipocampo funciona como registro de coisas boas, uma agenda, tem a função de guardar memórias recentes, assuntos que temos que resolver, funciona como uma lista de tarefas; o hipocampo: controle cognitivo(sensação de domínio); importância da sensação de controle. O que ativa nosso sistema de recompensa: Ganhar dinheiro; ver um rosto bonito, (características que chame atenção) Jogar videogame, passar de fase; Sexo, carinho; Comida que gostamos Prêmios reais/abstratos (montar um quebra-cabeça, o cérebro toda vez descobre um padrão e isso traz sensação de bem estar) Baixa ativação de recompensa: uma má notícia, aguardar algo chegar e que não chega. Mas essa baixa ativação do sistema de recompensa pode ocorrer ao final do dia, após um dia de trabalho, o cérebro entende que ‘finalizou o dia’ o que é fisiológico e natural. Estresse: é um conjunto de alterações tanto no cérebro quanto no corpo, o estresse não é tido como vilão, ele prepara o cérebro para lidar com esse estresse e resolver um problema, a resposta pode ser aguda ou crônica, sendo que a aguda resolvemos a curto prazo e a crônica a longo prazo (leva a processos patológicos, a depressão e ansiedade crônica) O estresse agudo necessário e favorável, é por exemplo quando temos uma ansiedade antes de uma prova, essa sendo resolvida, aciona a noradrenalina. O sistema simpático que antes era tido somente como acionado pelo luto ou pela fuga, a neurociência descobriu que o sistema vai muito mais além quando nos deparamos com qualquer problema para resolver temos o sistema ativado, temos ainda ativação do hormônio cortisol, tudo isso como resposta aguda. Quando não conseguimos resolver a situação o cortisol predomina, enquanto o restante recua, a imunidade sofre uma queda, nós engordamos, essa gordura tem maior concentração na região abdominal, o que nos acende o alerta de gordura nas artérias, e que pode desencadear doenças cardiovasculares e cerebrais. O sistema parassimpático entra em ação quando conseguimos resolver toda situação, tão entramos no estado de relaxamento, ele é capaz de crescer, e se preparar para um novo dia, o único momento em que ele entra em ação é quando dormimos profundo ou quando praticamos exercícios, esse relaxamento age como ansiolítico, regulador do humor, nos dá energia e ganhamos novos neurônios. A neurociência descobriu em 1998 que o hipocampo adulto é capaz de ganhar novos neurônios através de: Atividades física intensa que tragam prazer; Antidepressivos aumentam a neurogênese em duas semanas, assim como o mesmo age em até duas semanas; Tratamento de eletrochoque gera novos neurônios, isso quando os medicamentos não surtem efeito. O hipocampo freia a resposta (auto contida) ao estresse em resposta ao cortisol (resposta crônica saudável), que pode acontecer é que na resposta exagerada leva ao excesso de cortisol ou quem tem sensibilidade ao cortisol, ambos pode levar a morte dos neurônios por excesso de ativação, com isso ocorre a atrofia do hipocampo, diminui o hipocampo, diminui o freio e vira um círculo vicioso, o que leva a depressão profunda. A mesma coisa acontece com sistema de recompensa: perde-se o freio, morte do neurônio, redução do hipocampo, falta de motivação, e torna-se suscetível a depressão ou ansiedade crônica. Com a atividade física recupera-se o freio, a neurogênese, restitui-se o controle da resposta do estresse. Dicas: Exercício físico Atividade positiva e controle cognitivo Medicamentos quando necessário (aceitar para tirar a pessoa daquele momento de estresse) Carinho O carinho funciona como um regulador, como tratamento na fase aguda da vida a curto e a longo prazo, profilaxia. Indivíduo que recebe carinho ao nascer, tende a ser mais carinhoso e propagar esse carinho por gerações. O carinho estimula a ínsula, tais sensações positivas influenciam tanto no hipotálamo como no hipocampo. A redução de cortisol através do carinho: Depressão pós parto: - 28 % Filhos de mães deprimidas: -53% Asma:-37% Fadiga crônica: -41% Hiv: - 45% Estresse ocupacional: - 28% Hipertensão: - 23% Menos ansiedade Mais resiliência (levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima) Bebês prematuros em incubadoras produzem grande quantidade de cortisol, por falta do contato materno direto. O que o estresse tem de bom? Ter atitudes e expectativas positivas; (vou fazer, vou conseguir) Exercer controle cognitivo; Contar com apoio social Uso de ansiolítico sob supervisão médica traz sensação de bem estar Gerenciamento de tarefas, o que é prioridade; Assumir o controle com responsabilidade; Reconhecer o que não pode ser controlado; Colher informações para fazer avaliações; Dormir bem e bastante. CONCLUSÃO Somos seres distintos, cada um com suas particularidades, cada ser é um ser único, mas o que ainda nos torna um ser comum éque o nosso cérebro continua sendo um mistério a ser desvendado pela ciência, e cuidado por nós quanto psicólogos, não temos a solução para todos os problemas, mas podemos desenvolver em conjunto uma maneira de viver com bem estar, respeitando nossas limitações e emoções, cada coisa ao seu tempo.
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