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MODULAÇÃO CONDICIONADA DA DOR → DEFINIÇÃO: percepção da intensidade da dor é reduzida na presença de um estímulo doloroso em outra área do corpo - Quantificada com a redução da intensidade da dor a um estímulo padrão ou a aumento do limite para que o estímulo se torne doloroso durante ou após a aplicação de um segundo estímulo nociceptivo em outra região do corpo - A informação dolorosa é reconhecida pela função de transdução dos receptores, conduzida pelas vias nociceptivas e submetida a um complexo processo de modulação MODULAÇÃO -> alteração da percepção da dor → FIBRAS NEURAIS DE TATO E DOR → SISTEMA SEGMENTAR - Teoria do gate control (teoria do portão de controle da dor) -> consiste em estímulos de mecanorreceptores excitatórios que bloqueiam a passagem do estímulo doloroso ao nível da substância gelatinosa do corno posterior da medula, devido à velocidade de condução das fibras do tato, que são mais grossas e mielinizadas em relação às fibras finas da dor - Para se perceber o estímulo doloroso no córtex é necessário que a primeira sinapse, a qual ocorre entre o 1º e o 2º neurônio no corno posterior da substância cinzenta da medula, deve ocorrer. No entanto, caso algum evento bloqueie essa passagem de informação, a percepção da dor não ocorrerá. - Fibra S: menor -> dor -> fibra A-delta (dor rápida/ aguda) ou fibra C (dor lenta/ crônica) - Fibra L: maior -> tato -> fibra A-beta Estímulo doloroso percebido pelo nociceptor (1º neurônio) 1º neurônio tem por objetivo excitar o 2º neurônio (neurônio de projeção) (sinapse) Interneurônio inibitório (localizado na substância gelatinosa de Rolando) Redução da intensidade da dor devido ao contrabalanceamento pelo estímulo tátil que se torna predominante devido ao tipo de fibra envolvida - Obs: a condução do tato (fibras A-beta) se sobressai, pois, é menor e mais rápida, dessa forma excita mais vezes o interneurônio → SISTEMA SUPRASEGMENTAR - Vias inibitórias descentes da dor (tronco encefálico) -> bloqueia a passagem do estímulo doloroso por inibir a via ascendente que conduz a dor ao córtex - Neurotransmissores excitatórios (glutamato e substância P) -> excitação do 2º neurônio para permitir a passagem do estímulo Inibição → não interfere na sinapse do 2º neurônio → fibras A-delta Excitação → inibição do 2º neurônio → ativação do tato → fibras A-beta → contrabalanceamento da dor - Neurotransmissores inibitórios (GABA) Ativação de um núcleo da substância cinzenta periaquidutal (parte superior do mesencéfalo) libera um neurônio descendente até chegar no núcleo magno da rafe no bulbo, o qual Liberação de um neurônio descendente, que pode ser serotoninérgico ou noradrenérgico, o qual se conduzirá até o corno posterior da substância cinzenta da medula Noradrenalina/ Serotonina terão ação direta no 1º neurônio Como são moduladores, inibem a sinapse do 1º neurônio, reduzindo a passagem do estímulo de dor Noradrenalina/ Serotonina estimulam interneurônio inibitório, provocando a formação de elementos inibitórios, os opioides endógenos (produtos do interneurônio inibitório endorfina, encefalina e dinorfina) Inibição do 1º neurônio + do 2º neurônio Aumenta o limiar para despolarização do neurônio, devido à redução de neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica (glutamato e substância P) → VIAS DESCENDENTES DE CONTROLE ANTIÁLGICO - Via Serotoninérgica . Ativação de projeções descendentes provoca a liberação de serotonina nos cornos dorsais espinais, seja a partir de projeções diretas ou de interneurônios espinais - Ativação de receptores 5HT tende a ser antinociceptiva - Via Noradrenérgica . Estimulação química ou elétrica dos núcleos noradrenérgicos liberam norepinefrina para o LCR espinhal e produzem antinocicepção bloqueada por antagonistas alfa2-adrenérgicos da coluna
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