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Edema Agudo de Pulmão

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Letícia Jacon Vicente – 7º semestre – Dispneia, Dor Torácica e Edemas 
Edema Agudo de Pulmão 
Definição: 
É uma emergência médica com alto risco 
de mortalidade caracterizado por 
extravasamento de líquido para o espaço 
alveolar, decorrente do aumento da 
pressão hidrostática no capilar ou 
alteração da permeabilidade capilar. 
 
Epidemiologia: 
→ A mortalidade intra-hospitalar pode 
alcançar até 21%. 
→ Em média, 1/3 dos pacientes 
admitidos com EAP e emergência 
hipertensiva tem a função do 
ventrículo esquerdo preservada. 
 
Etiologia: 
Resultado de um desequilíbrio entre os 
fatores reguladores do transporte de 
líquido da microcirculação pulmonar 
para o espaço intersticial pulmonar, ou 
seja, desequilíbrio entre as pressões 
hidrostática e oncótica. 
 
Classificação: 
→ Cardiogênico (hidrostático ou 
hemodinâmico) 
➢ Doença arterial coronária crônica 
➢ SCA / Arritmias (FA) 
➢ Crise hipertensiva 
➢ Lesões valvares agudas 
→ Não cardiogênico 
➢ Causas neurogênicas 
➢ Causas tóxicas com dano alveolar 
➢ Afogamento / Politraumas 
➢ Reperfusão após embolia de 
pulmão ou após transplante 
➢ Transfusões múltiplas 
Fisiopatologia: 
 
 
Cardiogênico: 
O principal mecanismo fisiopatológico é a 
ação da pressão hidrostática capilar elevada 
(hipertensão pulmonar – HP – >18mmHg), 
que determina: 
→ Aumento do edema intersticial 
pulmonar por falência da drenagem 
linfática 
→ Redistribuição de líquido pelos 
compartimentos pulmonares. 
→ Disfunção na barreira endotelial, 
forçando o fluido capilar para o espaço 
intersticial e para dentro dos alvéolos. 
 
Não cardiogênico: 
Está associado ao aumento do líquido no 
interstício pulmonar por alteração da 
permeabilidade do capilar pulmonar; 
→ A pressão hidrostática do capilar pulmonar 
encontra-se normal, e não há HP 
 
Quadro Clínico: 
→ Dispneia de rápida progressão 
→ Ortopneia 
→ Taquipneia 
→ Sinais de esforço ventilatório 
(tiragem intercostal, retração de 
fúrcula, batimento de asa de nariz) 
→ Dor precordial 
→ Sudorese 
→ Estertores crepitantes bilaterai 
→ Tosse seca ou com expectoração de 
coloração rosada 
→ Sinais de cianose ou hipoxemia 
→ Ansiedade 
 
Diagnóstico: 
 
Avaliação Inicial: 
→ Crepitações inspiratórias e 
expiratórias em todo o tórax 
→ Sibilos que sugerem edema da 
parede brônquica OU estertores 
crepitantes em base ou em toda 
extensão de ambos os hemitórax 
→ Presença de: B3, estase jugular, 
edema periférico 
 
Exames: 
→ BNP (<100 pg/mL) 
→ Radiografia de Tórax: Infiltrado no 
espaço peribroncovascular e linhas 
septais 
→ Marcadores de necrose miocárdica 
→ Gasometria arterial: estimar o grau 
de hipoxemia 
→ TC de Tórax: diagnóstico diferencial 
 
Tratamento: 
→ Restabilização do equilíbrio 
ventilatório e hemodinâmico (MOV) 
→ Aliviar os sintomas 
→ Manter ou restaurar a perfusão vital 
do órgão 
→ Vasodilatadores: 
➢ Nitroprussiato de sódio 
➢ Nitrato 
→ Diuréticos de Alça (Furosemida) 
→ Morfina 
➢ Diminui pré-carga, FC e dispneia 
➢ Reduz o consumo de O2 pelo 
miocárdio 
➢ Atenção!!! Pode causar depressão 
respiratória e do SNC 
→ Inotrópicos 
➢ Melhora do DC 
➢ Fluxo adequado para os órgãos 
➢ Atenção!!! Potencial 
desenvolvimento de arritmias, 
agravamento de isquemia 
miocárdica e indução de 
hipotensão arterial 
→ Noradrenalina 
➢ Utilizada em pacientes em 
choque cardiogênico ou 
hipotensão arterial importante

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