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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR – NP1 PERGUNTAS DISCENTES PRÉ-CLINICA III 01. Visto que a cirurgiã-dentista Ana Maria constatou a presença de extensa lesão cariosa nos dentes 43 e 44, no qual o paciente relata dor pulsátil e espontânea, quais testes podem ser empregados para melhorar o diagnóstico da condição pulpar? Discorra sobre eles. RESPOSTA: Além do exame complementar radiográfico solicitado e da inspeção bucal, palpação apical, percussão vertical e horizontal, sondagem periodontal e a análise de presença de mobilidade, realizados no exame clínico, a cirurgiã-dentista Ana Maria pode realizar os testes clínicos pulpares, do tipo térmicos: → Teste pelo frio: Aplicação da substância refrigerante sobre um cotonete ou pelota de algodão apreendida com pinça, durante 5 segundos. → Teste pelo calor: O calor é transferido ao dente por intermédio de substância ou instrumento previamente aquecido. Tem sido relatado o emprego de água morna, aquecimento da superfície dental com taça de borracha ou um bastão de guta-percha aquecida. 02. O paciente Raimundo Nonato retornou à UAPS, após 2 meses, relatando que a dor de dente cessou somente após 14 dias, quando observou o surgimento de uma “bolhinha na gengiva”. Na avaliação radiográfica periapical foi constatada a presença de uma extensa lesão cariosa no dente 43 e recidiva de cárie no dente 44, além de lesão radiolúcida periapical em ambos os ápices. Com base nessas informações, responda: a) Como foi realizado o exame para o rastreamento da fístula? De forma podemos diagnosticar se a lesão é por origem endodôntica ou periodontal? RESPOSTA: Por meio de um cone de guta-percha, o trajeto fistuloso deve ser suavemente explorado, até o ponto de maior resistência. Em seguida, realiza-se uma tomada radiográfica para localizar o trajeto fistuloso e a área de origem da secreção purulenta. A fistula pode ser um auxiliar no diagnóstico de lesão por origem endodôntica quando o cone de guta-percha encaminha para a lesão periapical. Já em casos de lesão de origem periodontal o cone dirige-se para o fundo da bolsa periodontal. b) Dado que na radiografia periapical o rastreamento da fístula se dirigiu para a rarefação óssea periapical, a cirurgiã-dentista encaminhará o paciente Raimundo para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), para a realização do tratamento endodôntico do elemento dentário 44. Descreva o protocolo clínico do procedimento a ser realizado. RESPOSTA: 1. Anestesia: Nervo alveolar inferior. Mepivacaína 3%, devido ao paciente ser diabético descompensado. 2. Isolamento absoluto do dente em questão; 3. Ponto de eleição e trepanação: Traçar uma linha imaginária sob o sulco central e o centro das cúspides V e P. A região central será o ponto de eleição. A direção do acesso deverá ser paralela ao longo eixo do dente, deslocando a broca no sentido vestíbulo-lingual. Utilizar a broca esférica 1011-1016. 4. Forma de contorno: Ovalada, um pouco circular. Utilizar a broca esférica 1011-1016. 5. Desgaste compensatório: Remover teto da câmara pulpar e ombro palatino, por meio das brocas tronco cônica 3080-3082. 6. Estabelecer o CAD e os 2/3 dele (fornecido pela radiografia); 7. Penetração desinfectante: Por meio de um lima fina (#10), realizar movimentos de cateterismo (meia volta a direita, meia volta a esquerda, traciona). Irrigar com a substância química auxiliar e penetrar até os 2/3 do CAD. 8. Preparo cervical: Utilizar as gattes glidden 4, 3 e 2 para desgastar a dentina no terço cervical. A última GG (2) deve penetrar até os 2/3 CAD. 9. Odontometria: Utilizar o localizador apical. Inserir a alça labial em um cabo e a lima em outro. Posicionar a alça labial no lábio do paciente. Inserir a lima no canal e ultrapassar o forame. Posicionar o stop e medir na régua. Definir o CRT (CRD – 1 mm). 10. Diâmetro anatômico: Testar as limas sequenciais no canal até que uma delas alcance o CRT de forma ajustada. 11. Patência foraminal: Através de uma lima fina (#10), utilizando movimento de cateterismo, penetrar o CRD, para desobstruir o forame. 12. Preparo apical: Utiliza três limas sequenciais após o D.A, por meio do movimento de alargamento parcial à direita. Realizar irrigação e patência foraminal entre as trocas de limas. Anotar a última lima utilizada (instrumento memória). 13. Recuos programados: Utiliza três limas sequenciais após o instrumento memória. A cada penetração deve-se calibrar as limas para que elas recuem 1 mm no CRT. Realizar patência a cada lima, e utilizar o instrumento memória até o CRT. 14. Calibração do cone principal: Realizado de acordo com o instrumento memória, utilizando a régua calibradora. Inserir o cone de guta-percha no orifício e cortar a sua ponta com a lâmina de bisturi. 15. Prova do cone: Realizar três testes. No teste visual deve-se marcar o cone com o valor referente ao CRT, por meio de uma pinça, e inseri-lo no canal. No teste tátil iremos verificar se o cone está levemente travado no canal. Já o teste radiográfico é realizado após a aprovação dos outros testes. 16. Seleção do espaçador digital: Introduzir aproximadamente nos 2/3 do CAD, sem forçar contra o canal. 17. Desinfecção do cone: Imersão em hipoclorito de sódio, na concentração de 2,5%, durante 1 minuto. Secar com gaze. 18. Remoção da smear layer: Lavar o canal com hipoclorito de sódio; inserir 1-2 ml da substância EDTA, através de uma seringa, deixando agir por 3 minutos; aspiração do excesso de líquido; lavagem com hipoclorito de sódio. 19. Secagem do canal: Secar primeiramente com o sugador endodôntico. Depois inserir o cone de papel absorvente no canal, próximo ao CRT. 20. Preparo do cimento endodôntico: Cimento à base de óxido de zinco e eugenol. Proporção 1:1, realizar movimento de espatulação. Ao final deve formar um fio de aproximadamente 2 cm entre a espátula 24 e a placa de vidro. 21. Assentamento do cone principal: Colocação do cimento no canal, por meio da lentulo em baixa rotação. Besuntar o cone principal no cimento endodôntico e inseri-lo até o CRT. 22. Colocação do espaçador digital: Com movimento de cateterismo. Se houver espaço, inserir os cones acessórios até preencher o canal. 23. Radiografia: Verificar o preenchimento do canal. 24. Corte da obturação: Por meio dos calcadores de Paiva. Aquecê-lo por 20 segundos, até a ponta ficar ao rubro. Inserir no canal e comprimir sobre uma parede do dente, até derreter a guta-percha e ela ficar somente na entrada do canal. 25. Condensação vertical: Utilizar um calcador frio para realizar uma leve pressão do cone para dentro do canal. 26. Realizar radiografia final.
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