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APG 12 - Anatomia e Fisiologia do Ouvido e Vias Auditivas

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Apg 12: Anatomia e Fisiologia do Ouvido e Via auditiva 
Objetivos 
 
 
OBJETIVO 1: Compreender a anatomia e fisiologia doouvido e vias auditivas 
 
OBJETIVO 2: Entender os critérios legais que permitem a realização do aborto e 
analisar as consequências do aborto ilegal na saúde pública 
 
 
 Anatomia 
 
➔ Dividida em regiões: 
coleta ondas sonoras e direciona 
para dentro
conduz as vibrações sonoras para a 
janela do vestíbulo
armazena receptores para audição 
e equilibrio 
 
 Orelha Externa 
 
Composta por: orelha (pavilhão auricular), meato acús-
tico externo e membrana timpânica 
• Aba de cartilagem elástica com formato semelhante 
a extremidade de uma corneta e recoberta por pele 
• Sua margem é a hélice 
• Parte inferior é o lóbulo 
Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça: 
 
• Tubo curvado que se encontra no temporal e leva 
à membrana timpânica 
• Divisão fina, semitransparente entre o meato acús-
tico externo e a orelha média 
• É recoberta por epiderme e revestida por um epi-
télio cúbico simples 
• Entre as camadas epiteliais encontra-se tecido con-
juntivo composto por colágeno, fibras elásticas e fi-
broblastos 
 
• A composição entre pelos e cerume ajuda a evitar 
a entrada de agentes estranhos 
• O cerume evita danos a pele delicada do meato 
acústico externo que podem ser causados pela água 
e insetos 
• O cerume em geral desidrata e desprende-se do 
meato acústico 
 
 Orelha Média 
• Composta por ossículos: martelo, bigorna e es-
tribo 
• Pequena cavidade cheia de ar e revestida por epité-
lio, situada na parte petrosa do temporal 
• Separada da orelha externa pela membrana timpâ-
nica e da orelha interna por uma divisão óssea de 
estrutura fina que contém duas aberturas: a janela 
do vestíbulo (oval) e janela da cóclea (redonda) 
Ossículos da audição: são os 3 menores ossos do 
corpo humano, conectados por articulações sinoviais 
➔ Ossos: nomeados por causa de seus formatos são: 
martelo, bigorna e estribo 
O cabo: se liga a face interna da membrana timpânica 
Cabeça: articulada ao corpo da bigorna 
 se articula com a cabeça doe estribo 
 se encaixa na janela do vestíbulo 
 é encapsulada por uma 
membrana chamada de membrana timpânica secundária 
 
Músculos que se ligam aos ossículos: 
 inervado pelo trigê-
meo (V), limita movimento e aumenta tensão da mem-
brana timpânica, evitando danos à orelha interna devido 
a sons muito altos 
 inervado pelo nervo facial (VII) 
protege a janela do vestíbulo e diminui sensibilidade audi-
tiva, além de evitar grandes vibrações no estribo decor-
rentes de som alto 
• Tuba auditiva: abertura na parede anterior da orelha 
média 
• Contém osso e cartilagem elástica e conecta a ore-
lha média a faringe 
• Durante a deglutição ou ao bocejar ela se abre per-
mitindo que o ar saia da orelha média até que a pres-
são nela seja igual a pressão atmosférica 
• É uma rota para patógenos que saem do nariz e da 
garganta para a orelha média, causando tipo mais co-
mum de infecção auditiva 
Orelha Interna/Labirinto 
Dividida em: labirinto ósseo externo que encapsula um 
labirinto membranáceo interno 
 formado por uma série de cavida-
des na parte petrosa do temporal, dividida em 3 áreas: 
1. Canais semicirculares 
2. Vestíbulo 
3. Cóclea 
➔ O labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém 
a perilinfa 
Perilinfa: líquido semelhante ao líquor, reveste o labi-
rinto membranáceo, abriga receptores de audição e 
equilíbrio. Série de sacos e tubos epiteliais dentro do labi-
rinto ósseo que tem o mesmo formato que ele. 
➔ O vestíbulo é a parte central oval do labirinto ósseo 
 contém 
endolinfa 
➔ O nível de íons potássio K+ na endolinfa é alto e os 
íons potássio desempenham um papel na geração 
dos sinais auditivos 
• O labirinto membranáceo no vestíbulo é formado 
por dois sacos chamados utrículo e sáculo, conecta-
das por um pequeno ducto 
• Posteriormente ao vestíbulo tem-se os canais semi-
circulares ósseos 
• Em uma extremidade de cada canal encontra-se um 
alargamento redondo chamado de ampola 
• O nervo vestibular, parte do nervo vestibuloco-
clear (VIII) consiste nos nervos ampular, utricular 
e sacular, os quais possuem neurônios sensitivos de 
primeira ordem e neurônios motores que formam 
sinapses com receptores de equilíbrio 
• Os neurônios sensitivos de 1ª ordem carregam a in-
formação sensorial e os neurônios motores carre-
gam sinais de retroalimentação para os receptores. 
• Os corpos dos neurônios ficam nos gânglios vestibu-
lares 
Canal espiral que lembra a casca de um caracol 
Dividida em 3 canais: ducto coclear, rampa do vestí-
bulo e rampa do tímpano 
 preenchido por endolinfa 
 canal acima do ducto co-
clear, termina na janela do vestíbulo 
 canal abaixo do ducto, ter-
mina na janela da cóclea 
• Ambas as rampas são preenchidas por perilinfa 
➔ Membrana vestibular: separa o ducto coclear da 
rampa do vestíbulo e a lâmina basilar depara o ducto 
coclear da rampa do tímpano 
Encontra-se no órgão espiral ou órgão de Corti 
➔ Órgão espiral: lâmina de células epiteliais de sus-
tentação, incluem também células ciliadas, as quais se 
diferenciam em 2 tipos: internas – uma única fileira; 
externas – três fileiras 
• Cada célula ciliada contém de 40 a 80 estereocilios 
que se estendem a endolinfa do ducto coclear 
Células ciliadas: em suas extremidades formam si-
napse com neurônios sensitivos de primeira ordem no 
nervo coclear, que emitem informações ao SNC 
 
Membrana Tectória: gelatinosa, cobre as células cilia-
das 
 
 
 Fisiologia 
 O pavilhão direciona as ondas sonoras para o me-
ato acústico externo 
 As ondas alcançam a membrana timpânica, as 
ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazer 
com que a membrana timpânica vibra. A membrana 
vibra lentamente quando os sons são de baixa fre-
quência e rapidamente em resposta a sons de alta 
frequência. 
 A área central da membrana se conecta ao mar-
telo, o qual vibra. Essa vibração é transmitida para a 
bigorna e então para o estribo 
 O estribo se move para frente e para trás, sua placa 
basal faz vibrar a janela do vestíbulo (20 vezes 
mais vigorosas do que a vibração da membrana tim-
pânica) 
 O movimento do estribo da janela vestibular provoca 
ondas no líquido da perilinfa da cóclea. A janela em-
purra a perilinfa na rampa do vestíbulo 
 As ondas são transmitidas da rampa do vestíbulo 
para a rampa do tímpano e após para a janela 
da cóclea, fazendo com que ela se projete para 
fora da orelha média 
 As ondas de pressão atravessam a perilinfa na 
rampa do vestíbulo e após passam para a mem-
brana vestibular se movendo para a perilinfa do 
ducto coclear 
 As ondas de pressão na perilinfa fazem as membra-
nas basilares vibrar, assim as células ciliadas do órgão 
espiral se movem contra a membrana tectoria, pro-
movendo o dobramento dos estereocílios e leva em 
última análise a geração de impulsos nos neurônios 
de primeira ordem nas fibras cocleares 
 As ondas fazem determinadas áreas da lâmina basilar 
vibrem. Cada segmento da lâmina está “afinado” para 
um tom. A membrana e mais estreita e espessa na 
base da cóclea, o que faz com que sons de alta fre-
quência induzam vibrações máximas nessa região. 
No ápice da cóclea, a lâmina basilar é mais ampla e 
mais flexível, onde os sons de baixa frequência cau-
sam vibração máxima da lâmina naquele determina 
 
Via Auditiva: 
Ondas de alta frequência: sons baixos ou graves 
Ondas de alta frequência: sons altos ou agudos 
➔ A energia das ondas sonoras se transforma em vi-
bração mecânica, e após isso em ondas liquidas na 
cóclea 
➔ Essas ondas liquidas abrem canais iônicos de células 
pilosas (ciliadas), que são os receptores sensoriais da 
audição 
➔ O fluxo iônico gera sinais elétricos que liberam um 
neurotransmissor (sinal químico) 
➔ O neurotransmissor dispara potenciais de ação aos 
neurônios auditivos primários 
 As ondaschegam à orelha externa e são designadas 
para dentro do meato acústico interno, após, 
 
chegam à membrana timpânica provocando vibra-
ções na mesma. 
 As vibrações passam pela orelha média (martelo, bi-
gorna e estribo) que conectados formam uma ala-
vanca evitando a perca da energia sonora. O movi-
mento do estribo faz com que as vibrações da janela 
oval criem ondas nos canais cheios de líquido na có-
clea 
 As ondas empurram membranas flexíveis do ducto 
coclear e inclinam as células pilosas (sensoriais) para 
dentro do ducto. Neste momento a energia se dissipa 
e volta para a orelha média na janela redonda. O mo-
vimento do ducto coclear abre e fecha canais iônicos 
das células pilosas, gerando sinais elétricos. 
 Os sinais elétricos alteram a liberação de neurotrans-
missores 
 A ligação dos neurotransmissores aos neurônios sen-
soriais inicia potencias de ação que enviam informa-
ções sobre o som por meio do nervo coclear (ramo 
do nervo vestibulococlear) para o córtex. 
 
Células ciliadas: São células receptoras não neurais. 
Possui os estereocílios 
➔ Os neurônios auditivos primários se projetam da có-
clea para os núcleos cocleares do bulbo. Algumas 
informações são transmitidas sobre o tempo do som 
e outras sobre a qualidade do som. 
➔ Do bulbo, os neurônios sensoriais secundários se 
projetam para dois núcleos na ponte, um ipsilateral e 
um contralateral (tratos ascendentes). 
➔ Os tratos ascendentes provenientes da ponte, fazem 
sinapse com núcleos no mesencéfalo e no tálamo 
antes de se projetarem para o córtex auditivo. 
➔ Vias colaterais enviam informações para a formação 
reticular e para o cerebelo. 
Via Vestibular (equilíbrio) 
 O sensor primário do equilíbrio é o complexo vesti-
bular 
 O equilíbrio nada mais é do que concentrações iôni-
cas dos líquidos corporais e posição do nosso corpo 
no espaço 
 O sentido de equilíbrio é mediado por células pilo-
sas que revestem o vestíbulo cheio de líquido na 
orelha interna. As células são receptores não neurais. 
 As células correspondem a mudanças na aceleração 
rotacional vertical, horizontal e posicionamento 
 Quando os cílios se inclinam ocorre a abertura ou 
fechamento dos canais iônicos. O movimento em di-
reção favorável causa a despolarização das células, 
já o movimento em sentido oposto causa hiperpola-
rização 
➔ Órgãos otóliticos (sáculo e utrículo) informam sobre 
a aceleração linear e posição da cabeça. Seus três 
canais semicirculares monitoram a aceleração rotaci-
onal 
➔ As células ciliadas liberam neurotransmissor nos neu-
rônios primários do nervo vestibular 
➔ Os neurônios fazem sinapse nos núcleos vestibulares 
do bulbo que por sua vez farão sinapse com o ce-
rebelo (local primário do processamento do equilí-
brio) 
➔ Vias colaterais podem ir do bulbo ao cerebelo ou 
sobem via formação reticular e tálamo 
➔ Vias descendentes vão dos núcleos vestibulares até 
neurônios motores ligados aos olhos. 
 Aborto no Brasil 
➔ No Brasil, o aborto provocado é crime, com penas 
previstas de 1 a 3 anos de detenção para a 
gestante, e de 1 a 4 anos de reclusão para o 
médico ou qualquer outra pessoa que realize 
em outra pessoa o procedimento de retirada 
do feto. 
 
➔ O aborto no Brasil somente não é qualificado 
como crime em três situações: 
 Quando a gravidez representa risco de vida para 
a gestante. 
 Quando a gravidez é o resultado de um estupro. 
 Quando o feto for anencefálico, ou seja, não 
possuir cérebro. Esse último item foi julgado 
pelo STF em 2012 e declarado como parto an-
tecipado com fins terapêuticos. 
➔ As gestantes que se enquadrarem em uma dessas 
três situações tem respaldo do governo para obter 
gratuitamente o aborto legal através do SUS 
 
 
 O aborto realizado de maneira insegura, em con-
textos de ilegalidade, tal qual a situação brasileira, 
resulta em sérias consequências para a socie-
dade, pois compromete a saúde da mulher, 
com elevada morbimortalidade. Além disso, 
sobrecarrega o sistema de saúde, implica em 
custos, diminui a produtividade, traz inúmeras reper-
cussões familiares e estigmatiza a mulher 
 O aborto é uma das principais causas de 
morte materna no mundo, e sua maior incidên-
cia acontece em países em desenvolvimento. Es-
tima-se que no Brasil ocorram mais de um milhão 
de abortamentos ao ano. Vulnerabilidades, desigual-
dades de gênero e de acesso à educação, além 
das múltiplas dimensões da pobreza, como o déficit 
de recursos econômicos e a dificuldade de acesso 
à informação e direitos humanos fazem com que o 
aborto clandestino e/ou inseguro atinja, especial-
mente, as mulheres pobres e marginalizadas (BRA-
SIL,2010). Nesta perspectiva, a prevenção da morta-
lidade materna por aborto depende da existência 
de serviços de saúde estruturados nos vários níveis 
de assistência, para garantir atendimento às mulhe-
res. 
 Conforme Diniz e Medeiros (2010), os níveis de 
hospitalização pós-aborto no Brasil são elevados. Em 
média, 50% das mulheres que realizaram aborto e 
recorreram ao sistema de saúde foram internadas 
devido a complicações. Parte significativa dessas in-
ternações poderia ter sido evitada se o aborto não 
fosse tratado como atividade clandestina e o acesso 
aos medicamentos seguros fosse garantido. 
 O aborto pode implicar em sequelas à saúde física, 
mental e reprodutiva da mulher. Dentre complica-
ções físicas imediatas estão as hemorragias, infec-
ções, perfurações de órgãos e infertilidade, que se 
somam aos transtornos subjetivos, ao se vivenciar 
o ônus de uma escolha inegavelmente difícil em um 
contexto de culpabilização e penalização do aborto 
 
✓ ANJOS, Karla Ferraz dos et al .. Aborto e saúde pú-
blica no Brasil: reflexões sob a perspe ctiva dos di-
reitos humanos. - https://www.sci-
elo.br/j/sdeb/a/yTbJpmr9CbpSvzVKggKs-
Jdt/?lang=pt 
 
✓ SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Aborda-
gem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 
 
✓ TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. 
edição. Guanabara Koogan . Rio de Janeiro, 2013. 
 
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/yTbJpmr9CbpSvzVKggKsJdt/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/yTbJpmr9CbpSvzVKggKsJdt/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/yTbJpmr9CbpSvzVKggKsJdt/?lang=pt

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