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Fisiologia - Nocicepção

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5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
Fisiologia UCXIII
Nocicepção 
 A nocicepção é o fenômeno fisiológico pelo qual 
ocorre a codificação e o processamento dos estímulos 
ambientais físicos e químicos ou patológicos que resultam 
na dor que sentimos. 
 Consiste dos processos de transdução, 
transmissão e modulação de sinais neurais gerados em 
resposta a um estímulo nocivo. 
 
Transdução 
 Temos várias fibras sensoriais diferentes, cada uma 
com uma função. Quem participa da transdução da 
dor são as terminações livres (nociceptores). 
o Livres pois não têm mielina ou tecido conjuntivo 
o Respondem, além da dor, também ao prurido 
 Os receptores para dor são terminações nervosas 
livres de neurônios aferentes. 
 Estão presentes na pele (epiderme e derme) e em 
outros tecidos (músculo, periósteo, paredes 
vasculares, superfícies articulares, abóbada craniana). 
 A maioria dos tecidos profundos está esparsamente 
supridas com terminações para dor → lesões 
extensas podem se somar e causar dor crônica. 
o Por isso é tão fácil ter dor referida nestes locais 
 Receptores para dor se adaptam muito pouco ou 
não se adaptam, possibilitando que a pessoa esteja 
ciente de um estímulo lesivo (você não “esquece” a 
dor) 
 
Tipos de nociceptores: 
 Nociceptores periféricos 
o A delta e C 
 Nociceptores músculo-articulares 
o A delta: respondem a contrações mantidas 
o C: respondem a pressão, calor e isquemia 
muscular 
5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
 Nociceptores viscerais: fibras amielínicas (transmissão 
não é tão efetiva) 
o Alto limiar: estímulos nocivos intensos e inócuos 
o Inespecíficos: estímulos nocivos 
Os nociceptores respondem a três tipos de estímulos 
que tem o potencial de causar lesão nos tecidos: 
 Térmicos: termonociceptores 
 Mecânicos: mecanonociceptores (pressão ou lesão) 
 Químicos: nociceptores polimodais (respondem aos 
estímulos químicos e também aos mecânicos e 
térmicos.). 
Estímulos químicos: Os compostos químicos que excitam 
nociceptores incluem substâncias que podem atuar 
como Mediadores do processo doloroso: bradicinina, 
serotonina, histamina, acetilcolina, enzimas proteolíticas. 
Essa substâncias: Estimulam diretamente o nociceptor e 
outras; modificam a sua sensibilidade frente a outros 
mediadores. 
Transmissão 
Fibras dolorosas periféricas - Aferentes 
Fibras rápidas: A 
 Velocidade: 5 a 30 m/s 
 Estímulo: mecânicos ou térmicos 
 Características: São fibras mielinizadas, que 
compõem o trato neoespinotalâmico. 
 Dor: sinais dolorosos pontuais-rápidos, dor bem 
localizada. A dor é sentida dentro de 0,1s após a 
aplicação do estímulo doloroso – papel importante 
na reação do indivíduo para se afastar do estímulo 
doloroso 
Fibras lentas: C 
 Velocidade: 0,5 e 2 m/s 
 Estímulo: Principalmente químicos, menos 
comumente mecânicos ou elétricos persistentes 
 Características: São fibras amielínicas, que compõem 
o trato paleoespinotalâmico 
 Dor: Sinais dolorosos contínuos e mal localizados. A 
dor começa somente após 1s ou mais, aumentando 
lentamente durante vários segundos ou até minutos 
Por causa do sistema duplo de inervação para a dor, um 
estímulo doloroso súbito geralmente causa uma 
sensação dolorosa rápida, seguida em 1 segundo ou mais, 
de uma dor lenta. 
5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 
Vias: 
ASC: transdução → fibras A e C → medula → 
transmissão do sinal → saem pelas vias ascendente 
(trato espinotalâmico neo/paleo) → tronco encefálico → 
tálamo → receptores somatossensoriais (córtex) 
DESC: neurônios corticais descendentes → aqueduto do 
4° ventrículo → medula 
As fibras aferentes dos nociceptores (que correspondem 
a neurônios de primeira ordem) tem os seus corpos 
celulares nos gânglios da raiz dorsal e fazem sinapse nas 
lâminas de Rexed do corno dorsal medular 
 Lâminas de Rexed: 10 lâminas que são estimuladas, a 
depender do estímulo 
Fibras dolorosas rápidas-A: 
 Na lamina I dos cornos dorsais, excitam 
os neurônios de 2ª ordem do trato 
neoespinotalâmico → axônios longos 
desses neurônios cruzam pra o lado 
oposto e ascendem para o tronco 
cerebral e o tálamo → córtex 
somatomassensorial. 
 Tipo de neurotransmissor liberado: 
Glutamato 
Fibras dolorosas lentas-C: 
 Terminam nas lâminas II e III (substância 
gelatinosa) dos cornos dorsais → 1ª 
sinapse com interneurônios → Na lâmina 
V se originam axônios longos (trato 
paleoespinotalâmico) que cruzam a 
medula em direção a: 
o Tronco cerebral 
o Mesencéfalo 
o Região cinzenta que circunda o aqueduto de 
Sylvius (4° ventrículo) 
 Tipo de neurotransmissor liberado: Sustância P. 
 
O Glutamato (Glu) pode atuar em três subtipos distintos 
de receptores ionotrópicos: NMDA (N-Metil-DAspartato), 
AMPA (-amino-3-hidroxi-5-metil-4 isoxazolproprionato) e 
kainato, sendo esses dois últimos também classificados 
como receptores não-NMDA. 
SP = substância P 
Modulação 
 A transmissão nociceptiva é o resultado do 
balanço entre os sistemas excitatório e inibitório. Os 
mecanismos inibitórios melhor identificados são os 
encontrados no corno dorsal da medula, estando 
constituído por neurônios inibitórios intrínsecos da medula 
e pelas fibras nervosas descendentes de origem supra 
espinhal. 
Os sistemas inibitórios melhor conhecidos são: 
 Opióide encefálico: Encefalinas (met-encefalina e leu-
encefalina) e beta-endorfina 
 Serotoninérgico 
 Adrenérgico 
 Noradrenérgico 
 Gabaérgico 
Sistema de supressão da dor no encéfalo e medula 
espinhal: a capacidade do encéfalo em suprimir as 
aferências de sinais dolorosos para o SNC consiste em 
três grandes componentes: 
1. Áreas periventriculares e da Substância cinzenta 
periaqueductal. 
2. Núcleo mediano da Rafe magnus e Núcleo reticular 
Paragigantocelular) 
5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 
3. Complexo inibitório da dor nos cornos dorsais da 
medula espinhal 
 Via descendente: esses sistemas inibitórios cerebrais 
agem nos cornos dorsais de duas formas: 
o De forma pré-sináptica sobre os neurônios 
aferentes primários (terminais dos 
nociceptores) 
o De forma pós-sináptica sobre os neurônios 
medulares, sejam eles de segunda ordem 
(neurônios de projeção) ou interneurônios 
Teoria do portão: 
 A teoria do portão admite a existência de um 
mecanismo neural (porta ou portão), localizado nos 
5° fase Medicina 
Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 
cornos posteriores da medula, que pode controlar o 
fluxo de impulsos elétricos desde as fibras aferentes 
primarias até ao SNC. 
 O portão regula o influxo de impulsos nociceptivos, 
mesmo antes de se criar uma percepção à dor. 
 A variação na passagem dos potenciais de ação 
(nociceptivos) é determinada pela atividade das fibras 
grossas Aβ) e finas (Ad e C). 
 A porta abre pela ação de neurotransmissores de 
excitação e fecha pela libertação de 
neurotransmissores de inibição. 
 A porta pode fechar-se por ação por via 
descendente desde os centros corticais superiores e 
mediante a liberação de substâncias inibitórias 
opioides e não opióides. 
Percepção 
 Córtex pré-frontal 
 Tálamo: controle mais importante 
 Hipotálamo 
 Amídala 
 Tronco cerebral 
Tratamento da dor 
 Transmissão: agonistas alfa 2, opioides 
 Transdução: AINEs, anticonvulsivantes, nitratos 
 Modulação: antidepressivos, SSRIs, SNRIs 
 Percepção: agonistas Alfa 2, antidepressivos, SSRIs, 
SNRIs 
o SSRI = Inibidores da recaptação de Serotonina; 
o SNRI = inibidores da recaptação de serotonina 
e norepinefrina

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